De uns tempos para cá depois de toda rodada de campeonato, em qualquer parte do país onde haja algum lance polêmico ou problema no estádio, o STJD vira notícia como se fosse um grande artilheiro, um goleiro fora de série, um time perfeito, uma goleada histórica ou um título que acaba de ser conquistado.
Aqueles senhores que compõem este tribunal se investiram de poderes tais que estão superando a ditadura das arbitragens dentro das quatro linhas. Provocados ou não, assistem pela TV, vídeo, ouvem pelo rádio ou uma gravação e tiram pontos, cassam mandos de campo, suspendem jogadores e dirigentes do jeito que bem entendem. E ai de quem ao menos ameaçar recorrer à justiça comum ou à Constituição da República para defender algum interesse ferido.
E nada mudou para melhor no futebol brasileiro depois que estes senhores passaram a agir da forma que estão agindo; muito pelo contrário. O Brasil que historicamente copia tanta coisa ruim da Europa ou Estados Unidos deveria pegar como exemplo e não se constranger em copiar os códigos e funcionamento da justiça desportiva da UEFA, por exemplo. Está tudo lá, ponto a ponto: infração tal, pena tal; agressão a adversário dentro de campo, tantos jogos de suspensão; tumulto provocado pela própria torcida, penalidade tal, e por aí vai. Sem necessidade de de sessões de julgamentos espalhafatosos, entrevistas em rede de TV e grandes jornais do país como se fossem celebridades que vão alterar o custo de vida, baixar a criminalidade, acabar com as guerras no mundo, anunciar a descoberta da cura de doenças que afligem a humanidade.
Isso é mais simples do que todos imaginam já que a única legislação que igual no mundo todo é a do futebol. As regras da FIFA são as mesmas para o Brasil, Argentina, Alemanha, México, Índia, Irã, Israel, Índia, China, até para o Uzbequistão, onde o Felipão foi treinador e campeão nacional.
Na Europa quando alguém apronta dentro ou fora de campo já sabe qual a punição vai tomar, pois já está prevista a pena, restando saber a duração. Sem que nenhum aparício ou tribunal ganhe as manchetes durante dias, semanas e meses.
Do jeito que estamos no futebol brasileiro tudo é possível e vale prestar bastante atenção a recomendações que faz o americano Marcio Amorim, que nos enviou o seguinte e-mail:
* “Caro Chico!
Podem esperar por chumbo grosso. O juiz (carioca) carregou na súmula sobre a briga das duas torcidas, armadas de artefatos. Quem se beneficiaria com uma punição severa aos dois seriam nada menos do que São Paulo e Corínthians. E o Grêmio, eliminado de uma competição por causa de comportamentos nem tão violentos de torcedores, vai chiar barbaridade.
A CBF/TJD/STJD ainda fariam uma média com Fluminense e Grêmio.”
O Marcio ainda fez uma brincadeira com o assunto:
* “ . . . Eu sugeriria tirar 21 pontos de cada um. O Galo tiraria o ‘Parmeras’ também da lanterna. Claro que isto é brincadeirinha. . .”
Perguntei a ele se poderia publicar estas observações dele, que entendo como pertinentes, e ele respondeu:
* “. . . Pode, ressaltando que o negócio dos 21 pontos é uma brincadeira. Meio sinistra, mas é. No nosso país, embora pareça brincadeira, pode acontecer sim. O Boa que se cuide. Se entrar no G4, pode esperar o dele. . .”
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