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Jornalistas do Lance! são condenados a indenizar árbitro de futebol

Todo cuidado é pouco!

* Do site Comunique-se:

Jornalistas do Lance! são condenados a indenizar árbitro de futebol

Da Redação

A 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a decisão que condena os jornalistas do jornal Lance! Carlos da Silva Monteiro e Eduardo Tirone a pagar indenização por danos morais ao árbitro Gutemberg de Paula Fonseca, acusado, em uma reportagem do veículo, de ter superfaturado passagens em dois jogos.

Os textos publicados em 2007 usava uma fonte para a acusação. “Olho nele: Gutemberg superfaturou passagens em dois jogos; Inscrito em 2004, Gutemberg, contrariando determinação da entidade, está atuando em jogos das séries A e B do Brasileiro com o nome inscrito na lista de devedores” da Serasa. Em outro texto: “Segundo informações apuradas pelo Lance!, os desafetos de Gutemberg desconfiam que ele esteja apitando em situação irregular, contando com a conivência de alguém. Outra hipótese é que o árbitro tenha conseguido adulterar o documento”, dizem as reportagens.

No entendimento da 10ª Câmara, por votação unanime, os jornalistas não se aprofundaram na investigação da denúncia antes de publicá-la. “A circunstância de mencionar a fonte, não isenta os jornalistas de perquirirem a veracidade daquilo que está sendo divulgado. Exige-se aí, um mínimo de responsabilidade, não se podendo aceitar qualquer comportamento açodado e leviano por parte dos profissionais da imprensa.”, disse o desembargador Celso Luiz de Matos Peres.

Atendendo a parcialmente ao recurso interposto pelos jornalistas, o desembargador reduziu o valor dos honorários sucumbenciais, de 15 para 10% do valor da condenação, que é de R$ 10 mil. Ainda cabe recurso da decisão.

As informações são do Consultor Jurídico.

* http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D55014%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D1217451664%26fnt%3Dfntnl


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Comentários:
19
  • Renato Mello disse:

    Só tenho uma coisa a dizer…
    É por causa de discussões saudáveis e super informativas como essa entre o Nelson e o Alisson Sol , entre outras coisas, que esse blog do Chico é show de bola! Seria legal se TODOS os blogs fossem assim…
    Abraço a todos,galera!
    Renato Mello 😉

  • Alisson Sol disse:

    Nelson,

    Acho que são diferentes os conceitos de “opinião”, que é algo que todos tem direito a ter, com “julgamento”, que é um procedimento da Justiça. As pessoas certamente formam sua opinião apressadamente. Mas ninguém tem de provar ou desprovar a sua “opinião” ou “suspeitas”. Pelo que já vi de suas mensagens no blog, suspeito que você é uma pessoa inteligente, bem intencionada, e certamente alguém com quem é um prazer conversar/discutir. Mas não tenho como provar isto!

    Utilizando a sua analogia das bruxas, o árbitro processou os jornalistas porque eles publicaram que uma fonte lhes disse que o árbitro é um bruxo. Agora os jornalistas tem de provar que o árbitro é um bruxo, ou só provar que uma fonte realmente lhes disse isto?

    A fonte é certamente conhecida pois, segundo o parecer judicial (item 7):
    7. O teor das reportagens não deixa dúvidas de que a apuração jornalística não se aprofundou, publicando notícias degradantes sem prova mínima dos fatos noticiados, sendo certo que a circunstância de mencionar a fonte, não isenta os jornalistas de perquirirem a veracidade daquilo que está sendo divulgado.

    Se o árbitro estivesse processando os jornalistas para o obter o nome da fonte, e daí prosseguir processando a fonte, teria todo o meu respeito. Mas a opinião em negrito do relator é, para mim, incorreta juridicamente, e este caso certamente vai ser revertido em circunstância superior.

    Imagine um mundo funcionando de acordo com este desembargador:
    – Nenhuma agência de notícias poderia existir. Jornais publicam notícias “Segundo a Reuters”, “Segundo a France Press”, “Segundo a Agência Globo”. Cabe ao jornal conferir o que a agência de notícias disse?
    – O VP de futebol do Cruzeiro noticiou que Kléber estava vendido. Kléber viajou para Portugal. Eu, pessoalmente, já estava super feliz, e pensei até em comprar umas ações do Porto por gratidão! Ao final, Kléber não foi vendido. Posso processar todos os veículos de comunicação por terem me “iludido”?
    – Alguém que faz manutenção de aeronaves confidencia a um jornalista que certa empresa não está fazendo manutenção direito. O jornalista checa com a direção da empresa, que diz que está tudo perfeito. O jornalista publica ou não a informação que recebeu? E se não publicar e dois dias depois um avião da empresa cair? O jornal pode agora ser processado pelos parentes das vítimas?

    Vamos ter de “concordar em discordar” neste caso pois, como já disse, é uma questão de princípios (daí a citação de axiomas). Eu não acredito automaticamente em tudo que leio em jornais, e portanto prefiro ter “toda a informação possível, incluindo alguma informação incorreta”. Mesmo assim, entendo sua posição: os jornalistas devem mesmo ser mais cuidadosos. Certamente, preferia viver em um mundo em que todas as informações de jornais fossem absolutamente corretas. Mas vou aceitar o mundo atual mesmo, e continuar preferindo a imprensa livre.

  • Nelson Henrique disse:

    Alisson,

    Quando me referi a julgamentos açodados, referia-me ao péssimo hábito do brasileiro de condenar através de notícias publicadas em meios de comunicação. Você mesmo quando discutíamos sobre o caso da empresa do Kalil, utilizou o argumento de que onde há fumaça há fogo, é que se alguém entra na justiça para pedir reparação é porque então deve. Não! É um direito de todos confrontar quem o acusa e solicitar que se prove a acusação.
    O árbitro processou o jornal e os jornalistas, pelo simples motivo de haver solidariedade no que é publicado por um jornalista, e pela empresa onde trabalha. Ou seja, o veículo onde se publicou a noticia!
    Não há que se falar em cerceamento à imprensa, basta que os jornalistas apresentem as provas. Ele não solicitou que a notícia não fosse publicada, apenas solicitou que se provasse a sua culpa “sem sombra de dúvidas, ou que se reparasse o erro. Quanto ao fato deles não terem se aprofundado nas investigações, é o objeto do questionamento. Se sou jornalista e digo que o fulano é “ladrão”, como sou jornalista e publiquei a matéria, logo estou dizendo a verdade. Não preciso apresentar provas. Isto é que axioma matemático? Se já existem provas em outro processo, mesmo que sejam condenados nesse, poderão recorrer, tendo seguramente seu pleito aceito, e inocentados. Quanto ao fato de não arrolar a “fonte”, às vezes, é pelo simples fato de não a possuirmos. Processar a fonte fica impossível, quando não há conhecermos, já que a lei protege o sigilo da fonte, junto ao jornalista. Não cabe ao acusado provar que é inocente. Basta solicitar que quem o acuse prove que é culpado. O ônus da prova é sempre de quem acusa. Se formos seguir seu raciocínio logo, logo, voltaremos ao tempo da inquisição, em que alguém era acusado de bruxaria e caso este não conseguisse provar não ser bruxo, seria queimado. Felizmente esta época acabou em meados do século XVIII. Você mesmo disse que dar notas com base em informações de Twitter é perigoso. Para contornar tal situação basta que o jornalista, após receber a informação da fonte, recolha provas! Não terá nenhum problema quando for instado a apresentá-las! Aí, nunca terá que recorrer às leis da California, sobre proteçao das fontes.

  • Renan Rodrigues disse:

    JB, o Mineirão é um logradouro público e não é propriedade do Cruzeiro.

  • Alisson Sol disse:

    Nelson,

    Se você leu o parecer do relator do Rio e acha mesmo que ele prova que o árbitro comprovadamente não fez nada errado, então eu perdi tal parte. O parecer, na minha opinião, apenas aponta que os jornalistas não se aprofundaram na sua investigação à época da publicação. Mesmo no texto deste parecer, fica claro que os jornalistas queriam este processo unificado com outro já existente relativo ao mesmo caso contra o jornal, para evitar terem o trabalho dobrado. Talvez por isto seus advogados não se dedicaram a apresentar todas as provas que possuem neste processo, que agora os “desembargadores” se recusaram a arquivar, mesmo sabendo que já há outro processo correndo relativo ao mesmíssimo caso (e depois membros da Justiça reclama que “não tem tempo”!). Este é exatamente o tipo de intimidação que se deve combater: o árbitro processou o jornal, processou os jornalistas e, se tivesse mais dinheiro, provavelmente iria processar também todo mundo que publicasse qualquer notícia sobre o caso, impedindo a publicação de notícias sobre o processo (algo que, inclusive, já ocorreu no Brasil!).

    Ironicamente, a única coisa que não achei é um processo do árbitro contra a “fonte” (alguém achou?). Ou seja: parece que o árbitro não está muito interessado mesmo em provar que a “fonte” mentiu e estava errada. O foco dos processos é apenas em quem noticiou, por não ter exigido da fonte provas.

    Além disto, eu discordo em princípio de:
    O problema de querermos fazer justiça açodadamente, é que isto, só contribui para o descrédito da Justiça.
    Como se diz na Matemática: se não se acredita nos “axiomas”, nada mais faz sentido. Todas as minhas experiências com a “Justiça” no Brasil são tudo, menos “rápidas ou precipitadas”.

    Há o famoso caso da jornalista Salete Lemos, demitida da Rede Cultura por supostamente ter reclamado no ar sobre processo que corre contra a Federação de Bancos, no qual a Febraban pede “mais tempo” para calcular possíveis erros nos extratos de clientes à época da conversão para o Real. Isto após 20 anos! E isto apesar do Brasil ter os mais informatizados bancos do mundo.

    Longe de mim defender jornalista preguiçoso. Mas neste caso, eu vejo apenas cerceamento à imprensa. Fica claro dos pareceres que o árbitro já deve ter conhecimento de quem foi a “fonte”. O único processo cabível por quem quer realmente defender a sua honra, é contra a “fonte”. Neste caso, a “fonte” é certamente alguém que existe, não um “perfil de Twitter”, que ninguém pode conferir se é real.

    É por isto que a algum tempo eu até citei ao Chico Maia: é perigosíssimo esta questão de dar notas baseadas em perfis de Twitter. A segurança de sistemas como este já foi comprometida muitas vezes, e mesmo se o perfil é real, a nota feita em certa ocasião pode não ser. Em breve chega ao Brasil o que já chegou à Inglaterra: uma autoridade/artista/famoso processa um jornal, que diz que copiou do Twitter, que quando é chamado invoca as leis da Califórnia, e não pode de forma alguma autenticar uma nota. Aí é que vamos ver jornalistas se complicando de vez…

  • Nelson Henrique disse:

    J. B. CRUZ

    Vocês agora vão ter que ficar resmungando. Já é fato consumado. Como ficou demonstrado, não há motivo para o Atlético não ocupar o tal túnel, quando formos mandantes dos jogos. Quem sabe você não possam recorrer ao Bispo?

  • J.B.CRUZ disse:

    Estive no primeiro jogo na inauguração do Mineirão e lembro perfeitamente que havia uma faixa a direita das cabines de rádio com os dizeres: AQUI TORCIDA DO CRUZEIRO …E mesmo o CRUZEIRO ter jogado seu primeiro primeiro jogo um Mês depois pelo campeonato Mineiro de 1.965 contra o VALÉRIO DÔCE , a faixa continuava lá, empurrando a torcida do galo para a esquerda onde o sol as 4 horas é inclemente, daí a brincadeira, cachorrada e eles rebatiam chamando a torcida do CRUZEIRO que deliciava na sombra de refrigerados…O túnel sempre foi do CRUZEIRO justamente por estar abaixo da torcida do time azul…Quem teve a idéia de separar as torcidas colocanda a faixa foi o maior presidente de clube de Minas Gerais de Todos os tempos:FELÍCIO BRANDI….Portanto é perigoso sim o atlético sair daquele túnel em dia de clássicos…

  • Nelson Henrique disse:

    Tonhão e Bertoldo,

    Quanto ao fato dos jornalistas serem simpatizantes do nosso adversário,
    não há muito o que falar, todos percebem.
    Não devemos esquecer que existem jornalistas, donos de empresas de mídia, que torcem também, para o América. Apesar da polarização que há entre o Atlético e o time da enseada das garças, os americanos nutrem um ódio visceral, do nosso clube, por talvez sermos o que eles achavam que seriam nos primórdios da fundação do dois clubes. Isto que hoje é tentado por parte da imprensa, já poi objeto de tentativa por parte do americanos nas décadas de 20, 30 e 40, sem sucesso. O problema é que cometeram um erro de estratégia, e hoje teêm uma torcida diminuta, mas porém influente em alguns setores.
    Não se enganem se eles tiverem oportunidade de nos prejudicar, ou mesmo, acabar conosco (Clube Atlético Mineiro), o farão!
    Quanto ao fato do túnel, comentei em um post, no domingo, justamente de ninguém ter dito nada a respeito. O problema é que tentaram de todas as maneiras impedir que o Atlético exercesse seu direito, invocando mortes, e não sei como, até o dilúvio. Como não conseguiram nutrem verdadeiro “ódio” pelo Kalil. E aí inventam desculpas, para a atitudes do Vanderlei, com o intúito de nos prejudicar, tentando reverter a situação do túnel.
    Gente, não vamos agredir nem ameaçar ninguém. Devemos levar as coisas na brincadeira, senão não tem razão de ser.

  • Nelson Henrique disse:

    Alisson Sol.

    Concordo com você quanto ao fato de às vezes os juizes, decidirem com “simpatia”. Não deveria ocorrer, mas ocorre. Neste caso parece-me bem fundamentada a decisão.
    O problema de querermos fazer justiça açodadamente, é que isto, só contribui para o descrédito da Justiça. Geralmente quando as decisões chegam, às instâncias superiores, são revertidas. Ficamos com a impressão de que foram modificadas por simpatia dos juizes, para com algum dos réus. Geralmente o motivo é de ter sido atropelado o devido processo legal, não se sustentando as provas.
    Investigações falhas e instruções mal fundamentadas geralmente dão margem anulações de setenças de primeira instância, dando direito a novos julgamentos, com sentenças às vezes diametralmente opostas as anteriores. Vide caso da freira Dorothy Stang (me desculpe de grafei erroneamente) ou da moça, que foi estuprada e morta, após ter ido ao Posto comprar gasolina para uma amiga.
    Neste caso havia sangue no carro de um dos acusados e sêmem na roupa da jovem. Porém nem o sangue, nem o sêmen foi testado para verificar a quem pertencia. Ficaram apenas no “achismo” da culpa dos acusados. Os mesmos foram absolvidos por “falta de provas”. Há uma grande distância entre aquilo que achamos e aquilo que podemos provar. A um grave erro da Justiça, neste, e em outros casos. Porém a Justica é um ente muito vago. Compõe-se de Policia, Advogados, Ministério Público, Tribunais. Alguém deveria ter sido responsabilizado, mas como todos sabemos , “no Brasil filho feio não tem pai”

  • Bertoldo disse:

    É péssimo ver jornalistas acusar sem provas, e pior ainda é perceber que eles se voltam contra os árbitros quando estes erram contra determinados clubes. É necessário mais isenção como tinha Mário Viana e Kafunga.
    As vezes fico decepcionado com alguns comentaristas mineiros que só emite opiniões preservando interesses do Cruzeiro. Dizer que o acirramento entre o Luxa e a torcida cruzeirense é culpa do Galo por ocupar o túnel que é hereditariamente posse do Cruzeiro, foi um absurdo. Ora, como disse um participante do Blog, será que Minas retornou ao tempo das Capitanias Hereditárias? o Galo apenas está exercendo o seu direito durante seu mando de campo. Seria mais fácil mudar a torcida do Cruzeiro ou então mudem o túnel para o outro lado.

  • Alisson Sol disse:

    Lendo o que está este site, que supostamente publica a íntegra da decisão judicial nesta instância, não duvidaria muito do uso do critério “simpatia” na decisão. Evidentemente, ainda cabem recursos.

    Como já provado em vários caso, antigos e recentes, o critério “simpatia” infelizmente é muito utilizado em decisões da “Justiça” no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro (haja visto o recente caso do menino americano com padrasto brasileiro e mãe falecida, etc.). Fica a esperança de que isto chegue ao Supremo, que normalmente repara estas aberrações.

  • Nelson Henrique disse:

    Alisson Sol,

    Você está invertendo os fatos. O árbitro acionou a justiça para que os jornalistas provassem o que primeiramente haviam dito. Como provavelmente não conseguiram, foram condenados. Ou será que o juiz os condenou, apenas não simpatizar com os mesmos,. Primeiramente foram os jornalistas que publicaram a matéria. É apenas questão de logica elementar. Levantar suspeitas é direito de todos, mas antes de publicar em um jornal, devemos verificar a fundo, investigar, pois senão vira calúnia. Depois que uma matéria é publicada em um orgão de imprensa, não há retaratação que conserte. Ficará sempre a dúvida sobre a honra do acusado. O tonhão não levanta suspeitas, ele apenas colocou o que o Ministério Publico, aliás orgão competente para investigar, já tornou público. Se o jornalista tivesse publicado uma reportagem sobre uma investigação do STJD por exemplo, provalmente não seria punido. Estaria apenas dando ciência ao público de uma investigação. Concordo que o jornalista tenha o direito de publicar o que investigou, mas que, possua provas para corroborar o que publicou, senão, volto a frisar é calunia. Os torcedore podem gritar “ladão” a vontade, mas os dirigentes não. Caso o façam são punidos. Vide vários exemplos aqui mesmo no Brasil.

  • Alisson Sol disse:

    Corretamente, quem acionou a justiça é que tem de provar sua posição. Neste caso, não foram os jornalistas acionando a justiça contra o árbitro. O árbitro acionou a justica contra os jornalistas. Corretamente, os “jornalistas são inocentes, até que se prove o contrário”.

    Senão fica difícil levantar suspeitas, o que é uma das bases da vigília de quem, de forma direta ou indireta, usa ou se beneficia de dinheiro público. Eu prefiro o Tonhão levantando as suas suspeitas e a gente investigando cada caso do que todo mundo ter de viver amordaçado. E como ficariam os programas humorísticos, ao fazer piadas com os políticos? Ficam proibidas as piadas até o final das apelações?

    Árbitros de futebol estão envolvidos, comprovadamente, em inúmeros casos de manipulação de resultados. Sei que o caso citado não é relacionado a isto, mas daqui há pouco um árbitro vai poder processar todo mundo que gritar “Ladrão” em um estádio de futebol!

  • Nelson Henrique disse:

    Chico Maia,,

    Como diz a reportagem, o juiz considerou que os jornalistas não se aprofundaram nas investigações. Portanto não conseguiram provas de que o árbitro havia superfaturado as passagens. O ônus da prova, como em todo pais civilizado e de quem acusa. Ao árbitro não caberia provar sua inocência. Seria necessário apenas solicitar que os acusadores, provassem o que estavam dizendo.
    A grande sensação de impunidade no Brasil, resulta do fato de acusarmos as pessoa, apenas com indícios, convicções pessoais, hipóteses, sobre o ocorrido. Para se condenar alguem é preciso prova.
    Quando não conseguimos provar a culpa de alguém, sem sombra de dúvida, corremos o risco de ver a sentença modificada em instância superior. Não por “mal caratice” dos juizes das instâncias superiores, mas sim, porque a acusação não se sustenta perante as leis. E ai fica o sentimento de impunidade, que na realidade, deveria ser o sentimento de incompetência.
    Basta fazer o dever de casa e trabalhar direito, para que não haja reversão das decisões, posteriormente.

  • valcir alves disse:

    marcelo de andrade depois do coro no sabado o luxa e o pipoqueiro do tardele foi para no acre. rsrssrsrsr

  • Alisson Sol disse:

    Em verdade, esta matéria do Comunique-se é confusa. Não se consegue saber, lendo a matéria, se o árbitro provou que os jornalistas estavam errados ou não. Ou seja, quem lê, não pode tirar conclusão nenhuma deste texto.

    Se o árbitro provou que os jornalistas estavam errados, então os jornalistas foram realmente irresponsáveis em publicar o que era, literalmente, uma “fofoca”. Como está, o texto deixa no ar que o árbitro está sendo reembolsado, mas que pode mesmo estar errado! Ou seja: daqui há pouco, o jornalistmo brasileiro vai ficar igual ao Inglês, onde toda frase tem texto longos como “Fulano, acusado e condenado em primeira instância, com direito ainda a duas apelações, …“.

    É preciso uma reação a isto, para se evitar o que hoje ocorre na Inglaterra. A “Libel Law” (Lei da Calúnia) Inglesa é a mais absurda do planeta, e há petições constantes na Internet para sua reforma. Mais importante que as questões relacionadas ao esporte, a imprensa livre é algo necessário para proteger as pessoas de charlatães. Hoje, se alguém na Inglaterra diz que é “um ET vindo do espaço, com poderes miraculosos” nenhum cientista pode tentar desmascarar o indivíduo. Se o faz, é processado por calúnia e passar a ter de provar que o sujeito não é um ET com poderes miraculosos. Sem um bom bolso para enfrentar tais processos, a maioria se retrata (o que, pior ainda, ajuda ainda mais a promover o charlatão!).

  • João Pedro disse:

    Olá Chico Maia,
    Eu e meus colegas de classe do Colégio Caetano, estamos fazendo um trabalho escolar de redação sobre articulistas. Gostariamos de lhe enviar algumas perguntas sobre o assunto e que você nos respondesse:

    1- O que é um artigo de opinião?
    2- Quais as estratégias discurssivas você costuma utilizar nos seus artigos ?
    3- Você recebe cartas (e-mails) e comentários de seus leitores sobre artigos de opinião. O que os leitores tendem à apontar nos comentários?
    4- Como você seleciona os temas de seus artigos de opinião? Há censura por parte dos editores?
    5- Qual é o pricipal público alvo de seus artigos?
    6- Durante a produção dos artigos, você já possui uma perspectiva da repercussão do mesmo?

    Agradecemos a paciência
    Atenciosamente, alunos do Colégio Caetano

    – Sete Lagoas

    • Chico Maia disse:

      Olá João Pedro,
      Aí estão as minhas respostas:

      1- O que é um artigo de opinião?

      – É um texto onde alguém manifesta o seu pensamento e seus conhecimentos a respeito de determinado assunto. No meu caso, por exemplo, sou especialista em futebol.

      2- Quais as estratégias discurssivas você costuma utilizar nos seus artigos ?

      – Primeiro: é importante estar bem informado sobre o que se vai escrever; estabelecer uma linha de opiniões com começo, meio e fim; manter uma linha coerente com aquilo que você começa manifestando, tendo a preocupação de ser bem entendido no fim do texto.
      2- Você recebe cartas (e-mails) e comentários de seus leitores sobre artigos de opinião. O que os leitores tendem à apontar nos comentários?
      – Os leitores tem as mais diversas reações: concordam, discordam, acrescentam ideias e informações, às vezes corrigem e dependendo do assunto tendem a ser passionais xingando o articulista. É o caso de um jogo entre Atlético e Cruzeiro, por exemplo. O torcedor de um raramente concorda quando você elogia o outro ou diz que o árbitro errou a favor ou contra um deles.

      3- Como você seleciona os temas de seus artigos de opinião? Há censura por parte dos editores?

      – Seleciono de acordo com o momento, com algum tema que está provocando interesse maior das pessoas. Ou então, de alguma coisa que ouvi ou li momentos antes de começar a escrever e que julgo que poderá atrair a atenção dos leitores.
      Nunca sofri nenhuma censura, apesar de temas polêmicos que às vezes abordo.

      4- Qual é o principal público alvo de seus artigos?

      Nos jornais onde escrevo em Belo Horizonte, é o público que gosta de esporte, principalmente futebol. Em Sete Lagoas, no Jornal Sete Dias, é mais variado, onde falo de política, problemas da cidade e também esporte.

      5- Durante a produção dos artigos, você já possui uma perspectiva da repercussão do mesmo?

      – Sim. A gente sempre escreve imaginando a reação das pessoas e dependendo do teor do artigo, já sabemos que haverá reações pesadas, a favor ou contra. Aí é esperar o telefone tocar e as cartas chegarem, através dos Correios, e atualmente, sobreduto através de e-mail que chegam imediatamente.

      Agradecemos a paciência
      Atenciosamente, alunos do Colégio Caetano
      – Sete Lagoas

      – Sou eu quem agradeço a oportunidade, estou às ordens e desejo sucesso a todos vocês.
      Abraço,

      Chico Maia

    • Chico Maia disse:

      Valeu João,
      vou te responder dirertamente no seu e-mail, ok?
      Abraço,
      obrigado,
      Chico Maia