O Promotor Antônio Baeta nos escreveu esclarecendo o que ocorreu na Arena do Jacaré, momentos antes de Atlético 1 x 1 Palmeiras:
“Prezado Jornalista,
Foi com surpresa que hoje li sua coluna, intilulada ”Promotor na Berlinda”.
Efetivamente nunca conversamos, mas tenho a plena certeza de que nunca neguei qualquer entrevista.
Quanto aos fatos, se você efetivamente os assistiu, deve ter ouvido o diálogo: a senhora em questão era a coordenadora da COMOVEC, e ali estava em decorrência da instalação do Juizado Especial Criminal. Ela possuía uma credencial expedida pela FMF, ocorre que se encontrava em poder do Eduardo Cosso.
Como você realmente presenciou os fatos, verificou que em momento algum se tentou forçar a barra. Foi explicado para a funcionária a situação, sendo que ao negar o acesso, imediatamente a parabenizei pela sua atitude, e a pessoa em questão desceu e foi pegar a credencial. Importante destacar que ela ali se encontrava não para assitir ao jogo, o que é fácil comprovar, porque a Coordenadora da COMOVEC permaneceu o tempo no Juizado, sem acesso ao jogo, ao lado do Juiz de Direito designado. Ela foi até ali para olhar a distribuição das torcidas, principalmente porque a torcida do Palmeiras ficava ao lado. Posteriormente, quando sozinho, novamente me dirigi à funcionária e mais uma vez a parabenizei, falando com a mesma que ela era um exemplo que deveria ser seguida por todos.
A narrativa dos fatos, da maneira que foi feita, tentando criar uma versão inexistente e, antes de tudo, contrária ao que prego e insistentemente combato, não é real e muito menos verdadeira.
Fico triste, principalmente por voce narrar que estava presente e poderia ter escrito o que realmente ocorreu.
Tenho a mais absoluta certeza de que voce presenciou eu parabenizar a funcionária, pois foi em bom tom. Ainda, poderia ter me perguntado o que estava ocorrendo, e tudo seria esclarecido.
Em momento algum se tentou colocar alguém mediante carteirada naquele local para assistir o jogo, pois sou contrário a estes atos e os combato. Não me identifiquei à funcionária e ela não me conhecia. Em momento algum disse à funcionária que eu era Promotor.
Infelizmente, depois do divulgado, mesmo que se esclareça, muitos só vão lembrar da versão incorreta.
Paciência, é o preço que o homem público paga. Aceito críticas, mas não posso aceitar versões criadas em cima de situações de modo a sugerir uma conduta imprópria.
E ainda, depois do que se escreveu, com os comentários já feitos, acredito que fica até difícil para você esclarecer os fatos.
A funcionária solicitou o ingresso ou a credencial. Foi explicado o fato. A funcionária cumpriu seu dever. Em momento algum me identifiquei como Promotor ou lhe disse a famosa frase ”sabe com quem está falando!” A Coordenadora da Comoveec, assim como eu, entendemos que a funcionária estava correta, pois a credencial ainda não tinha sido entregue e não seria possível apresentá-la naquele momento. Ela retornou ao Juizado, esperando que o Eduardo Cosso ali entregasse a credencial. Imediatamente a funcionária foi parabenizada por mim e após elogiá-la, pedi que sempre agisse daquela maneira, ou seja, proibísse acesso ao local de pessoas sem ingressos ou credencial. Posteriormente, por uma segunda vez em que passei no local, a elogiei novamente. Como voce a tudo presenciou, deveria ter informado a seus leitores a minha reação.
Fico triste com a facilidade que as pessoas possuem em denegrir a imagem pública de outras.”
Atentenciosamente.
José Antônio Baêta de Melo Cançado.
* Agradeeço ao Dr. Antônio Baeta pela atenção e esclareço que não vi o desfecho da conversa dele com a funcionária, nem os parabéns que ele deu a ela (e é claro que acredito no que ele relata), porque o jogo estava começando e desci para a tribuna de imprensa.
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