Neymar e Ganso são conhecidos no Brasil, mas a imprensa estrangeira ainda aguarda uma grande atuação de ambos pela seleção, para reconhecê-los como “diferenciados”.
Neymar é apontado como um protegido da imprensa brasileira. Consideram-no um ator da novela “Insensato Coração”, sucesso de momento na teledramaturgia verde e amarela.
Alexandre Pato é citado como o “genro del capo”, numa referência ao sogro Silvio Berlusconi.
Aliás, a presença brasileira é cada vez maior na Argentina, motivada pela influência econômica. Nas rádios e TVs, ouve-se e vê Roberto Carlos, Bossa Nova, Sertanejos, Funk e Skank e Ivete Sangalo, nessa ordem, por mais incrível que pareça. A tal ponto que a música “Chora me liga” da dupla João Bosco e Vinícius, tornar-se um ícone entre a juventude portenha. Acredite se quiser, mas na estreia da Argentina contra a Bolívia, era entoada pela torcida numa versão criada por eles.
É impressionante como os argentinos estendem o tapete vermelho para os brasileiros. Há serviços especiais para a nossa língua em todas as áreas imagináveis.
Foi a segunda vez na vida que vi que o nosso dinheiro está forte no exterior. A primeira foi durante a Copa da Franca, em 1998, quando um real equivalia a um dólar, que valia seis francos. Que festa!
Um real vale hoje 2,53 pesos, e um peso, vale muita coisa aqui.
Os noticiários de ontem diziam que Buenos Aires corria o risco de falta de combustível, e que o interior do país já estava racionando. Também, que a Petrobras e a Shell, justificavam isso e aquilo pela ausência do produto, com foco na greve dos caminhoneiros e movimento dos “piqueteiros”, que impediam a saída dos caminhões das distribuidoras. Ou seja: uma cia. brasileira controla um setor fundamental deles.
Um taxista paraguaio falou barbaridades dos argentinos, quando eu disse que era brasileiro: “son uns hijos del … non les gustan nadie…” “Só tratam bem aos brasileiros, hoje, porque vocês é que sustentam a economia deles”, disse.
Ele mora aqui há 22 anos e só espera o filho mais velho, que faz medicina, completar, 22 anos, para voltar a morar em Assunção.
Vale registrar que foi o único estrangeiro que ouvi falar mal da Argentina e argentinos até agora.
Um veterano jornalista argentino, Carlos Cavagnano, que cobre Copas, desde a de 1970, elogia a todos os sul-americanos que frequentam a Argentina, à exceção dos peruanos: “são uns folgados; preguiçosos”.
Tudo faz parte! Pessoalmente, garanto que estou muito satisfeito em estar aqui, pela terceira vez. E sempre bem recebido, com a cordialidade e atenção de sempre.
Nada a reclamar; muito pelo contrário.
Numas das principais redes de televisão da Argentina, uma gozação para cima do estrelismo do atacante Neymar, e o seu cabelo “moicano”. Um ator anão contracenou com o ex-goleiro Sérgio Javier Goychochea, vice-campeão mundial em 1990, na Itália, no palco.
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