De sexta-feira até ontem as seleções que disputarão a Copa a partir desta quinta fizeram amistosos em várias partes do mundo. Raramente jogadores se empenham muito em partidas não oficiais e quando se trata de véspera de um Mundial aí que têm mais cautela ainda. Principalmente com tantos cortes de última hora que estamos assistindo. Partidas que não servem para nenhuma conclusão em relação aos enfrentamentos oficiais. Por exemplo, a França goleou a Jamaica ontem por 8 a 0; os reservas da Itália golearam o Fluminense em Volta Redonda, numa chuva de gol em ritmo de treino; Portugal sem Cristiano Ronaldo venceu o México por 1 a 0, com muita dificuldade, mas e daí?
Na história das Copas, de 1950 para cá as seleções apontadas como favoritas eram sempre as mesmas: Brasil, Argentina, Alemanha e Itália. Em 1998 a França entrou neste seleto grupo e em 2010 a Espanha. Dessas, só a francesa não chega entre as favoritas, mas corre por fora, junto com a Holanda.
Também em todo mundial a imprensa aponta a provável “surpresa”. Em 2006 vi companheiros apostando que a República Tcheca seria a grande novidade, com chances reais de chegar à final. Saiu na primeira fase.
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Este ano a bola da vez é a Bélgica. Tem gente boa demais apostando nela. Veremos até onde irá. Há quem diga que a Inglaterra e Portugal podem ir longe. Pela ordem, acredito que o campeão sairá de Brasil, Argentina, Alemanha, Espanha ou Itália. Como maior perigo ao favoritismo brasileiro entendo que os argentinos vêm com vontade especial, por razões óbvias, além dos excelentes jogadores.
Brasil e Alemanha são as seleções cujos críticos enxergam menos pontos fracos. Da Argentina fala-se que a defesa é fraca e que continua não tendo um goleiro à altura. O técnico Sabella também achava isso, tanto que vem fazendo muitos testes e há cinco jogos o time não toma gols. Da Espanha diz-se que o time “envelheceu” e não apresenta mais nenhuma variação tática que surpreenda.
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A Itália é a incógnita de sempre, que chega indefinida, desacreditada, muitas vezes batendo boca entre eles e com a imprensa, mas acaba chegando. Em 1982 eliminou que seleção que já era apontada como campeã desde os primeiros jogos da Copa; o inesquecível time de Zico e Cia. comandado por Telê Santana; em 2006 foi campeã em cima da favorita França, de Zidane.
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Seria ótimo ver mais uma seleção se inserido entre essas campeãs mais de uma vez e sempre apontadas como favoritas. A Holanda chegou a três finais, em duas, com times superiores aos adversários, e perdeu, em 1974 para a Alemanha e 1978 para a Argentina. Em 2010 havia equilíbrio com a Espanha, mas desperdiçou duas oportunidades absurdas e perdeu na prorrogação. Mas, o atual time não dá mostras que possa chegar lá.
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