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Despropósito: horário especial de trabalho em jogos da seleção brasileira; masculina ou feminina

Ary Borges marcou os dois gols da seleção brasileira na estreia contra o Panamá, no primeiro tempo – Foto: twitter.com/FIFAWWC

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Bela estreia (especialmente o primeiro tempo, que assisti) da seleção na estreia da Copa feminina na Austrália/Nova Zelândia. Mas, concordo com o Fernando Rocha, que fez essa crítica na coluna dele no Diário do Aço, de Ipatinga. Vale para as duas seleções, em qualquer Copa. Confira este e outros temas abordados por ele:

“Achei um despropósito os decretos do Governo do Estado e da Prefeitura de Belo Horizonte, estabelecendo horários especiais para seus respectivos  servidores nos dias de jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo feminina. Nem mesmo para as partidas da seleção masculina, que tem visibilidade mil vezes maior, acho válido ação semelhante. Quem sai prejudicado como sempre é o cidadão que necessita do serviço público. A instalação de aparelhos de TV nas repartições seria uma boa e simples solução para o caso, mas aqui no Brasil esta cultura de feriados por qualquer motivo ultrapassa todos os limites.”

  • Todo clube quando é vítima de suposto erro de marcação do VAR reage assim como acontece agora com o Galo, contando sempre com o apoio de parte da imprensa bairrista de sua região. Algumas rodadas atrás o Galo foi beneficiado pelo VAR, que anulou um belo gol de Rony do Palmeiras no Mineirão, no entanto não me lembro de algum dirigente alvinegro ter reconhecido publicamente o erro da arbitragem. A orientação é da FIFA e só ela pode mudar o critério de milímetros para marcar impedimentos e anular gols, algo que também acho injusto.

(Fecha o pano!)  

 Outro tropeço

O Cruzeiro tropeçou outra vez dentro de casa perdendo de 1 x 0 para o Goiás, time que desde o começo do Brasileirão vinha sofrendo na zona de rebaixamento.  Foi o segundo resultado inesperado, já que na rodada anterior não passou de um empate com o também modesto Coritiba.

O técnico Pepa retornou ao esquema tradicional ao escalar Gilberto como homem de referência no ataque e Bruno Rodrigues na ponta esquerda onde joga melhor.

Mas, nada adiantou no sentido de melhorar a produção ofensiva, pois salta aos olhos a falta de um armador com qualidade para criar jogadas, que levem perigo ao adversário.

Como consequência disso, o goleiro do Goiás, Tadeu, não fez uma defesa difícil sequer durante toda a partida, enquanto a zaga esmeraldina vencia todas as disputas individuais pelo alto e por baixo com os atacantes celestes.

Com o empate diante do Coritiba e derrota para o Goiás, em tese dois adversários diretos na competição, a Raposa desperdiça a chance de se aproximar da parte de cima da tabela e, agora, terá uma sequência difícil enfrentando o Athlético(PR) fora, o líder Botafogo em casa e Palmeiras no Allianz Parq.

Seca continua

Agora são oito jogos sem vencer, – sete pelo Brasileiro e um pela Libertadores -, o que não é admissível para um time como o Atlético, que possui um dos elencos mais caros e valiosos do futebol no continente.

Nesta derrota de 1 x 0 para o Grêmio, em Porto Alegre, não se pode dizer que o time jogou mal ou foi desorganizado em campo, pois teve o controle do jogo e as melhores chances, porém, não teve competência para marcar.

O técnico Felipão outra vez foi muito mal ao culpar a arbitragem pela derrota, mas é fato que a equipe alvinegra mostrou alguma evolução e fez a melhor atuação sob seu comando.

Não pode é tomar um gol infantil como foi, aos 10 minutos, quando o jovem atacante Ronald, 20 anos, nem precisou sair do chão para cabecear e marcar, sob o olhar complacente do Igor Gomes e de toda a defesa alvinegra.

A reação para reencontrar o caminho das vitórias precisa começar no próximo sábado quando recebe o Flamengo, no Independência, depois vai ao Morumbi pegar o São Paulo, entremeando confrontos decisivos contra o Palmeiras pela Libertadores.

FIM DE PAPO

  • Continua repercutindo a anulação pelo VAR do gol de Alan Kardec, quase no fim do jogo, que poderia ter dado o empate ao Galo contra o Grêmio. Segundo Hulk, o árbitro Luiz Carlos Oliveira teria lhe dito que o “cotovelo” de Kardec estava à frente e por isso o gol foi anulado. Felipão, indignado com o VAR, exagerou e disse que “o futebol brasileiro acabou”.
  • O América fez mais um jogaço mas quase no final da partida cedeu o empate ao poderoso e milionário Flamengo de Jorge Sampaoli, Arrascaeta, Allan, Gabigol e outros menos votados. E foi em pleno Maracanã lotado por 65 mil torcedores rubro-negros. Novamente o Coelho dá esperanças de que vai reagir e voltar a vencer no Campeonato Brasileiro para sair da zona do rebaixamento. Se o elenco não é nenhuma Brastemp também não é uma geladeira antiga a querosene para estar nas últimas colocações. Se jogar como jogou contra o Flamengo daqui por diante não cai. No próximo domingo terá outra chance contra o Palmeiras, no Independência. A fila anda!

Por Fernando Rocha – Diário do Aço – Ipatinga


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Comentários:
3
  • Tim Silva disse:

    Ary Borges fazendo mais gols que Vargas e Gilberto. Que coisa.

  • Léo Silva disse:

    Prezado Chico, essa questão de arbitragem é algo extremamente chato e todos se julgam prejudicados. Penso que o VAR só deveria intervir em lances claros, do contrário, permanece a decisão em campo. Sou atleticano mas acho um “atraso de vida” a eterna reclamação de “somos (e fomos) roubados”… no final, acaba servindo de muleta.

  • Fred disse:

    Feliz demais com a vitória da Seleção. A jogadoras fazendo a gente ter orgulho da camisa amarelinha novamente, depois de alguns anos. Mesmo contra a semi-amadora seleção do Panamá, dá pra ver o quanto as brasileiras estão evoluindo tecnicamente e taticamente. Fruto da profissionalização com a criação de uma liga nacional, e da atuação de jogadoras no exterior, onde já existem ligas femininas mais competitivas. E que golaço o que terminou na conclusão da Bia.
    Que venham as francesas!