Vale a pena ler o artigo de Vittorio Medioli, hoje, no Super Notícia. Ele denuncia os mercenários da política mineira, que arrebentam Minas Gerais em troca de seus interesses pessoais.
Confira:
“Vittorio Medioli”
A presidente nasceu em Belo Horizontee, até agora, nenhuma séria intenção
foi manifestada para inverter o abandono federal dos últimos anos.
O abandono
Um leitor me pede encarecidamente que comente sobre o abandono da BR-381, a rodovia “da morte coberta de sangue”. Segundo ele, o governo federal abandonou Minas, sequer existe manutenção das obras já concluídas.
Como se pode notar, as vias de acesso e saída da capital – BR-262, BR-040, BR-381 e Anel Rodoviário -, todas de jurisdição federal, registram engarrafamentos, acidentes, verdadeiros desastres quase todos os dias. Encabeçam o ranking da “morte” entre todas as rodovias do país.
Da mesma forma, o aeroporto de Confins encontra-se saturado.
Minas ainda sofre de assédio federal, movido a incentivos fiscais e empréstimos do BNDES, para perder suas principais empresas. As águas do rio São Francisco, desnecessariamente, serão desviadas sem atender outra finalidade que não o sonho megalomaníaco de um governante e de seus financiadores empreiteiros.
O governo tucano de Minas, com sua rigidez fiscal, certamente não contribui para frear o êxodo estimulado pelos adversários petistas, entretanto a falta de investimentos federais na adequação das estruturas mostra uma trama surda e insidiosa.
Mas nada disso seria possível se a bancada de Minas no Congresso, a segunda maior do país com 56 parlamentares – além dos ministros saídos dessa paróquia -, na sua estarrecedora maioria, não fosse cúmplice desse plano de demolição.
Cerca de 44 parlamentares, agraciados com nomeações nos latifúndios federais e mantidos com ração abundante em suas manjedouras, não reclamam o abandono.
Vale mais um estômago cheio que um Estado arrebentado. Votam tudo, a qualquer hora, nem avançam críticas ou gritos de alerta.
Engordam enquanto Minas se complica, enquanto as dificuldades para os mineiros aumentam, enquanto as rodovias se tingem de vermelho, enquanto o sistema de saúde desaba, enquanto as empresas são levadas para longe e nem as águas são respeitadas.
Uma representação como essa é drasticamente dispensável.
A presidente nasceu em Belo Horizonte e até agora nenhuma séria intenção foi manifestada para inverter o abandono federal dos últimos anos.
O eleitor deveria cobrar com intensidade de seu representante, se conseguir achá-lo, e da Dilma também.
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