Blog do Chico Maia

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Silêncio nada inocente

Para a Justiça, jogador de futebol tem sempre razão; em qualquer circunstância

Há exemplos disso no Brasil inteiro, com clubes de todos os portes.

Qualquer dispensado, por motivo justo ou não, recorre e normalmente ganha fortunas. Na maioria dos casos a alegação é “dano moral” ou que foi “impedido de exercer a profissão”.

Nenhuma outra categoria de trabalhador tem tanto privilégio como essa. O sujeito é demitido e vai cuidar da sua vida. Normalmente, só entra na justiça quando realmente tem seus direitos feridos.

Ricardinho e Zé Luiz estão caladinhos, não quiseram dar entrevistas sobre a demissão, porque são muito bem orientados por advogados, que já já deverão entrar com ações judiciais em várias frentes.

Questão de estratégia jurídica.


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Comentários:
13
  • Cesar de Freitas disse:

    Estou vendo várias opiniões, mas existe uma verdade, depois do caso do Célio Silva o Atlético tem tomado mais cuidados com contratos, a mais de 5 anos não vejo noticias de jogadores na justiça contro o Galo, e olha que teve muitas dispensas com contrato em vigor. Os contratos devem estar sendo bem feitos. Paga-se a multa por recisão unilateral e fim de papo.

  • Ronaldo Ribeiro disse:

    Zé Luiz também disse que falou com o auxiliar técnico do Dorival, e que agora estava entendo porque da demissão.

  • Geovany Altissimo disse:

    Não creio que haverá problema algum. Foram dispensados sem justa causa. Vão ter seus direitos nomais de rescisão de contrato.

  • Renato Paiva disse:

    A questão aí é de encerramento do contrato por parte do empregador. Penso que o Atlético deve aos dois metade do que seria pago até o fim do contrato deles, conforme prevê o art. 479 da CLT.

  • Paulo disse:

    Chico, não sou advogado, nem especialista em Direito, mas acho que desta vez Zé Luis e Ricardinho conseguirão algum dinheiro na Justiça somente se o Galo deixar de pagar algum direito trabalhista.

    O poder discricionário do empregador determina se ele quer ou não manter vínculo com o empregado, exceto quando amparado por acordos sindicais ou de categorias. E o Kalil, desta vez, somente expôs que, na visão do clube, os dois jogadores desrespeitaram aquilo que a empresa (no caso, o clube) entende por hierarquia.

    Sem abuso de poder, sem humilhar os jogadores, sem expô-los ao ridículo. Posso estar muito enganado, mas acho que se os respectivos advogados insistirem em eventual dano moral, não ganharão um centavo.

    Um tal de princípio de razoabilidade ampararia a defesa do Galo, que provaria que a decisão de demissão tenha sido meramente administrativa, não havendo coação ou desrespeito ao colaborador (no caso, o jogador).

    Além do mais, não me lembro de algum precedente, aplicado à quebra de hierarquia, que desse ganho de causa ao empregado – aliás, o Luxa foi demitido do Palmeiras por este motivo e, mesmo com toda o aparato de informação e advogados, não processou Beluzzo e Palmeiras (e olhe que o cara vive processando o mundo, é “pelinha” e saiu p. da vida, detonando o Beluzzo dia sim, dia não no seu blog).

    Aguardemos.

  • Lincoln Pinheiro Costa disse:

    Prezado Chico,

    A maioria dos clubes não se preparou para as grandes transformações jurídicas que se iniciaram com a Lei Pelé há mais de uma década.
    Jogador de futebol costuma ter um aparato – assessoria de imprensa, assessoria jurídica – maior que muitos clubes, enquanto estes, na maioria, servem-se de abnegados voluntários.
    Embora o futebol seja o carro-chefe, também é preciso formar quadros para atuar fora de campo.
    Veja, por exemplo, esta questão de direito desportivo. Poderiam ser realizados encontros, seminários, patrocinados pelos próprios clubes, para se debater o assunto e formar profissionais.
    Saudações Atleticanas,
    twitter.com/lincolnpinheiro

  • Leonardo disse:

    É verdade. Mas percebam que os dirigentes também estão mais atentos. Estou vendo “chiliques” histéricos da mídia azul contra o que seria falta de transparência nas declarações do Kalil.

    Mas, por óbvio, a exposição da sua representação dos fatos à mídia conduziria a demandas judiciais. Noutros tempos, o Kalil teria dito “fofoqueiro”, “traíra”. E é isto que a mídia azul chiliquenta fica provocando por trás da falsa defesa da publicidade dos fatos.

  • Klaillton Saraiva disse:

    Leiam: … jurídico?

  • Klaillton Saraiva disse:

    Chico, quando a diretoria do Galo toma uma atitude desta, ela não tem respaldo do setor jurídico. Por que será que sempre deixam brechas e os atletas sempre ganham na justiça? É por isso que o Célio Silva veio aqui, farriou, não jogou nada e ainda ganhou muito dinheiro do Galo na justiça.

  • Vítor Dias disse:

    Isso sem contar os casos de jogadores que entram na Justiça pedindo liberação de vínculo, muitas vezes amparados por pessoas dentro do próprio clube que agem contra o mesmo e propositadamente deixam de depositar FGTS e outras coisinhas mais, e acabam dando razão aos reclamantes.

    No caso de Ricardinho e Zé Luís, a coisa é mais delicada no âmbito jurídico pois os motivos que levaram às dispensas, assim como em todos os outros casos semelhantes, são subjetivos demais em termos legais, dando brecha para toda sorte de processos em cima dos clubes.

  • Bom dia a todos!

    Realmente Chico, em breve teremos notícias de que Ricardinho e Zé Luiz irão lucrar um din din federeal as custas do nosso galo!

  • audisio disse:

    É Chico, parece que tem dirigente ou dupla de dirigentes que nunca aprende com a história. Exemplo disso foi 2000, quando o Atlético tinha como diretor de futebol Alexandre Kalil e como gerente de futebol Eduardo Maluf e depois de um incidente onde o técnico Levir Culpi expôs o jogador Ramom Menezes ao ridículo num bate boca conhecido até hoje como “Cabeça de alfafa”, a multa foi astronômica. Como diz Arnold Toynbee, “A única coisa que aprendemos com a história é que nunca aprendemos com a história”! Pra que lavar roupa suja diante das mídia?

  • Klang disse:

    Caladinhos? E a entrevista ao Jaeci? E Ricardinho ainda confessou o “crime”.