O comentário sobre os jogos, faço mais tarde, quando for enviar as colunas do O Tempo e do Super Notícia.
Mas a charge do Duke, hoje no Super, expressa a realidade, e os detalhes dos jogos, estão nas reportagens do Thiago Prata e Gabriela Pedroso.
CRUZEIRO 1 X SANTOS 1
Tropeço contra os reservas do Santos
Raposa dominou o Peixe durante 88 minutos, mas num cochilo da defesa cedeu a igualdade no placar; ainda sem vencer no Brasileiro time celeste segue na zona de rebaixamento da competição
THIAGO PRATA
As inúmeras chances desperdiçadas diante dos reservas do Santos custaram caro ao Cruzeiro, ontem, na Arena do Jacaré, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo com um jogador a mais durante quase todo o segundo tempo da partida, o time não conseguiu segurar a vitória parcial por 1 a 0, com gol de pênalti marcado pelo meia Montillo.
A Raposa acabou sofrendo o empate nos instantes finais, quando o atacante Borges mandou a bola para as redes de Fábio. A frustração e a indignação da torcida cruzeirense era enorme ao deixar o estádio de Sete Lagoas com o placar de 1 a 1. O Cruzeiro iniciou a partida em velocidade máxima. O meia Montillo e o atacante Wallyson movimentavam-se bastante, tanto pelo meio, quanto pelas laterais do campo, sem dar descanso aos marcadores adversários. Tabelas rápidas, cruzamentos na área, chutes de longe.
Os comandados do técnico Cuca tentaram de tudo para furar o forte bloqueio da equipe alvinegra. Por sua vez, o Santos investia nos contra-ataques. E não foram poucos. Em várias oportunidades, Rychely, Roger Gaúcho e Tiago Alves ganhavam dos celestes na corrida, obrigando os zagueiros Léo e Gil e o goleiro Fábio a se virarem e manterem o placar em branco ao fim da primeira etapa. O segundo tempo mal começou e a sorte parecia estar a favor do Cruzeiro. Ao tentar roubar uma bola do meia Dudu, que havia entrado no lugar do lateral Vitor, o zagueiro Vinícius Simon fez uma falta dura, recebeu o segundo cartão amarelo e acabou sendo expulso.
E partir daí, não demorou muito para a Raposa comemorar na Arena. Dentro da área paulista, Walace derrubou Anselmo Ramon e o árbitro Marcelo de Lima Henrique assinalou pênalti. O argentino Montillo bateu com categoria no canto esquerdo de Aranha e colocou o time celeste em vantagem.
A pressão do time celeste continuou forte. O duelo transformou-se em um jogo entre o ataque cruzeirense e a defesa santista. No entanto, Aranha, em noite inspirada, impedia que o segundo gol do Cruzeiro. E, quando tudo se encaminhava para uma vitória magra dos celestes, o atacante Borges (ex-São Paulo) tratou de deixar tudo igual no placar, aos 44 minutos da etapa final.
Cuca na corda bamba
Ao fim da partida, começaram as especulações se Cuca deixaria ou não o posto de técnico da equipe celeste. Em entrevista após o jogo, ele não escondeu a decepção com o resultado da partida. “Estou envergonhado. Eu nem vou sair de casa amanhã (hoje) porque jogamos com um time descaracterizado, embora bem à vontade, e perdemos dois pontos em casa”, disse o comandante celeste. Cuca reclamou bastante da quantidade de chances perdidas pelo time.
“Você tem 29 chances de gol e faz um de pênalti? Está correndo o risco de ser castigado. Eu disse isso o segundo tempo inteiro, que tinha que ter o tesão de matar o jogo”, defende-se. Quanto a sair ou não do comando, Cuca disse que a decisão é da diretoria. “Eu jamais vou me acovardar, mas temos que entender que a diretoria pode ter outros planos. Em quatro jogos, ganhamos dois pontos. Tem que melhorar”. (Soraya Belusi)
AVAÍ 2 X AMÉRICA 2
Empate nos acréscimos
Coelho vencia por 2 a 1 até os 46 minutos do segundo tempo, mas falha na marcação permitiu gol do time catarinense
GABRIELA PEDROSO
O América poderia ter deixado a Ressacada com a vitória, ontem, e conseguido a tão almejada reabilitação na Série A do Brasileiro. Porém, no finalzinho da partida, aos 46 minutos do segundo tempo, a equipe mineira falhou na marcação e acabou cedendo o empate por 2 a 2 ao Avaí. O resultado foi bastante lamentado pelos jogadores do Coelho, que consideraram que o empate teve gosto de derrota.
Com o resultado, o América ocupa agora a 14ª colocação, com quatro pontos. O Avaí conquistou o seu primeiro ponto e está em 19º.
Com o objetivo de conseguir a reabilitação no Campeonato Brasileiro, o técnico Mauro Fernandes resolveu dar uma chance ao atacante Alessandro no time titular. Mas a mudança não fez o feito esperado no primeiro tempo. Jogando fora de casa, o América começou saindo mais para o ataque, mas, sem criação no meio-de-campo, não conseguia finalizar.
Por outro lado, o ressabiado Avaí, que ainda não venceu no Brasileirão 2011, jogava atrás, levando pouco perigo ao goleiro Flávio.
Após uma falta bem defendida por Flávio, o time da casa acordou e passou a finalizar mais. Ao todo, somente no primeiro tempo, foram 14 finalizações do Avaí, contra apenas três do time mineiro.
Porém, quando o jogo parecia dominado pelo Avaí, brilhou a estrela do atacante Alessandro, que, em sua primeira chance real, fez o gol e colocou o Coelho na frente. O time catarinense ainda tentou o empate no primeiro tempo, mas o goleiro Flávio não deixou.
Após a apatia da etapa inicial, as duas equipes voltaram melhores para o segundo tempo e promoveram um jogo bastante movimentado. Resultado disso foi que, aos 8 minutos, o Avaí conseguiu o empate. Julinho entrou na grande área do América, tentou o drible em Amaral e foi ao chão. O juiz Héber Roberto Lopes marcou a penalidade, Julinho cobrou e deixou tudo igual.
Mas o Coelho estava ligado na partida e, no lance seguinte, conseguiu assumir a frente novamente. Rodriguinho sofreu falta do goleiro Aleks na grande área e o árbitro marcou o pênalti. Fábio Júnior cobrou e marcou o seu primeiro gol no Brasileirão 2011.
Quando a partida parecia ganha para o Coelho, o Avaí arrancou o empate em um lance de bola parada, aos 46 minutos. George Lucas cruzou e Cássio apareceu sozinho para estufar a rede americana.