Li notas interessantes na Folha de S. Paulo de ontem, que têm tudo a ver com o futebol mineiro.
Na coluna Painel FC:
“Como está, fica”
Proposta de mudança na forma de disputa dos Estaduais, com a entrada dos “grandes” apenas na reta final, não tem o apoio da Globo. A emissora é contra a a alteração dos moldes atuais, alegando que não faz o menor sentido ela ter adquirido os direitos de uma dezena de torneios estaduais, ao preço de aproximadamente R$ 200 milhões, para metade das datas acontecerem sem a presença dos clubes de grandes torcidas.
Vai longe. Representantes da Globo acrescentam ainda que a compra dos direitos de transmissão dos estaduais, feita há cerca de dois anos, têm longa duração.”
É, se a Globo não quer, não tem jeito de mudar mesmo, já que ela põe um dinheirão nos principais clubes e eles são os que mandam.
Porém, em Minas, seria possível atender a ela: um campeonato seletivo, regionalizado durante quase todo o ano, envolvendo os clubes que não estejam nas Séries A e B do Brasileiro.
Os classificados disputariam o campeonato estadual nas datas da Globo, com os mesmos 12, etecetera e tal.
Fica a idéia e a esperança continua!
– Outras notas, também da coluna Painel FC:
“Chutando…”
Antes de contratar Celso Roth, o Cruzeiro consultou Levir Culpi, hoje no Japão, para substituir Vagner Mancini. A pedida do treinador, porém, foi considerada absurda pelos cartolas.
…alto
Quem acompanhou as conversas diz que Levir falou que só voltaria ao Brasil se recebesse salário semelhante ao de Luiz Felipe Scolari e Muricy Ramalho. E pediu cerca de R$ 600 mil mensais, valor considerado irreal pelo Cruzeiro, que encerrou a negociação.”
Considero o Levir excelente treinador, além de ótima figura humana, e ele está certo em pedir o que acha que merece.
Porém, entendo também, que nenhum treinador de futebol vale tanto para o nosso mercado, e que o futebol brasileiro perdeu o juízo há muitos anos com gastos exagerados e de retorno duvidoso, em atletas e preparadores.
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Esse trecho de reportagem da Folha, também de ontem, dá alguns detalhes muito interessantes do estádio nos Estados Unidos, onde o Brasil perdeu para o México.
Ô inveja e saudade dos tempos em que público na faixa dos 100 mil pagantes aqui era em qualquer jogo entre os gigantes ou em fases decisivas:
“…o bilionário e futurista Dallas Cowboys Stadium. Trata-se da maior arena esportiva dos EUA, que pode receber até 110 mil espectadores para um evento – ontem foram 80 mil torcedores.
Um salto e tanto para uma seleção que se acostumou a jogar em estádios acanhados da Europa, como o Craven Cottage, em Londres, ou a AFG Arena, em St. Gallen, Suíça, ambos com capacidade menor que 25 mil pessoas.
…O Dallas Cowboys Stadium é um gigante de aço, concreto e vidro, erguido entre duas rodovias em Arlington, município vizinho a Dallas.
Levou cinco anos para ser construído, consumiu R$ 2,2 bilhões e virou o modelo a ser copiado…
…Só os telões da arena -dois deles medem 49 x 22 m- custaram cerca de R$ 80 milhões.
… copiar sobretudo a capacidade dos americanos de vender comida e bebida durante os jogos.
Durante um jogo do Dallas Cowboys pela liga de futebol americano, são consumidos em média 60 mil litros de refrigerante e 10 mil toneladas de nachos e outras comidas.
Nos camarotes, os restaurantes têm bufês com cardápio internacional e poltronas.
“Mas o pessoal reclamava que tinha que ir lá fora buscar hot dogs e hambúrgueres, então colocamos isso aqui também”, disse à Folha Brett Daniels, diretor de comunicação e planejamento de eventos do Dallas Cowboys, durante visita ao estádio.
A arena tem capacidade para 15 mil pessoas assistirem aos jogos de pé, apoiados num balcão que circula todos os anéis de arquibancadas.
…Outra inspiração é instalar uma espécie de fábrica de refrigerante e cerveja, que distribua as bebidas por canos para centenas de torneiras espalhadas pela arena.
As cadeiras do estádio americano são tão confortáveis quanto poltronas de cinema, mesmo as mais baratas, que para a partida de hoje custavam cerca de R$ 100…”
E o Duke…
…no Super Notícia