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Futebol é trabalho sério e precisa ser levado como tal; diversão é só para quem torce

O Paulo Costa, um dos responsáveis pelo site Guerreiros dos Gramados, sempre nos envia artigos que considera especiais, e repasso aos senhores do blog.

Este, fala da imprensa e tive a seguinte troca de email com ele, lembrando que o texto sugerido, da Viviane Rodrigues, segue logo abaixo do meu retorno ao Paulo: 

“Grande Chico Maia, tudo bem?

Envio artigo da Viviane Rodrigues, para sua apreciação.

Silêncio na zona mista do Cruzeiro  – http://www.guerreirodosgramados.com.br/index.php/colunas-cruzeiro/guerreiras/4486-silencio-na-zona-mista-do-cruzeiro

Abs,
Paulo”

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Caro Paulo, 

ótimo artigo, porém a questão é mais profunda.

Acho uma bobagem tanta entrevista com jogadores, de todos os clubes, de onde raramente escapa alguma coisa que presta.

A maioria não tem o que dizer, e muitos colegas ficam apenas quicando bolas pros caras chutarem.

Este circo é ridículo, mas parece interminável; lamentavelmente.

Pena que a Viviane resumiu o problema ao Cruzeiro, já que todos os grandes clubes sofrem com isso; o Atlético, inclusive.

Semanas atrás, o Hernan Barcos, do Palmeiras, se recusou a fazer papel de palhaço e retrucou na mesma moeda a insistente pergunta que o comparava fisicamente ao cantor Zé Ramalho. Exigiu respeito e seriedade do sujeito que o entrevistava.

Pena que a maioria dos jogadores não tenha essa personalidade para agir dessa forma, pois assim, setores da imprensa, incluindo patrões e empregados, mudariam a forma de tratar o futebol.

Em busca de audiência, e por consequência, dinheiro, tratam o meio como se fosse apenas uma brincadeira e não a profissão de atletas, muitos dirigentes e milhões de pessoas envolvidas direta e indiretamente mundo afora.

Jogador de futebol é tratado de forma paternalista, como criança e muitos pensam que só têm direitos e não deveres, e parte da imprensa é a grande culpada disso realmente.

Aprendi, quando comecei minha vida de repórter, que o futebol é diversão para quem nos ouve, lê e vê; porém para nós, é profissão, e precisa ser tratado com seriedade.

Certa vez, Carlos, ex-goleiro da seleção brasileira, então no Atlético, terminava o treino na Vila Olímpica e o empresário de uma famosa banda de rock nacional o abordou, todo sorridente, propondo um “desafio” em cobranças de pênalti, entre ele e o vocalista da banda, para promover o show que faria em Belo Horizonte.

Sério, Carlos disse a ele: “Olha, aqui é o meu trabalho e certamente você não ficaria satisfeito se eu quisesse cantar junto com o seu vocalista no palco, não é?. Se for o caso, acerte primeiro com o clube para vermos quanto vamos ganhar pelo uso da nossa imagem. Assinamos um contrato e podemos marcar este desafio para o horário e lugar adequados”.

O sujeito saiu puto da vida, falando mal do Carlos e ainda teve a solidariedade de alguns colegas.

Eu e alguns poucos defendemos publicamente a postura do jogador.

Tenho visto redes de TV baixando o nível das coberturas, em busca de audiência das chamadas faixas C e D da população. Felizmente a estratégia não está dando certo, pelo menos para a Globo, que está obrigando alguns ótimos profissionais a fazer papéis ridículos no ar, mais parecendo atores de humor do que jornalistas.

E os que não se adaptam são transferidos de editorias.

Uma coisa é brincar com o tema futebol, como um todo, e de forma respeitosa, como faz tão bem a turma da 98 FM; outra é banalizar o dia a dia, tratando jogadores e telespectadores como imbecis, sem abordar questões realmente sérias do trabalho dos atletas e clubes.

Pegando a própria Globo como exemplo, dá gosto assistir o Esporte Espetacular, aos domingos. Reportagens da melhor qualidade, bem apuradas e produzidas com excelência; dessas que te prendem diante da TV.

Este é o antigo “Padrão Globo de Qualidade”, implantado por Walter Karlk e Boni nos anos 1970, mas que vem sendo trocado nos últimos anos pela futilidade, na guerra para impedir o crescimento de concorrentes que exploram o mundo cão e a tragédia humana.

Ao invés de lutar para melhorar a sociedade, com jornalismo de qualidade e esclarecimento; opta-se pelo mais fácil, barato e trágico.

Agradeço a você e parabenizo à Viviane e ao GDG por levantar essa discussão, que certamente faz com que todos pensemos mais nestes aspectos do futebol e do esporte como um todo.

Abraço, 

Chico Maia

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* “Silêncio na zona mista do Cruzeiro”

GDG – Por: Viviane Rodrigues

IMPRECRU13042012

O futebol nasceu durante o período da Revolução Industrial, em Londres, Inglaterra. Seu surgimento foi uma estratégia de políticos e empresários que o usaram para combater os sindicatos dos trabalhadores, que eram explorados em suas jornadas de trabalho nas fábricas. Ainda no século XIX, com o interesse da população no esporte, vários clubes ingleses, em 1890, instalaram telefones nos estádios para que os jornais pudessem cobrir suas partidas. Com essa ação foi iniciada o processo de criação de ídolos.

Mas o que esse resumo sobre a história do futebol tem a ver com o silêncio dos atletas cruzeirenses na zona mista? Muito. Já naquele período os clubes perceberam que para crescerem precisariam dos jogadores de destaques, os ídolos. São eles, juntamente com a conquista de títulos, que conseguem bons patrocínios para o clube e, consequentemente, mais visibilidade na mídia, que é do interesse dos patrocinadores.

Comercialmente falando a decisão dos jogadores de se calarem após os jogos pode não ser boa, mas analisando a relação da imprensa com eles pode ser justificada. Afinal, não é incomum surgirem polêmicas e situações desnecessárias nesse espaço com perguntas muitas vezes capciosas, direcionadas a determinados atletas, apenas para abastecer os noticiários de alguns veículos de comunicação, que abusam de sensacionalismo e têm pouca ou nenhuma criatividade para oferecer um produto melhor ao seu consumidor.

A decisão de se calarem surgiu em um momento tranquilo do time, que vem de uma sequência boa de vitórias, e disputará a fase decisiva do Campeonato Mineiro. Mesmo navegando nesse mar de tranquilidade é fácil observar o exagero de alguns veículos nas críticas a essa decisão. Fico imaginando se o time estivesse em um momento ruim. “Em crise jogadores fazem greve com a imprensa”, “Para evitar cobrança jogadores se calam”, “Futebol ruim dentro de campo e silêncio fora” poderiam ser algumas manchetes em caso de crise.

Muitos jornalistas se manifestam dizendo que o torcedor fica prejudicado, não tendo acesso à opinião dos atletas sobre determinados fatos. Realmente temos menos informações que gostaríamos de ter, mas hoje existem outras maneiras de conseguir a informação. O site oficial do clube e as redes sociais possibilitam isso. É possível também buscar a informação fora do estado, já que muitas vezes os atletas que jogam aqui têm bons relacionamentos com jornalistas de outras praças.

Não é novidade para a china azul a presença de jornalistas declaradamente torcedores do maior rival no estado fazendo a cobertura do dia a dia do Cruzeiro. Quando não se expõem abertamente é fácil perceber quem é, pela maneira como abordam assuntos similares nos dois times. É o caso da agressão de Roger ao adversário no último clássico. O mesmo destaque não foi dado à cotovelada do jogador Escudero a um jogador do Vila Nova, na verdade nem houve questionamento.

Portanto, pela falta de coerência e transparência dos veículos de comunicação de Minas Gerais e seus jornalistas, (lembrando que não são todos, mas a grande maioria) apoio a decisão dos nossos guerreiros de se calarem naquele espaço. Vale lembrar também que durante a semana na Toca da Raposa II, no intervalo dos jogos e ao fim deles, pelo menos dois jogadores concedem entrevistas.

Compreendemos que essa relação, imprensa/atleta, é uma via de mão dupla, um depende do outro. Mas não adianta subirem no pedestal e fazerem discursos prontos aos jogadores ou à torcida dizendo que “jogadores, vocês dependem da mídia para trabalhar e ganhar dinheiro”, ou “se não fosse a imprensa vocês não seriam nada”, porque a mídia também depende deles para sobreviver. Rádios, jornais, revistas, sites e tevês ganham muito dinheiro explorando jogadores, torcedores e clubes.
Sugiro aos colegas jornalistas que deixem a preguiça de lado e sejam mais criativos para preencherem os espaços em seus respectivos veículos. Muitos atletas atualmente têm seus próprios assessores de imprensa. Não esperem que o clube dê todo o material que vocês precisam numa bandeja de prata. Mais uma coisa, respeito é bom e todo mundo gosta, inclusive o torcedor.”

* http://www.guerreirodosgramados.com.br/index.php/colunas-cruzeiro/guerreiras/4486-silencio-na-zona-mista-do-cruzeiro


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Comentários:
20
  • Klang disse:

    Assim como tem gente que não sabe ler o que tem nas entrelinhas. Só sabe ler ao pé da letra.

  • Clayton Batista Coelho ( Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH ) disse:

    Liga não Viviane Rodrigues…

    O simples fato de vc ser Cruzeirense, faz com que alguns já discordem de vc, sem as vezes nem ter lido direito o seu texto.

    Devido a rivalidade, preferem ( como sempre… ) desviar o foco, a avaliar o contexto. O bom entendedor, inteligente, percebeu que em momento algum vc quis defender a atitude do Roger.

    A maior prova da qualidade e importância do seu texto, foi a publicação dele aqui no Blog, pelo próprio Chico Maia.

    Abraços a vc e a toda turma do Guerreiro dos Gramados !

  • Klang disse:

    Viviane, você andou fazendo aula com o Jaeci, que assopra e depois morde?

  • Tomás disse:

    Caro Antônio CATÃO, foi na Itatiaia, Domingo, à tarde. Não tenho certeza quanto ao jornalista, mas não foi o Jaeci, pois ele tem um acentuado sotaque carioca. Agora, quanto aos jornalistas que defendem o Roger após aquela entrada criminosa no Danilinho, peço apenas coerência: Por favor, não falem mais sobre violência no futebol!
    Junto com o nosso amigo Chico Maia, que conheço desde a década de oitenta, há dois jornalistas da Rádio Bandeirantes de São Paulo que eu gosto muito: o Alexandre Praetzel e o Cláudio Zaidan. Zaidan é um jornalista de grande formação cultural e o Praetzel quando entrevista presidentes de clube e treinadores é implacável, pergunta o que tem que perguntar na cara. Andrés Sanches que o diga. Curioso é que, nas oportunidades em que ouvi ambos, Praetzel e Zaidan, falarem do Atlético, o fizeram de forma muito respeitosa, enaltecendo o fato do Atlético manter-se sempre como um clube de massa mesmo não tendo tanta sorte nas disputas nacionais após o brilhante título conquistado em 71 (e que se diga: conquistado após a Copa de 70, com muita gente boa de bola jogando no Brasil!).

  • Viviane Rodrigues disse:

    Quem diz que meu texto é apenas para defender meu clube não acompanha o Guerreiro dos Gramados. No link a seguir segue o que disse sobre Roger, logo após o clássico.
    http://www.guerreirodosgramados.com.br/index.php/colunas-cruzeiro/guerreiras/4479-nivelado-por-baixo

    Aos que questionam a história sobre o futebol, peço descupas. Minhas fontes foram alguns livros usados para fazer meu TCC para a conclusão da pós graduação, agora não tenho seus nomes para indicar a leitura, mas o farei assim que pesquisar.

  • Antônio CATÃO Jr. disse:

    Tomás, esse “jornalista” pelo seu relato está me cheirando a perfil de Jaeci Carvalho. Estou Correto?
    Só para complementar, Jaeci está hoje numa babação de ovo danada do Roger (deve ter lá seus motivos e ganho pessoal). Até pouco tempo atrás o chamava de ex-jogador em atividade, inclusive escrevendo isso em sua coluna no EM. Como ele muda rápido de opinião!
    Escrevi um e-mail ao Jaeci (devo ser esquizofrênico igual ao J.B., perdendo tempo escrevendo para o Jaeci) questionando a atitude do Roger no caso Danilinho e o caráter do mesmo que tomou atitudes para derrubar o Daniel Passarella. Ele me respondeu afirmando que conhece o Roger desde os 15 anos e babando o maior ovo do indivíduo e falando que desconhecia o jogo que o Roger perdeu penalty de propósito e achava difícil um jogador da integridade dele fazer isso. Retruquei a resposta do Jaeci, informando que o jogo foi “Curíntia” x Figueirense pelas quartas da Copa do Brasil de 2005, em Floripa, colocando inclusive o link dos melhores momentos da partida e relembrando que o Roger montou o “grupinho” dele por lá (Roger, Dinélson, Gil e Fábio Costa) para derrubar o Passarella. Adivinhe se obtive resposta ainda.
    JAECI MALA!

  • E o tal do ALTEROSA ESPORTE? Será se o Senor Abravanel sabe que ainda insistem em manter esse “programa” na hora do almoço, dificultando a digestão dos telespectadores? Um programa que nada possui de “democrático”, pois, seus ditos “representantes” de clubes vivem às turras, criticando de forma pejorativa uns aos outros, desfazendo-se mutuamente, fomentando de forma velada a cólera entre as torcidas adversárias! Isto não é programa: é lixo por completo, na expressão da palavra!
    – Além do mais, antes de ficarem se ofendendo mutuamente e desfazendo de títulos e torcidas adversárias, parece que tais representantes ainda não sabem que com o advento da internet, em qualquer lugar do planeta esse poderá ser assistido, e sendo formadores de opiniões passam uma imagem negativa de nossos clubes lá “fora”… ALTEROSA ESPORTE: LIXO TOTAL!

  • Dan disse:

    Que bobagem esse texto, clubista ao extremo. Primeiramente, por de forma ridicula, se referir aos atletas do clube de “guerreiros”. Passe uma semaninha assistindo aos treinos desses marmanjos, e verá ao que me refiro.

    Segundo: Essa revolta toda é por causa da repercussão do lance do Roger? Obviamente um lance em um clássico repercurte mt mais que em um outro jogo. O Roger nem foi punido como necessário, e o prejudicado nisso tudo foi o Atletico.

    Tenham a paciencia, BOM SENSO, pelo amor de Deus.

  • Tomás disse:

    Como você, Chico, existem ótimos jornalistas em Minas, mas também existe um estilo em parte da imprensa que mescla puxa-saquismo pela frente com desrespeito pelas costas. Agora mesmo, antes do último Clássico, ouvi duas coisas impressionantes no rádio. Determinado jornalista anunciou a entrevista com o ex-jogador Luizinho e , antes que o entrevistado (ou a entrevista) entrasse no ar, comentou que o ex-zagueiro fez uma péssima administração no Vila Nova, mas não fez esta colocação diante do Luizinho. Em seguida, na entrevista com o Reinaldo, o mesmo jornalista fez-lhe inúmeros elogios, um tal de “rei” pra lá, “rei” pra cá. Depois, acabada a entrevista, citou uma mensagem de um torcedor com o seguinte comentário: “Rei de quê? se não ganhou nada!”. O caso do Reinando foi ainda pior, pois o comentário desdenhoso foi feito através do uso das palavras de um torcedor. A questão não é o conteúdo das colocações, já que se trata do direito de opinião, mas que fossem feitas diante dos entrevistados. Que eles ao menos tivessem o direito de ouvir e responder.

  • LOBATO disse:

    Concordo com o Audisio, a Viviane como cruzeirense tenta defender o clube dela, tentando justificar o injustificavel, e digo mais ela esqueceu de citar o lance do Wellington Paulista que deu uma cotovelada num jogador de um clube do interior não loembro qual foi, se alguém se lembrar.
    Acho que a imprensa esta certa em pedir uma grande punição ao Roger, ele deu o seu direito as pessoas o criticarem agora tem que aguentar, imagina se eu estou na rua e dou uma cotovelada num cruzeirense?? Com certeza eu teria sido preso!!

  • Alisson Sol disse:

    O texto é cheio de erros sobre a origem do futebol. Na forma atual, o futebol nasceu em ambiente universitário em Cambridge, oriundo do já antigo “rugbi”, e nada teve a ver com a revolução industrial.

    Mas, vamos ao tópico desta discussão: eu concordo plenamente que grande parte das entrevistas atuais com jogadores e treinadores são ruins. Solução: vamos fazer com que fiquem boas. Jogador não ganha a maior parte dos rendimentos com o tal “direito de imagem”?

    Outra coisa: é preciso que não misturemos ser “torcedor” com gostar de futebol. A “agressão” de Roger ao Danilinho é algo que, nos EUA, pode dar queixa crime fora do âmbito esportivo. Não tem esta de que o sujeito estava no “ambiente de trabalho” e sob as “regras da FIFA”. Se o sujeito matar o outro em campo tem de ser julgado também pela FIFA? Da mesma forma, a entrada do Danilinho em Montillo no começo do jogo tinha o risco de causar o mesmo dano causado ao originalmente brasileiro Eduardo há uns 4 anos (vide link).

    Por fim, a profissionalização do futebol no Brasil passa pela cobrança de uso das imagens, descrições do jogos, e entrevistas, de todas as partes envolvidas. Não pode só a Rede Globo ficar pagando os clubes, e emissoras de rádio poderem entrar e fazer entrevistas com jogadores a qualquer momento, sem pagar nada. Que paguem algo simbólico, mas que acumulado evite que gastem com enviar repórteres só para fazer média em entrevistas.

  • Luciano disse:

    O Globo Esporte!!!!???? Com aquele rapazinho atleticano? Deixei de assistir a muito tempo.

  • Clayton Batista Coelho ( Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH ) disse:

    Caro Mauro Henrique Bernardes,

    Parabéns ! Belíssimo comentário !

    Abraços

  • Klang disse:

    Concordo com o Audísio, farisaísmo puro. Pior, só o Jaeci que cortou o microfone da Ana Paula bandeirinha em seu programa ao vivo, só porque ela discordava da opinião dele quanto á diferença entre os lances envolvendo Danilinho/Montilo e Roger/Danilinho. Esse povo acha que tem retardado do lado de cá. Quer nos fazer crer que um maracujá é do mesmo tamanho ou maior que uma melancia. Ê Emanuel, até tu tá nessa. É difícil, muito difícil.

  • Mauro Henrique Bernardes disse:

    É dia das Bruxas ( o famigerado Haloween americano) e tem emissora de TV que faz matéria nos centro de treinamentos falando que a coisa tá feia nos clubes. Com aquela velha frase, mais batida que tudo, “A bruxa está solta”.

    Dia dos pais, das mães, que vem antes, né! Entrevistam algum jogador que já tem filhos e faz aquela matéria bonitinha, cheia de carinho, pra tentar comover o torcedor. Acha a mãe de alguém e entrevista, pede pra contar como era a vida do filho na infância.

    É dia das crianças, véspera de um jogo importante, e a emissora de TV volta lá no CT e fala que os jogadores vão tentar tirar o pirulito da boca de alguém..

    Se é Natal, a torcida aguarda o presente do fim de ano….

    No Revéillon é aquela conhecida reportagem, que no ano que vem será diferente…

    Já contei como serão as matérias de algumas emissoras de TV que fazem um “seríssimo trabalho”. Algúem aí duvida que não vá ser assim??? Digo, as reportagens?? É só esperar, gente. Não precisa nem pagar pra ver. Meu filho gosta do Patati Patatá, aqueles palhaços que do DVD de criança.

    Eu os enxergo todos os dias apresentando alguns programas esportivos de MG. Acho que sou mais criança que meu filhão.

    Tornaram o esporte na TV e no rádio uma brincadeira. Não é sério mais. Tirando alguns programas, como bem disse o Chico Maia, o resto é RESTO!

    Concordo com você, Chico. Tem um programa que passa antes de todos, se não me engano, na TV Horizonte. É o único que ainda mantém o bate-papo e os comentários de pessoas que entendem do Esporte. Sem contratar “palhaços” de circo. Não me recordo de outros. Ah, e o que você participava, também, no Canal da TV de Belo Horizonte. BH News.

    Vale assistir esses e o Globo Esporte. O resto virou sacanagem. O que você acha, Chico? Abraço e obrigado por manter esse blog ativo. Você, como sempre, com comentários inteligentes e análises bem precisas.

    Forte abraço

  • Thalvanes disse:

    Você disse tudo no título “Futebol é trabalho sério e precisa ser levado como tal; diversão é só para quem torce”!! Logo, a m[ídia não está tão errada em levar o esporte na “brincadeira”, já que o trabalho dela é levar o conteúdo para o público, tão carente de entretenimento!

  • audisio disse:

    Me perdoe Chico! Muito blah blah blah para justificar o injustificável. A agressão indecente e imoral e covarde do Roger ao Danilinho. Digo covarde porque quando o cidadão e agredido fisicamente pelas costas não tem chance de defesa!
    Sinto muito`mas a nossa historiadora está com muito lero lero!
    Claro que o que que na verdade é defender o seu clube de coração e quem está jogando por ele. Queria ver se fosse o Roger jogador de outro time agindo contra um cruzeirense!
    FARISAISMO PURO!

  • J.B.CRUZ disse:

    Quem disse que mulher não entende nada de futebol ??Nada a comentar sôbre o que foi expôsto por VIVIANE RODRIGUES, nota 10!!!

  • Clayton Batista Coelho ( Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH ) disse:

    Mais uma vez, nota 10 pra Viviane Rodrigues !

    Falou tudo e mais um pouco !

    Sobre a banalização que está, principalmente em alguns programas esportivos, é de dar pena.

    A busca desvairada pela audiência, faz com que esses programas apelem pra coisas tão ridículas, que muita gente não aguenta e muda de canal na hora.

    Esse tal de “Golasô” por exemplo… Meu Deus ! Misturam muita coisa e no final, não sai nada que presta. E aquela bandinha ridícula que tem lá ? Pra que aquilo ?

    Bom era o antigo Minas Esporte, desde a sua versão original, onde havia verdadeiros DEBATES sobre o futebol. E não, essa papagaiada que a gente vê hoje.

    Nesses programas atuais, a gente vê muita bajulação e pouca opinião. Mas eu acho que sei o por que disso… É que, alguns ditos profissionais do ramo, veem o futebol exclusivamente como um produto. E como tal, como dependem dele pra sobreviver, fazem de tudo para promovê-lo. Afinal, profissional nenhum vai falar mal do próprio produto que vende né ?? Por isso, que muitas vezes, nós torcedores, por mais passionais que somos, assistimos uma coisa e somos obrigados a ver, ouvir e ler, outra coisa completamente diferente.

    Graças a Deus, que ainda temos uns poucos Jornalistas sérios e comprometidos com a lisura de informações, que não se submetem a esse novo estilo de “jornalismo esportivo”.

  • lauro disse:

    Ponderações e opiniões interessantes, acho que vale apena refletir principalmente os ” profissionais da mídia ” ; o caso da cotovelada Roger foi um bom exemplo.