Blog do Chico Maia

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Alencar da Silveira coloca nome à disposição para a presidência da FMF e agora já são duas candidaturas

Depois de ser procurado por dirigentes de clubes do interior e parlamentares ligados ao esporte, o deputado Alencar da Silveira Jr., um dos presidentes do América, disse que pode colocar seu nome à disposição para presidência da Federação Mineira de Futebol. “Fui procurado por dirigentes e a cada dia recebo novos telefonemas sugerindo meu nome para a Federação. Acredito que se tivermos um grupo coeso podemos dar uma nova dinâmica à entidade”, disse Alencar da Silveira Jr.

DEPUTADO ALENCAR

As eleições na Federação Mineira de Futebol devem ocorrer no dia 28 de fevereiro.

E pelo que li na coluna do bem informado jornalista do Diário do Aço, de Ipatinga, Fernando Rocha, o advogado Silvestre Antônio, que iniciou a campanha jurídica para tirar a atual diretoria da FMF também será candidato.

Confira:

“… o advogado Silvestre Antonio Ferreira, que foi presidente da Liga de Ipatinga, finalmente viu a sua luta de quase uma década ser recompensada. No apagar das luzes de 2013, a justiça finalmente passou a régua decretando intervenção e o afastamento definitivo do ex-presidente Schettino e sua turma, que comandavam irregularmente a Federação Mineira de Futebol. Silvestre já está em campanha para a nova eleição na entidade prevista para o final do mês. Por se tratar de um dirigente sério, competente e inteligente como poucos neste país, torço para que consiga chegar à presidência da FMF, pois quem sairá ganhando com isso é o futebol mineiro.”

SILVESTRE

Dr. Silvestre Antonio Ferreira


Situação do Ronaldinho deverá ser definida nas próximas horas

É claro que o volume da grana vai prevalecer, para que ele fique ou vá para outro clube.

Falei ontem com o presidente Alexandre Kalil, que aguarda a visita do Assis, irmão do R10.

Repetiu que não haverá novela, que a questão é de números e que o Galo não fará nenhuma loucura.

Aliás, o fotógrafo Alexandre Guzanshe, do Estado de Minas e Superesportes, flagrou o presidente do Galo, de moto, sábado. Kalil estava voltando da Cidade do Galo para casa.

O texto do site diz:

AK

“. . . O modelo é Electra Glide Classic. O dirigente estava sorridente, visivelmente relaxado, bem diferente do semblante sisudo com que aparece na maioria das entrevistas.”

http://www.mg.superesportes.com.br/app/fotos/futebol/atletico-mg/2014/01/05/galeria_atletico_mg,5047/alexandre-kalil-passeia-com-harley-davidson.shtml

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Já o portal do Tempo, publicou essas informações sobre as possíveis tratativas do Assis com o time turco Besiktas:

* “Assis exige bônus caso Besiktas se classifique para a UCL com R10”

Empresário do craque segue negociando o futuro o seu irmão e definição tende a acontecer esta semana

AGÊNCIA ESTADO

@SUPER_FC

A possível ida de Ronaldinho Gaúcho para o Besiktas já é chamado pelos jornais turcos como a ‘transferência do século’. De acordo com a imprensa local, os Águias Negras já chegaram ao seu limite e esperam a resposta do irmão e empresário do jogador, Roberto de Assis, até o próximo fim de semana.

Além de exigências como carro e motorista particular e salários dos funcionários e telefones pagos pela agremiação turca, Assis também indicou outras reivindicações. Entre elas se destaca o pagamento de bônus de 1 milhão de euros (quase R$ 3,5 milhões) caso o Besiktas se classifique para a Liga dos Campeões da Europa com Ronaldinho Gaúcho, juros de 8% no salário em caso de atraso e a possibilidade de rescisão de contrato se os turcos atrasarem salários por dois meses.

Segundo o jornal FotoMaç, Roberto de Assis chegou a pedir 8,5 milhões de euros anuais ao clube da Turquia (R$ 28 milhões), mas aceitou continuar a negociar com o valor de 6 milhões de euros (quase R$ 20 milhões), com o craque ganhando uma porcentagem da venda de camisas.

Os sites Fanatik e Gazete Vatan ressaltam o salário recebido por Ronaldinho no Atlético de R$ 900 mil mensais e lembram que uma reunião entre o presidente atleticano, Alexandre Kalil, e Assis tende a acontecer nesta segunda-feira.”

* http://www.otempo.com.br/superfc/atletico/assis-exige-b%C3%B4nus-caso-besiktas-se-classifique-para-a-ucl-com-r10-1.769179?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter


Farias: pasto seco, moita verdinha: boi não sai de perto de jeito nenhum!

É ou não é?

Confira a verdade dessa frase com essa notícia que está na capa do site da Rádio Itatiaia:

* “Com salário de 200 mil por mês, Farías prefere ociosidade a acordo para rescindir”

O Cruzeiro terá que desembolsar mais de R$ 1,2 milhão com o um jogador que não será aproveitado pelo técnico Marcelo Oliveira. Trata-se do atacante argentino Ernesto Farías, que chegou ao clube em 2010 e recebe cerca de R$ 200 mil mensais. O contrato com o Cruzeiro vai até julho deste ano. Mesmo fora dos planos, o argentino não quer abrir mão do ótimo salário e prefere ficar na ociosidade.

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Contratado pelo Cruzeiro em 2010, Farías entrou em campo pelo time celeste em 35 partidas e marcou oito gols. “É público e notório que o Cruzeiro não tem intenção de utilizá-lo. Ele tem alguns meses de contrato, tentamos fazer um acordo várias vezes, mas ele prefere ficar recebendo o salário, ele tem esse direito. O futebol às vezes tem disso, dá certo e errado”, explicou o diretor de futebol do Cruzeiro, Alexandre Mattos, em entrevista à Itatiaia.

A contratação de Farías é herança da administração Perrella. Chegou com pompa de grande reforço e não emplacou. Marcou apenas oito gols em 35 partidas. Em 2012, foi emprestado para Independiente, da Argentina, mas sempre deu prejuízo aos cofres da Raposa. Se mantiver o desejo de permanecer no Cruzeiro, o argentino ficará somente treinando.

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http://www.itatiaia.com.br/noticia/com-salario-de-200-mil-por-mes-farias-prefere-a-ociosidade-a-acordo-para-rescindir


O que penso do crime organizado da bola, e um dia triste para o futebol com a morte do Eusébio

Este domingo entra para a história como um dia triste para o futebol mundial pela morte do Eusébio, moçambicano de nascimento, no tempo em que o país era colônia portuguesa.

Aos 71 anos, depois de enfrentar problemas cardíacos deste 2007.

EUSEBIO

Os maiores jogadores da história estão rendendo homenagens a ele, assim como a Fifa, clubes, outras instituições, e óbvio o Benfica, o clube pelo qual ficou conhecido e com quem foi campeão europeu, sobre o Real Madri em 1962.

Detonou o Brasil na Copa de 1966 na Inglaterra, nas quartas de final, e na semifinal garantiu definitivamente o seu lugar na história ao virar o jogo contra a Coréia do Sul que vencia por 3 a 0. Marcou os quatro gols da reação e Portugal venceu por 5 a 3.

EUSEBIO1

Comparado a Pelé, Puskas, Di Stéfano e tantos outros gênios da bola.

A nossa homenagem!

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* Crime organizado da bola

Um dos argumentos usados pelo presidente do Cruzeiro para justificar a declaração de guerra contra os marginais chamados “torcedores organizados” foi: “…tomei conhecimento que do outro lado este tipo de elemento não apronta mais depois que alguns que mataram um cruzeirense foram condenados e estão na cadeia…”, disse o Dr. Gilvan de Pinho Tavares.

Mas ele, eu, você e qualquer brasileiro sabemos disso há décadas. Mais: razão de ser da baderna e vandalismo no futebol é em função da impunidade e pior: a cumplicidade e omissão dos próprios dirigentes dos clubes, jogadores mais famosos e boa parte da imprensa.

O Dr. Gilvan e nós também sabemos que os “do outro lado” que estão presos mataram um rival de gang que usava a marca do Cruzeiro, que também não pode ser classificado como um “torcedor”.

Torcedor é o cidadão que gosta de um time, se alegra e sofre por ele; que vai ao estádio ou não; que eventualmente comete seus excessos verbais e até físicos, mas é gente normal, que assume e paga pelos próprios erros.

As gangs infiltradas no futebol são milícias que faturam alto com o comércio usando as marcas dos clubes.

Milícias

Vendem material esportivo e souvenir próprios, aliciam jovens para as suas “tropas”, marcam brigas através das redes sociais.

A maioria conta ou contava com apoio financeiro, logístico, político e midiático de gente que tem algum interesse na ação bandida deles.

Assim como as máfias italiana e irlandesa cresceram nos Estados Unidos no início do Século XX cobrando “taxa de proteção” de empresários e comerciantes.

Cumplicidade

Essas “organizadas” contam ou contavam com ingressos, dinheiro e defesa de cartolas em troca de aplausos nas arquibancadas e votos nas urnas, quando estes se metem em política partidária.

Jogador contratado, de nome, já desembarca em Confins usando um boné ou camisa dessas “organizações”.

Mas, claro, não sem antes informar, pedir e ser a autorizado pela diretoria do clube, que paga o salário dele.

Força Gilvan!

Palmas e todo apoio ao presidente do Cruzeiro que está tendo coragem de meter o dedo nessa ferida, rompendo com a hipocrisia nacional, iniciando verdadeiramente uma luta contra o crime organizado que se instalou no futebol brasileiro.

Precisa contar com o apoio de todas as pessoas de bem, independentemente de clube ou atividade profissional.

Quem ganha é a cidadania!

Tentáculos

Na imprensa, a mesma coisa já que jornalistas e radialistas também viram políticos e muitos fazem o mesmo jogo dos cartolas. Ou então por puro medo dessa turma ou algum patrocínio dessas poderosas “organizações”.

Eleitos, assim como os cartolas, passam a ter influência não só no Legislativo, mas no Executivo e Judiciário. E aí estão os ingredientes desse mundo perigoso em todo o país, “em nome do futebol”.

* Parte da minha coluna no jornal O Tempo desta segunda-feira


As aparências enganam e as opiniões de leitores sobre temas gerais!

Hoje os destaques do blog são as opiniões dos comentaristas deste espaço que escreveram nas últimas horas, na íntegra, sem tirar nem por uma vírgula sequer.

Mas a atenção, senhoras e senhores, que não confundam, como fez o Gilberto Santos que pensou que o comentário no post de ontem, sob o título Gilvan Tavares faz primeiro gol de placa de 2014”, fosse meu.

Sobre o fim da tolerância com os marginais que infernizam os estádios em jogos do Cruzeiro, muito bem escrito pelo jornalista Luiz Augusto Simon, o Menon, no blog dele, no Uol.

E para ilustrar estes enganos e tantos outros vida afora em função de aparências enganadas, esta ótima charge da Folha de S. Paulo, que há tempos está guardada para mostrar a vocês, como as aparências enganam:

N’quel N‡usea—-

* Thiago Diniz escreveu:

“O Campeonato Brasileiro de 1993 teve 32 clubes divididos em quatro grupos. Os A e B seriam compostos pelos clubes supostamente mais fortes, e o C e o D pelos supostamente mais fracos.

Cairiam oito equipes, e a questão foi a definição dessas oito.

O América-MG foi 16º na soma de pontos das quatro chaves, mas foram rebaixadas as quatro últimas dos Grupos C e D. O Coelho entrou na justiça comum para ter um lugar na Série A de 1994 pela posição geral e tentando reverter o rebaixamento. O América-MG foi punido pela CBF, ficando impedido de disputar os torneios por ela patrocinados de 1994 até 1996.

Entretanto, em 1995 foi vice-campeão mineiro e em 1997 o Coelho sagrou-se Campeão Brasileiro da Série B, retornando à elite do futebol brasileiro no ano seguinte.

O volante Gilberto Silva foi o destaque do time de 1997 do Coelho.”

Thiago Diniz

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* Frederico Dantas sobre as ações do Dr. Gilvan contra nos baderneiros:

“Tomara que ele consiga vencer esta guerra. Só de ter a coragem de peitar já merece respeito. Nem o Cruzeiro nem qualquer outro clube precisa, ou deveria precisar, desse tipo de gente.

Aí fica a pergunta. Se ele se impuser e mantiver a proibição de esses bandidos entrarem no estádio e eles aprontarem na rua? De quem será o problema? É óbvio que será da polícia.”

Frederico Dantas

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* Gustavo Moreira, sobre assuntos gerais:

“Nós, torcedores, somos tão ludibriados, que a época mais chata do futebol é justamente esta.
Dr. Gilvan promete isto ou aquilo sobre as organizadas, mas tudo vai continuar a mesma coisa…
O Kalil garante R-10 no Galo… Depoimento fajuto – Claro, quem pagar mais, leva… Aliás, o Galo deve investir sim no R-10… Para o futebol brasileiro, que há deficiências em marcação, o cara é ótimo, marca muitos gols. O problema do Galo são as outras posições… É a falta de um pulso firme… É time que jogador faz o que quer…
No América, muitas promessa de mudanças… Mas com certeza, vai continuar a mesma barca…
Pessimismo? Não, afinal, Schopenhauer, não é brasileiro!
É época de grande atuação dos empresários… Figura nefasta, só pensa no capitalismo… Geralmente, são pessoas que nunca praticou algum esporte… Alguns, participam, “Arremesso de verdinhas ao bolso”. O gordinho Walter, anunciou que iria ao Curingão… Está indo para o Sport Recife… E o Paulo Bayer, um dos melhores do Brasileirão… Vai para o Criciúma. O Éverton Ribeiro, bom jogador e um dia poderá ser craque, mas craque arranjado, nem bem chegou e já vai… Lógico que já ia…Antes de chegar!
As especulações são muitas… principalmente em época de Taça Cidade de São Paulo… Competição que perdeu o seu Glamour! No início dos anos 70 ou 80, compensava assistir, dela saía os maiores craques do futebol brasileiro. Este ano, vi um marketing muito grande sobre o São Paulo e o Corinthians… Achei que daí sairia o campeão, mas neste momento, o São Paulo, apenas empata com o Kashiwa Reysol. Os pequeninos japoneses… Aliás, no futebol de hoje, os grandalhões levam vantagens, são mais caros. Assim como outrora, os escravos de dentes bons, vistas boas, grandalhões, vigor físico, determinava seu preço. Não sei se os técnicos, grandes olheiros, observam somente os que são grandes… Em tudo… Tá muito misturado, nessa “lama”, que é o futebol!
Neste quesito, vejo uma paixão muito grande entre torcedores. Por exemplo, um torcedor do Cruzeiro, me disse que o time faturou com a venda do Diego Souza… Ri, mas pensei, lucrou mesmo… Com a sua dispensa! Ora ora amigos, o D. Souza é do mesmo empresário do Willians, que não rendia nada lá fora. Simplesmente foram trocados e o Cruzeiro se deu bem tecnicamente, mas economicamente, sei não… E pensar, que no valorizado time do Cruzeiro, tem jogador do Ratinho… Amigos, o time, só tem participação nos direitos federativos do atleta, quando ele, geralmente, assina por 3 ou 4 anos com o clube. No mais, são atletas nômades, colocados no clube para serem vendidos, em que nem sempre ganha a instituição… Ganha a justiça dos homens… Então torcedores. não entendo o porquê de tantas brigas nos estádios. O torcedor não ganha nada… a não ser, tristeza ou alegria… Momentânea…
E assim, a chatura dos esportes permanece nas tragédias, Anderson Silva, Schumacher e Neymar… Que perdeu a Bruna… Vai pra casa Neymar!!!!!”

Gustavo Moreira


Dr. Gilvan quer ponto final no vandalismo e recebe apoio geral na caça aos baderneiros

Primeiro, agradecer ao grande Duke a mensagem enviada ao blog.

E mais um ano para curtirmos as suas ótimas charges.

Uma honra ser companheiro dele no O Tempo e Super Notícia.

Profissional nota 10 e gente boa demais da conta:

* “Chico, ainda em tempo, um feliz 2014 pra você. Saúde, paz e sucesso!
Que continue a nos brindar com suas opiniões sempre sensatas e contundentes.
Grande abraço!”
Duke

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O Dr. Gilvan de Pinho Tavares está sendo elogiado pela imprensa séria do país pela radicalização contra os baderneiros que infernizam a vida de cruzeirenses e demais torcedores.

Estes elementos passaram da conta e agora se depararam com um dirigente que quer entrar pela porta da frente da história, fazendo o que é preciso e não optando por contemporizar ou fazer média e acordos políticos com essa turma.

Em entrevista hoje à Itatiaia, até citou o exemplo dos baderneiros que usavam as cores do Atlético, numa referência ao que sempre gosto de lembrar aqui e em minhas colunas: foi só prender, julgar e botar na cadeia alguns, que as badernas pararam.

Recebi, via twitter do Vinicius Grissi, da Globo/CBN, indicação do artigo escrito pelo jornalista Luiz Augusto Simon, o Menon, no blog dele, no Uol.

Vale a pena:

imagesFoto: O Tempo

* “Gilvan Tavares faz primeiro gol de placa de 2014

A primeira grande notícia vem do Cruzeiro e não se trata – e nem poderia – da contratação de Rodrigo Souza ou da manutenção de Luan em troca de Anselmo Ramón. É muito mais do que isso. A decisão tomada pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares pode influenciar o futebol brasileiro, desde que – eu duvido – seja imitada por outros clubes.

Ele proibiu que 50 integrantes da meiga associação conhecida como Máfia Azul participassem de uma missa em ação de graças pelos 93 anos do clube, realizada na sede do Cruzeiro. A Pavilhão Independente, outra associação que segue os preceitos de Mahatma Ghandi e Madre Teresa de Calcutá foi impedida de entrar no clube.

Gilvan Tavares está colocando em prática decisão tomada pelo conselho do clube que impediu as organizadas – sempre dando exemplo de cidadania – de usarem escudo e nome do clube. “Não os considero cruzeirenses. O conselho deliberativo do Cruzeiro, em reunião no dia 19, decidiu por unanimidade que o presidente do Cruzeiro impedisse estas pessoas de entrarem nos estádios”, afirmou Gilvan Tavares. “Não posso deixar de acatar decisão do Conselho Deliberativo,  estaria desacatando a decisão do órgão máximo do clube, tomada por unanimidade”, acrescentou ao UOL.

Ao impedir o uso de nome e escudo do clube, o Cruzeiro corta uma das fontes de renda dos grupos organizados, exemplos de civilidade para o mundo. É lógico que nem todo o dinheiro vem da venda de camisas. Há outras formas de arrecadação que não cabem ser analisadas aqui nesse blog familiar.

Pode até ser uma atitude que não resulte em nada prático, mas serve como exemplo. Ao  se afastar dessas falanges que pensam apenas em levar ao mundo os ensinamentos de Baden Powell, o Cruzeiro não pode mais – pelo menos não poderia mais – ser penalizado por suas atitudes violentas dentro de estádios.. Sim, porque mesmo porque potenciais vencedores do Prêmio Nobel da Paz como esses grupos – podem ter seu dia de cão e matar torcedores de outro time.

Normal, levante a mão quem não bateu com uma barra de ferro em um torcedor inimigo caído ao chão. Levante a mão quem não matou um garoto de 14 anos na Bolívia? Quem não foi usado por Juvenal Juvêncio para impedir  protestos contra o grande Kaiser são-paulino? Quem não brigou contra torcidas organizadas do próprio time como a outra Mancha e a Tup?

O Cruzeiro, ao impedir a entrada desses congregados marianos, está deixando sua sede mais limpa. Foi uma atitude profilática que merece o respeito das pessoas de bem. E que não será seguida por outros dirigentes. O Palmeiras tem se afastado também desses javalis sanguinários, dessas capivaras intelectuais. Os outros também são coniventes.

http://blogdomenon.blogosfera.uol.com.br/


No ano da Copa o futebol brasileiro começa na Justiça Comum: rebaixamento da Lusa continua rendendo!

Do portal Terra:

“Por Portuguesa, advogado entra na Justiça Comum contra CBF e STJD”

lusa4sergiobarzaghigazeta

O advogado e torcedor do Santos, Delmiro Aparecido Goveia entrou com uma ação no Juizado Especial Cível da cidade de Mogi das Cruzes contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em favor da Portuguesa, rebaixada à Série B do Campeonato Brasileiro por decisão do órgão.

Segundo o próprio advogado explicou, qualquer torcedor que se sentir prejudicado pode fazer o mesmo que ele, ainda que o processo se repita em comarcas diferentes.

“Qualquer torcedor, nem precisa ser da Lusa, entendendo que a decisão o prejudicou, pode entrar na justiça em sua comarca e aí devem ser juntadas todas as ações para uma única decisão”, declarou em entrevista à Rádio Globo.

A acusação de Goveia é de que os réus não teriam respeitado os artigos 35 e 36 do Estatuto do Torcedor. O primeiro prevê a disponibilização das decisões da Justiça Desportiva no site da entidade. O segundo diz respeito à possível anulação de uma decisão que não seguiu o artigo 35.

Delmiro Goveia acredita que não será o único a acionar a Justiça Comum contra a decisão que tirou quatro pontos da Portuguesa no Brasileirão, rebaixando a Lusa para a Série B.

“Eu acredito que outros torcedores entrarão na justiça pelo Brasil. Existe um movimento, o ‘Vamos à Luta’, dentro da torcida da Lusa nesse sentido para que ações sejam protocoladas, seja individualmente ou coletivamente”, completou.

http://esportes.terra.com.br/fluminense/por-portuguesa-advogado-entra-na-justica-comum-contra-cbf-e-stjd,584a681c2c253410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html


Mais sobre a arrancada do Cruzeiro e a entrevista do técnico Airton Moreira

Ainda sobre a coluna de hoje no O Tempo e Super Notícia, onde destaquei a guinada do Cruzeiro para se tornar um dos grandes clubes do futebol mundial.

A revista que publicou a entrevista do Airton Moreira, citada por mim, é a Revista do Esporte, que infelizmente não existe mais.

E ainda há quem insista em dizer que o Brasil “é o o país do futebol!”. Como? Se mesmo com uma população de 200 milhões nenhuma revista semanal de esporte conseguiu sobreviver!

A capa da revista, que li na casa do advogado Horácio Amador, em Paraopeba (terra do jornalista e vereador Sérgio Moreira), é esta:

REVISTADOESPORTECAPA

Com Osvaldo “perna-curta” e Paulo Henrique, do Flamengo, na capa

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REVI

Duas páginas de entrevista com Airton Moreira, que previa crescimento maior do futebol mineiro com a inauguração do Mineirão

REVISTADOESPORTEAIRTONTIMEDEFUTURO

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Trechos interessantes da entrevista com o Airton que estava no Cruzeiro desde 1959 . . .

REVISTADOESPORTEFALADOAIRTON

. . . mas que só em 1964 ganhou a função de treinador.

REVISTADOESPORTESOBREAIRTON

Airton previa ótimo futuro para o Cruzeiro . . .

REVISTADOESPORTESOBREAIRTON2

. . . e destacava que era um time muito jovem, que jogaria por muitos anos junto.

REVISTADOESPORTEFOTOAIRTON

Airton Moreira contava com a total confiança da diretoria, especialmente do presidente Felício Brandi.


Parabéns Cruzeiro; 93 anos. A história se faz a muitas mãos e muito tempo

Primeira coluna do ano nesta quinta-feira, dia 2, no mesmo dia do aniversário da minha mãe, D. Terezinha, e do Cruzeiro. Mas uma coincidência maior marca a história cruzeirense neste momento de felicidade ainda pelo título brasileiro, conquistado depois de uma campanha surpreendente e números inquestionáveis: o mesmo estilo pés no chão do atual presidente Gilvan de Pinho Tavares marcava Felício Brandi, o grande articulador da primeira arrancada do clube para a conquista do espaço entre os maiores do Brasil e do Mundo.

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Passado e presente

Recentemente li numa revista esportiva de agosto de 1964, que me foi emprestada pelo advogado trabalhista Horácio Amador, ótima entrevista de Airton Moreira, irmão de Zezé e Aimoré Moreira, dois dos maiores treinadores da história do nosso futebol.

A revista é carioca, tem dois jogadores dói Flamengo na capa, mas abria espaço para o futebol de todos os estados e Minas Gerais estava na moda porque breve entregaria ao país o “segundo maior estádio coberto do mundo, o Mineirão, que só é menor que o Maracanã”.

Airton Moreira era supervisor de futebol do Cruzeiro mas tinha sido nomeado treinador pelo presidente Felício, porque conhecia bem as “categorias inferiores” do clube e era um profundo estudioso do futebol.

AYRTONEm fotos do Superesportes, Ayrton Moreira, esquerda, e os irmãos Zezé (centro) e Aymoré

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É incrível mas a entrevista se encaixa totalmente no contexto atual e mostra que a fórmula é antiga, mas a melhor de todas para quem não possui fortunas para montar grandes times. Airton falava de jovens de grande potencial que ele viu e mandou subir do juvenil do Cruzeiro, outros que já tinha visto em clubes menores, no interior do estado e do país, e indicado para contratações.

Profecias confirmadas

Nessa entrevista, Airton Moreira também elogiou uma aquisição feita através de “grande habilidade do Senhor Felício, junto ao América”.

E pediu que o repórter anotasse e guardasse bem alguns nomes: Dirceu Lopes, Natal, Hilton Oliveira, Wilson Piazza e a “jovem promessa” oriunda do América: Tostão.

A continuidade da história o mundo conhece. Um ano depois o Cruzeiro iniciava um período de amplo domínio do futebol mineiro.

País e mundo

Depois de mais um ano o Cruzeiro chamou a atenção do mundo ao detonar o poderoso e “invencível” Santos, de Pelé, e conquistou a Taça Brasil. A partir dali passou a ser respeitado e temido e não saiu mais da lista dos nossos maiores clubes.

Cresceu tanto, dentro e fora de campo, que quem, como eu, está na faixa dos 50 anos de idade, custa a acreditar que o Cruzeiro já foi a terceira força do futebol mineiro.

História que se repete

Assim como o Dr. Gilvan em fins de 2012, Felício Brandi foi duramente contestado em 1964 quando resolveu apostar em um treinador que “não existia”, Airton Moreira, tão questionado quanto Marcelo Oliveira, por torcedores e boa parte da imprensa.

O Brasil valoriza muito pouco a própria história e o nosso futebol menos ainda.

Faço estes registros, nesta data tão importante, para homenagear a dirigentes, treinadores, jogadores e torcedores, do passado e do presente.

A grandeza de uma instituição é construída a muitas mãos e ao longo de muito tempo.


Saideira 2013 com agradecimentos, e os votos de ano novo melhor ainda

Pois é!

Último dia do ano e eu não poderia deixar de cumprimentar a você que prestigia este espaço, lendo, comentando e debatendo os assuntos abordados aqui.

Através dessa charge do Duke, o meu muitíssimo obrigado pela companhia em 2013 e que tenhamos todos um 2014 melhor ainda.

DUKE2014—-

Termino o ano, como quase sempre, em Conceição do Mato Dentro, que continua da melhor qualidade.

PELADA13

Na tradicional pelada, que já passa da 30ª edição, meu time venceu, de virada, 8 a 6, com direito a “olé”, no campo da AABB!

TURMA1


Depois, o não menos tradicional “chá com torradas”, dessa vez no Clube Social.

PICOSADIDa esquerda para a direita, Robson, Pico, Sadi (autor da maioria dessas fotos) e Bodão
O ambiente é este, onde atleticanos, cruzeirenses, americanos e torcedor ou simpatizante de quem quer que seja, se diverte junto e se respeita, como deveria ser sempre no futebol, profissional ou amador.

TURMA2

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O ano que chega será de Copa do Mundo no Brasil. Numa edição do jornal O Globo, do dia 11 deste mês, li esta coluna do Elio Gaspari, muito interessante sobre a Fifa e o seu presidente.

Vale a pena e repasso às senhoras e senhores.

Mais interessante ainda é que foi escrita 10 dias antes do Joseph Blatter dizer em entrevista ao Sérgio Utsch, em Marrakech, que acidentes com mortos acontecem em qualquer lugar do mundo e que “faz parte”.

* “Um banho de Brasil para a Fifa

Elio Gaspari, O Globo

Joseph Blatter, presidente da Fifa, pensa que é um chefe de Estado e leva uma vida de magnata. Viaja no avião da entidade, é recebido por presidentes de agenda porosa, atravessa algumas cidades precedido por batedores e durante os jogos de futebol fica em camarotes de VIPs onde garçons servem champanhe e caviar. (Na abertura da Copa das Confederações, felizmente, a doutora Dilma reclamou do mimo.)

A Fifa não é um Estado, e, se fosse, com sua crônica de propinas, estaria entre as cleptocracias da segunda divisão. Para os brasileiros, há a lembrança do ocaso de João Havelange, que dirigiu a instituição de 1974 a 1998, quando se tornou seu presidente honorário. Renunciou em abril, na esteira de um escândalo.

A Fifa é uma organização de cartolas, e a Copa do Mundo tornou-se um empreendimento que move bilhões de dólares. Durante as manifestações de junho, a imprensa internacional lembrou o fato de que a competição será realizada num país onde multidões protestavam contra o preço das tarifas de transportes públicos enquanto a entidade anunciava que entre os patrocinadores do evento estará o champagne Taittinger (US$ 100 a garrafa).

A Fifa mudou o horário de sete jogos da Copa, atendendo a pedidos dos patrocinadores e das emissoras, interessadas em transmitir os jogos ao vivo. Jogo jogado, pois essa possibilidade estava prevista. As pessoas que compraram ingressos para os velhos horários e por algum motivo quiserem desistir perderão pelo menos 10% do valor pago.

Ou seja, o sujeito marcou uma consulta no dentista, pagou adiantado, o doutor mudou o horário, e ele perderá 10% do preço da visita se quiser cancelá-la. Pouco custaria à Fifa livrar a clientela dessa tunga, até porque serão poucas as desistências.

Quando a burocracia dos cartolas baixa no Brasil com tamanha desconsideração, cria antipatias desnecessárias. Blatter vende ingressos para uma população que o vê passando na rua com batedores (no Rio já chegaram a fechar as transversais da Avenida Atlântica para que ele tivesse pista livre). Os ingressos para os jogos terão preços salgados, as companhias aéreas e os hotéis estão de olho no bolso da galera. Além disso, o evento colocará nas ruas milhares de policiais com o treinamento e os modos que mostraram em junho.

Esses problemas são parte da vida nacional, não é preciso agravá-los. Blatter deveria vir ao Brasil por três dias, para viver como uma pessoa comum. Descobriria que o amigo que o hospeda no Rio ou em São Paulo paga mais IPTU do que ele na Suíça.

Descobriria também que, enquanto paga o equivalente a R$ 100 por ano para andar quantas vezes quiser em todas as autoestradas do seu país, aqui pagará R$ 40 por um só percurso do Rio a São Paulo, com direito a engarrafamento. Quando um brasileiro desce no aeroporto, rala na Alfândega. Ele, não. Sendo suíço, verá que Pindorama é o único país do mundo onde a fila dos nativos para o exame de passaportes é maior que a dos estrangeiros.

Quando um pedaço do Itaquerão desabou, Blatter pediu a “Deus e Alá” que garantam a entrega das arenas a tempo. Se os brasileiros se aborrecerem durante a Copa, o doutor não deverá invocar seus nomes em vão.