Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Para quem tem tempo a perder . . .

. . . ou: para enganar e tomar dinheiro dos cegos pela paixão! 

O Paulo César e o Felipe Santos fizeram protestos semelhantes:

“Os colegas que questionaram a imprensa mineira pela omissão na publicação de pesquisas e ranking quando são favoráveis ao Atlético e desfavoráveis ao Cruzeiro tem plena razão.
O ranking IFFHS que mostra o Atlético na frente do Cruzeiro foi publicado pelos órgãos de imprensa brasileiros, exceto imprensa mineira, fonte:http://www.campeoesdofutebol.com.br/ranking_clubes_iffhs.html
E para defender essa tese, a rádio Itatiaia divulgou hoje a noite o ranking da Conmebol que aponta o Cruzeiro na frente do Atlético.
Como dizem os amigos: “É o Galo contra tudo e contra todos”.

 

Eles podem ter razão em relação à maioria da imprensa mineira; não em relação à mim, pois não vejo a menor importância nestes rankings e menos ainda em relação a este tal IFFHS, que aliás, nenhum órgão de imprensa procurou saber até hoje de que se trata.

Rankings de entidades como FIFA e Conmebol, piores ainda, porque elas é que incentivam esse tipo de bobagem, visando grana, muita grana, aproveitando-se da cegueira dos apaixonados, que vêm o futebol como a coisa mais importante de suas vidas.

Para muita gente, quando se fala de futebol, a razão vai embora!

Você abre o site da dona do futebol no mundo, a FIFA, e logo lê um convite para conferir no “ranking”, em que posição está a sua seleção. É o “Ranking Mundial Fifa/COCA-COLA”, onde a famosa indústria do refrigerante deixa mais uma  pequena fortuna para os filhotes do João Havelange, o grande introdutor do marketing em larga escala no futebol mundial.

Ao lado, outro convite, para que você se cadastre para comprar ingressos para alguma competição dela. Atualmente, a Copa das Confederações.

Os critérios dos tais rankings ficam por conta de quem os cria.

A divulgação e a crença, de acordo com o interesse de quem publica ou lê. Se é bom para gerar audiência e dinheiro, divulga-se; principalmente nessa época do ano, quando faltam notícias de maior importância.

Se interessa para o time do coração, espalha-se ao máximo possível. Se não interessa, esconde-se.

Não dou respaldo a nenhum deles, sejam bons ou ruins para o Atlético, porque, para mim, não valem nada.

Sobre os que envolvem a seleção brasileira, idem!

Só estou entrando neste assunto hoje porque nessa época do ano é a mesma cantilena.

Valorizo estatísticas, números apurados e checados; rankings, de critérios manipuláveis de acordo com a imaginação de qualquer pessoa, não tomam meu tempo.

Por exemplo; este atual do tal IFFHS: pode um Universidad do Chile ou um Hannoverscher SV 1896 da Alemanha estar à frente de uma Inter de Milão?

Só mesmo nos critérios que eles querem que sejam seguidos.

Um Libertad Asunción (Paraguai), FC Basel (Suiça), Glasgow Celtic (Escócia) à frente do Milan, Manchester United, Liverpool e da maioria dos clubes brasileiros?

Que tal o Olympiakos e Pireas (Grécia), Ulsan Hyundai (Coreia), Deportivo Quito (Equador) à frente de Manchester City e Schalke 04, por exemplo?

Têm mais importância que qualquer clube da Série A e da maioria da B, do Brasil?

Pois é!

Percam o tempo dos senhores e consultem lá no site do tal IFFHS.

E o da Fifa/COCA-COLA?

A seleção brasileira está em 18º, atrás, simplesmente, de poderosíssimas como Colômbia, Portugal, Croácia, Grécia, Suíça, Equador, México, Costa do Marfim, bla, bla, bla…

Aí, na hora de contratar um jogo, veja quanto vale a cota de uma seleção brasileira e uma dessas aí.

Uai, e não é que rendeu um longo post? Pode virar até uma coluna. Graças aos amigos leitores que me forçaram a entrar neste assunto; e os senhores mandam, né?

Perca mais um pouco do seu tempo e vá lá no site da dona Fifa/COCA:

http://pt.fifa.com/worldranking/rankingtable/index.html


Entra ano, sai ano e a farra continua!

Senhoras e senhores,

é importante se indignar e protestar contra as contratações ruins dos seus times, porém, mais importante ainda é guardar muito dessa revolta para situações como essa aí:

Saiu no O Globo, sábado,12/01/13:

*  “Capitais da regalia: vereadores do Rio e de BH recebem 14º e 15º salários”

Parlamentares ainda embolsam a título de “ajuda de custo” o auxílio-paletó

Ezequiel Fagundes 

BELO HORIZONTE — Empossados no último 1º de janeiro, os vereadores do Rio e de Belo Horizonte são os únicos de capitais do país que ainda embolsam a título de “ajuda de custo” o auxílio-paletó — ou 14º e 15º salários, como também são conhecidos o benefício. O GLOBO levantou na última semana se há o pagamento do auxílio nas Câmaras das 26 capitais. Só neste ano, os Legislativos de Rio e Belo Horizonte destinarão cerca de R$ 2,5 milhões para custear a verba extra dos parlamentares, sendo R$ 1,5 milhão para os políticos cariocas e R$ 984 mil para os belo-horizontinos.

O benefício é pago em duas parcelas, uma em janeiro e outra em dezembro, sendo que cada uma delas equivale a um salário integral. Os vereadores do Rio ganham R$ 15 mil, e os mineiros embolsam R$ 12 mil por mês. E com os reajustes aprovados no ano passado, a conta do auxílio-paletó ficou mais salgada.

Parlamentares reeleitos receberam nos contracheques de dezembro e janeiro o equivalente a cinco salários, considerando-se o 13º (benefício natalino), acrescido do 14º e do 15º. No Rio, os 30 parlamentares reeleitos, de um total de 51, ganharam R$ 63 mil da Câmara. Em Belo Horizonte, 19 de 41 vereadores embolsaram R$ 51 mil em dois meses.

Teoricamente, a verba serviria para a compra de terno e gravata. Mas diferentemente de outras remunerações, como a verba indenizatória, não é necessário prestar contas dos gastos com o auxílio-paletó. E, neste caso, o vereador gasta o dinheiro público como bem entender.

— Se eu quiser comprar tudo em cueca, eu compro em cueca — esbravejou o médico e vereador Alexandre Gomes (PSB-BH), eleito para o quinto mandato consecutivo….

. . . http://oglobo.globo.com/pais/capitais-da-regalia-vereadores-do-rio-de-bh-recebem-14-15-salarios-7275761


Desempregado, mas com o burro na sombra: R$ 4,3 milhões para sair

A CBF é uma mãe mesmo.

Mãe e casa de mãe Joana ao mesmo tempo!

Sustentada pela paixão, na maioria das vezes cega do torcedor, que gera fortunas aos seus clubes e estes à entidade que deveria apenas organizar os campeonatos e coordenar a formação da seleção nacional.

Mas ela manda em tudo e todos, e gasta absurdos, sem se preocupar, porque as fontes de arrecadação são infinitas e não existe fiscalização.

Como neste caso do Mano Menezes, mostrado em reportagem da Folha de S. Paulo de ontem:

* “Mano ganha R$ 4,3 mi para deixar seleção”

SELEÇÃO Somente a rescisão contratual rende ao treinador R$ 2,8 mi, além de dinheiro do FGTS e 14º salário

SÉRGIO RANGEL DO RIO

O técnico Mano Menezes recebeu cerca de R$ 4,3 milhões ao ser demitido da seleção brasileira. No mês passado, o presidente da CBF, José Maria Marin, pagou R$ 2,8 milhões somente de rescisão ao treinador, segundo documento obtido pela Folha.

Desempregado desde então, Mano ainda teve direito a sacar cerca de R$ 1,5 milhão do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), incluindo a multa de 40% paga pela confederação.

Do total, foram descontados R$ 388 mil de Imposto de Renda. Com carteira assinada pela confederação, Mano recebia R$ 517 mil mensais para comandar o time nacional, que atualmente ocupa a 18ª colocação no ranking mundial de seleções da Fifa.

Ele foi demitido no final de novembro por Marin. Desde que assumiu o comando da CBF em março, o dirigente resistia a manter Mano no cargo até a Copa de 2014.

O técnico foi substituído por Luiz Felipe Scolari, que vai receber um salário superior. O valor é mantido em sigilo pela cúpula da entidade.

O montante da rescisão de Mano inclui também o pagamento integral do 14º salário. No ano passado, a CBF distribuiu o bônus a todos os funcionários. Em 2011, último ano em que Ricardo Teixeira comandou a CBF, os funcionários receberam 16 salários.

De acordo com o último balanço da confederação, a entidade teve um lucro de R$ 73 milhões em 2011.

Mano foi admitido oficialmente em 1º de setembro de 2010, 20 dias depois de seu primeiro jogo pela seleção. Ao deixar o cargo, o ex-técnico do Corinthians ganhou também 36 dias de aviso prévio, o que correspondeu a um total de R$ 621 mil.

Mano foi a terceira opção de Teixeira para a seleção. O cartola dizia a dirigentes da CBF, pouco antes de deixar o poder, que não acreditava que o treinador teria sucesso na Copa de 2014, no Brasil.

Mano assumiu o cargo após Muricy Ramalho, à época técnico do Fluminense, hoje no Santos, recusar a proposta. Scolari havia sido sondado na ocasião, mas declinou do convite na época.

Após ser demitido, Mano preferiu o silêncio. Ele não deu entrevista para comentar a decisão da diretoria da CBF.

O técnico se limitou a postar mensagens na sua página na internet e no Twitter no dia em que foi demitido. Na última mensagem postada no microblog, o técnico desejava “sucesso à seleção na conquista do sonho maior da nossa torcida que é o título do hexacampeonato de 2014”.

* http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/88410-mano-ganha-r-43-mi-para-deixar-selecao.shtml


Mercado da bola: verdade verdadeira do Duke!

Hoje . . .

DUKE

. . . no O Tempo.


Com caixa refeito, Cruzeiro contrata bem para 2013

* As primeiras competições da temporada se aproximam e bate forte no torcedor a expectativa em torno do time que está sendo montado pelo seu clube. A frustração que tomava conta dos cruzeirenses em fins de 2012 deu lugar a grande motivação por causa das contratações feitas até agora pela diretoria. Se não buscou ninguém que mexesse com a torcida ano passado, este ano o Cruzeiro está investindo em nomes de peso. E o está fazendo porque, diferentemente do ano anterior, agora as finanças estão com saúde muito melhor.

 

Boa gestão

O controle do dinheiro arrecadado, que é muito, está sendo feito de forma mais cuidadosa pela gestão Gilvan de Pinho Tavares. Na ponta do lápis.

Como disse Alexandre Kalil, ao assumir um Atlético semifalido, quatro anos atrás: sabendo gastar, clube grande tem dinheiro para tudo, pois as fontes de arrecadação são muitas.

 

Caixa cheia

Kalil usou outras palavras, bem ao seu estilo, numa frase pesada, que, entretanto, não justifica que seja utilizada nessa coluna para dar o Cruzeiro como exemplo. Disse ele na época: “se não roubar e não deixar roubar, o dinheiro sobra”.

O certo é que a “caixa d’água”, ou “caixa forte” cruzeirense se encheu novamente, neste primeiro ano da administração Gilvan.

 

Com o Marcelo

Com os jogadores que já chegaram o elenco do Cruzeiro está infinitamente melhor que o do ano passado. A responsabilidade agora é do Marcelo Oliveira, em sua maior oportunidade até hoje de comandar um grande clube, da indicação dos jogadores e comissão técnica à escalação do time que quiser a partir do primeiro jogo da temporada. Antes, tinha sido “tampão” no Atlético e no Vasco, e por muito pouco tempo. Fez ótimo trabalho no Coritiba, que, porém, é da prateleira do meio.

 

Montar time

Mas a tarefa do Marcelo continua difícil, pois não é fácil, mesmo com bons jogadores, montar um time em tão curto espaço até o primeiro jogo oficial e o pouco tempo para treinar.  A seu favor ele tem o fato de contar com jogadores de qualidade e experientes como Henrique, Nilton, Diego Souza e Dagoberto, que estão chegando, mais os bons que ficaram de 2012, como Fábio, Leandro Guerreiro, Everton, Martinucio, Borges e Tinga.

 

Expectativa

Anselmo Ramon estava se firmando e caso mantenha o ritmo do fim do Brasileiro passado, poderá fazer de 2013 o ano da sua afirmação definitiva. Vamos ver até que ponto o acidente de carro, fatal no qual se envolveu no início das férias, vai influenciar dentro de campo.

Everton Ribeiro é a aposta mais famosa; tem tudo para se dar bem na Raposa; Ricardo Goulart, Lucca, Ueliton, Ananias e Egidio, têm ótimo retrospecto pelo que fizeram em seus clubes ano passado e valem o investimento, pois haverá oportunidade para todos mostrarem se têm condição de jogar no Cruzeiro.

 

A defesa

Entendo que apenas a defesa ainda merece preocupação especial no que se refere ao elenco. Não se firmou com Celso Roth e o Cruzeiro ainda não conseguiu nenhum nome que preencha as lacunas da zaga titular e laterais que disputem posição e possam suprir ausências de Ceará e Everton.

Nas próximas colunas falarei das mexidas do Atlético e do América na busca de elencos melhores para este ano.

* Essas e outras notas estarão em minhas colunas nos jornais O Tempo e Super Notícia, amanhãs, nas bancas!


Para jogar a toalha!

Se isso ocorrer será a desmoralização total!

Já não teremos a importância devida na Copa das Confederações, e agora, estamos correndo o risco de ficarmos sem até amistoso.

Nossos políticos vão dar razão a tudo que se fala deles em termos de fragilidade, incompetência e suspeição.

Vamos ver o que dirá Aécio Neves, pretenso candidato à presidência da república, que conta com Minas, como a sua principal base eleitoral.

Bancou Ricardo Teixeira em incontáveis ações, apostou todas as fichas no papo do então presidente da CBF, que Belo Horizonte teria papel preponderante na Copa, gastou e mandou o governo gastar o que não deveria, e que não poderia com essa história toda:

Do Lancenet!

* “Antes em BH, amistoso Brasil x França será em Porto Alegre, diz Grêmio”

Presidente Fábio Koff informa que, após negociação com José Maria Marin, duelo passou para novo estádio gremista, no dia 9, como preparação para a Copa das Confederações

O Grêmio surpreendeu e anunciou nesta sexta-feira que o amistoso entre Brasil e França, no dia 9 de junho, anunciado pela Fifa para o Mineirão, será realizado na Arena do Grêmio.

Segundo a assessoria do presidente gremista, Fabio Koff, o presidente da CBF, José Maria Marin, entrou em contato para dar certeza que os comandados de Luiz Felipe Scolari vão pisar no gramado – que ainda recebe reclamações – da nova casa tricolor.

A negociação estaria acontecendo desde dezembro, quando o mandatário gremista assumiu e entrou em contato com Marin. Koff argumentou que um jogo da Seleção na Arena valorizaria o esforço do clube, que construiu um estádio moderno mesmo que fora da Copa do Mundo. Costurou o acerto, confirmado nesta sexta.

O duelo em Belo Horizonte já havia sido confirmado pelo secretário-geral Jérôme Valcke e a Secopa mineira já tinha como certa a ida da Seleção ao estádio. O anúncio gaúcho deixou os mineiros espantados. A assessoria informa que o governo não recebeu nenhum documento dizendo que a partida não será no Mineirão.

A assessoria de imprensa da CBF ainda não confirma nenhum dos dois palcos como local do amistoso da Seleção contra os franceses, mas não descartou que a partida aconteça mesmo em Porto Alegre.

* http://www.lancenet.com.br/minuto/Gremio-confirma-Brasil-Franca-Arena_0_845315497.html#ixzz2HoGw7800


Onde está e onde não está a ética? O que você faria?

Aproveitando que a bola ainda não está rolando pelos gramados do país afora, vamos divagando e filosofando sobre coisas importantes para o nosso dia a dia.

Falar em ética é complicado, principalmente no Brasil, onde a “Lei de Gérson” vigora em todos os cantos do país, em todas as atividades profissionais.

Jornalista se depara com situações delicadas e vejam que exemplos interessantes; um vivido por mim, e outro, envolvendo grandes nomes do jornalismo mundial, focados na fotografia.

O assunto vale também para leitores trogloditas, sem educação, infelizes, que para discordar de alguém, agridem, baixam o nível e não há outro caminho que não seja a lixeira ou o spam para suas mensagens; para nunca mais serem lidos.

Gosto demais do diálogo com leitores, principalmente nas divergências, pois enriquece o debate, gera conhecimento mútuo e no fim, tudo se acerta, quando há bom senso e inteligência.

E, modéstia às favas, o nível da maioria absoluta dos meus leitores, é da prateleira de cima.

No dia 26 de novembro do ano passado, publiquei os maiores salários dos treinadores do mundo e do Brasil.

Dia 27 o Guilherme Lopes, que ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente, escreveu-me:

 * “Ô Chico, estava com o comentário abaixo pronto para ser enviado para o seu blog. Como falei mais cedo com outros dois jornalistas, segue o que eu iria publicar no blog, mas preferi enviar somente para você.

Ô Chico, não faz isso. Sempre te achei um cara sensato.
Você pode não concordar com os valores, não achar mérito ou outra coisa.
Mas daí dar eco, ficar republicando valores de salários de funcionários de instituições privadas, não é legal.
Isso compete a quem recebe e quem paga.
Acho uma falta de privacidade e ética.
Será esse o papel do jornalismo?
O que você acha?”
Guilherme Lopes

 

Respondi a ele:

Pois é, Guilherme!
Pensei nisso também antes de escrever.

Mas depois de ouvir em todas as rádios possíveis e ler em todos os sites e portais dos maiores veículos de comunicação do país, republiquei.
Mas o seu questionamento é totalmente válido porque abre o debate.
Os técnicos trabalham para instituições privadas, mas existe coisa mais pública que um clube de futebol no Brasil?
O que você acha?
Vamos trocando idéias, pois isso pode render uma coluna inteira nessa época de fim de ano quando a bola para.
Ótima discussão; ótima pauta.

 

O Guilherme replicou:

* “Ô Chico, fiquei feliz com a sua reflexão e resposta. E claro que vamos debater.

Só que nos próximos 12 dias terei acesso limitado, e também não vou querer ficar conectado, pois estou indo visitar Lisboa e Madrid.”

 

 

No dia 11 de dezembro o Guilherme voltou a me escrever:

* “Ô Chico!

Cheguei de viagem agora.

E aproveitei bastante as duas capitais!

Os destaques de Lisboa foram os tradicionais pastéis de Belém, a região do Parque das Nações e o bacalhau! Aproveitei para assistir umas apresentações de fado gratuitas na FNAC. E lá, um português muito simpático, o seu Augusto, me indicou o restaurante que ele come o bacalhau.

O pão, vinho, bacalhau, a sobremesa e o café. Tudo bem farto, por 8 euros! Anota o nome do restaurante aí: Super Mário. É só lembrar do personagem do vídeo game.

Aproveitei também e fui assistir um jogo de futebol no estádio da Luz. Você já foi lá?

O jogo foi da equipe B do Benfica, contra a equipe B do Marítimo, e entre os brasileiros estava o atacante Alan Kardec, ex Vasco, Internacional e Santos.

Em Madri, além dos museus com M maiúsculo, o Museu do Prado e o Reina Sofia (aproveitei para visitar no horário gratuito, é só conferir no site) eu me esbaldei com as tapas. Visitei vários bares e restaurantes e sempre pedia no balcão uma caña (cerveja pequena) e que sempre vinha acompanhada de algum tira-gosto (as tapas). Excelente.

Cada cervejinha de 200 ml bem gelada vinha acompanhada de um pratinho. Algumas vezes eram saborosas azeitonas, batatinhas fritas, sardinnhas fritas, jamón e outras delícias.

E um dia, assistindo um pouco de TV portuguesa, vejo uma mesa redonda e o tema era: o salários dos técnicos de futebol.

Hehehe… até por lá!”

 

 

E no dia 16 de dezembro o Guilherme enviou um último e-mail sobre o assunto:

* “Ô Chico,

olha o que eu achei por acaso, e que tem relação total com a nossa conversa (e fora que é o atual técnico da seleção). 

https://www.youtube.com/watch?v=-45S5cZDI9E

Por mais que o tom seja agressivo, eu imagino que ele pensou na família dele.

Abraço, 

Guilherme Lopes”

—————————–

Detalhe importante: nem sei para que time o Guilherme torce!

Agora, vejam que interessante essa coluna da “ouvidora” da Folha de S. Paulo, no dia 9 de dezembro, coincidentemente, mesmo período em que eu e o Guilherme discutíamos sobre a validade ou não de se divulgar os salários dos treinadores:

* “Ombudsman”

SUZANA SINGER  

O que você faria?

Foto de um homem prestes a ser atropelado pelo metrô levanta discussão ética sobre frieza da imprensa

METROEmpurrado para os trilhos, Ki-Suck Han, momento antes de morrer 

 

A imagem de um homem prestes a morrer atropelado por um trem de metrô está rendendo uma grande discussão sobre ética jornalística no mundo. O fotógrafo não deveria ter ajudado o homem em vez de ficar clicando? Faz sentido publicar uma imagem tão trágica?

Tudo aconteceu em 22 segundos. Na noite de segunda-feira passada, na estação de Times Square, em Nova York, um homem parecia discutir com um mendigo na plataforma. De repente, houve uma espécie de suspiro coletivo. Ki-Suck Han, 58, tinha sido empurrado pelo mendigo para os trilhos.

O fotógrafo freelancer R. Umar Abbasi estava lá, esperando a condução para cumprir uma pauta. Viu Han caído e começou a clicar. O trem se aproximava. A vítima tentou sair, mas não deu tempo.

A foto foi a capa do tabloide “New York Post” no dia seguinte, com a manchete, de extremo mau gosto, “CONDENADO”, seguida de “Este homem está prestes a morrer”.

Choveram críticas à atuação do fotógrafo e do jornal. Abbasi foi a um programa de TV para se explicar. Disse que não estava preocupado em fotografar o acidente, apenas usava o flash para chamar a atenção do condutor do trem. Desfiou outras justificativas: não teria dado tempo de ajudar Han, teve medo de ser empurrado também, não teria forças para puxá-lo.

Havia outras pessoas na estação, mas ninguém se mexeu.

A polêmica lembra a que envolveu a famosa fotografia da criança famélica espreitada por um abutre, tirada no Sudão em 1993. A imagem premiada, símbolo da luta contra a fome, tornou-se motivo de orgulho e tormenta para seu autor.

ABUTRE

Kevin Carter era um dos quatro membros do Clube do Bangue-Bangue, apelido que a trupe de destemidos fotógrafos recebeu por seu trabalho na África do Sul, no período violentíssimo entre a libertação de Nelson Mandela (1990) e sua eleição para presidente (1994). O grupo registrou toda sorte de tragédias e ganhou fama internacional.

Questionado sobre por que não ajudara a criança moribunda, Carter deu diferentes versões: disse que não era preciso porque havia um centro de distribuição de alimentos perto dali, que enxotou o abutre, que ela se levantou sozinha… Um ano depois de ter produzido a imagem, Carter, que tinha vários problemas, inclusive com drogas, matou-se.

Como regra geral, repórteres e fotógrafos não devem intervir nos acontecimentos. O papel deles é registrar os fatos, o que não é pouco, principalmente em situações extremas como guerras e epidemias.

Mas existe, é claro, a linha da solidariedade humana, o momento quando se age por instinto para tentar salvar quem está ali.

Colega de Carter no Bangue-Bangue, João Silva estava no Afeganistão em 1994, quando ouviu uma explosão. Viu emergir da poeira um pai carregando o filho ferido. Em vez de clicar, correu para ajudar. A criança morreu no hospital.

Fotografar teria levado segundos, não mudaria o destino do garotinho e poderia ter rendido uma cena que comovesse o mundo. “Eram imagens de guerra muito boas, mas decidi não bater. Nunca tinha feito isso. Mas a morte da criança acabou tornando meio sem sentido o gesto humanitário”, escreveu o fotógrafo no livro “O Clube do Bangue-Bangue” (Companhia das Letras, infelizmente fora de catálogo).

Casos extremos como o de Nova York ou do Sudão alimentam a imagem de frieza da imprensa, de jornalistas como “eunucos éticos”, nas palavras de David Carr, colunista de mídia do “New York Times”.

Diante da imagem arrepiante do homem sem esperanças nos trilhos, a reação usual é apontar culpados: não apenas o sujeito que provocou o acidente, mas aquele que registrou tudo e ainda quem teve o sangue-frio de publicar. A foto incomoda porque transporta o leitor até a cena e o faz se perguntar “eu teria me arriscado a ajudar o homem?”

A melhor opinião veio de um “herói do metrô de Nova York”. Em 2009, o ator Chad Lindsey pulou da plataforma para retirar um homem que tinha caído na linha do trem. Em vez de condenar a atitude do fotógrafo, Chad lembrou o medo que aqueles trilhos provocam e disse: “Você nunca sabe como suas pernas vão reagir até serem testadas”.


Competentes, gente boa, e donos de vozes famosas

Especialmente para o amigo do blog que semana passada escreveu perguntando pelo Roberto Marques: terça-feira tive o prazer de reencontrar com grandes figuras da comunicação mineira, na saída do programa Rádio Vivo, da Itatiaia, apresentado estes dias pelo Renato Gonçalves, que cobre as férias do José Lino Souza Barros.

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Para quem só conhece a bela voz da Kátia Pereira, ela é essa simpatia aí, tão bela ou mais que a voz.

Apresentadora do Jornal da Itatiaia. Está à direita do Roberto “Dinamite” Marques, um dos grandes locutores esportivos com quem tive o prazer de trabalhar.

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À esquerda, o Kleyton Borges, enorme figura, em todos os aspectos!

Com o Roberto fiz a minha primeira transmissão de futebol internacional, numa parceria das Rádios Jornal de Minas/Cultura de Sete Lagoas, junto com o Geraldo Padrão e o Marcos Russo; jogos do Atlético em Buenos Aires, contra Boca e River, pela Libertadores da América.

Anos mais tarde, rodamos um pedaço do mundo, pela Rádio Capital. Apaixonado pela patroa, D. Dorinha, com quem é casado desde muito jovem, hoje com belos netos, ficava louco quando não conseguia uma ligação telefônica para casa.

Naqueles tempos (e não faz tanto tempo assim), anos 1980, falar do exterior para o Brasil não era fácil, nem barato.

Hoje o Roberto leva vida mansa de aposentado, ganha bons cachês gravando comerciais para rádios, TVs e agências de publicidade e narra jogos com free-lancer para emissoras do interior. Um profissional realizado, que sempre soube cuidar da carreira.

Grande figura humana, com quem aprendi muito e a quem sou muito grato.


Homenagem ao Dr. Stefano Venuto Barbosa

Que está em regime alimentar:

Bar em São José da Serra . . .

SAOJOSEDASERRATIRAGOSTO

. . . primeira entrada à direita, depois da ponte em frente ao Coqueiros Bar, na MG-010, chegando na Serra do Cipó.

SAOJOSEDASERRACACHACA

Nota mil!

E o legal é que a pimenta é a malagueta legítima, mesmo estando no vidro.

Quer coisa mais antipática que buteco ou restaurante em Minas Gerais, terra do melhor tempero do Brasil, ficar servindo “tabasco” e outras molhos do gênero, como se fosse pimenta?


Não é só no Brasil que o crime está compensando

Twitter do jornal Estado de São Paulo

@Estadao Ricardo Teixeira receberá da Fifa uma aposentadoria de R$ 60 mil por ano: http://migre.me/cKepw  

 GENEBRA – Passou a vigorar no dia 1.º de janeiro a aposentadoria de Ricardo Teixeira na Fifa. Segundo o Estado apurou, o ex-membro do Comitê Executivo terá uma pensão de cerca de R$ 60 mil neste ano, valor que entrará anualmente em sua conta até ele completar 82 anos, em 2030. A quantia é uma retribuição aos serviços prestados ao futebol.

ricardo_teixeira_fabio_motta_estadao_03082010_292

* http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,fifa-ja-paga-aposentadoria-de-r-60-mil-por-ano-para-ricardo-teixeira,982578,0.htm