Foi um prazer danado conhecer Manaus. Pensei que isso fosse ocorrer durante a Copa, quando estarei aqui para cobrir o último jogo da primeira fase, entre Honduras e Suíça, mas graças ao Sebrae, vim antes, como moderador do Seminário Papo de Negócios, dentro da Feira do Empreendedor, realizada aqui.
Os colonizadores portugueses conseguiram uma façanha realmente incrível ao manter a integridade territorial brasileira e a unidade nacional, em extensão tão gigantesca de um pedaço do mundo.
Mesmo tão distante, com uma hora de fuso horário (para menos em relação a Brasília), Manaus faz lembrar incontáveis cidades mineiras e brasileiras, óbvio que com as suas peculiaridades positivas e negativas, como Belo Horizonte ou qualquer outra capital verde e amarela.
Confirmei in loco o que pensei quando ouvi o técnico da Inglaterra, Roy Rodgson, criticando a realização de jogos da Copa aqui: falou bobagem!
Ainda bem que já pediu desculpas, depois que esteve aqui e conheceu a cidade, que ao contrário do que ele pensava, não tem feras pelas ruas, a temperatura média é semelhante à de Miami e de muitas cidades européias no verão, e que o povo é extremamente gentil e receptivo.
O pedido de desculpas do comandante inglês foi aceito e hoje ele fala bem de Manaus. Segundo os jornalistas brasileiros que moram na Inglaterra, o nosso conterrâneo Sérgio Ulsch, inclusive, Rodgson é o “Joel Santana” deles; bonachão, gozador e bem humorado.
As mazelas públicas amazonenses também são as mesmas de qualquer estado brasileiro. No caminho do aeroporto Eduardo Gomes até o centro, uns 20 Km, o taxista Wallace, apontou para o belo estádio Arena Amazônia e disse:
__Alá, maior palhaçada: só pra o derrubar o Vivaldão e botar e botar os “entulho” nas “caçamba”, “foi” R$ 23 milhão! Pra quê destruir o Vivaldão? Só pra aumentar a robaeira!”

O taxista Wallace cuja corrida do aeroporto ao centro é R$ 65,00 pago no balcão da Coopertaxi.
Aliás, diferentemente de Confins o aeroporto de Manaus está quase pronto para a Copa e as obras não estão trazendo nenhum transtorno exagerado aos usuários.

Confins está uma vergonha e não ficará pronto para a Copa!

Parece uma região em guerra, sem sinalização com orientações eficazes, sem muitas coisas que não funcionam; uma zorra absoluta.
Micros e pequenos empreendedores que atenderam aos convites do Sebrae, que desde 2009 leva adiante este programa Sebrae na Copa 2014 se deram bem: já realizaram negócios na ordem de R$ 320 milhões.
Empreendedores de Belo Horizonte foram citados por participantes do Seminário aqui, com destaque para o Juliano, do restaurante Rima dos Sabores (Rua Esmeraldas, 522, MG
Telefone (31) 3243-7120), no Prado, com as carnes exóticas que serve, junto com as cervejas artesanais.
Mário Valle, belorizontino radicado em Manaus há muitos anos, faz sucesso semelhante com o restaurante “Tambaqui de Lado”, em frente ao famoso Teatro Amazonas, no centro histórico da cidade. Sucesso tal que o levou a ser convidado para criar um tira-gosto com as características manauaras para ser servido no estádio durante a Copa.
No quesito cervejas artesanais, os elogios foram para outro belorizontino, o Marco Antônio Falcone, da Falke Bier, grande incentivador do setor. No início deste mês ele foi recebido com “Honras de Chefe de Estado” aqui para falar da experiência dele como cervejeiro e ministrar cursos.
Belo Horizonte já tem dois roteiros de visitação e degustação das artesanais mineiras, listadas entre as melhores do Brasil.
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A Arena Amazônia foi construida onde era o estádio Vivaldo Lima. O design faz lembrar uma cesta de palha característica da região.
Fica perto do aeroporto e também do centro, mas não tem estacionamento.
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O coordenador nacional do Programa Sebrae 2014, Dival Schmidt – See more at: http://www.sebrae2014.com.br/Sebrae2014/Not%C3%ADcias_2014/Eventos-esportivos-podem-beneficiar-neg%C3%B3cios-sociais#sthash.5Mm68spS.dpuf
O coordenador nacional do Programa Sebrae 2014, Dival Schmidt, (centro) entre Ivan Tonnet, responsável pelo Papo de Negócios (esquerda) e a empresária gaúcha Rosane Eilert, especialista em visual merchandising.
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O Cruzeiro em ação no Amazonas: várias placas como essa podem ser vistas numa das principais avenidas da cidade, onde se encontra uma das escolinhas franqueadas do clube em vários estados do Brasil;
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O belíssimo Teatro Amazonas, segunda melhor acústica do mundo, segundo o saudoso Luciano Pavarotti.
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Vista lateral do Teatro
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O Teatro Amazonas por dentro. A visita guiada custa R$ 5,00 e o número de estrangeiros visitantes é quase o mesmo de brasileiros.
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Em frente ao Teatro o monumento comemorativo à abertura dos portos do Amazonas às nações amigas, em 1900.
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Os cariocas não falam, mas o famoso calçadão de copacabana, com as famosas pedras portuguesas, é imitação dessas calçadas, em frente ao Teatro Amazonas. O desenho foi inspirado no encontro das águas dos rios Negro e Solimões, que têm essa aparência, já que as águas não se misturam e ficam parecidas com este desenho das pedras; um rio escuro e outro claro.
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