Três comentários muito interessantes que recebi e destaco neste primeiro post de hoje.
O primeiro é do americano Márcio Amorim, melhor informado de muitos detalhes do América do que eu, que faz uma avaliação melhor que a minha no caso do Rodriguinho e a sua pisada na bola na madrugada de domingo para segunda-feira.
* “Caro Chico!
Questões complicadas podem gerar comentários injustos e até mesmo errados. Nesse meio “profissional”, muita gente beber e pouca gente jogar é normal.
O rapaz joga muito. Pergunta-se, então: por que motivo não estourou na idade certa e não foi parar nos grandes do Rio ou de São Paulo? Acho que esta intimidade com a bebida já o atrapalha há mais tempo.
Não se pretende aqui vender moralismo a ninguém, mas, para atleta, o social é em casa, comedido e nunca às vésperas de jogos. Mas que existe, existe e em larga escala.
Vi-o, com 22/23 anos, cansado poucos minutos depois de iniciado o jogo. Com o passar do tempo, foi melhorando o condicionamento físico até chegar a ser o mais importante jogador do time e um dos melhores do futebol mineiro.
De repente, ei-lo contundido e não há como colocá-lo em forma para jogar. Confesso que desconheço a origem e gravidade da contusão, mas já são mais de sessenta dias afastado e “em tratamento”.
Subitamente “aparece” da pior maneira possível. “Em tratamento” e bebendo? Vi que ele assumiu a irresponsabilidade e discordo de punição sob a forma de suspensão.
Já foi punido pelos rigores da lei, perdendo a carteira vencida e pelo vexame. Menos mal que não houve vítimas. Neste caso específico, pune-se o time.
Ele teria mesmo é que ser colocado para jogar e produzir e, já que se sentia bem para beber, ainda que “socialmente”, deveria estar apto a jogar.
Como disse, é complicado falar. Sei que queria mesmo é vê-lo jogando e arrumando aquela “casa de mãe joana” em que transformaram o América, depois da sua saída.
Melhor mesmo é pôr uma pedra sobre isto e focar nos jogos restantes. Ainda falta um pouco para ficar na B e falta demais para almejar a A.”
Márcio Amorim
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O médico Roberto Pires, atleticano, fez uma projeção otimista da sequência dos jogos do time e dos demais no Brasileiro.
Pessoalmente, não dou a mínima para essas projeções, porque se as coisas não dão certo dentro de campo, tudo vai por água abaixo. No futebol, tudo “depende”, e a mídia dá grandes espaços a essas “projeções” para garantir audiência, já que a maioria do público gosta.
Neste caso, para o Galo, tomara que o Dr. Roberto esteja certo, mas vale a frase do Adilson “vamos aguardar!”.
Como diz o caratinguense Flávio Anselmo, “prefiro guardar a minha boca para comer a minha farinha”.
No dia 2 de dezembro, depois da última rodada, a gente volta a este post aqui e confere.
Veja aí o que projeta o Dr.:
* “Peguei todas as rodadas restantes do Brasileirão (site globo.com) e fui colocando os placares nas simulações ali permitidas. Cheguei à classificação final em anexo.
Vejam e torçam.
(obs.: tentem fazer simulações com as opiniões de vocês pra ver o que pode dar).
Abraços e sejamos felizes !”
Roberto Pires
CLASSIFICAÇÃO |
P |
J |
V |
E |
D |
GP |
GC |
SG |
% |
1 |
Atlético-MG |
78 |
37 |
23 |
9 |
5 |
55 |
24 |
31 |
70.3 |
2 |
Fluminense |
73 |
38 |
20 |
13 |
5 |
56 |
28 |
28 |
64 |
3 |
Grêmio |
72 |
38 |
22 |
6 |
10 |
53 |
29 |
24 |
63.2 |
4 |
São Paulo |
69 |
38 |
21 |
6 |
11 |
55 |
34 |
21 |
60.5 |
5 |
Santos |
64 |
38 |
17 |
13 |
8 |
51 |
41 |
10 |
56.1 |
6 |
Vasco |
60 |
38 |
15 |
15 |
8 |
47 |
40 |
7 |
52.6 |
7 |
Internacional |
58 |
38 |
15 |
13 |
10 |
43 |
30 |
13 |
50.9 |
8 |
Botafogo |
55 |
38 |
15 |
10 |
13 |
50 |
42 |
8 |
48.2 |
9 |
Corinthians |
54 |
38 |
14 |
12 |
12 |
39 |
33 |
6 |
47.4 |
10 |
Bahia |
52 |
38 |
14 |
10 |
14 |
35 |
37 |
-2 |
45.6 |
11 |
Flamengo |
49 |
37 |
13 |
10 |
14 |
38 |
46 |
-8 |
44.1 |
12 |
Ponte Preta |
47 |
38 |
11 |
14 |
13 |
42 |
45 |
-3 |
41.2 |
13 |
Cruzeiro |
46 |
38 |
13 |
7 |
18 |
38 |
49 |
-11 |
40.4 |
14 |
Náutico |
44 |
38 |
12 |
8 |
18 |
38 |
55 |
-17 |
38.6 |
15 |
Coritiba |
42 |
38 |
11 |
9 |
18 |
48 |
57 |
-9 |
36.8 |
16 |
Sport |
39 |
38 |
9 |
12 |
17 |
36 |
53 |
-17 |
34.2 |
17 |
Figueirense |
38 |
38 |
10 |
8 |
20 |
41 |
58 |
-17 |
33.3 |
18 |
Atlético-GO |
34 |
38 |
8 |
10 |
20 |
36 |
61 |
-25 |
29.8 |
19 |
Palmeiras |
31 |
38 |
8 |
7 |
23 |
30 |
48 |
-18 |
27.2 |
20 |
Portuguesa |
31 |
38 |
7 |
10 |
21 |
30 |
51 |
-21 |
27.2 |
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O cruzeirense Otávio Rodrigues voltou no tempo para avaliar a atual situação do Cruzeiro, traçando um paralelo com a política brasileira. Vale a pena lembrar a história recente da Raposa e do país, para compreender melhor o quadro.
Confira:
* “Você sabe a diferença que existe entre Felicio Brandi, Fernando Henrique e Zezé Perrela?
Nenhuma!
Veja bem o paralelo que faço entre estes 3 personagens.
Não tive a oportunidade de ver a administração Felicio Brandi, mas a construção da Toca da Raposa 1, juntamente com as vitórias e conquistas, nos mostram o quanto ele fez pelo Cruzeiro.
Porém após o título de 1977, sua administração foi totalmente desastrosa até a sua saída em 1982.
Vi o Atlético ser Hexa campeão mineiro.
Como em 1977 eu tinha apenas 10 anos, assim como qualquer criança eu tinha um grande sonho de gritar, é campeão. Porém, isso só veio ocorrer 6 anos depois em 1984.
Quanto a Fernando Henrique, o vi fazendo uma excelente administração em seu primeiro mandato, onde graças ao Plano Real, melhorou muito a vida do brasileiro. Porém no segundo mandato, inexplicavelmente ele não consegue dar continuidade ao seu trabalho e sua administração entra em colapso e entrega o país ao seu sucessor num verdadeiro caos.
Quanto ao sr. Zezé Perrela, ví este mesmo filme, mas ele pegou o Cruzeiro com muito dinheiro em caixa, porque o Cruzeiro vinha de uma boa administração com César Masci.
Ele simplesmente deu continuidade.
Não quero porém, ser injusto com suas administrações anteriores onde ele recolocou o Cruzeiro no caminho das conquistas e vitórias. No entanto, não entendo o que ele fez com a fórmula do sucesso que ele tinha em 2003, onde ele tinha esta fórmula na mão e a rasgou e jogou fora.
E para completar ele fez a mesma política de Felicio Brandi e Fernando Henrique no final de seu mandato, ou seja, a política de terra arrasada, onde deixou o clube totalmente em frangalhos para o seu sucessor. Este sim, mais se serviu do que serviu ao Cruzeiro.
Me lembro de uma entrevista em que o Atlético paranaense com as vendas de Oséias e Paulo Rinque, construiu se não parte, quase todo o seu estádio da Arena.
No próximo email , vou tentar enumerar os jogadores vendidos na Era Perrella desde 1995.
Isto é, o que eu conseguir me lembrar.”
Otávio Rodrigues