Blog do Chico Maia

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A elitização não será tão fácil como se pensa!

* Texto que escrevi para a revista Exclusive

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Em discussão no país uma possível “elitização” do público que frequenta o nosso futebol. Com as reformas e novos estádios construídos para a Copa do Mundo, o que era público virou privado, e que era privado, barato, está ficando caro em função dos custos das reformas e as parcerias que os clubes têm que fazer para viabilizar os novos e luxuosos palcos.

Houve e está havendo muito exagero nestes custos, cuja quase totalidade é bancada, no frigir dos ovos, pelo cidadão através dos seus impostos, via BNDES.

Um colunista de um dos maiores jornais de São Paulo, assistiu um jogo na Fonte Nova, em Salvador, pela Copa das Confederações, e manifestou o seu espanto ao custar a ver um negro ocupando uma cadeira do novo estádio. Convenhamos, na cidade com o maior número de negros no Brasil, é de se estranhar mesmo!

Em Belo Horizonte o ingresso mais barato no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro, custou R$ 60; no Independência, nos chamados “pontos cegos”, quase isso.

Apesar das previsões da maioria, de que “pobre” está sendo afastado dos estádios, fico com um pé atrás em relação a isso.

Tenho a convicção de que o “mercado” vai regular esta situação. Estamos vivendo um período de lua de mel entre os torcedores e os novos estádios, “padrão Fifa”. As imagens da TV e o glamour gerado por tantos elogios, de todos os lados, exercem tal fascínio no torcedor que ele faz sacrifícios, se aperta, mas vai lá, pelo menos uma, duas vezes, para experimentar, mostrar ao filho, à esposa, para terem histórias para contar e discutir com vizinhos, amigos e colegas de trabalho.

Não importa quem vai jogar; o sujeito quer é curtir o novo estádio. Na Copa do Mundo será a mesma coisa. Um jogo entre Irã x Coreia do Sul terá, no mínimo, 30 mil pagantes, em qualquer uma das 12 sedes. O que vale é a oportunidade de assistir a um jogo da Copa, que só ocorre de quatro em quatro anos e ninguém sabe quando voltaremos a ter uma na América do Sul. Talvez, em 2030, com a candidatura conjunta já apresentada à FIFA, pela Argentina e Uruguai.

Na realidade o preço de uma ida ao futebol está alto para todos, não apenas para quem ganha pouco, e passada essa euforia, clubes e donos dos novos estádios serão obrigados a rever estes valores, caso não queiram ficar com as casas vazias ou com público muito abaixo do que o desejado.

Só o futebol não atrairá tanta gente que sustente o lucro das partes interessadas, nestes estádios chamados erradamente de “Arena”. O Atlético do Paraná batizou o seu como “Arena da Baixada” e de lá para cá, qualquer cercadinho onde se joga futebol no Brasil virou “Arena”. Começou pela do Jacaré, em Sete Lagoas.

O nome é pomposo, mas uma cópia errada dos utilizados por norte-americanos, europeus e asiáticos, que realmente ergueram arenas multiuso, como a Veltins Arena, em Gelsenkirchen, na Alemanha; a Saitama Arena, perto de Tóquio, e tantas outras. São shopping centers gigantes, onde há incontáveis opções para os usuários, inclusive futebol, basquete, vôlei, boxe, ginástica, disputas off-road, óperas e por aí vai.

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Fotos da Saitama Arena, no Japão


O gigante acordou, mas já voltou a dormir!

Já contei a vocês que tenho a mania de ler jornais que não li, semanas e até meses atrás, não é?

Vejam algumas coisas que li, ontem, no O Globo e Folha de S. Paulo de terça-feira, dia 16.

Me fez lembrar a frase que ouvimos demais durante os protestos país afora, em junho; “O gigante acordou!”

Mas foi só pra dar uma “mijadinha”, pois já dormiu de novo!

Todos os dias, notícias desse tipo lotam os jornais país afora, e fica por isso mesmo!

* “Réu, deputado sai e sobrinho fica”

Processado no STF, Mário de Oliveira (PSC-MG), presidente de uma igreja evangélica, renunciou ao mandato.

Seu sobrinho é o suplente

 

Processado no Supremo, deputado renuncia
Sobrinho assume como suplente; no Congresso, votações param

 

MARIO

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* “XERIFE ANTIDROGAS DE SP É PRESO POR ACOBERTAR TRÁFICO”

* “Tragédia em Santa Maria: MP indicia só bombeiros por mortes

* “FAB realizou 22 voos, com 141 pessoas, só no fim de semana”

Maior tráfego foi na última sexta-feira, dia de volta para casa

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* “Para Cabral, manifestações são obra de opositores”

Vice-governador também comentou atos; oposição rejeita tese de ação orquestrada

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), acusou ontem seus adversários políticos de serem os responsáveis pelas manifestações diárias na porta de sua casa, no Leblon, na Zona Sul do Rio. Segundo ele, há uma tentativa por parte de seus opositores de antecipar o calendário eleitoral. O governador fez as declarações poucas horas antes do novo protesto em frente ao seu apartamento.

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* “Eduardo Campos terá que explicar gastos de R$ 5 milhões com aviões nos últimos 18 meses”

 
 
 
Oposição quer saber se voos atenderam a interesses de PernambucoApós gastar R$ 5,173 milhões em aluguel de aeronaves nos últimos 18 meses, o governador Eduardo Campos (PSB) poderá ser obrigado a explicar o motivo e a despesa de cada viagem à Assembleia Legislativa. O líder do bloco de oposição, Daniel Coelho (PSDB), disse ontem que, tão logo termine o recesso, a bancada vai apresentar requerimento sobre os gastos, cujo total foi divulgado no próprio Portal da Transparência do governo do estado. Ontem, ao ser abordado sobre o assunto, em cerimônia no Centro de Convenções, sede provisória do governo, Campos encerrou a conversa com a imprensa.

http://oglobo.globo.com/pais/deputado-reu-em-processo-no-stf-renuncia-ao-mandato-9048085

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* Folha de S. Paulo 17/07/13

* “Barata voa”

Festa de casamento de Beatriz Barata, herdeira de empresa de ônibus no Rio, que acabou em confusão, custou cerca de R$ 3 milhões

Festa de casamento de Beatriz Barata, herdeira de empresa de ônibus no Rio, que acabou em confusão, custou cerca de R$ 3 milhões

Do calçadão da avenida Atlântica era possível ver os salões do hotel Copacabana Palace transformados em um misto de palácio tropical e indiano, com arranjos de flores multicoloridas sobre mesas espelhadas e painéis reproduzindo trabalhos de artistas da missão francesa, como Debret e Rugendas…”


À turma do pedal: de Ouro Preto a Carrancas, de 15 a 20 de setembro

Notícias enviadas pelo Marconi Leão:

* “CICLOVIAGEM PEDAL REAL – 2ª parte – Ouro Preto a Carrancas” 

Duração: 6 dias de pedal       Saída de Ouro Preto 15/09/13 e chegada em Carrancas 20/09/13 

Distancia: 330 km   média de 55 km/dia 

CRONOGRAMA DA VIAGEM:

1º dia – 15/09: Ouro Preto a Santo Antonio do Leite: (48,4 km), grau de dificuldade médio-alto, almoço em Glaura, jantar e Hospedagem no Hotel Fazenda Quintas do Vale; 2º dia – 16/09 – Sto Antonio do Leite a Entre Rios de Minas: (93,0 km), grau de dificuldade médio, almoço em Congonhas, jantar e hospedagem na Pousada São Mateus; 3º dia – 17/09 – Entre Rios a Lagoa Dourada: (58,3 km), grau de dificuldade médio-baixo, almoço em Casa Grande, jantar em Lagoa Dourada e hospedagem na Pousada das Vertentes; 4º dia – 18/09 – Lagoa Dourada a São João Del Rei: (51,5 km), grau de dificuldade baixo, almoço em Tiradentes, jantar em São João del Rei e hospedagem na Pousada Estação do Trem; 5º dia – 19/09 – São João a Capela do Saco: (51,0 km), grau de dif. médio-alto, almoço em São Sebastião da Vitória, jantar e hospedagem na Pousada Reis; 6º dia – 20/09 – Capela do Saco a Carrancas: (28,0 km), grau de dif. médio-alto, almoço, jantar e hospedagem no Hotel Roda Viva 

INVESTIMENTO: R$2000,00 dividido de 3x (cheque p/ julho, agosto e setembro), incluindo carro de apoio com mecânico de bike, frutas, água e gatorade, camisa personalizada, hospedagens, alimentação e guia que já percorreu toda a Estrada Real de Diamantina a Paraty 

Inclui hospedagem em Ouro Preto do dia 14/09 a 15/09 no Brumas Hostel. 

RESTAM APENAS 6 VAGAS!

 

 

BIKE

 

FOTOS DA CICLOVIAGEM PEDAL REAL 1ª parte Diamantina a Ouro Preto realizada de 04 a 09 de maio de 2013

 

 

MARCONI

INFORMAÇÕES: (38) 9909-0472 ou ((38) 8806-0650 ou marconi.leao@yahoo.com.br ou Facebook:Marconi Leão


Reforços do Galo para quarta-feira; comida pelas beiradas do Cruzeiro e as diferenças dentro e fora das quatro linhas

A ausência do Richarlyson e a volta do Bernard são os reforços que farão diferença no jogo de quarta-feira. Interessante a sintonia do Ronaldinho Gaúcho com o Bernard. Juntos em campo, jogam muito. Um deles fora, o outro se apaga. Com defesas bem postadas, a facilidade do R10 em achar o velocíssimo Bernard costuma resultar em belos gols, de um deles ou de Jô, Tardelli, Réver e demais artilheiros do Galo.

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Ouvindo e lendo companheiros da imprensa de Minas e do Brasil, o sentimento de quase 100% é o mesmo que tenho: o Galo vira o placar, mas (tem sempre um ‘mas’, né?), tem que jogar o que não jogou em Assunção, ou o que vinha jogando na fase de grupos da Libertadores.

O único risco é a ansiedade excessiva; vontade demais de marcar logo os gols de que precisa e errar passes ou se descuidar da defesa.

O Cruzeiro vai se afirmando, bem ao estilo do Marcelo Oliveira; comendo pelas beiradas, humilde, sem alarde. Ganhar no São Paulo nunca é fácil, em lugar nenhum.

Ainda mais de 3 a 0!

Ainda há deficiências na defesa, mas, certamente na mira do treinador.

Diferença I

Vi pedaços de Santos 2 x 2 Coritiba. Alex continua jogando muito. Dois gols de bela feitura e liderança forte com e sem a bola nos pés!

Diferença II

Vi também pedaços de Inter 1 x 0 Flamengo. A derrota carioca foi em função da falha do goleiro Felipe, que saiu mal aos 45 do segundo tempo, permitindo o gol do Juan, de cabeça.

Mas mandou em grande parte do jogo, fruto do trabalho do técnico Mano Menezes. Flamenguistas juramentados dizem que na “Era Jorginho” era um time avacalhado taticamente.


América tem jogo adiado e Cruzeiro tenta se aproveitar da crise do São Paulo, que não vence há 9 jogos

O jogo do América em Chapecó, pela Série B, foi adiado de hoje para amanhã, 16 horas, por causa da forte neblina na cidade, que criou dificuldades para o avião da delegação descer.

O Cruzeiro tenta se manter entre os quatro primeiros, hoje, contra um São Paulo em crise, às 18h30, no Morumbi.

A ficha do jogo:

 

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Em foto da revista Placar, Marcelo Oliveira, que vem fazendo ótimo trabalho à frente do Cruzeiro

* “São Paulo X Cruzeiro”

São Paulo
Rogério Ceni; Douglas, Lúcio, Tolói e Clemente Rodríguez; Rodrigo Caio, Denílson, Paulo Henrique Ganso e Jadson; Osvaldo e Luís Fabiano
Técnico: Paulo Autuori

Cruzeiro
Fábio; Mayke, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton e Souza; Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Luan; Vinícius Araújo
Técnico: Marcelo Oliveira

Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Assistentes: Kleber Lucio Gil (SC) e Carlos Berkenbrock (SC)


Oração atleticana para quarta-feira!

Muito legal este e-mail que o José Lino Souza Barros recebeu, para ser lido no programa dele, Rádio Vivo, na Itatiaia, ontem.

Do Renato Ferreira, que mora em Campinas-SP:

“Será que acreditar demais é pecado e Deus nos castiga por isso?

Será que querer muito este titulo é ser escravo da ambição…

Se isso for pecado Deus, perdoe a nós os atleticanos, que na maioria das vezes colocamos o Atlético como nossa religião e oramos a Ti pedindo sua divina intervenção.

Perdoe-nos por acreditar naquele pé salvador aos 47 e aquela defesa inacreditável fazendo chamar nosso goleiro de santo.

Se for pecado ser atleticano que nos perdoe pois não somos capazes de amar outro clube senão o Atlético.

Pode até ser arrogância acreditar demais, porém não acho justo termos nossas esperanças desvalidas quando pedimos para iluminar nossos jogadores.

Deus, eu não sei orar, mais sei cantar o hino do Galo, perdoe nos novamente, mas quando a massa canta o coração acende, quando ganhamos o dia seguinte pode cair um pé d`agua que nada nos tira a paz.

Meu Deus nos perdoe, pois vamos nós para 90 minutos de sofrimento, e para nós atleticanos sempre é tudo com muito sofrimento, mas quero pedir lhe novamente sem a certeza que seremos atendidos, vá conosco, nos guie e nos dê a vitória e se isso for pedir demais, por favor Deus nos perdoe.”

O jornal O Tempo traz detalhes da exposição da Taça no Mercado Central:

* “Exposta a torcedores, taça da Libertadores vira a sensação no Mercado Central”

 

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Troféu de campeão ficará exposto no local até o dia do grande confronto, na próxima quarta-feira

http://www.otempo.com.br/superfc/exposta-a-torcedores-ta%C3%A7a-da-libertadores-vira-a-sensa%C3%A7%C3%A3o-no-mercado-central-1.683328


José Maria Marin o “mui amigo” do Kalil!

Alexandre Kalil tem quase 100% de acertos na condução do Atlético e estes quatro anos da sua presidência mostram isso. Assumiu um clube quase falido e o recolocou entre os mais respeitados do país, com crédito dentro e fora dos gramados.

Só não conseguiu mais, ainda, porque nunca foi exemplo de diplomacia e articulação de bastidores.

Não se afinava com Ricardo Teixeira, com toda a razão, mas, reconheçamos, o ex-genro do João Havelange, mandava no futebol brasileiro e na Conmebol. Controlava tudo com mão de ferro, das eleições nas federações e própria CBF, aos contratos milionários de publicidade com a TV e patrocínios da seleção.

Caiu de podre e deixou um sucessor cujo passado não era nada animador.

Mas Kalil caiu no conto do José Maria Marin, figura alheia ao futebol mas conhecido nacionalmente pelas ligações com Paulo Maluf e a ditadura militar.

MARINDel Nero (esquerda) e o padrinho Marin, em foto do Terra.com.br

O presidente atleticano chegou ao ponto de abrir seu voto e dar entrevistas dizendo que votará no candidato da situação nas eleições da CBF, Marco Polo Del Nero, atual vice.

Certamente pensava na defesa dos interesses do Atlético, mas, no primeiro teste, levou uma bomba sem tamanho: o presidente da CBF não tem nenhuma força da Conmebol e não conseguiu nada para o Atlético nessa disputa com o Olímpia.

O jogo de ida foi em um estádio infinitamente pior que o novo Independência. Só ganha da Arena do Jacaré em capacidade de público, 10 mil pessoas a mais, e mesmo assim, sem nenhuma segurança na área externa, onde assaltantes agem livremente, e a torcida adversária e jornalistas estrangeiros são agredidos verbal e fisicamente.

Particularmente entendo que 64 mil atleticanos no Mineirão vão exercer muito mais pressão que 20 mil no Independência, mas a questão não é essa. O presidente da CBF engoliu cordeiramente os argumentos fajutos da Conmebol, que aceitou uma declaração da federação paraguaia de que o Defensores del Chaco tem capacidade para mais de 40 mil pessoas.

Para inglês ver; aliás, para Kalil ver! E ele foi o primeiro penalizado. Por falta de segurança no local destinado aos dirigentes do Atlético, o presidente assistiu ao jogo pela TV, dentro do vestiário.

Foi o prêmio que recebeu por declarar apoio a um comandante da CBF fraco, impotente e descompromissado.

E pior: Kalil não é de voltar atrás no que fala, e sendo assim, votará no candidato do Marin, mesmo tomando a rasteira que tomou.


Antes do jogo, patrocinador já anunciava sorteio para torcedores do Olímpia irem para o Marrocos

Antes mesmo do jogo, TVs, rádios e jornais veiculavam anúncios da Bridgestone, que vai sortear idas de torcedores do Olímpia para Marrakech/Marrcos, para a disputa do título mundial contra o Bayern de Munique, em dezembro.

 

ENGENHOCA 

Independente disso, o Olimpia é um time perigoso em qualquer circunstância e não foi à toa que chegou a sete finais de Libertadores, vencendo três fora de casa. A primeira delas, verdadeira façanha, no La Bombonera, do Boca Juniors, ao empatar de 0 a 0 no jogo da volta. Na ida, em Assunção, fez 2 a 0, contando com um peru histórico do lendário Hugo Gatti; lance repetido à exaustão pelas TVs paraguaias durante estes dias.

Mas, também já quebrou a cara, vencendo em casa por 2 a 0 e perdendo na volta.

Em 1990, outra conquista fora de casa: venceu o Barcelona do Equador em Assunção,  2 a 0, e buscou um, 1 a 1, na volta, em Gauiaquil.

Em 2002, apesar de o adversário não ter a tradição dos anteriores, a missão foi tão difícil quanto, já que perdeu em Assunção por 1 a 0, começou perdendo em São Caetano, para o dono da casa, na volta; virou para 2 a 1 e ganhou nos pênaltis.  

Também deixou escapar três, ao empatar em casa com o Peñarol, em 1969, e perder em Montevideo, 1 a 0; em 1989, para o Atlético Nacional da Colômbia, vencendo por 2 a 0 em casa, perdendo pelo mesmo placar em Bogotá, sendo derrotado nos pênaltis, por 5 a 4. A perda “menos difícil” foi em 1991 para o Colo-Colo, depois de um 0 a 0 em Assunção e derrota de 3 a 0, em Santiago.

 

 

FOGOS 

Mudança

A tranqüilidade geral durante o dia e para se chegar ao Defensores del Chaco foram impressionantes. Sem problemas de trânsito, polícia e segurança privada procurando facilitar a vida de todos, com atenção especial aos brasileiros, e boas posições para a imprensa e torcida do Atlético dentro do estádio.

Para uma final de Libertadores, em Assunção, situação inusitada, já que no passado, era a cidade mais complicada para se jogar.

 

Porém. . .

Sempre tem um “porém”, né!?

Faltando poucos minutos para a bola rolar, a internet à disposição da impressa ficou lenta e depois pifou de vez. Só voltou a funcionar depois do segundo gol.

Torcedores e seguranças ficavam em pé, em frente a tribuna de imprensa, impedindo a visão do campo.

Vários atleticanos reclamaram que foram obrigados a soprar bafômetro nas imediações do estádio, resultando em 15 detidos.

É lei, e ninguém sabia.

Menos mal que diante a grita geral a detenção foi relaxada e os alvinegros puderam assistir ao jogo normalmente.

Para sair do Defensores Del Chaco, um perigo, entre olimpistas bêbados, tirando onda, procurando briga, e marginais, tentando arrumar uma grana de brasileiros que saíam sozinhos ou em pequeno número de pessoas. Polícia perto? Nem pensar.

O trânsito infernal. Mais de meia noite e uma farra dos diabos. Gente sobre o capô, mulheres com os corpos pra fora dos carros, provocações ao arquirival Cerro Porteño e tudo com o embalo de muito álcool.

 

 

ONIBUS

Outros tempos

Dentro de campo, entretanto, só aquelas pedras jogadas quando o Ronaldinho foi cobrar um corner, no início do jogo. Dali em diante, nenhum problema que atrapalhasse o andamento do jogo.

A torcida deles não empurra o time o tempo todo, como a Newell’s, por exemplo.

Certamente a mudança de comportamento dos paraguaios, neste aspecto, foi em função das punições que receberam em 2008 e 2011, também pela Libertadores. Respectivamente em jogos do Cruzeiro e do Santos. A Raposa vencia o Cerro Porteño por 3 a 2, quando aos 24 minutos do segundo começou uma chuva de pedras no gramado, obrigando o árbitro a acabar com a partida.

Em 2001 o então técnico do Santos, Muricy Ramalho levou uma pedrada na cabeça, e a Fifa interditou o estádio.

 

 

BEMPOSICIONADA 

A torcida do Atlético ficou em posição melhor que em Rosário, dentro do estádio

 

 

ASSUNÇÃO 

Assunção está um pouco mais limpa, mas não perde as suas características.

 

 

CAIXA

Mário Henrique “Caixa” nos braços da torcida no Defensores del Chaco. Desceu da cabine da Itatiaia para abraçar a galera. 

Organização

A diferença da competência das associações dirigentes dos principais continentes do futebol mundial é inacreditável. Enquanto a UEFA trata a final da Champions League como uma Copa do Mundo, a própria Conmebol avacalha e desvaloriza a Libertadores, ao marcar para o mesmo dia, a final da Recopa Sul-americana.

E a CBF marca jogos da copa do Brasil para o mesmo horário da final da principal competição das Américas.

 

 

ASSUNÇÃOPANTEON 

Monumento aos Heróis da Pátria, no centro da cidade.

 

ESCOPETA

Seguranças e suas escopetas guardam as portas do comércio e muitas residências, mostrando que a violência continua sendo um dos maiores problemas do país.

 

JOAOMARCELO

O atleticano gente boa João Marcelo dando entrevista a uma rede paraguaia, bem cedo, no hotel do Atlético.

O repórter pensou que ele fosse dirigente e gastou 10 minutos, numa “exclusiva”.  A mãe dele, D. Guará, ficará feliz de ver o prestígio dele na TV em terras paraguaias.


A luta continua!

O Atlético era melhor quando levou o gol do Alejandro aos 23 minutos. Começou fazendo uma ótima partida, atacando, pressionando o Olímpia em seu campo defensivo, mas não chutava a gol.

No chute do Tardelli, que seria o primeiro gol, o árbitro deu impedimento.

Aos 15 e aos 17 Ronaldinho perdeu bolas no meio, esperou o árbitro apitar faltas, e quase complicou a defesa.

A partir daí foram muitos passes errados até que aos 23 minutos Alejandro Silva abriu o placar, aproveitando-se de um apagão do sistema defensivo, que apenas assistiu o jogador paraguaio chegar na cara do Victor.

O Olimpia continuou no mesmo ritmo, tocando a bola, se aproveitando de contra ataques e da péssima noite de Ronaldinho.

Parecia que o time jogava com 10 jogadores.

No segundo tempo o Galo voltou melhor, mas Ronaldinho continuou mal, até que Cuca o tirou, junto com Luan, paras as entradas de Rosinei e Guilherme.

Uma nova melhora, com maior ocupação dos espaços e mais pressão sobre o Olímpia, que pôs em campo o “Tanque Ferreira” para escorar jogadas para os companheiros e segurar a zaga atleticana que estava apoiando muito.

Quando tudo parecia que terminaria no 1 a 0, Richarlyson, que já tinha tomado o amarelo, sem necessidade, no primeiro tempo, tomou o vermelho depois de outra entrada dura no adversário.

No contra ataque, falta perto da área, propiciando uma das mais mortíferas jogadas do Olímpia, e Pittoni fazendo 2 a 0.

O Olímpia é um time perigoso em qualquer circunstância e não foi à toa que chegou a sete finais de Libertadores, vencendo três, fora de casa. A primeira delas, verdadeira façanha, no La Bombonera, do Boca Juniors, ao empatar de 0 a 0 no jogo da volta. Na ida, em Assunção, fez 2 a 0, contando com um peru histórico do lendário Hugo Gatti; lance repetido à exaustão pelas TVs paraguaias durante estes dias.

A torcida atleticana, que fez muito bem a parte dela no estádio, gritou depois do apito final do árbitro: “Eu acredito!”.

Caso jogue com a determinação que sempre joga em Belo Horizonte, pode sim fazer o placar que precisa.


Regulamento

Para quem ainda tem dúvidas, o regulamento na final da Libertadores é diferente das fases eliminatórias anteriores, quando gols na casa do adversário serviam como critério de desempate.

Agora, em caso de igualdade no saldo de gols nas duas partidas, há prorrogação de 30 minutos, e persistindo o empate, a decisão ocorre através dos pênaltis.


Charges gozando Ronaldinho, foguetes, bombas e macumba!

Os jornais de Assunção mostram charges de incentivo ao time do Olímpia, sempre tendo Ronaldinho como alvo.

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Nesta, o volante Mansur, responsável por marcar o 10 do Galo, aparece perseguindo-o em um trator.

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Nesta, Ronaldinho roga a “César” fantasiado de Olímpia “O Rei de Copas”, para deixá-lo ganhar a primeira.

Alguns exemplares do resto do que foi encontrado perto do hotel do Atlético esta manhã.

CAIXAFOGOS

Foguetes e . . .

FOGUETE

. . . baterias . . .

FAROFA

. . . despachos . . .

XARUTO

. . . charutos . . .

MUSA

. . . musa paraguaia do Olimpia na capa de um dos principais jornais.

Continuo achando tudo isso na porta de hotéis uma grande bobagem e primitivismo, pois dentro de campo é que as coisas se resolvem; além de motivar os jogadores alvos dessas besteiras.

Em Belo Horizonte, condenei o que foi feito contra o Newell’s porque o Atlético não sofreu esse tipo de agressão no hotel dele em Rosário; pelo contrário, foi muito bem tratado.