Os jogos das oitavas de final foram bons de tal forma que cheguei a torcer para que houvesse prorrogação e até pênaltis. Jogadores e seus comandantes passaram por uma prova geral: técnica, física e psicológica. E no conjunto, quem não preencheu a contento um ou mais destes requisitos estava condenado à eliminação. Como os melhores do mundo estão se enfrentando a quantidade de erros, individuais ou coletivos, é mínima, daí, tantos empates no tempo normal ou placares apertados.
Até um dos melhores ataques do mundo foi contido quando o sistema defensivo foi eficiente e não cometeu falhas, como no empate sem gols entre Argentina e Suiça, no Itaquerão. Só mesmo a genialidade de um Messi e a precisão de um Di Maria, na conclusão, para arrancar a vitória quando faltavam três minutos para o fim da prorrogação. Todas as seleções apontadas como favoritas passaram aperto nas oitavas, apesar de enfrentarem seleções consideradas pela imprensa como sendo da “prateleira de baixo.” Com grau semelhante de dificuldade; ninguém respirou aliviado depois dos enfrentamentos. Todos os embates foram resolvidos nos momentos finais.
Vitória belga na prorrogação sobre os Estados Unidos
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O Brasil passou pelo Chile no desespero dos pênaltis, depois daquela bola no travessão no fim do jogo; a França penou contra a Nigéria, apesar da vitória no tempo normal; a Alemanha mais ainda contra a Argélia, e na prorrogação, tendo que se superar. A Holanda virou o jogo contra o México quando tudo parecia perdido e a Argentina foi aquele sufoco contra a Suiça, também na prorrogação.
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As demais classificadas para as quartas de final não eram apontadas como favoritas, mas podem surpreender, como muitos previam. Antes de a Copa começar eu não acreditava na Colômbia e não esperava muita coisa da Bélgica. Costa Rica, nem pensar! A partir de agora é diferente, já que a sequência de jogos mostrou que principalmente os colombianos estão muito bem preparados e têm pelo menos três jogadores acima da média.
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Destacam-se de forma especial na Colômbia: o goleiro Ospina, o lateral Cuadrado e este camisa 10 James Rodriguez, que provou ser, além de bom de bola, bom de cabeça. Personalidade de veterano, apesar de apenas 22 anos.
Será uma grande partida este confronto com o Brasil, já que os colombianos não são retranqueiros e saem para o jogo. Bola lá, bola cá!
James Rodriguez, destaque da Copa até aqui entre os jogadores mais jovens
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França e Alemanha farão o maior clássico das quartas e o vencedor enfrentará o Brasil ou a Colômbia na semifinal. Do outro lado, zebras à parte e em condições “normais de temperatura e pressão”, Holanda e Argentina devem passar pela Costa Rica e Bélgica, respectivamente, e se enfrentarem na outra semifinal. Outro clássico mundial seria o fechamento ideal para esta Copa, que está sendo ótima para o futebol de qualidade.
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