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Felicidade e lamentos em Conceição

Estou em Conceição do Mato Dentro, lamentando duas situações da noite de ontem: a derrota do América e uma queimada devastadora no alto da Serra do Cipó.

Não vi o jogo, mas perder em casa, de virada, para um concorrente direto e por placar dilatado é de lascar.

Mas pior ainda foi ver a queimada em toda a extensão do alto da Serra.

Lamentável!

Mas, Conceição continua ótima.

Tem até Shopping!

Uma obra espetacular do Joaquim Costa, na entrada da cidade, com boas lojas, um supermercado ao estilo Mart Plus, VerdeMar e chope da melhor qualidade.

Porém, aqui os bares tradicionais continuam muito especiais e meus preferidos.

Agora, por exemplo, escrevo direto da sacada do “Do Deca Bar”, do Chiquinho, que presta homenagem ao pai, Deca, dando o nome dele ao local.

Deca era uma figura queridíssima em toda a região. Comerciante, primeiro Juiz de Paz de Conceição. Para que tenham uma ideia do prestigio do cidadão, ele teve 106 afilhados, que hoje estão espalhados mundo afora contando os ótimos casos do padrinho.

O bar fica no alto de Conceição, perto do Cruzeiro da Forca, um ponto de referência da cidade, onde os escravos ou condenados pela Coroa Portuguesa por contrabando de diamantes, eram enforcados em fins do Século VXII e XVIII.

Como os senhores sabem, Conceição do Mato Dentro era um importante entreposto da Estrada Real.

Da sacada onde estou, vejo a Igreja de Santana, ao lado à esquerda; em frente, mais distantes, a Matriz, Rosário e o Santuário de Bom Jesus do Matozinhos. Sem falar das montanhas cujas estradas levam ao Serro, Diamantina e tantas outras maravilhas de Minas Gerais.  

A Igreja de Santana foi abençoada pelo Papa que não sei qual, em 1744. Construída no Morro do Vintém, em terreno doado por Gabriel Ponce de Leon.

Vejam só: 1744, reformada em 1888!

E imaginar que o sofrimento de tantos em nossas montanhas e rios por causa de ouro e diamante garantiu a riqueza e o poder de Portugal, Espanha, Inglaterra e França durante tanto tempo.

Tão lamentável como a derrota do América e a queimada na Serra do Cipó é o pouco caso que o Brasil faz da sua história.

Vida que segue!

Para terminar, recomendo o “Do Deca Bar”, assim como os demais da cidade e toda Conceição do Mato Dentro, que fica a 176 Km de Belo Horizonte, via Lagoa Santa, MG-010.

Um lugar bom demais da conta e nem falei das cachoeiras, da música, dos artistas, do Projeto Matriz (que este ano será na Santana), da Festa do Rosário e por aí vai!


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Comentários:
8
  • Márcio Amorim disse:

    Caro Basílio!
    O problema é que, quem está lá nas últimas colocações, como o Galo, reagindo, vai subir. Quem está lá no alto da tabela, acomodando, nem precisa descer. Basta estacionar e ver a caravana passar. Já há time no ZR4 da Série B com 20 pontos, enquanto que, no G4, o último está com 30. Ou seja, quem está no bloco intemediário, como o América, pode tratar de olhar para os dois lados. Um desses analistas de números disse que o time que vencer todas como mandante estará classificado. O América venceu duas fora e empatou uma. Caso vencesse todas em casa, estaria irremediavelmente na A. Mas já entregou os pontos que conquistou fora de casa, perdendo duas e empatando uma em casa. Há, sim, uma luzinha vermelha acesa. Não tendo dinheiro para contratações, nem jogadores para serem contratados, sempre sobra para o técnico que tem, sim, sido medroso. Assim, se não houver uma tomada de atitude, logo no início do segundo turno, vai sobrar para ele.

  • Charles disse:

    Chico, tive o prazer de conhecer Conceição na semana passada, é relmente um lugar encantador. Abs.

  • Luiz Fernando disse:

    Caro Chico;

    Sempre acompanho seu blog. Sua habilidade com as palavras tornam a leitura de seus post uma rotina quase que diária.
    entretanto, pra minha surpresa ao acessar ao blog hoje, emocionei-me bastante com seu texto relatando sobre minha querida terra natal, Conceição do Mato Dentro-MG, e mais particularmente por relatar com maestria a história de vida de meu avô, José Geraldo, o grade e saudoso cidadão: DECA.
    Meu pai, Zé Luiz dos Anjos, morador da Praça da Saudade, conhecido aí em Conceição do Mato Dentro, como Zé Luiz do Deca, está aqui ao meu lado, emocionado com seu texto, Chico, e mandando-te grande abraço!
    Apenas por formalidade, retifico que o Chiquinho do Deca, ao qual vc cita, que fez justa homenagem ao Deca, dando nome ao seu bar, não é filho como vc informou e sim neto do Deca.

    Obrigado Chico, por seus textos sempre lembrando de nossa querida terra, a qual vc nos dá a honra de ser cidadão honorário!

    Abração;

    Luiz Fernando Simões dos Anjos

  • Chicão,
    Publiquei uma notinha sobre Conceição e sumiu… será o Benedito ?

  • Zé Carlos disse:

    Êh vidão, heim?!

  • Prezado Força Jovem Chico Maia,
    Falar do bar do Chiquinho do Deca e não falar dos seus tira-gostos especiais como a lingüiça de porco com aquela pimentinha caprichada, a lingua de boi recheada, o filézinho ou contra-filé acebolados, etc… Como esquecer da cachaça da terra servida na cuia, ou ainda da cerveja estupidamente gelada, para limpar a palavra e dar a dose certa de alcool a inspirar os debates acalorados sejam eles sobre futebol, cultura, política ou sobre os problemas e virtudes da nossa terra.
    Mas, melhor que isto é ver um cidadão honorário que faz jus ao título pois fala do nosso torrão com muito mais orgulho e paixão do que muitos que nasceram na nossa Conceição do Mato Dentro.
    Continuaremos Chicão a divergir na forma e no matiz quando o tema em questão for a paixão clubística, mas, nada a nos tirar da razão e do equilíbrio.
    Conceição é terra que recebe quem é de fora como se filho da terra fosse, é um dos grandes lemas da nossa cidade.
    Se butequim fosse motivo de avaliação creio que nenhuma cidade do mundo teria tantos e tais, de conceitos diferentes, com possibilidade de agradar aos gostos e também ao bolso de cada um.

    Aqui segue um ranking de possibilidades :
    O Queimadinho e os pastéis do Katopê Bar do grande Tiãozinho
    O Arroz Doce do bar do Chicão (Hagamenon)…
    A traíra desossada no bar da Ponte do Lava-Pés…
    O Bolinho de Bacalhau do Raimundo Santíssimo…
    A Pizza e o Filé com Fritas do Adãozinho…
    O pastel de angú da Lili e da tia Lélia…
    O omelete de taioba do Chiquinho…
    A carne na telha do Geralsex bar…
    Os sorvetes de Queimadinho e Nata da Tio Patinhas…
    A Lasanha e o Raviolli Speciale di Romano…
    A cozinha internacional do Serra Velha…

    A propósito não poderia encerrar este POST sem contar um causo do Tiãozinho, nos tempos em que comandava o Katopê bar ainda nos anos 70, quando o katopê era o verdadeiro point de Conceição…

    Dizem os mais incautos que uma pessoa chegou a Conceição e se hospedou na casa do seu Léo Lazzarinni, trazido por uma das famílias do seu Léo e disparou a contar vantagens e a dar uma de gostosão.
    E mexia com um e outro, e foi se achegando ao Katopê e tirando sarro com fulano e beltrano…
    Aí viu um sujeito da Tapera (distrito de Conceição) pedir um pastel e brincar com João Palito, conterrâneo dele e atendente no bar do Tião sobre o pastel… Dizendo assim : Se tem batata é de carne e se tem vento é de queijo… é o João Palito enchendo os bolsos à custa do Tiãozinho, mas, era nítido que era uma brincadeira do sujeito.
    Aí o gostosão se virou para o Tiãozinho e pediu um pastel de queijo.
    Tiãozinho lhe trouxe o pastel e teve o cuidado de dar um furinho para sair o ar quente, senão a queimada era certa…
    E aí ouviu do cidadão :
    – Ô seu Tião, cadê o queijo… o gato comeu ? e deu aquela risada de quem havia tirado o Tião do sério…
    Tião mudou a direção do caminhão e emendou :
    – “devido a alta temperatura que foi manufaturado este artefato, o recheio desintegrou-se aderindo às paredes internas do mesmo… sacô ?
    O gostosão ficou a olhar para ele sem ter o que fazer…
    Imagine só,, o bar cheio de gente…
    O cara achou que ia se dar bem….
    Foi uma algazarra só… ninguém resistiu…
    E o Tiãozinho saiu para o seu cantinho, rindo a valer…

    O referido é verdade e dou fé…

    Um grande abraço – João Chiabi Duarte

    O gosto

  • ao Guerreiro Fábio Júnior:

    “Belíssimo gol, além de muita luta!!!!!

    Valeu, Fábio!!!![2]

    Sempre lutando, mesmo no período de escassez de gols.

    Qualidades dentro de campo:

    – não é fominha, se vê um colega melhor colocado ele toca pro cara na maioria das vezes
    – chuta bem de fora ( e com as duas, vide golaço de perna esquerda contra o villa nova no mineiro)
    – protege a bola
    – bom cabeceio
    – funciona de pivô
    – luta até o final.

    Qualidade extra-campo:
    – NÃO É DESAGREGADOR. Poderia ter dado “patadas” nas entrevistas na época de falta de gols, tratar mal a imprensa, poderia virar para a torcida e mandar todo mundo tnc ( justificável para um cara que lutava em campo e mesmo assim não saía gols e com torcedores pegando no pe dele). HUMILDADE. “Baixou” a cabeça com a críticas e continuou lutando mais e mais.

    Outro exemplo ontem. Teve aquela discussão com o leandro ferreira em campo. Os dois querendo acertar o time, “normal”.
    Ele fez o golaço, e logo em seguida saiu procurando o leandro ferreira para abraçar ( foi nítido isso). O time todo foi junto. Momento mais marcante para mim no jogo. Humildade.

    Não fala mal de ninguém. SÓ FALA DO AMÉRICA NAS ENTREVISTAS, mesmo tendo sido um jogador de passagem marcante no “cruzeiro”.

    Nota 10 Fábio Junior.” palavras do brilhante Americano Marinho, ao qual humildemente, assino embaixo!

    MAURO FERNANDES, nem estamos exigindo títulos, QUEREMOS O ACESSO!!! FORA DUDU!!!!!!

    VAMOS COELHÃOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!

  • Basilio disse:

    Outro dia ví torcedores do América criticando seu técnico. Sem querer entrar no mérito da questão já que eles devem ter seus motivos e dificilmente assisto jogos do América, mesmo torcendo por sua ascenção, fiquei imaginando, o América sempre está nas primeiras colocações, já pensou esse pessoal na mesma situação de nós atleticanos. Depois de ontem a coisa deve piorar lá.
    Os técnicos de futebol tem idéias mirabolantes ao dar suas entrevistas, sempre aquecendo seu marketing pessoal. Tais idéias, raramente, ou tão somente nas jogadas ensaiadas de bolas paradas, são postas em práticas. O futebol envolve muito a lei da física e na maioria das vêzes, ninguém sabe onde a danada vai cair. Ao que nossos não menos mirabolantes comentaristas, chamam de “tempo da bola”. E nos comentários, ou mesmo na criação de factóides, esse tempo faz técnico dar nó tático no seu colega de profissão.
    Tem técnicos que chamam a lei da física de pão, e que só cai do lado contrário. Outros tinham a maior vontade de falar aos microfones o que falam ao redor do campo: coitadinha da mãe do árbitro que não faz esse pão cair do lado correto. Coitado do gramado, grande culpado por estar alto ou por permitir que buracos o invada. E a torcida impaciente, calma o projeto é pra 2 anos. E essa comida misteriosa, antigamente o cara comia jabá e sopa de abóbora e corria 90 minutos e mais duas prorrogações, hoje é o iogurte, activia, salada, caviar e outras modernidades que tanto fazem mal e provocam “desarranjos intestinais”, e nossos atletas não tiveram um rendimento normal. Antes viajavam-se kilômetros dentro de um ônibus, hoje, perdem jogos porque o avião atrasou uma hora. Fulano não pôde jogar por causa de uma gripe, como se o nariz chutasse a bola. Sicrano não pôde jogar por causa de um stresse na panturrilha. E o pior, saem do campo de treino direto pras baladas…
    No caso do Galo, eu cito 4 jogadores que estão jogando em lugares errados. Serginho joga de forma estabanada, corre a êsmo, adianta a bola e não marca ninguém. Diego Souza não é atacante, é meia que chega muito ao ataque. Neto Berola tem que treinar os arremates a gol. Tardelli é um desastre quanto volta ao meio para armar. No mais é ensinar os caras chutar a gol e pedir a defesa: sair jogando só na boa, o resto é bola pro alto mesmo, ainda mais quem não tem tanta intimidade com a danadinha.
    Entendo que se nossos técnicos transmitisse o básico aos seus comandados e os dopassem de pensamentos positivos já era o suficiente. Nada de invenções!