Blog do Chico Maia

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O clássico é para quem tem coragem

Nos bancos

É jogo que costuma ser decidido por alguém que desequilibra dentro das quatro linhas ou no banco, onde o treinador que consegue enxergar melhor o jogo, se dá bem, com uma alteração técnica ou tática. O Cruzeiro não tem nada a perder e pode ir para o tudo ou nada. O Galo, se for medroso como foi contra o Botafogo, pode dar adeus às suas pretensões ao título.

Justiça

A falácia em torno do Atlético ficar com o vestiário do lado direito das cabines do Mineirão é ridícula e injustificada. O mando de campo é dele e fim de papo. Se é a primeira vez na história que isso vai ocorrer, é porque, até então, o Cruzeiro foi mais esperto na guerra de bastidores. O resto é conversa fiada.

Satisfação I

Que prazer rever o Matheus, que formou um dos melhores meio de campo que o América já teve. Eram Lúcio, Ludo e ele, no início dos anos 1980. Especialista na cobrança de faltas, era um maestro dentro de campo. Parou ainda jovem, aos 27, e foi cuidar da Engenharia, profissão que abraçou. Hoje, aos 48, é dono de quadras de futsal em Belo Horizonte, o Planeta Bola, e joga suas peladas.

Satisfação II

Na mesma roda onde revi o Matheus, conheci o Chicão, irmão mais novo do goleiro Fábio, que fez sucesso no Atlético, Cruzeiro, São Paulo e chegou à seleção brasileira, convocada para a Copa de 1966. Foi o Chicão quem me contou que o Fábio poderia ter entrado para a história como o primeiro goleiro a levar um gol no Mineirão, no famoso jogo de inauguração, entre a seleção mineira e o River Plate. Ele defendeu um pênalti batido pelo time argentino, antes do histórico gol marcado pelo Bugleaux para a seleção. Discreto, nunca disse que tocou um dedo na bola, e a imprensa sempre disse que a bola foi direto na trave.

Satisfação III

Ainda não tive o prazer de conhecer o Fábio pessoalmente, mas hoje ele é dono de restaurante no Retiro do Chalé, na região de Nova Lima, e vai completar 73 anos de idade, no dia 11 de novembro. Um nome dos mais importantes da grandeza do futebol mineiro, porém pouco lembrado por nós da imprensa, exatamente por causa da discrição que ele sempre adotou como forma de viver.

Este encontro que tive com tanta gente boa ligada ao futebol foi proporcionado pelo aniversário do empresário Rono Neves, atleticano, que está incomodado porque a filha Naara disse que é torcedora do América e ninguém a demove da idéia. Prova que o futebol é isso: um clube tem que conquistar títulos, quaisquer que sejam, para atrair principalmente crianças como a Naara.

Essas e outras notas, em minha coluna de amanhã, no Super Notícia, nas bancas!


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Comentários:
3
  • Leandro Alves disse:

    Chico colocando comentarios de torcedor atleticano escondido no meio de tantas materias não vai passar a raiva do seu time.

  • coisa pequena de MG, querer ficar atrás de auxiliar ( bandeira). por isso que poucos treinadores brasileiros dão certo la na Europa. O Flamengo mesmo como mandante sempre fica do lado que fica longe do auxiliar porque a sua torcida normalmente fica naquele setor. O trabalho do treinador dá resultado nos treinamentos onde orienta os jogadores técnica, tática e psicologicamente. Dentro ds 4 linhas quem decide são os jogadores.

    Naara, seja bem-vinda à torcida Americana e descubra como é bom o jeito elite se ser, viver, conviver e torcer! Já sai na frente pois em BH é o único clube que tem Casa!

  • Arísio disse:

    Chico, Chico…
    só o esquema de reforço de policiamento e desperdício de 2 mil ingressos já prova o quanto a troca de vestiários é perigosa e não deveria ter sido aprovada. Mas…paciência…
    Enquanto o maior fomentador de polêmicas e violência do futebol mineiro contar com a inexplicável conivência de TODOS os integrantes da imprensa mineira pouco mudará.
    Aliás, é o modelo de jornalismo praticado nos dias de hoje baseado na polêmica. Divulgam campanhas a favor da paz nos estádios e, ao mesmo tempo, dão total repercussão às declarações inflamadas e irresponsáveis do kalil.
    Vida que segue…