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Caminhos do futebol

Dentro das quatro linhas, realmente o futebol já desse jeito, conforme mostra o Duke, hoje, no O TempoFUTEBOLSA


Gramado leva no mínimio seis meses para ficar em boas condições de uso

* O Independência corre o risco de enfrentar a mesma chuva de críticas que a Arena do Jacaré enfrentou no início dos jogos lá, em relação ao gramado. O prazo mínino que uma grama recém plantada exige para ficar em boas condições de uso é de seis meses. Do jeito que está hoje, o local do futuro gramado do Estádio do Horto, não tem a menor condição de receber sequer um metro quadrado de plantio. Se tudo correr muito bem, lá pelos meses de fevereiro e março é que isso vai ocorrer. Ou seja: quando o Campeonato Brasileiro estiver dando os últimos suspiros, talvez o Independência possa ser utilizado, caso haja uma atenção especial por parte das autoridades no andamento dessas obras.

Hermanos em Minas

Um dos clubes mais tradicionais da Argentina, o Newell’s Old Boys, da cidade de Rosário, está acertando um período de treinamento no Brasil e poderá ficar 10 dias em Sete Lagoas, com previsão de dois amistosos na Arena do Jacaré, em janeiro: dia 23 contra o Democrata e 26 contra o Atlético.

Dentre os ídolos históricos mais conhecidos mundialmente estão: Gerardo Martino, Marcelo Bielsa, Gabriel Batistuta, Abel Balbo, Américo Gallego, Jorge Valdano, Ariel Arnaldo Ortega, Oscar Cardozo, Gabriel Heinze, Roberto Sensini, Maximiliano Rodríguez e Lionel Messi. Em 1993, Maradona integrou o rubro-negro argentino, fundado em 1903. Cinco vezes campeão nacional e duas vezes vice da Libertadores da América.

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícias, nas bancas!


Do jeito que está indo, Mineirão poderia ser parcialmente liberado em 2011

Pelo andar da carruagem, os clubes vão acabar tendo que optar por um “Plano C”, como uma nova alternativa para 2011:

isolar a parte em obras do Mineirão, liberar 30 mil cadeiras e liberar o estádio provisoriamente para os clubes.

Especialmente depois dessa notícia que acabou de chegar da Cidade Administrativa:

“Governador Antonio Anastasia autoriza início da

última etapa das obras de modernização do Mineirão” 

Nova etapa adotará modelo de gestão compartilhada

e metas e indicadores a serem cumpridos por consórcio gestor

O governador Antonio Anastasia autorizou, nesta terça-feira (21/12), início da terceira e última etapa das obras de modernização do estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão. Desde janeiro deste ano, o estádio está sendo adequado aos padrões exigidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para sediar os jogos da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014. A conclusão das obras está prevista para o final de 2012, dentro do prazo previsto no cronograma inicial.

A última etapa é a mais complexa e prevê três importantes obras: cobertura adicional das arquibancadas; construção de uma esplanada de 70 mil metros quadrados no entorno do Mineirão, com área reservada para estacionamento coberto, restaurantes e lojas de serviço; e passarela ligando o Mineirão ao Mineirinho, que durante a Copa do Mundo funcionará como centro de apoio de mídia.

O governador ressaltou que as duas primeiras etapas cumpriram integralmente o cronograma definido com a Fifa. Ele disse que todos os esforços estão sendo feitos para que o novo Mineirão seja entregue à população em dezembro de 2012, como previsto no projeto inicial.

“Agora é a grande obra, a reconstrução do Mineirão. Na realidade, vamos fazer as adaptações no prédio, para adequá-lo aos cadernos da Fifa, aqueles encargos previstos, não só no que se refere a acesso à esplanada que será construída, a completa modificação das bilheterias e detalhamento do projeto que já foi bem conhecido, que vai significar um estádio com muito mais conforto, muito mais segurança e também permitindo a sua utilidade muito maior, além dos jogos de futebol, para outros eventos de lazer e cultura”, disse Anastasia.

 

Gestão compartilhada

Para essa etapa decisiva das obras, o Governo de Minas adotou o modelo de gestão compartilhada. Neste modelo, o Estado não investirá recursos públicos diretamente nas obras da terceira etapa. O investimento estimado do consórcio para obras de modernização será de R$ 743,4 milhões. Parte dos recursos, num total de R$ 400 milhões, será disponibilizada pelo BNDES, por meio de linha de crédito especial concedido às 12 cidades sedes da Copa de 2014.

O parceiro privado do governo mineiro será o Consórcio Minas Arena, formado pelas empresas Construcap S.A. Indústria e Comércio, Egesa Engenharia S.A. e Hap Engenharia Ltda, vencedoras da licitação. Sendo assim, a administração do Mineirão pelos próximos 25 anos será de responsabilidade da iniciativa privada, que poderá explorá-lo comercialmente neste período, com acompanhamento e fiscalização do Estado.

Já o reembolso dos recursos investidos no Mineirão à iniciativa privada se dará pela rentabilidade da operação do empreendimento, com complementação por parte do Estado em parcelas mensais, ao longo de 25 anos após a entrega das obras da terceira etapa. O valor máximo da contraprestação variável a ser repassada pelo Estado ao Consórcio Minas Arena será de R$ 3,7 milhões/mês, valor 7,5% inferior ao teto de R$ 4 milhões estimado no edital de licitação.

“O mais importante é que o Estado não gastará nenhum centavo em 2011 e 2012. E só irá começar a pagar a obra a partir de 2013. E, de fato, não paga a obra. Paga o serviço disponibilizado, ou seja, paga a operação e manutenção do estádio por 25 anos, em prestações anuais. Elas são mensais, mas haverá sempre um reajuste anual, por isso que, no fundo, estamos pagando 25 prestações anuais pelo serviço”, explicou o coordenador executivo do Programa Estado para Resultados, Tadeu Barreto.

 

Referência de modernidade

Para o governador Antonio Anastasia, o novo Mineirão será referência de modernidade para o país sob o ponto de vista da obra física que está sendo realizada e também pelo modelo inovador de gestão.

“O novo Mineirão que vai significar não só um novo estádio completamente diferente sob o ponto de vista físico, mas também uma gestão inovadora que vai permitir aos mineiros e aos brasileiros que venham aqui muito mais conforto e uma forma mais adequada de termos um estádio bem administrado entre os clubes, as empresas e o Governo”, afirmou o governador.

 

Indicadores de qualidade

Para garantir excelência na prestação de serviços na gestão compartilhada, foram estabelecidos em contrato indicadores de qualidade que o Consórcio Minas Arena terá que cumprir. Será realizado acompanhamento permanente para garantir o nível de prestação de serviço, como grau de satisfação dos torcedores e dos clubes de futebol; qualidade da manutenção da infraestrutura; limpeza das instalações, inclusive banheiros, satisfação dos usuários (torcedores, imprensa, clubes), entre outros.

Caso o consórcio não atinja os indicadores estabelecidos, o Estado poderá impor penalidades às empresas que formam o consórcio, reduzindo a margem de receita e até mesmo interrompendo a concessão, assumindo integralmente a gestão do estádio.

 

Modelo sustentável

Com a modernização, o Mineirão será transformado numa arena multiuso, assegurando a sustentabilidade do estádio, gerando novas oportunidades e promovendo o aumento de rendimentos para os clubes de futebol mineiros e a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos ao torcedor e outros frequentadores do estádio.

“Teremos um estádio que, além de ser o estádio mais moderno do Brasil para sediar jogos de futebol, que é a sua principal finalidade, vamos também ter ali palco de grandes eventos culturais e esportivos. E a gestão compartilhada vai significar mais eficiência, melhores resultados, mais conforto e segurança para os usuários”, afirmou Anastasia.

Segundo o arquiteto responsável pelo projeto de modernização, Gustavo Penna, o Mineirão será um dos estádios mais modernos do país e do mundo. Ele disse que a ideia é transformar o Mineirão em um palco permanente de atividades múltiplas, capaz de atrair pessoas de interesses e de faixa etária diversas. 

“Nós estudamos tudo que há de mais contemporâneo no mundo. Não estamos atrás de nenhum estádio da Alemanha, África do Sul ou de qualquer outro lugar. O Mineirão hoje é só para o futebol. O que a gente pensou? Incluir outros públicos, um estádio que incluísse a família, os idosos, as crianças. O nosso trabalho foi um trabalho de acessibilidade universal. Nós queremos que seja fácil chegar a qualquer ponto do estádio, queremos que o estádio seja incluído no domingo das pessoas e não só na hora do jogo”, afirmou Gustavo Penna. 

 O que já foi feito

A modernização do Mineirão começou em 25 de janeiro deste ano, com obras de correção nas vigas de sustentação do estádio. As obras, realizadas pela Retech Serviços Especiais de Engenharia Ltda, foram concluídas em junho e custaram R$ 8,2 milhões de recursos do Tesouro do Estado.

Na segunda etapa foi feita demolição de parte da arquibancada inferior e de toda a geral do estádio. Ainda nessa etapa, o gramado foi rebaixado em 3,4 metros para garantir mais proximidade e melhor visibilidade ao torcedor. As obras foram realizadas entre junho e dezembro de 2010, pela Detronic Desmontes e Terraplenagem, com recursos estaduais que somaram R$ 3,5 milhões.  

O que muda no Novo Mineirão

Campo – Rebaixado em 3,4 metros para que a visibilidade do torcedor seja garantida em qualquer ponto do estádio. Instalada cobertura para retirar a incidência de luz solar do gramado.

 

Visibilidade – Com o rebaixamento do campo e remoção de obstáculos e placas de publicidade que limitavam a visão, torcedores que optarem pela arquibancada inferior verão o jogo mais de perto.

 

Cobertura – Todos os assentos estarão protegidos por uma cobertura em policarbonato. A nova estrutura vai melhorar as condições para transmissões de televisão.

 

Camarotes – Área de até 8 mil metros quadrados, com cerca de 500 assentos disponíveis. Espaço para construção de até 100 camarotes, sendo que para a Copa serão construídos 41, com capacidade para 8, 16 e 22 pessoas.

 

Estacionamento – Até 4.054 vagas, sendo 3.054 cobertas.

 

Lanchonetes e sanitários – 64 novos banheiros e 19 lanchonetes.

 

Entorno – Uma grande esplanada de 69.190 metros quadrados circundará todo o estádio e terá capacidade para abrigar cerca de 70 mil pessoas.

 

Passarela – Será construída passarela ligando o Mineirão ao Mineirinho, que será usado como centro de apoio às atividades da Copa.

 

Vestiários – Vestiários e demais áreas reservadas a atletas e juízes terão acesso direto e exclusivo para a rua, sem que haja contato com imprensa ou espectadores.

 

Imprensa – A imprensa terá acesso exclusivo ao estádio. A área de trabalho ampliada com criação de estúdios de transmissão, sala de conferência, zona mista e área para entrevistas. Tribuna central terá plataforma para câmeras, capacidade para cerca de 1.500 jornalistas e convidados, mil mesas de trabalho equipadas com monitores e telefones e 160 lugares para comentaristas. Todos os assentos terão pontos de internet. Tribuna diretamente conectada ao centro de mídia no subsolo por meio sala de controle de câmeras.

 

Ingressos – Serão eletrônicos. 56 guichês de atendimento. 113 baias que permitirão entrada de mais de 100 mil espectadores por hora. 176 catracas que possibilitarão acesso de todo o público em menos de uma hora. Sistema de controle de acesso eletrônico, acoplados ao sistema de vídeovigilância. Mais saídas de emergência e novas saídas para melhorar circulação interna.

 

Segurança – Sistema de vigilância vídeodigital, com câmeras internas e externas de suporte giratório e capacidade de zoom, operadas através de uma sala de controle central.

 

Telão – Dois telões localizados acima das tribunas principais, com dimensões de

12 x 6,8 metros, em tecnologia LED SMD de última geração, com alto brilho e alto contraste, assegurando boa visibilidade mesmo com exposição direta à luz solar.

 

Subsolo – Funcionará escritório da Fifa, vestiários e demais instalações para os atletas. Em cada lado de acesso ao gramado haverá estúdios de TV e espaço para entrevistas.

 

Térreo – Serão instalados portões mais amplos, com catracas eletrônicas agilizando o acesso ao estádio. Praças de alimentação e banheiros.

 

Nível 1 – Área reservada para camarotes e apoio técnico. Sala de controle de som, iluminação e placares. Postos policiais com acesso independente com vista ampla para o estádio.

 

Nível 2 – Banheiros e áreas de alimentação que atenderão toda arquibancada superior. Ficará nesse nível também a tribuna de imprensa.

 

Esplanada – Na esplanada haverá uma praça com vista privilegiada para a Lagoa da Pampulha, e o acesso do público será por escadas, rampas ou elevadores. O local terá potencial para abrigar eventos paralelos aos jogos ou quando não houver jogo.

 

Sob as lajes serão criados espaços com grandes vãos e pé direito duplo adequados para receber eventos. Também estão localizados nessa área estacionamentos, acessos aos camarotes, halls, lojas e áreas de apoio e logística para suprirem as demandas de funcionamento do estádio.

Fonte: Assessoria de Imprensa d0 Governador


Adivinhe quem disse: “Graças a Deus, não sou modesto. Isso não ajuda em nada”

A fogueira das vaidades move o futebol em todo o mundo, ainda mais quando há rivalidades históricas envolvidas.

Na Espanha, Barcelona e Real Madri mantêm o clássico vivo dentro e fora de campo. Acabei de ler uma declaração do Xavi, cutucando o técnico José Mourinho, que também não deixa barato.

Domingo li uma entrevista dele, que mostra que além de bom como treinador, o marketing pessoal é outro ponto forte dele, que se alimenta de polêmicas e gosta de provocá-las.

Mourinho faz lembrar o Vanderlei Luxemburgo no início da carreira: falava muito, polemizava e ganhava tudo.

Confira as falas das estrelas do Barça e do Real: 

“Xavi diz que Guardiola revolucionou o futebol e alfineta Mourinho: ‘Não vai entrar na história’”

 por ESPN.com.br com agências

 O técnico do Real Madrid, José Mourinho, definitivamente não é bem visto no Camp Nou. Depois de Daniel Alves, outro jogador do Barcelona tambpem decidiu cutucar o treinador merengue. Foi a vez do meio campista Xavi, que afirmou que Pep Guardiola será mais lembrado que o rival, por ter revolucionado o futebol.

“Mourinho não vai entrar na história, porque não trouxe nada de novo. O Guardiola, sim”, afirmou um dos candidatos ao título de melhor jogador do mundo, em entrevista à revista GQ.

“Guardiola revolucionou o futebol e ficará na história. Sachi, Ferguson e Cruyff também deram algo ao futebol. O Mourinho vence, mas não coloca nada de novo no jogo. Ele coloca outras coisas como motivação e é muito bom. Entretanto, ele ganhou uma Champions com a Inter e só se fala de quão bem o Barcelona joga”, cutucou Xavi.

Criado nas categorias de base do Barcelona, o jogador aproveitou para declarar-se a seu clube. “O Milan me quis quando eu tinha 18 ou 19 anos e estava tudo certo. Meus pais me diziam para eu ir, mas eu queria ficar aqui. O dinheiro não é minha prioridade. Minha prioridade é o Barcelona”, garantiu.

http://espnbrasil.terra.com.br/barcelona/noticia/166552_XAVI+DIZ+QUE+GUARDIOLA+REVOLUCIONOU+O+FUTEBOL+E+ALFINETA+MOURINHO+NAO+VAI+ENTRAR+NA+HISTORIA

 

ENTREVISTA JOSÉ MOURINHO – Folha de SP, domingo, 19/12

Graças a Deus, não sou modesto. Isso não ajuda em nada

TÉCNICO DO REAL MADRID, CANDIDATO A MELHOR DO MUNDO, FALA SOBRE A FAMA DE ARROGANTE E AFIRMA QUE SEU DEFEITO É “NÃO SER HIPÓCRITA”

VINCENT MACHENAUD
DA “FRANCE FOOTBALL”

Em um fim de tarde de terça-feira, meu celular tocou. Era um amigo português. “Mourinho aceitou conversar. Se puder viajar, ele o receberá amanhã. E terá bastante tempo para conversar.”
Cinco horas e um voo depois, quase meia-noite, um táxi me deixou no centro de Madri, na Espanha. Na manhã seguinte, Miguel, o taxista da noite anterior, esperava-me sorridente.
“Madridista”, é fã de Zidane e sonha em dirigir para ele. “Tenho uma camisa no porta-malas para pedir um autógrafo.” Mas não é tão fã de José Mourinho. “Ele fala demais. Mas vem fazendo um trabalho muito bom.”
No CT do Real Madrid em Valdebebas, o diretor de imprensa do time, Oscar Ribot, disse que teríamos “de 20 a 25 minutos” de conversa. “Não se esqueça de que as respostas dele são longas.”
Mourinho não demorou a chegar. Aproximou sua cadeira da minha e perguntou se a distância estava boa para a gravação. “Não importa, vou inventar tudo”, disse. Surpreso com a minha piada, Mourinho fez uma careta. “Em espanhol”, ele pediu. “Isso facilita o processo.”
Ribot sinalizou para encerrarmos antes do prazo. Mourinho educadamente rejeitou. “Vamos continuar.”

Pergunta – Você treina o Real Madrid do mesmo jeito que o Porto, a Inter e o Chelsea?
José Mourinho – Em termos gerais, sim. Sou o mesmo técnico aqui ou em qualquer parte. Desde que tenha um campo, uma bola e 11 jogadores, você pode trabalhar em qualquer lugar. Digo isso como brincadeira, vinda de alguém que ama o futebol. Mais seriamente, creio que ninguém deve esquecer os traços básicos do trabalho como treinador, especialmente os que afetam a liderança. É também necessário se adaptar à cultura, aos comportamentos de um indivíduo. Em resumo, a tudo aquilo que forma a identidade de um clube ou país.

Quais são os principais fatores que você leva em conta?
No Real Madrid, excluídos Iker [Casillas] e [Ricardo] Carvalho, todos são muito jovens. É o oposto da Inter, cujos atletas estão na casa dos 30. Preparar uma equipe para vencer na Itália ou na Inglaterra é diferente. Como já trabalhei em quatro países e treinei equipes vencedoras, tenho a vantagem da experiência, ainda que o Real nada tenha em comum com os outros times que treinei.

Como evoluiu desde o Porto?
Tudo o que você acumula na carreira é um tremendo enriquecimento. Após cada treino, faço uma análise detalhada e sempre tento melhorar. Minha filosofia, minhas ideias não mudaram desde que comecei, mas o conteúdo dos meus treinos evoluiu. Quando chego em casa após um jogo, reviso-o na minha cabeça, pensando no que fiz, nas instruções que dei, no que poderia corrigir. Quando venci a Copa dos Campeões com o Porto, era a primeira vez que eu enfrentava aquele desafio. Agora, tenho 75 partidas em torneios europeus. A soma dessas ações o torna mais forte.

Significa que, quando você estava no Porto, ainda não estava pronto para um clube como o Real Madrid ou a Inter?
Quanto a estar preparado, bem, eu talvez estivesse. A cada passo que dei precisava me preparar para o seguinte. Vencer a Copa dos Campeões com o Porto me propiciou o status para trabalhar na Inglaterra. Lá, adquiri mais experiências excelentes. Na Itália, deparei-me com um jogo mais tático e com rivais mais duros. Percorri esses caminhos para treinar o Real Madrid. Aqui, a pressão da mídia é terrível, mas meu conhecimento torna possível combatê-la. Se existe essa pressão sobre um técnico que venceu tudo, imagino como seria difícil para um técnico chegar ao Real em busca de seu primeiro título.

Com que tipo de futebol você se identifica mais?
Tornei-me quem sou graças aos times que treinei. Por mais que essas experiências tenham sido enriquecedoras, não posso dizer que preferi uma às demais. Mas jamais escondi que, do ponto de vista social e do trabalho, a chance na Inglaterra foi a que me deixou mais feliz. Meu habitat natural é o futebol inglês. É lá que pretendo encerrar a carreira, mas não poderia estar mais feliz no Real, pelo time, pelo amor que ele inspira e pela importância dos desafios que terei.

Para você, a principal qualidade de um técnico é a honestidade. Um técnico desonesto pode conquistar títulos?
Sim, mas não a cada ano.

Pode citar alguns exemplos?
Não, porque não sei como trabalham meus colegas. Qualquer pessoa consegue ganhar um título. Isso ocorre o tempo todo. Mas vencer e continuar vencendo… Nem todos são capazes. A honestidade de um técnico é essencial para garantir o sucesso dos atletas. É a primeira coisa que eles esperam do técnico.

Os atletas o amam. Mas algum não gostava de você?
Sim, sim.

E como você agiu?
Disse a ele que não o queria no meu time. É a primeira coisa que faço quando chego a um clube. Alguns técnicos preferem se esconder atrás do diretor, do presidente. Eu, não. Desde o começo, identifico esse jogador e digo a ele que vou tirá-lo do time. Isso nada tem a ver com falta de respeito. É exatamente o oposto! Frequentemente atletas não se enquadram nos meus planos. Digo isso a eles com franqueza, e o jogador deixa o clube. Ou não.

Você já mudou de ideia?
Sim. Na Inter, quando cheguei, disse a um jogador que o melhor para ele seria sair.

Quem era?
[Nicolas] Burdisso. Queria negociá-lo para investir em outros atletas. Mas ele, por fim, enquadrou-se melhor nos meus planos do que qualquer outro atleta que eu tenha treinado. Ele me disse: “Provarei que sou capaz de jogar”. Respondi: “Hoje eu não o quero no time, mas amanhã pode ser outro dia”. Agora ele sabe o quanto o amo e o quanto ficaria feliz de trabalhar com ele de novo.

Não aconteceu o mesmo com Marcelo, no Real Madrid?
Nunca quis que ele saísse, porque sentia que ele tinha ótimas qualidades para nosso ataque. Mas precisava de um meio-campista que me desse mais garantias na defesa. Após três meses, Marcelo virou um jogador completo, e fiquei feliz por não o termos substituído. Isso mostra que uma pessoa pode cometer erros e mudar de ideia sem deixar de ser honesta com ela mesma e com seus atletas.

Como convence um jogador a mudar, como fez com Marcelo ou com Eto’o, na Inter?
Quanto a Marcelo, eu queria fazer dele um jogador mais completo. Ele teve a sorte -ou azar- de não ir à Copa. Pôde começar a treinar mais cedo. Quando os jogadores voltaram, ele já estava treinando há duas ou três semanas. É um homem inteligente e de mente aberta, com imenso desejo de aprender.

E Eto’o?
Minha ideia era reforçar a Inter para mais um título da Série A e mais uma tentativa de vencer a Copa dos Campeões. Para o título italiano, pensei em um 4-4-2, com Eto’o e Milito no ataque. Para a Copa, não achava que esse sistema funcionaria e pensei em um 4-3-3. Disse a Eto’o: “Você vai precisar jogar nas laterais do campo, à direita ou à esquerda, e sempre o colocarei no setor do defensor que avança menos”. Samuel se pôs à disposição do time e sacrificou seu papel de atacante. Tento fazer com que os atletas entendam: para mim, o time vem primeiro.

Você disse “para vencer a Série A” e “tentar o título da Copa dos Campeões”. Por que tamanha franqueza?
Na Série A, eu sabia que tínhamos o melhor time, e é preciso que se diga: “Vou vencer”. Não existe outra possibilidade. Na Copa dos Campeões, a Inter não era o time mais bem treinado, se comparada a Real Madrid, Barcelona, Bayern de Munique, Manchester United, Chelsea, times que poderiam ter vencido. No começo, você só pode dizer: “Bem, vamos tentar vencer”. Aos poucos, passamos a dizer: “Vamos vencer”. E vencemos.

Quando começou, imaginava que dez anos mais tarde seria considerado o melhor?
Não, não.

Não sonhava com isso?
Treinar é meu habitat natural e, quando voltei a Portugal, compreendia meu potencial e o potencial de outros. Sentia-me forte após ter trabalhado com [Bobby] Robson e [Louis] Van Gaal, no Barcelona. Voltando ao Porto, sabia que tudo aconteceria rapidamente. Quando decidi sair, esperava que meu caminho fosse mais difícil. Embora tenha conquistado o sucesso rapidamente e tenha orgulho disso, não estava certo de que isso aconteceria.

Já duvidou de você mesmo?
Não, jamais. Sempre digo a mim mesmo, aos meus amigos e às pessoas que trabalham comigo que você precisa melhorar a cada dia. É preciso se esforçar para melhorar. Isso não quer dizer que eu duvide de mim mesmo.

Mas dúvidas permitem que a pessoa cresça.
Discordo. Tenho uma profunda compreensão de minhas capacidades. Gosto de pensar como penso e gosto que as pessoas que me cercam pensem assim: que somos fortes, que somos os melhores, que ninguém pode nos vencer. As pessoas afirmam que é uma atitude arrogante, mas a considero respeitosa. Quando você diz que deseja ser forte, você não se esquece de que os outros também são fortes.

Quando você perde, isso o abala profundamente?
Na vitória ou na derrota, mergulho de imediato no próximo desafio. Isso me parece a melhor atitude para quem deseja ficar no futebol por muito tempo. Não quero vencer por cinco ou dez anos, me despedir e ficar em casa criticando os outros. Isso é o oposto de mim. Quero continuar por muito tempo porque gosto do trabalho. Ainda mais se estou por cima.

Tudo que você toca vira ouro. Há uma estratégia especial?
Trabalho.

Seus colegas dizem o mesmo. Trabalho apenas não basta.
Bem, trabalho de alta qualidade. As pessoas muitas vezes acham que é a quantidade de trabalho que faz a diferença. Eu discordo. Meus treinos nunca duram mais de 90 minutos. Mas cada sessão pode valer mais que 90 minutos se for levada a sério.

Conversa com os atletas?
Minhas reuniões nunca passam de dez minutos. Faço três delas por semana.

Poderia explicar melhor?
Uma reunião na noite anterior a um jogo, outra na manhã da partida e uma última à tarde. As três reuniões são o resultado do trabalho de sete pessoas durante a semana. Organizo e estruturo a estratégia. Depois, José de Morais, meu assistente encarregado do estudo audiovisual dos jogos, comanda cinco outros colaboradores, ilustradores e especialistas que usam Photoshop, Power Point etc. Eles produzem uma apresentação de 30 minutos, a que os jogadores assistem na preparação. Essa apresentação precisa de uma semana para ser criada. É por isso que digo que o mais importante é a qualidade da informação.

O que o deixa mais feliz?
Fico feliz quando venço. Mas o que me enche de felicidade é, por exemplo, saber que todos os atletas do Porto que encerraram suas carreiras ou que estão a ponto de fazê-lo guardaram o DVD da final contra o Monaco na Copa dos Campeões de 2004. Essas imagens servem como marco de suas realizações, e eles as assistem com amor.

Você distingue entre o sucesso de 2004 e o da Inter?
Felizmente, as duas Copas dos Campeões que venci foram inesperadas. O Porto era um time jovem, meninos que não tinham experiência internacional e não tinham vencido coisa alguma. Com eles, foi a imagem de chegar ao topo que nos orientou. No caso da Inter, foi o completo oposto: o time era veterano. Naquele caso, eu tinha jogadores que jamais conquistariam aquele título se não o fizessem naquela ocasião. (Bem, melhor não escrever isso a tinta, porque eles ainda podem vencer nesta temporada ou na próxima.)

Tornar seus jogadores felizes é a coisa mais importante?
Pude tirar a prova em agosto, durante a tradicional reunião de pré-temporada entre os técnicos da Uefa, que prestam uma pequena homenagem ao vencedor da Copa dos Campeões. Exibem fotos, vídeos. Quando mostraram as fotos da Inter recebendo a taça, sir Alex [Ferguson] disse: “Pare, vejam aquela foto”. Mostrava todos os jogadores da Inter, boquiabertos e com lágrimas nos olhos. A foto diz tudo. Para mim, a alegria não só pessoal, mas especialmente a dos jogadores, é inestimável.

Você está feliz no Real?
Para mim, não existe diferença entre a vida em Milão, Madri ou Londres. Minha família não gosta de caminhar comigo. Prefere passear sem a minha companhia.

Tem algum jeito de relaxar?

Não sou de muita festa. Gosto de estar com quem amo. Ver meu filho treinando, minha filha na natação.

Você não sai para uma boa refeição com os amigos?

Não. Ocasionalmente recebo pessoas em casa. Hoje, dois dos meus assistentes vêm jantar. Vamos assistir ao jogo entre Portugal e Espanha [no dia 17 de novembro].

Mas isso é trabalho!

Não. Mesmo que sete jogadores de meu time estejam em campo, é só uma chance de diversão com os colegas.

Você tem algum defeito?

Como técnico tenho um defeito, e dos grandes. Vivo e trabalho num mundo em que não se pode dizer o que pensamos, a verdade. Não ser hipócrita, não ser diplomata, não bajular. É o meu defeito.

Como explica o fato de que seja tão controvertido?

É inacreditável. Minha família e amigos me adoram.

Os jogadores também. Mas os jogadores estão entre os meus amigos.

E jornalistas.

Não, não os jornalistas.

As pessoas que o chamam de “vilão” estão erradas?

Decidi que não faria mais publicidade gratuita.

E se eu lhe dissesse que lhe falta modéstia?

Graças a Deus!

Perdão?

Sim, eu disse graças a Deus. Modéstia é uma qualidade que em nada ajuda.


Tradução de PAULO MIGLIACCI


Faustão dá lugar a Flamengo e América, dia 16, na Globo

Só ontem que a maioria dos órgãos de imprensa noticiou o amistoso do América com o Flamengo, mas no sábado, a coluna “Panorama Esportivo”, do O Globo, dava detalhes desse jogo, que mostra o quanto o América já está ganhando em termos de prestígio por ter voltado à elite do futebol brasileiro:

“Fla na Globo”

A Rede Globo vai mostrar o último amistoso da pré-temporada do Flamengo em Londrina (PR). Será contra o América-MG, recém promovido à Série A-2011. O jogo está marcado para 16 de janeiro, um domingo, às 17 horas, no Estádio do Café, com transmissão para RJ, MG, ES, DF, Norte e Nordeste. O Fla leva 120 mil de cota.


Folha diz que Cruzeiro recorreu a empréstimo para pagar salários

Da coluna Painel FC, da Folha de SP, de sexta feira:

“Buraco. ”

Gente ligada ao BMG diz que seu patrocinado Cruzeiro está com sérias dificuldades financeiras e que Zezé Perrella pediu dinheiro emprestado para pagar salários. Alguns jogadores estariam até reclamando de atraso nos direitos de imagem.


Independência, devagar; Mineirão acelerado. Clubes que abram os olhos!

Um amigo engenheiro passou ontem nas imediações do Independência e resolveu parar o carro e dar uma olhada no andamento das obras do estádio. Ficou assustado e disse que caso a imprensa e clubes não cobrem do governo do estado, não haverá a menor chance da obra ficar pronta em 2011.

No ritmo que está, talvez, no fim de 2012.

Como ele é do ramo e suas observações merecem fé, os dirigentes deveriam convidar o governador Antônio Anastasia para uma visita conjunta e discutir fórmulas para acelerar o andamento das obras.

Enquanto isso, o futuro Mineirão começa a ganhar forma e amanhã uma nova etapa se inicia, segundo informação da assessoria de imprensa da Cidade Administrativa:

“O governador Antonio Anastasia autoriza, nesta terça-feira (21/12), o início da terceira e última etapa das obras de modernização do estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão. Minas cumpre integralmente o cronograma de obra definido junto à Fifa para que o estádio esteja em perfeitas condições de sediar os jogos da Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014. A previsão é de que o novo Mineirão seja entregue em dezembro de 2012.

A terceira etapa é a mais importante e que envolve intervenções mais complexas. Além da cobertura adicional das arquibancadas, será construída uma esplanada de 70 mil metros quadrados no entorno do Mineirão, com área reservada para estacionamento coberto, restaurantes e lojas de serviço. Também será construída passarela ligando o Mineirão ao Mineirinho, que durante a Copa do Mundo funcionará como centro de apoio aos atletas.

Para realizar a terceira etapa, o Governo de Minas adotou modelo de gestão compartilhada. Por esse modelo, as obras no estádio serão feita pela iniciativa privada com acompanhamento e fiscalização do Estado. O parceiro privado do governo mineiro será o Consórcio Minas Arena, vencedor da licitação.”


Ninguém tem bola de cristal para 100% de acertos

* Toda contratação envolve riscos, por mais calculada e pesquisada que seja. O exemplo mais lembrado do futebol mineiro é Nelinho, contratado por Felício Brandi ao Remo, de Belém, nos anos 1970. Era reserva do “Aranha” no clube paraense, contratado na mesma época pelo Atlético.

Nelinho se consagrou mundialmente, disputou duas Copas do Mundo e ainda jogou no Atlético, também com sucesso. E o Aranha? Pode onde anda? Que fim levou?

Contratações

Reforço é aquele que já vem testado e aprovado, mas mesmo assim é preciso saber se o sujeito está inteiro fisicamente. Jogadores pouco conhecidos são, em princípio, apenas “contratações”, que mostrarão em campo se são reforços ou enganações; de curta duração.

Granada sem pino 

Hoje o Roberto Abras disse na Itatiaia que o atacante problemático do Botafogo, Jobson, pode acertar com o Galo, e o ex-lateral, hoje meia, Mancini, pode estar acertado também.

Mancini é “feijão sem bicho”; Jobson, depende. No Rio de Janeiro a imprensa o considera uma “granada sem pino”.

 

 Demandas 

Toda aquisição de um clube só pode ser atestada depois de alguns jogos. Muitos cruzeirenses andam cobrando de forma dura, contratações da diretoria, porém se esquecem que as necessidades da Raposa são bem menores que as do Galo.

Língua solta 

Ótimo que a diretoria do América tenha renovado o contrato o Mauro Fernandes, mas lamentável a falta de cuidado com as palavras do Marcos Rocha.

A maioria dos jogadores sempre pensa pouco ou nada antes de dar entrevistas. O lateral foi infeliz em dizer que gostaria de voltar ao Atlético em 2011. Irritou os americanos e criou um problema para ele e para a diretoria, já que não está nos planos do Dorival Júnior para a próxima temporada.

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no Super Notícias, nas bancas!


Vil metal derruba o último resistente a ter propaganda na camisa

Dando uma olhada nos jornais que não li enquanto estava viajando, vi uma informação que vale a pena repassar e comentar. As fortunas movimentadas no futebol, crescentes a cada ano, tornam impossível a resistência ao vil metal. Até o Barcelona, que até agora vinha resistindo, finalmente se rendeu. Notícia do caderno de esportes da Folha de S. Paulo, de sábado, dia 11: Dando uma olhada nos jornais que não li enquanto estava viajando, vi uma informação que vale a pena repassar e comentar. As fortunas movimentadas no futebol, crescentes a cada ano, tornam impossível a resistência ao vil metal. Até o Barcelona, que até agora vinha resistindo, finalmente se rendeu. Notícia do caderno de esportes da Folha de S. Paulo, de sábado, dia 11:

Barcelona enfim vende sua camisa

ESPANHA
Clube catalão estampará agora o nome da Qatar Foundation

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Barcelona se rendeu. A camisa que historicamente era fechada para patrocinadores e que se dava ao luxo de exibir o nome do Unicef nos últimos anos vai ter agora um patrocínio clássico.
O time espanhol anunciou um acordo com a Qatar Foundation para a próxima temporada. Pelo contrato, o Barcelona deverá lucrar até 170 milhões de euros até 2016.
Segundo o vice-presidente do clube, Javier Faus, as cifras do histórico acordo de patrocínio são 30 milhões de euros por cada uma das próximas cinco temporadas (de 1º de julho do ano que vem até 30 de junho de 2016). Ainda haverá um bônus por título que pode chegar a 5 milhões de euros, além de outros 15 milhões de euros por “direitos comerciais”.
Ficou acertado que o nome do Unicef continuará na camisa do Barcelona. A Nike deverá fazer em até um mês a nova camisa do clube com Qatar Foundation e Unicef.
O parceiro comercial do Barcelona ficou também de desenvolver projetos tanto com o Unicef quanto com a Fundação FCB, do time catalão. O atual campeão espanhol, que tem os três melhores jogadores do mundo no ano, segundo a Bola de Ouro, terá que fazer um amistoso por temporada, com o seu time principal, para atender a Qatar Foundation.
O Barcelona destacou que o acordo foi feito sem o pagamento de comissões. Não houve intermediários, como muitas vezes acontece em negociações no futebol.
O clube, em comunicado, também ressaltou a junta diretiva do Barcelona aprovou por unanimidade em uma reunião extraordinária a parceria inédita. Segundo Javier Faus, juridicamente o acordo não necessita ser ratificado por uma assembleia geral, uma vez que em 2003 já foi aprovado o uso de publicidade na camisa do time.
Apesar disso, Faus admite que o tema seja debatido nas próximas assembleias do clube, que tinha a camisa “limpa” como um orgulho.
Agora, a honra é ter o mais vultoso contrato de publicidade. O presidente do Barcelona, Sandro Rosell, e representantes da Qatar Fundation falam em “melhor acordo da história do futebol”.

Em crise, time se rende ao país da Copa-22

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma das razões para o Barcelona ter vendido sua camisa foi a crise financeira por que passam tanto a Espanha quanto o próprio clube.
Segundo Javier Faus, vice do time catalão, a situação financeira “agora é menos complicada”, mas ela levou o presidente Sandro Rosell a “colocar à disposição da junta diretiva todas as suas relações e conhecimentos comerciais dos últimos anos”.
Historicamente ligado à Nike e amigo de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Rosell tem contato antigo com o Qatar, especificamente com o centro técnico Aspire. Indagado se Rosell ainda tinha negócios no Qatar, Faus respondeu: “Pergunte a ele”.
O Barcelona virou embaixador da Copa de 2022 no Qatar já em um acordo de intenções em agosto. Segundo Faus, como não houve intermediário, “entre 5% e 7% em comissões” ficará com o clube. O dirigente defendeu o contrato com um emirado absolutista, algo estranho em alguns setores do clube.


Com Mauro e mais uns 10 novos jogadoeres

A diretoria do América garante que a renovação do contrato do técnico Mauro Fernandes deve ocorrer até domingo.

Se está praticamente tudo acertado em termos financeiros, este anúncio já deveria ter sido feito.

Afastaria eventuais interessados no treinador e a lista de eventuais contratados já estaria sendo trabalhada.

O América vai precisar de mais criatividade ainda em 2011, já que apesar de aumentar suas receitas por estar na Série A, não tem o mesmo poder de fogo da maioria dos concorrentes.

Além do mais as despesas também aumentam. A base do time que que subiu para a A precisa ser mantida, mas serão necessárias muitas contratações para melhorar a equipe, para não correr risco de retornar à B em 2012.