Tenho o privilégio de curtir hoje, o dia com a minha mãe, D. Terezinha, junto com meus irmãos, sobrinhos, cunhados, amigos e queridos agregados.
De todas essas datas que existem para incentivar o consumo, a que me dá mais prazer é o Dia das Mães.
Para quem este mesmo prazer que estou tendo hoje e para os que, infelizmente, não têm mais, faço minhas as palavras do tom Vital, a quem agradeço, e destaco a mensagem enviada por ele:
“Chico,
estou tomando a liberdade de enviar uma homenagem para o dia das mães. Li esse poema pela primeira vez quando tinha oito anos: achado numa lata de lixo.
Li e joguei fora. Mas ficou para sempre em minha memória.
Cresci pensando que era do poeta Coelho Neto.
Só agora descubro que é do Hermes
Fontes.”
* Mãe
Para dizer quem foi minha mãe, não acho uma palavra própria, um pensamento bom
Diógenes – busco-o em vão; fatla-me a luz de um facho
– Se acho som, falta a luz: se acho a luz, falta o som!
Teu nome ó minha mãe – tem o sabor de um cacho
De uvas diáfanas, cor de ouro e pérola, com
Polpa de beijos de anjo…
ouvi-lo é ouvir um sacho
Merencóreo, a rezar, no seu eterno tom…
Minha mãe! Minha mãe! Eu não fui qual devera.
Morreste e eu não bebi nos teus lábios de cera
A doçura que as mães, ainda mortas, contêm…
Ao pé de nossas mães todos nós somos crentes…
Um filho que tem mãe – tem todos os presentes…
– E eu não tenho por mim, ó minha mãe, ninguém!
Hermes Fontes
*28/08/1888
*25/12/1930
D. Terezinha, Dr. Jader Resende e Celso Gaguinho
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