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Vamos continuar marcando passo, discutindo miudezas!

O ano futebolístico começa com os mesmos questionamentos de sempre: nossos times estão se preparando bem para a temporada?

Entendo que a pergunta deveria ser outra: o que os nossos dirigentes pensaram de diferente para melhorar o futebol mineiro e voltar a torná-lo competitivo em termos nacionais?

Com a diferença econômica se acentuando a partir deste ano, é cada vez mais urgente que os  comandantes dos principais clubes e da Federação Mineira de Futebol se mexam e busquem alternativas. Não vejo nem uns e nem o outro se movimentando neste sentido. Atlético, Cruzeiro e América acham que vão conseguir contratar jogadores e montar times que briguem na cabeça com os muito mais endinheirados do Rio, São Paulo e até o Rio Grande do Sul. Sim, porque os gaúchos já nos puseram no chinelo há tempos, e os números estão aí para mostrar.

Os sucessivos presidentes da FMF ficam em sua zona de conforto e fingem que o assunto não é com eles. Em tese, a entidade pertence aos clubes e deveria apenas gerenciar os seus interesses comuns, das categorias de base ao profissional.

Na verdade, cada um pensa em seu próprio interesse e pouco a pouco Minas vai ficando para trás também  no futebol, pois na política, já perdemos a hegemonia a bastante tempo.

A solução para voltarmos a ter times fortes seria a volta ao passado, por mais estranho que soe essa expressão. Mais precisamente aos anos 1960/70, quando os dirigentes tinham consciência que jamais o futebol mineiro poderia competir em termos financeiros e disputar títulos com cariocas e paulistas. Sabiam que teríamos que “fabricar” em casa e buscar alguma peça importante que já não tivesse tanto valor no Rio ou SP, mas que poderia ser estratégica por aqui.

Ou seja: na época, homens como Nelson Campos e Felício Brandi sabiam das limitações de seus cofres e apostavam no interior de Minas e em seus “dentes de leite”, infantis e juvenis os jogadores que poderiam resultar em grandes times.

Não vou nem citar exemplos porque já escrevi muito sobre isso e a história está aí. Os comandantes de hoje não precisam nem recorrer aos livros; basta ir ao Google e ver como surgiram os Piazzas, Dirceu, Tostão, Joãozinhos e Palhinhas.

Ou Renatos, Grapetes, Oldair, Darios, Reinaldo, Cerezo e similares.

Agora, “descobrimos a roda” e só se fala no “modelo Barcelona”, de fazer em casa e bla, bla, bla…

Pois é, mas será que a memória fraca mineira não recorda que em meados dos anos 1970, o Atlético montou um dos melhores times da história do nosso futebol, com quase 100% da sua própria base? E o mais interessante e lamentável: só o fez porque o clube estava quebrado, e o então presidente Walmir Pereira concedeu uma entrevista coletiva abrindo esse jogo, dizendo claramente para a torcida: “vamos apostar tudo nos nossos, feitos em casa”. Obviamente que a torcida chiou e a imprensa bateu forte. Jogadores emprestados para clubes de todo o país foram “repatriados”, outros foram promovidos ao profissional e o Brasil conheceu João Leite, Getúlio, Alves, Cerezo, Paulo Isidoro, Marcelo, Reinaldo, Marinho…

O torcedor chegava mais cedo ao Mineirão para ver as preliminares, sempre entre juvenis ou juniores do seu time. A meninada aprendia cedo a conviver com a pressão e não sentia tanto o peso da camisa quando chegava ao profissional. Estranhamente estes campeonatos da base passaram a ser “fantasmas”, com jogos marcados para horários e locais inacessíveis ao torcedor e até à imprensa.

A Federação é rica, tem muito dinheiro; Atlético e Cruzeiro, enchem os cofres no Campeonato Mineiro com o dinheiro da Rede Globo, mas os clubes do interior morrem à míngua. Com a Lei Pelé, então; aí é que foram fulminados mesmo.

Clubes tradicionais que sempre forneceram grandes jogadores ao futebol brasileiro, acabaram, estão quase mortos ou vivem nas mãos de empresários. Eram “galinhas de ovos de ouro” que abasteciam os três grandes da capital.

O futebol mineiro precisa ser repensado no atacado, mas os clubes e a FMF pensam só no varejo.

Acham que sabem tudo; o passado não existe, o futuro é hoje e enquanto isso vamos continuar marcando passo, discutindo miudezas, brigando para ver quem ficará na frente do outro no Brasileiro; quem vai ser rebaixado ou quem será campeão mineiro.

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Comentários:
31
  • sérgio matos da silva disse:

    Chico: o maior problema dos clubes mineiros é formar times, com jogadores de outros estados. Jogadores que não sabem a grandeza dos times mineiros.Porque ao invés de ficar contratado atletas de alto custo, os dirigentes não investem esse dinheiro, na construção de campos de futebol amador,e quadras em bairros e no interior da capital,para a formação de jogadores para os clube dono do investimento. Mas a realidade é outra; parece que a negociata, rede mais para todos os envolvidos.

  • Dudu GALOMAIO BH disse:

    Pois é Adalton, tive que ser generoso pra não rebaixar ainda mais alguns pseudo-jogadores profissionais de futebol.

    Abraço!

  • Antônio CATÃO Jr. disse:

    Chico, não há mais o que falar após seu comentário. E como estou vendo que o filme de 2011 irá se repetir para o Galo em 2012, vou aproveitar o doutorado que farei na UDESC, campus Joinville, e irei torcer para o JEC (Joinville Esporte Clube) – o Coelho de SC – pois, pelo menos os jogadores do JEC têm garra, entrega e determinação, além do clube ter uma torcida apaixonada. O mais cômico dessa história do JEC na terceirona é que o “maestro” do time foi o Ramon “Q.I. de Alface” Menezes.
    Torcendo para o JEC e, por resignação, “diminuindo o envolvimento” com o Galo esse ano, pelo menos alegrias com o Futebol terei.

  • Adalton disse:

    Outra coisa Dudu Galomaio,
    Eu de uns anos para cá, esfriei muito na torcida pelo Atlético…esfriei tanto que incentivei minha filha a torcer por outro Clube e ela hoje torce.
    Si nceramente, eu não quiz que ela passasse por essas tristezas que os atleticnos passam todo ano .

  • Adalton disse:

    Caro Dudu Galomaio,

    Como diz um repórter de campo, de uma emissora aqui de Governador Valadares, se o time for esse que vc analisou para 2012:”AÍ EU PASSO MAL”.

    OBS: e olha que você foi generoso com alguns…

  • JOSE DINIZ disse:

    Olá Chico,
    Diga-me: Nos jogos no Estádio Independencia, onde irei estacionar o meu carro?
    Obrigado pelo espaço.

  • Dudu GALOMAIO BH disse:

    Na verdade ficou invertida a análise do Bernard(***) e Neto Berola(**), o que não interfere na média final. 🙂

  • Dudu GALOMAIO BH disse:

    Chico e demais colegas, estranho o meu pouco interesse pelas novidades do “time vendido” nesse morno começo de 2012. A decepção pelo “resultado” do dia 04/12 é bem maior do que eu poderia imaginar naquele momento. Acredito que muitos atleticanos compartilham esse sentimento misto de desconfiança/decepção e aquela sensação de que fomos feitos de bobos, acreditando na seriedade e entrega de alguns mercenários que protagonizaram aquela estranha aberração.

    Isto posto, dado o pouco interesse pelo que vai ou não acontecer com o time (é difícil deixar de preferir um time, mas pode-se diminuir o envolvimento com as coisas do mesmo), analiso o elenco atual, o que me faz querer ainda mais me envolver menos emocionalmente.
    Segue uma análise pessoal, onde:

    *fraco / **razoável / *** bom / **** muito bom / ***** excelente

    1 – Renan Ribeiro *
    2 – Marcos Rocha **
    3 – Leo Silva **
    4 – Rever ***
    6 – Triguinho **
    5 – Pierre ***
    8 – F Soutto ***
    10 – Danilinho ***
    7 – Neto Berola ***
    9 – André **
    11 – Bernard **

    Média = 2,36 (*) ou seja, time mais pra razoável do que bom.
    Precisa explicar muita coisa?

  • Rodrigo Assis disse:

    Enquanto o incompetente Eduardo Maluf estiver no Atlético, todo ano será a mesma coisa

  • Clayton Batista Coelho ( Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH ) disse:

    Chico,

    Mais uma vez, parabéns ! Belo comentário.

    Além da disparidade econômica em relação aos times do Rio e São Paulo, infelizmente nossos dirigentes atuais continuam amadores. Mais preocupados com a vaidade, rivalidade e interesses pessoais.

    A pergunta é… Se a história comprova que o melhor para os times mineiros sempre foi “fabricar” jogadores em casa, por que hoje em dia tratam com tanto descaso as categorias de base ??

    Na minha opinião a resposta é: Porque o futebol virou um negócio, onde título mesmo fica em segundo plano.

    Com isso, já há alguns bons anos, nossos dirigentes se amparam nessa de dizer que “não há como competir com o poder econômico de Rio e São Paulo”.

    Oras… Não há como ?? Ou não querem competir ??

    Antigamente, tínhamos que nos contentar em fazer uma boa campanha e “quase” conquistar um grande título. Hoje em dia, nossa luta tem sido pra permanecer na Série A… Com uma filosofia de pensar pequeno assim, como esparar grandes conquistas pra Minas Gerais ??

    Graças a Deus o Neymar não foi “formado” nas categorias de base do Cruzeiro. Porque se fosse, teriam estragado o garoto, colocado ele pra rodar em outros clubes, pra “ganhar experiência”, assim como fizeram com o Thiaguinho, que foi o melhor jogador SUB-20 de 2010 e artilheiro do campeonato daquele ano.

    Agora, seria inocência dos comandantes do Cruzeiro ? Burrice ? Antes até fosse viu…

    Abraços e boa semana a todos !

  • Renzo disse:

    O interior esta crescendo , esta forte economicamente, o Cruzeiro teve dois vice nesses ultimos anos, infelizmente. Sem o mineirão, as contas dos grandes da capital vai continuar menor,os times do RS capital, estão em vantagem mesmo, ainda a muito trabalho a ser feito em Minas.
    O fortalecimento do campeonato mineiro seria essencial, visto ja ter colocado Ipatinga na série A, e permanecer com 3 times na série B. Ficando abaixo somente do estado de SP.

  • Daniel Lanza disse:

    E mais:

    Os clubes ainda tiram de suas rendas:

    – 10% da Renda Bruta destinados à FMF
    – O percentual de 5% sobre a Renda Bruta correspondente ao INSS;
    – O percentual de 5% sobre a Renda Bruta destinado ao parcelamento da divida dos clubes junto ao INSS, quando for o caso, sendo obrigatória a informação do clube;
    – O percentual de 20% (vinte por cento) sobre a remuneração dos serviços prestados pela equipe de Exame de Dopagem, destinados ao INSS;
    – Os impostos e taxas locais, quando for o caso.

    Como querem que o campeonato mineiro seja competitivo?

    Como querem que os clubes do interior sobrevivam?

  • Daniel Lanza disse:

    A FMF não dá qualquer incentivo aos clubes do interior do estado, ao contrário do que vem ocorrendo cada vez mais nos estado do RJ e SP.

    Nestes clubes surgem boa parte dos craques. Bons para os clubes do interior, que sobrevivem, e ótimo para os grandes clubes, que compram estes jogadores a baixo custo.

    O Campeonato Mineiro é chamado de “Rural” a anos e assim continuará se não houver um incentivo da Federação Mineira ao interior.

    Os clubes do interior, além de bancarem a manutenção de seus humildes estádios, PAGAM AS MAIORES TAXAS DO CAMPEONATO.

    Para um trio de arbitragem FMF (mais barato) é pago por jogo os seguintes valores pelos “times da casa” (mandantes):

    América Futebol Clube: R$ 9.015,00
    América Futebol Clube (TO): R$ 9.987,00
    Associação Atlética Caldense: R$ 9.987,00
    Boa Esporte Clube: R$ 9.651,00
    Clube Atlético Mineiro: R$ 9.015,00
    Cruzeiro Esporte Clube: R$ 9.015,00
    Esporte Clube Democrata: R$ 9.663,00
    Guarani Esporte Clube: R$ 9.159,00
    Nacional Esporte Clube Ltda.: R$ 9.159,00
    Tupi Foot Ball Club: R$ 9.507,00
    Uberaba Sport Club: R$ 10.059,00
    Villa Nova Atlético Clube: R$ 8.859,00

    E ainda, todos os clubes mandantes também pagam:

    Representante FMF: R$ 440,00
    Fiscal de Arrecadação: R$ 440,00
    Delegado/Preposto Ouvidor: R$ 440,00
    Assessoria de Comunicação: R$ 440,00
    Fiscais de Pista: R$ 170,00
    Porteiros e Bilheteiros da FMF: R$ 110,00
    Porteiros e Bilheteiros da Liga local: R$ 110,00

    Ou seja, um time do interior, com apenas dois porteiros e dois bilheteiros pagam, por jogo realizado em casa, um MÍNIMO de R$ 11.529,00!!

    Considerando que o valor do ingresso no interior é vendido a R$ 10,00, isto quer dizer que o clube precisa da presença de 1153 torcedores apenas para bancar as despesas com a FMF (excluindo os demais custos com PM, ambulância, limpeza etc).

    Uma vergonha!

  • Adalton disse:

    Penso o seguinte: somente jogadores dos juniores , a não ser que surjam grandes craques ao mesmo tempo, dificilmente dão contas sozinhos de grandes conquistas; precisam de uns 3 experientes no grupo, para orientá-los nos momentos difíceis.
    Quanto ao Atlético Mineiro, parece que ao longo dos anos perdeu o senso crítico na hora de contratar…incrível, a gente fica triste, aborrecido e dá vontade de parar de torcer e acompanhar, mas ao que parece muita gente já vem desanimando e o Clube que tome cuidado, senão vai tendo sua torcida diminuindo cada ano que passa.Tudo já começa nas categorias de base (na Copinha de SP o time marca muito mal…os zagueiros jogam longe uns dos outros…é só ver os jogos). Vejam que no Barcelona que o time da moda, os conceitos táticos vêm desde os tempos das categorias de base naquele Clube: é preciso já formar uma mentalidade vencedora nos meninos e ter maior critério na seleção desses garotos.
    Quanto ao Cruzeiro, penso que está coantratando bem como sempre o faz e monta grandes times; Por que o Atlético não aprende a montar grandes times?

  • PAulo Araujo disse:

    Brilhante matéria. Muito atual, e essa é a realidade do futebol mineiro. Onde nossos clubes são apenas coadjuvantes. Dirigentes que ficam sempre esperando soluções prontas, como a do Atlético que desistiu da construção do seu estádio acreditando nas promessas do então vice-goverdor Antonio Anastásia de que o Minerão após a copa do mundo ficaria para administração dos clubes. Hoje como em tantas outras épocas nos sabemos que não será bem assim.
    No caso do meu clube a Atlético serão mais três anos de espera, pois a tão notada ausência da direção no departamento de futebol já ficou evidente esse ano. O presidente viajou de férias, o técnico, que foi contratado há pouco mais de três meses já esta de férias e ninguém sabem onde esta. E a equipe que nem se apresentou ainda. Se não lutarmos contra o rebaixamento já vai ser um grande alivio.

  • Rodrigo disse:

    Matou a pau, Chico! A verdade mais absoluta já dita sobre este lamentável capítulo da história do futebol mineiro.

  • Uma das razões para que o eixo Rio-SP e mais recentemente o RS estar mais “endinheirado” que os clubes mineiros, é que a maioria clubes negociaram diretamente com a emissora de TV interessada, ignorando o prévio acordo entre TODOS os clubes… TRAIRAGEM TOTAL!
    – Já previram que o campeonato brasileiro ficará como o Espanhol, com a ressalva que os clubes do citado eixo ficarão com a maior parte do bolo pecuniário, e consequentemente, os campeonatos brasileiros serão decididos entre eles, deixando os mineiros “chupando os dedos”, literalmente!
    – Alguém sabe citar todos os clubes que agiram como “traíras”? É MUITA BANDIDAGEM ENVOLVENDO O FUTEBOL!

  • miro disse:

    alguem poderia min informar o paradeiro do tal funcionario da cbf?

  • miro disse:

    enquanto isso vamos continuar marcando passo, discutindo miudezas, brigando para ver quem ficará na frente do outro no Brasileiro; quem vai ser rebaixado ou quem será campeão mineiro.chico este paragrafo vc disse tudo sobre o futebol miineiro. parabens

  • JOSE DINIZ disse:

    Olá chico,
    Me pergunto se verei em 2012, o SERGINHO, aquele que quando jogava de volante, sobrecarregava os dois zagueiros. Incompetente, fazendo falta por traz, levando cartão amarelo, e depois o vermelho, deixando o time em dificuldades . . .Ahhh quanto sofrimento! Espero que, o SERGINHO e o negligente RICHARLYSON, se apresentem, antes, ao departamento de psicologia do clube para uma mudança de comportamento em 2012.
    Não quero estar doido de tanta raiva e vergonha, no final desse ano. Obrigado pelo espaço.
    JOSE DINIZ.

  • flavio azevedo disse:

    Paralelo com o caso Montillo
    Não sou de criar tópicos sobre outros times [principalmente um tão nojento]. Mas segue ai o desabafo que fiz no facebook abordando este assunto:

    Na hora que o Cruzeiro alicia jogador na base ou no profissional do América o discurso é de que isso é normal, jogo do mais forte, jogador quer ir para time grande e etc.

    Já quando o Cruzeiro tem seus jogadores aliciados por times do Rio e SP, ai não pode, é incorreto, anti-ético, a FIFA tem que intervir e etc.

    agora quero ouvir entrevistas do volante Fabricio dizendo que a arbitragem beneficia os times do eixo RJ-SP!

  • Marcos 2012 disse:

    Minas ainda vai ficar pra trás no futebol? Ao meu ver já ficou pra trás há muito tempo!
    Aqui em Minas hoje em dia não há projetos para colocar seus clubes no topo do Brasil, das Américas ou até mesmo do mundo. Ou mesmo tentar evitar que a hegemonia paulista e carioca no futebol nacional suba de 90% para 100% a partir de 2012. Já ‘tá bão demais’ ganhar o ‘superclássico’ ou ser campeão mineiro. Rankings são forjados pelos dirigentes para tapiarem os torcedores. Desde 1974 cultiva-se em Minas o hábito de atirar pedras contra arbitragens e eixo Rio-São Paulo(pedras essas que não machucam ninguém) pelos fracassos de azulados e carijós. Times de SP e RJ são vistos por aqui não como exemplos e sim como vilões. Sem contar que por aqui há um federação de futebol pré-histórica.
    É por essas e outras que desde 2004 os deuses do futebol viraram as costas para MG.

  • Marcos 2012 disse:

    Foi o que eu disse no post anterior. A quarta posição de Minas no futebol brasileiro está seriamente ameaçada.

  • Márcio Luiz disse:

    Chico,
    o que comentar?

    Apenas assinar embaixo.

    Parabéns!

  • Bruno Silva disse:

    Prezado Chico e colegas do blog,

    Ao vermos os times e elencos de Flumininse, São Paulo, Inter, Corinthians, Vasco, e até mesmo o Grêmio e Flamengo, vemos que a dupla mineira está muito, mas muito atrás destes times e, se o futebol não apresentar nenhuma surpresa, os dois não vão brigar por nada mais importante no ano mais uma vez.

    O Cruzeiro encheu seu elenco de atletas de 2ª divisão;
    E o Galo com suas “contratações pontuais”, como se o time fosse bom, e não tivesse ficado em 15º lugar, ALÉM DE LEVAR UMA HUMILHANTE GOLEADA no final, que eu como atleticano ME RECUSO A ESQUECER, da maneira ridícula que mancharam mais uma vez a história deste clube.

    Enfim, como você disse Chico, os dirigentes mineiros precisam “redescobrir a roda”…

  • Fernando disse:

    Certíssimo Chico.

    O Santos só saiu do ostracismo pós Pelé com a força da base e a revelação de craques. Hj é multi-campeão e recebe mais dinheiro de TV que os timecos de Minas.

    Infelizmente o Rei do Z4 (Sr. Kalil) não pensa dessa forma.

    Além de não revelar craques faz tempo, entulha o time com meia-bocas caros, Guilherme, Mancine, Richarlisson. E esse ano, pra piorar, nem tentou contratar nenhum jogador que seja realmente REFORÇO. PIADA, mais um ano de Chacota.

  • J.B.CRUZ disse:

    Agradecendo a família PERRELLA pelo muito que fizeram pelo CRUZEIRO e desejando felicidades em seu novo rumo na vida, quero também dizer da minha espectaviva quanto a nova diretoria comandada pelo Sr. GILVAN DO PINHO TAVARES, que a princípio com este imbrólio MONTILLO-CORINTHIANS, já mostrou a que veio..Parabéns presidente pela atitude tomada junto ao caso…O SR. GILVAN está se mostrando ótimo negociador ao colocar o CLUBE em primeiro lugar nesta situação em que o jogador também está certo em defender o seu lado(família) e para o CORINTHIANS quanto mais tumultuar a vida do concorrente é melhor para ele…Preço único: 15.000.000,00 (quize milhôes de euros) e fim-de-papo..

  • Prezado Sr. Chico Maia;

    Acredito que a lógica analisada pelo senhor é a correta, isto é, o futebol de Minas não escapa do modelo de mercado, no sentido de o “mais forte manter seu poder de barganha local”.

    A maneira como se configura a CBF é o modelo da superestrutura do futebol nacional (os clubes do eixo Rio-SP dando as cartas), e a maneira configurada pela FMF segue às riscas os cânones CEC-CAM, não é verdade?

    Tenho a impressão (apenas isso, sensações) que a lógica pode iniciar neste ano um processo de transição.

    América voltará a oferecer um campo na cidade, CEC-CAM deixarão de ser ciganos e, fundamentalmente, está surgindo uma liderança diferente à que estamos todos acostumados (Perrella-Kalil). tão bem “utilizada” pela mídia para lucrar diante da aparente competição entre ambos.

    É muito grata a aparição da figura do Dr. Gilvan irrompendo no cenário como ator diferenciado, tentando quebrar essa lógica. Sinto que transmite segurança e confiabilidade, e tomou a dianteira no sentido de aproximar os torcedores mineiros em prol da convivência, não da fajuta “convivência entre concorrentes sadia” primeiro, para depois ganhar dinheiro com “o clássico da paz”.

    Caso se concretizar, essa luz quebrará medos e resistências. Sonho com a colaboração consciente da mídia que comenta, valendo-se mais do conceito de cidadania do que capitalista sem fronteiras.

    Meus respeitosos comprimentos. JFS

  • J.B.CRUZ disse:

    Não há termos comparativos entre o FUTEBOL-ARTE,AMOR-A-CAMISA E ENCANTAMENTO das décadas de 50,60 e 70, COM O FUTEBOL BRUCUTÚ,RETRANQUEIRO E MERCENÁRIO das décadas 80,90 e a primeira década do novo MILÊNIO..Cobrar dos jogadôres,Dirigentes e comissões técnicas atuais o mesmo desempenho das décadas de ouro do passado é até covardia..Futebol passou de lazer e entretenimento de fins-de semana,para uma atividade estritamente profissional,meio de vida e suposto conforto para família de quem se torna jogador..Antigamente o vencedor (principalmente nos clássicos) aos domingos, na segunda-feira ia de cabeça erguida para o trabalho e via-se em seu semblante a felicidade estampada, enquanto no perdedor notava-se a tristeza e a vergonha por ter perdido o jogo..Hoje o time leva de 6 x 1 e a noite do mesmo dia da derrota, jogadores na balada alegres e tranqüilos como se nada tivesse acontecido…. HOJE jogadôres,diretores e comissão técnica, são estritamente profissionais, só os torcedôres é que mantém a PAIXÃO e o VERDADEIRO AMOR aos seus CLUBES DE CORAÇÃO…Sofrimento nem pensar!!!

  • Rivelle Nunes disse:

    Chico,

    é estranho mesmo a descoberta de todos, somente agora, do “modelo Barcelona”. Na TV a cabo tem jogo do time catalão toda semana, mas só quando o Mundial de Clubes foi transmitido, e o jogo foi contra um brasileiro, parece que descobriram a forma do time jogar.

    Dias após o chocolate do Barcelona no Santos, em uma resenha estavam o Reinaldo (O Rei), o engenheiro Ricardo Raso e eu. Reinaldo foi simples e direto. “Barbatana fazia com a gente, nos treinos, o que hoje faz o Barcelona. Toque de bola, de pé em pé, de forma insistente, sem chutões”.

    Simples, como o futebol deveria ser quando há grande qualidade, como tinha aquele Atlético e este Barcelona. Tentar fazer isso com cabeças de bagre, é querer passar ridículo. E o pior é que tem treinador que deve tentar isso em seus times após a “aparição” do Barça no fim do ano passado.

    Abraços!

  • orlando Augusto disse:

    Ei Chico amigo,
    um feliz ano novo para voce que começou muito bem o ano,acordando na nossa querida Conceição do Mato Dentro. Graças a Deus agora entregue a um novo comandante. Acreditamos muito no nosso amigo comum Dr. Reinaldinho Guimarães. Vou apoia-lo totalmente.
    Chico Maia quero abusar de seu espaço democrático para dizer sobre minha indignação quando ontem à noite, em casa descansando ja que volto às atividades normais nesta segunda feira, vi e ouvi pelas tvs o anuncio da Câmara Municipal de Belo Horizonte tentando justificar o injustificavel aumento de salarios. (para os aposentados,6,8%)
    Foram cinco inserções na TV Globo que custaram no mínimo,só no sábado, a bagatela de aproximadamente R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)
    Uma inserção de 30″ no Jornal Nacional custa hoje em média quase R$20.000,00
    Fora as inserções em outras tvs, jornais e emissoras de rádio. Pode-se calcular sem muito esforço um gasto de mais de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais)
    Pode perguntar Chico Maia? Quem vai pagar esta conta num momento em que vivemos o caos na nossa querida BH com as chuvas que caem e que destroem tudo. Um abraço prezado e obrigado. Orlando Augusto