Alisson Sol disse:

Este episódio mostra a diferença entre o que pode estar correto “em princípio” e o que ocorre “na prática”. É um exemplo exatamente do que as federações fazem no Brasil: temendo os “grandes”, mandam recado via rigor com os “pequenos”.

O que é o “problema real”: pela regra, o clube inglês registra 25 jogadores na temporada, com possíveis modificações (contusão, negociação, etc.). Deve então “escalar o melhor time” em cada jogo. Regra absurda, pois contraria todos os princípios da boa regra: é complicado avaliar, abre o caminho para julgamentos subjetivos, etc. E, no cerne do problema: “os grandes” da Inglaterra claramente não escalam o seu “melhor time” no Campeonato Inglês enquanto estão envolvidos nas competições européias. Algo semelhante ao que fazem os times brasileiros envolvidos na Libertadores, Sul-Americana, etc.

Obviamente, a Federação Inglesa não vai multar Manchester United, Liverpool, Chelsea e Arsenal e comprar briga com suas torcidas quando estes times escalarem o que é claramente um time reserva no Campeonato Inglês. Todo ano a Federação manda este “recado” multando algum time que subiu da segunda divisão e que, por motivos diversos (Copa da Inglaterra, Copa da UEFA, etc.) escala um time modificado em algum jogo. No caso do Blackpool, claramente o técnico queria era dar uma mensagem aos seus jogadores, mudando 10 jogadores de um jogo para o outro. Com seu estilo Yustrich, o técnico está mantendo o Blackpool, que tem folha de pagamentos menor do que o salário de muitos jogadores mesmo no Brasil, em 12o lugar no Campeonato Inglês.

Sem outro exemplo para usar, a Federação Inglesa tentou mandar o recado anual usando este exemplo, e se deu mal, pois está sendo ridicularizada por todos. Inclusive, o técnico do Manchester United já falou que “Pedem para eu dar o nome de 25 jogadores, e não 11 titulares e 14 reservas.” (link). E vai escalar quem desejar, e ninguém vai multar Sir Alex Ferguson.

Fernando Melo disse:

Eu gosto de time que prioriza uma competição… E não ganha nenhuma…