Escrevo do Estádio Omnilife, onde o Brasil comandando pelo Ney Franco acabava de marcar seu gol depois de levar dois da Costa Rica.
Pensei que os costariquenhos fossem pagar o pato pelo empate brasileiro com Cuba, no jogo anterior, mas eles deram um show, mesmo precisando só de um empate e ficar com a segunda vaga para a fase semifinal. A primeira vaga é da Argentina.
Mas, melhor que este jogo é estar neste estádio, uma obra de arquitetura e engenharia espetacular.
Um dos mais bonitos e confortáveis onde já entrei em minha vida. Para o público, imprensa e dirigentes.
Só não é também para os jogadores porque o gramado é sintético, que tem provocado reclamações de todos os atletas que estão jogando aqui.
O que não serve de desculpa para o péssimo futebol apresentado pelo Brasil aqui, já que seus adversários também não estão acostumados com essa “grama”.
A FIFA permitiu e o Chivas Guadalajara, o dono, faz nele seus jogos oficiais.
O mais impressionante é o custo da obra, informado pelo Grupo Omnilife: R$ 129 milhões!!!
O dono do grupo e do time, Jorge Vergara, deveria dar uma consultoria aos dirigentes e políticos brasileiros, que estão gastando até cinco vezes mais para reformas e construção de novos para a Copa de 2014.
Uma vergonha!
São 49 mil lugares com cadeiras confortáveis para os torcedores; acolchoadas para imprensa e dirigentes.
As instalações para a imprensa são decentes, as melhores onde já trabalhei até hoje, apesar das sete Copas do Mundo e quatro Olimpíadas que já cobri.
Há telões até nos banheiros!
* (Pausa para informar que a Costa Rica acaba de marcar o terceiro gol, com o mesmo MacDonald, que já tinha marcado um e chutado um pênalti no poste, quando o jogo estava 2 x 0.)
Voltemos à tribuna de imprensa do Omnilife: espaçosa, bancadas com tomadas de energia elétrica e internet, Wi-Fi, à vontade. Um bar exclusivo, que serve água mineral e cafezinho na base do 0800.
E uma vista privilegiada do gramado, como deveria ser sempre, em todo estádio.
É inacreditável, pois nenhum jornalista brasileiro, que cobre esportes, está acostumado com isso.
Tomara que o Novo Mineirão tenha preparado algo semelhante no projeto que custou uma fortuna, igualmente inacredtitável!
Como disse o engenheiro da Rádio Itatiaia, Edmilson Silva, experiente em tantas transmissões e coberturas nacionais e internacionais: “O problema é que no Brasil, quem vai projetar e construir estádios nunca pede sugestões e nem procura a quem trabalha na imprensa, para saber como seria o ideal”.
Sobre o idealizador disso tudo, e dono do Chivas Guadalajara, vale a pena entrar nos sites que falam sobre ele e a sua fortuna.
Sujeito novo, saido da classe média e criador de um império financeiro.
Este site mexicano de economia, faz um resumo da sua interessante história:
* Jorge Vergara Madrigal
Bajo el signo de piscis, Jorge Vergara nació el 3 de marzo de 1955 en Guadalajara, cuidad donde actualmente recide. Perteneciente a una familia de clase media, Jorge prefirió el trabajo a la escuela, estudió hasta la preparatoria que terminó en el Tecnológico de Monterrey.
Fue mecánico, traductor de textos, vendedor de autos y a los 23 años, subdirector comercial de una empresa llamada Casolar que pertenecía a la firma Alfa, la cual más tarde quebró cuando la crisis del 81, por lo que fue despedido. Fue entonces cuando decidió empezar de manera independiente cocinando y vendiendo carnitas; luego con un restaurante de comida italiana, al principio como él señala le fue bien, sin embargo su negocio no funcionó más, además durante ese tiempo subió de peso y se enfermó. Ante tal situación fue cuando empezó a buscar como estar más sano, bajar de peso y tener una independencia económica, asi que como anillo al dedo le cayó la invitación de un amigo suyo, para integrarse a Herbalife, una empresa que vendía vitamínicos en pastillas por medio del multinivel.
A los 31 años y después de haber logrado el primer lugar de ventas en Estados Unidos, decide proponer al dueño de la compañía crecer y ofrecer otro tipo de vitamínicos que se pudieran tomar diluidos en agua, pastillas molidas, a lo que el propietario se opuso; esta actitud llevó a Vergara a crear su propia empresa en 1991 bajo el nombre de Omnilife con la ayuda de su esposa, tres compañeros y seis distribuidores.
La empresa de “vitaminas para pobres” como él la llama que comenzó a funcionar con 10 mil dólares prestados, es hoy catalogada entre las 200 corporaciones líderes en México. La corporación de capital privado que inició como una sola compañía, Omnilife de Mexico, hoy se compone de 19 compañías que tienen su sede en Guadalajara. Omnilife manufactura más de 70 diferentes suplementos dietéticos naturales, que se distribuyen de persona a persona a través de una red multidesarrollo creada por Vergara para ajustarse a las necesidades y estilos de vida de las culturas Mexicana y Latinoamericana. Hoy en día, más de un millón de personas en todo el mundo distribuyen los productos Omnilife en un número de países que siempre se va incrementando, lo que representa un total de mil millones de dólares en ventas anuales para la compañía, con márgenes de utilidad del 20 por ciento….
Veja o restante no:
* http://www.economia.com.mx/jorge_vergara_madrigal.htm
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