Esta foto e comentário foram postados pelo Thiago Reis no twitter dele: “E o gramado do Indepa??? ESPETÁCULO
Sábado tem Cruzeiro e São Paulo na reabertura dos trabalhos no estádio!!! “
Thiago Reis – Itatiaia
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Primeiramente, lamentar a derrota do América para o Grêmio, especialmente da forma como aconteceu, com um jogador a menos em grande parte da partida. Mas acredito que o Coelho conseguirá fugir do rebaixamento.
Depois, faço minhas as palavras do Fernando Rocha, que estão na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga. Apenas com duas observações, em relação à violência de torcedores e a necessidade de contratação de um “matador” pelo Cruzeiro.
O maior incentivo às brigas e atuações dos marginais nos estádios é a impunidade que eles sabem que é garantida no Brasil. E muitos têm o respaldo dos dirigentes dos clubes. Uma cambada, máfia, que conta com as vistas grossas da maioria dos agentes da Justiça. Fossem punidos com o rigor necessário, e os clubes também, essa selvageria diminuiria demais.
Sobre a falta de atacantes que saibam marcar gols, é o problema da maioria dos clubes. Quem os tem, briga na parte de cima da tabela de classificação. E valem fortunas. Se são jovens, vão rápido ou já estão no exterior. Se mais rodados, e ainda afiados nas redes adversárias, têm salários altíssimos e merecem ganhar o que ganham, porque são poucos. Caso do Hulk, por exemplo.
Pensei que o Ronaldo, com tantos amigos poderosos no mundo do futebol, principalmente na Europa, fosse conseguir uma “ação entre amigos”, para quebrar o galho do Cruzeiro neste Brasileirão.
Vamos à coluna do Fernando Rocha:
* “Hora de reagir”
O futebol é apaixonante por conta de uma série de detalhes, entre eles a rapidez como seus atores vão do céu ao inferno, ou seja, nele o mundo não gira, ele capota.
Depois de um início surpreendente e promissor, onde chegou a liderar o Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro entrou em processo de desconfiança da sua torcida, após sete jogos sem vencer, com a necessidade absoluta da vitória sobre o São Paulo, no Independência, para se afastar da zona de rebaixamento.
O técnico Pepa, até então elogiado pela organização tática do time celeste, passou a ser questionado, sobretudo por não inovar no esquema de jogo e nas substituições, feitas sempre na base do mais do mesmo.
Lógico que as baixas de Richard e Ramiro, além de Mateus Vital, que voltou de contusão e ainda não encontrou seu melhor futebol, causaram um estrago no rendimento da equipe, mas também expôs as limitações do elenco.
O Cruzeiro de Pepa gosta da posse de bola, sem deixar de ser um time agudo, que cria muitas chances, mas na hora da conclusão das jogadas peca pela falta de efetividade dos seus atacantes, o que só será resolvido com a contratação de jogadores de maior qualidade.
Não fugiu
Pelo que jogou no empate contra o Fluminense, na última quarta-feira, espera-se outra boa atuação do Galo contra o Fortaleza, no Castelão, pela 12ª rodada.
A estreia de Felipão, que não fugiu da responsabilidade e logo de cara ficou no banco de reservas orientando os jogadores, foi positiva mesmo sem ter comandado um treino.
Como era esperado, a motivação do time com a chegada do novo comandante foi ao máximo, e só não conseguiu a vitória por conta da atuação de um velho conhecido da torcida atleticana, o veterano goleiro Fábio, autor de algumas defesas milagrosas e escolhido o melhor em campo.
Aos poucos, Felipão irá fazer mudanças no esquema tático, sem alterar o DNA propositivo do time, com marcação alta na saída de bola do adversário, estilo agressivo que agrada a torcida do Galo.
FIM DE PAPO
- Nas redes sociais, após a derrota para o Fortaleza, no Mineirão, torcedores do Cruzeiro deram sinais de desânimo com o time. Em vídeo que logo viralizou, um deles rasga e atira longe a camisa do clube. Outro escreveu: “Estávamos jogando bem e ganhando… Jogando bem e empatando… Jogando bem e perdendo… Depois… Jogando e empatando… Jogando mal e empatando… Agora… Jogando mal e perdendo… Estamos só descendo… Time inofensivo, inoperante, irritante… Ladeira abaixo e se chegar próximo da zona a pressão será grande!”.
- Depois do jogo contra o São Paulo, a Raposa vai enfrentar o desesperado Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. Por enquanto, em razão do bom início na competição, tem gordura para queimar, mas se não voltar logo a vencer, a “zona da degola” vai ficar nos calcanhares. A torcida cobra reforços de qualidade, mas para isso a SAF/Cruzeiro teria de meter a mão no bolso, o que não tem sido muito do feitio de seu dono, Ronaldo Fenômeno.
- Ao longo de quatro décadas tenho vivido o dia a dia na cobertura do futebol amador e profissional, jamais ví algo parecido, como neste episódio das bombas atiradas pela torcida do Santos, no gramado da Vila Belmiro, que quase se transformou numa tragédia. Depois foi a vez da torcida do Vasco, que entrou em confronto com a polícia transformando São Januário numa praça de guerra. Acho que a questão central vai além do futebol refletindo o comportamento atual e doente da nossa sociedade. São registrados estupros, chacinas, assassinatos pelos mais torpes e variados motivos, roubos, intolerância religiosa e política, sem que haja punições severas aos responsáveis. Nos dois casos envolvendo torcidas, se alguém foi preso não será punido, mas os clubes sim, vão pagar a conta jogando de portões fechados.
- De nada adiantou a “data Fifa”, que fez o futebol brasileiro parar por 10 dias, algo comemorado por técnicos e jogadores, que ansiavam por um descanso e tempo de treinamento maior, algo impossível devido ao nosso calendário maluco com jogos a cada três dias. Os jogos da 11ª rodada, disputados no último meio de semana, foram de dar calo nas vistas. Alguns times, como o Palmeiras, foram prejudicados pelo atraso na chegada de jogadores servindo seleções, mas o que mais chamou a atenção foram os gramados ruins, arbitragens péssimas, inclusive do VAR. No fim das contas, nada além do normal em se tratando de futebol brasileiro, onde o nível do amadorismo e do atraso só varia em escala. (Fecha o pano!)
* Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga
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