Análise do jornalista Marcelo Bechler Machado:
* O Cruzeiro eliminado não foi o misto, foi o principal.
A eliminação do Cruzeiro no campeonato mineiro sugere alguns pontos diferentes a serem observados. Uma coisa é o time misto escalado por Adilson Batista e que só não saiu derrotado no primeiro tempo por três erros graves do trio de arbitragem. Outra é perceber que a equipe eliminada sofrendo três gols no segundo tempo era praticamente a principal.
O time da segunda etapa já tinha Fábio, Jonathan, Thiago Heleno, Diego Renan, Fabinho, Henrique, Gilberto e Wellington Paulista quando sofreu o primeiro gol. Oito jogadores titulares contando que enquanto Fabrício não tem ritmo, Fabinho é quem joga e o mesmo vale para Wellington Paulista – mesmo com Kléber no banco, uma semana após lesão muscular. O segundo gol ipatinguense saiu com Thiago Ribeiro na vaga de Fernandinho. Naquele momento apenas Gil e Pedro Ken não poderiam ser considerados titulares.
Questionar a escalação do técnico cruzeirense não pode justificar a derrota. O time que perdeu era praticamente o mesmo que vai jogar a fase decisiva da Libertadores na semana que vem. Contra o Ipatinga o Cruzeiro mostrou os mesmos problemas de grande parte da temporada: dificuldade de penetração, espaço de sobra nas costas dos laterais e pouca criação do meio.
Durante boa parte de 2010 todo jogo ruim da Raposa foi relevado, ora porque era evidente a falta de motivação, ora porque o time não era o principal, ora porque não é todo dia que o jogo será vistoso. O grande jogo da equipe na temporada foi contra o Vélez no Mineirão. Até aqui é exceção. Não é justo pensar que quando precisar o Cruzeiro vai jogar bem. Precisou ontem e o clube está fora de uma decisão de estadual depois de nove anos.
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Marcelo Bechler.
Produtor/repórter – Jogada de Classe, TV Horizonte.
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