Ainda está em tempo de homenagear a um grande companheiro que se foi: o jornalista Reali Júnior, que morreu sábado em São Paulo.
Foi correspondente do “Estadão” e Rádio Jovem Pan durante quase 40 anos em Paris.
Sempre se colocava à disposição de todo colega brasileiro que lá chegava, para qualquer tipo de cobertura.
Tive a satisfação de conhecê-lo e contar com a sua ajuda durante a Copa da França em 1998.
Um mito do jornalismo brasileiro.
Mais detalhes da sua vida, nessa nota na Folha de S. Paulo de domingo:
* Jornalista Reali Júnior morre aos 71 anos
Vítima de infarto, ele foi correspondente de rádio e jornal em Paris por quase quatro décadas
DE SÃO PAULO
Morreu sábado em São Paulo o jornalista Reali Júnior, 71, em decorrência de um infarto.
Reali foi correspondente em Paris da rádio Jovem Pan e do jornal “O Estado de S. Paulo” por quase quatro décadas, a partir de 1973.
Na emissora de rádio trabalhava desde 1956; no “Estado”, ficou até 2006.
De acordo com o médico Carlos Alberto Pastore, que o tratava, o correspondente teve um câncer de fígado.
Dois anos atrás, teve diagnosticada a necessidade de realizar um transplante.
Anteontem, Reali Júnior chegou a passar por uma consulta de rotina; seu estado de saúde piorou na manhã de ontem.
Hipertenso e diabético, ele já havia sentido falta de ar na noite de anteontem.
Ontem, acordou, tomou café da manhã e, depois, sofreu o infarto.
Nascido Elpídio Reali Júnior, o jornalista começou na profissão como repórter esportivo. Foi para Paris em 1972, consequência do período de repressão militar no Brasil à época.
Voltou ao país há dois anos para se tratar do câncer.
Considerado pelos amigos afável e generoso, Reali Júnior deixa a mulher, Amélia, e quatro filhas, três das quais ainda em Paris. Uma delas, Cristiana Reali, é uma atriz de sucesso na França.
Reali era uma espécie de “embaixador” dos correspondentes em Paris. Recepcionava os recém-chegados, dava dicas e ajudava na ambientação à capital francesa.
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