Blog do Chico Maia

Acompanhe o Chico

Por causa dos impostos, apesar do dólar caro, maioria das coisas nos Estados Unidos custa menos que no Brasil

Custando o mesmo preço, as cervejas artesanais detém quase 12% do mercado nos Estados Unidos. Dividem as gôndolas dos pequenos e grandes supermercados, com as industriais, norte-americanas e estrangeiras, porque os tributos são iguais para todas.

Curtindo os últimos dias nos Estados Unidos entro nos supermercados e vejo os preços de quase tudo mais baixos que no Brasil. De xampu a cerveja, passando pela alimentação ao vestuário, mesmo com o dólar custando o que está custando, vale a pena. A explicação é simples e todos nós sabemos: os impostos que nos são cobrados são escorchantes. E o jogo dos cartéis brasileiros é pesadíssimo. No caso da cerveja, por exemplo. Minas Gerais é hoje o segundo maior polo das artesanais do Brasil.

BREJAS2

Em quantidade só perdemos para Santa Catarina, em qualidade a briga é boa com eles. Nos Estados Unidos as artesanais ocupam hoje quase 12% do mercado.

Nesta terra, onde valem a competência e a dedicação, as artesanais dividem as gôndolas dos grandes e pequenos supermercados com as gigantes do setor, norte-americanas e estrangeiras, custando preços semelhantes. Levam vantagem porque conquistaram o paladar do consumidor. No Brasil, a bancada no Congresso, do quase monopólio cervejeiro, dita as normas e impõe mais impostos e todo tipo de dificuldade para que as artesanais custem cada vez mais caro ao consumidor. Por essas e outras é que se vê, da América do Sul, produtos chilenos e argentinos, no comércio por aqui. Do Brasil, nem bananas.


» Comentar

Comentários:
14
  • mauricio souza - serrano disse:

    Ô Chico, se vc achar o barril da Heinek de 5 litros, pode trazer um dois pra mim. Eu agora, só bebo uma latinha desta por dia. rs.rs. Um abraço.

  • Andre Fusatti disse:

    A explicação dos impostos altos para produtos no Brasil é simples. Primeiro, a ineficiência do estado, inclusive na hora de combater a sonegação. Assim, o que é arrecadado tem que ser alto em termos percentuais. Segundo, uma parte enorme do que arrecadado no Brasil vai para pagar juros de dívidas públicas fomentadas por juros absurdos. Terceiro, a sonegação no imposto de renda faz com que os governos tenham que arrecadar com os impostos sobre as vendas, o que é perverso em termos sociais, pois taxa ricos e pobres da mesma forma. Quando a nova lei de tributação para pequenas empresas foi aprovada, Espiridião Amin, inclui advogados na categoria que só pagaraia 4% de impostos. Assim, de sacanagem em sacanagem, deixamos de arrecadar na renda e lucro, para arrecadar no consumo. Nos EUA, o imposto sobre o consumo é baixo, e o de renda é alto. E se sonegar vai para cadeia. Sem choro.

    • Alisson Sol disse:

      Exatamente. Tendo declarado imposto de renda no Brasil, na Inglaterra, e nos EUA, a diferença é enorme.

      EUA: Imposto de renda relativamente algo. Mas você pode, por exemplo, descontar os impostos pagos em tudo que você comprou. Ou seja: pago quase 10% em tudo que compro, mas desconto isto no imposto de renda. E o uso dos impostos é, em geral, excelente. Há desonestos? Há. Mas sabe que se for pego vai para a cadeia.

      Inglaterra: Impostos altíssimos. Leis complicadíssimas para descontos. No final, todo mundo sonegando ou fazendo “esquemas”. A Inglaterra vai sair da União Europeia: Nunca! Há muito interesse de gente que trabalha em outro país só para conseguir sonegar imposto nos dois países europeus. Há países, como Itália, que publicam a declaração de imposto de renda de indivíduos. Dizem que é uma fonte de risada anual os sujeitos verem como seus vizinhos mantém o padrão de vida “ganhando tão pouco”. Em relação ao uso dos impostos: na média bom, mas tem muito a melhorar. Muito subsídio e quase um “socialismo” atualmente na maior parte da Europa.

      Brasil: vocês conhecem…

  • Alexandre Assis disse:

    Chico, pelo comentário do Alisson, acho que foi ai neste supermercado ou então na loja de $1,99, que as diretorias dos clubes mineiros comprou tanto zagueiro ruim. Nunca no futebol mineiro houve tantos zagueiros fracos nos três clubes. Esse Thiago do Galo é fraquíssimo, ontem a zaga do América fez muita lambança e no Cru cru não tem sido diferente. No Galo ainda tem uma esperança por causa da presença do Erazo por ser da seleção equatoriana. Este ano vai ser difícil!

  • Nivaldo Santos disse:

    E o Feijão?

  • André Corrêa disse:

    As grandes cervejarias trocaram cevada por milho. O resultado é a merda que vendem nos botecos.

    Aqui em MG temos artesanais da melhor qualidade. Áustria, Backer e Capa Preta estão na lista de cervejas do meu coração. Hehe! Há anos eu só tomo qualquer uma dessas. As cervejas dessas AMBEVs da vida não servem nem para a descarga do vaso sanitário lá de casa.

    • Márcio Luiz disse:

      André, bom dia!
      experimente (se já não experimentou) a série da ASHBY e veja se agrada. São todas excelentes, sobretudo a Pale Ale. Só a de trigo que perde para a Backer. A bock para essa época então, sensacional.

      Saudações.

  • Wagner disse:

    É a sonegação fiscal é tão alta quanto no Brasil?

  • RicardoB disse:

    Ah, meu amigo, não sei que EUA é esse aí. O que eu conheci, por poucos dias é verdade, mas neste ano, é caro demais. Nova York, pra ser mais preciso. Tudo custa muito caro e ainda tem as tais tips, ou gorjetas, em bom português. Sem falar que o imposto é cobrado na boca do caixa. Então, essa cerveja aí de 8,99 dólares na gôndola do supermercado na verdade sai por 10 ou 11 dólares na hora de pagar. Uma ilusão, como quase tudo nos EUA. E olha que estou morando em Paris, outra cidade cara, mas onde uma caixa de cerveja de 5 euros na gôndola custa, veja só, 5 euros no caixa. Igual a BH, onde uma caixa de cerveja de 15 reais na gôndola custa 15 reais no caixa, sem tips, sem impostos cobrados sabe-se lá como.
    O problema não é cobrar ou não cobrar impostos, é o que fazer com eles. Nisso, nós somos uma tragédia, mas os americanos estão longe de ser exemplo.
    Grande abraço.

    • Carlos da Mata disse:

      Em Março de 2015 e Janeiro desse ano estive com minha família em Miami e pude testemunhar isso que o Chico descreve em sua matéria. Mesmo pagando os impostos no caixa, vale a pena. Cosméticos nem se fala. Tem um shampoo que minha esposa comprou (Aussie – trouxe quase uma mala cheia..rsrs) o de 400ml que no Brasil custa em média R$59,00, nos compramos em Miami no Wallmart por U$3,00!!! Roupas também ainda vale a pena. Gasolina então nem se fala, e olha de rodamos muito e não devo ter gasto nem U$50,00 em uma semana.

      Então, concordo com Chico em sua analise

    • Chico Maia disse:

      Caro Ricardo,
      essas cervejas artesanais deles estão custando o mesmo ou menos que em Beagá. Não citei nesta nota do blog, mas o xampu que compro a 20 reais em Minas, em qualquer supermercado de Los Angeles, sai entre dois a três dólares, no caixa. Roupas e tênis, no Brasil, nem pensar!
      E quanto à utilização da arrecadação dos impostos, aí é que não vamos comparar mesmo, né?
      Abraço,

  • Alisson Sol disse:

    Onde é que você entrou neste Safeway?!
    É uma rede razoável, mas que perde em competividade para qualquer rede boa do Brasil, pois é aquela que nem tem o melhor preço e nem a melhor mercadoria.
    Se você quer ver variedade, vá ao “Whole Food Markets” (mas o preço é mais salgado!).