Blog do Chico Maia

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Festa e mérito como deveria ser sempre

Da minha coluna de amanhã, no O Tempo:

Foi a segunda vez que a minha cidade viveu uma decisão de Campeonato Mineiro. Mas essa foi especial. Um domingo, em um grande estádio, diferente da quarta-feira à noite, no saudoso Duarte de Paiva, onde hoje é um supermercado, e o Galo foi campeão.

Sete Lagoas amanheceu colorida e diferente, com visitantes dos mais diversos lugares, com supremacia de belorizontinos, que fizeram da BR-040 uma Av. Afonso Pena.

 

Mistura salutar

 

Cruzeirenses e atleticanos com suas camisas e bandeiras se confraternizavam nos bares e restaurantes, às margens da Lagoa Paulino, no centro, e nos bairros da cidade. À medida que o sol ia para o meio do céu, o azul das bandeiras e camisas aumentava, invertendo o alvinegro do domingo passado.

 

Exemplo

 

Nenhuma briga, nenhuma escaramuça, festa, como deveria ser sempre o futebol. Ruim, só essa medida estapafúrdia de torcida única. Quem provoca brigas são os marginais infiltrados nas torcidas organizadas, que poderiam ser monitorados pelas polícias civil e militar. De modo geral, o torcedor é pacífico e gozador. Todos sabem que em suas próprias famílias há atleticanos e cruzeirenses e cada um tem o direito de gostar de um ou outro.

 

Bola rolando

 

Jogo tenso, bola queimando até nos pés até dos mais experientes. Tanto que Dorival Junior abriu mão de um Mancini na volta para o segundo tempo, além do Renan Oliveira. Trocou por outro experiente, Richarlyson, e um jovem, Bernard, que melhoraram o Atlético. Ousou mais ainda ao apostar em Leleu no lugar do contundido lateral Guilherme. O Cruzeiro fez um primeiro tempo, frio, calculado.

 

Diferença

 

Mas, se taticamente o Galo estava melhor, o talento individual fez a diferença e Walysson marcou um gol, desses difíceis de se fazer, com um marcador na cola e longe da meta. Imediatamente após o Magno Alves perder um, na cara do Fábio, que fez uma defesa salvadora. Poderia ter sido o gol do título, porém, o futebol pune quem erra mais e não aproveita as oportunidades.

 

Campeão

 

Depois do primeiro gol, o Atlético foi nervosismo só, explicitado na expulsão do Serginho. Aos 42, o gol consagrador do Gilberto, um jogador importante do Cruzeiro, que é menos valorizado que deveria, pelo clube.

Foi um grande jogo em termos de estratégia, sangue frio do campeão, mas com poucos lances de perigo dos dois lados.

 

O melhor

 

Ganhou o time que fez a melhor campanha, que tinha o melhor conjunto e que teve um talento especial para marcar o gol decisivo, que foi o Walysson. O Atlético está renovando seu time, foi melhor do que se esperava nessa decisão e está no rumo certo.

A expectativa agora é que os dois, e o América, façam uma ótima campanha no Brasileiro. Pelo título e primeiras posições!


Jobson: fala do Cruzeiro, Atlético e quer iniciar volta contra o América

Jobson lamentou não ter ido para o Cruzeiro em 2010, arrependeu-se de ter deixado o Atlético em 2011, e quer recomeçar a carreira contra o América, dia 22 na Arena do Jacaré, na estreia do Brasileiro, pelo Bahia.

O Coelho que se cuide porque o atacante parece estar determinado, nessa reportagem da Folha de S. Paulo.

Seu maior problema atualmente é recuperar a credibilidade, já que pouca gente confia no que ele promete.

Que seja feliz e dê a volta por cima, porém, que comece a virada depois do jogo contra o América:

A história de Jobson

Aos 23 anos, atacante busca recomeço no Bahia ainda ameaçado de ser banido por uso de cocaína

NELSON BARROS NETO
ENVIADO ESPECIAL A ÁGUAS DE LINDOIA (SP)

Jobson, 23, diz estar cansado de tanta desconfiança. “Se eu fosse o que dizem, hoje estaria na Cracolândia.”
Daqui a oito dias, vai estrear pelo Bahia como a grande esperança do clube no retorno à elite do Brasileiro. Um mês depois, porém, voltará a ser julgado pelo flagrante com cocaína em exames antidoping em dois jogos no final de 2009.
A Wada (Agência Mundial Antidoping) não aceitou a redução de sua pena de dois anos para seis meses, decidida por tribunal do Brasil.
O caso agora vai para a Suíça, sede da Corte Arbitral do Esporte. Por reincidência, ele pode até ser banido.
Se não se livrar das acusações, terá o contrato rescindido sem ônus para os baianos.
Hiperativo, o jogador nascido em Conceição do Araguaia, no Pará, só tira o sorriso do rosto quando o assunto é esse período do passado, segundo ele, “já apagado”.
Fala abertamente das peraltices da infância, apenas com a mãe, doméstica, que dividiu a criação com um tio policial e outro fazendeiro.
Da parte do pai, diz não saber nem se tem dois ou três irmãos. Até a expulsão de duas escolas da cidade e a participação em esquema de adulteração de idade, ainda na época de amador, são contados pelo atacante. Aos risos.
“Nosso time foi eliminado porque só tinha “gato” [jogador que adultera a idade para menos]. Após isso, toda a documentação foi resolvida”, afirma ele, que se considera um “ex-futuro” evangélico e parou de estudar na 8ª série: “Aprontava demais”.
Mas se fecha sobre o doping. Instrução dos advogados, aliada a ressentimento dos críticos. “Muitos querem que eu me ferre”, acredita.
No único momento mais franco, solta: “Muita gente te dá conselho, lógico que tem que pegar os dos mais velhos, mas o bom é você viver. E eu vivi o que passei. Ali, foi mais uma experiência na minha vida”, afirma o jogador.
“Hoje, eu paro para pensar… tenho 23 anos. Cara, já aconteceu tanta coisa na minha vida que parece que tenho 50! Posso dar conselho aos moleques.”

SENADOR
Jobson promete “arrebentar” no Nacional e sonha defender a seleção na Copa de 2014. E o julgamento?
“Estou tranquilo em relação aos advogados e, primeiramente, confio em Deus. É complicado pensar negativo, então estou confiante.”
Ele imagina já ter pagado pelo erro. “Fiquei afastado, sem jogar, isso me prejudicou muito. Se não tivessem me punido, teria ido para o Cruzeiro [em 2010]. Teria sido outra história a minha vida.”
Com o doping, os mineiros desistiram de contratá-lo. Pena diminuída em um ano e meio, voltou ao Botafogo, que o havia levado do Brasiliense, onde iniciou a carreira aos 17 anos, sem passar por divisões de base no Pará. Chegou ao DF após um primo lhe indicar para um teste.
“Desde lá, já tinha uma personalidade do caramba. Existiam atletas de nome, como Dimba e Iranildo, e comprei briga com todos, disse que era eu quem iria bater os pênaltis”, lembra.
No Botafogo, protagonizou episódios de indisciplina, com atrasos e faltas a treinos, que fizeram até o bonachão técnico Joel Santana perder a paciência com ele.
Pai de um bebê de 18 meses, Jobson ainda atuou no Jeju, da Coreia do Sul, antes de despontar no Rio. “Fui bem. Tenho certeza de que deixei portas abertas.”
Peça-chave na fuga do rebaixamento do Botafogo, em 2009, Jobson festeja ter sido reconhecido “por todo o país” naquele ano. Mas, devido à indisciplina, foi emprestado ao Atlético-MG em janeiro de 2011.
A expectativa foi grande em Minas, mas ele pediu para ir embora, afirmando que não estava feliz. “Darei a volta por cima no Bahia.”

Jogador pede para passar por testes semanais

Com o objetivo de se mostrar “limpo” em relação ao doping, até para ajudar no julgamento do dia 21 de junho, o primeiro pedido de Jobson quando chegou ao Bahia foi para ser submetido a exames a cada semana.
A informação é confirmada pelo vice-presidente médico da equipe, Marcos Lopes. “Partiu dele e de seus procuradores, aprovamos e vamos buscar seguir”, disse à Folha.
“Acho que ninguém ou nenhum clube deveria ter desconfiança comigo. Se algum dia fizer besteira, eu que estou f…, e não o clube”, afirmou o jogador.
No julgamento, ele alegará, como estratégia, o uso social da droga -foi flagrado duas vezes por uso de cocaína.
O atacante disse que os exames serão realizados nos dias solicitados pelo Bahia. “Aí vai ter prova, quando eu for à Suíça, de que estou limpo, não preciso de…”, encerra, sem citar a substância ilegal.
Torcedor do Palmeiras desde criança, ele está treinando ao lado dos ex-corintianos Lulinha e Souza em Águas de Lindoia (SP), local escolhido pelo Bahia para a intertemporada de preparação ao Brasileiro.
“Jobson tem uma alma pura, como a do Garrincha. Entra em campo e não se preocupa com nada. Só joga a bola dele”, declarou o técnico René Simões.
No ano passado, o treinador criticou duramente Neymar, dizendo que se tornaria um monstro se não fosse “educado”.
Agora, elogia o paraense, que admite ter chegado a se arrepender quando deixou o Atlético-MG: “Não sei explicar o que houve”. (NBN)


Que o trio de arbitragem passe despercebido na decisão

Claro que depois do jogo alguém vai reclamar dele.

Porém, Wilson Luiz Seneme é um dos melhores árbitros do país.

Funcionário da Secretaria Estadual de Esportes de São Paulo há mais de 15 anos, apitou no dia 1° de agosto do ano passado a vitória do Cruzeiro sobre o Atlético por 1 x 0.

Será auxiliado por Emerson de Augusto Carvalho (FIFA/SP), que estava no trio comandado pelo Paulo César de Oliveira no jogo passado, e por Marcelo Carvalho Van Gasse, também da FIFA/SP.

Até o quarto árbitro é de fora: dessa vez, o baiano Jaílson Macedo Freitas, aspirante à Fifa. Semana passada o quarto árbitro era do Espírito Santo.

De acordo com o Wilpédia, “Este árbitro, categoria FIFA, é o 3° no ranking da arbitragem paulista, atrás de Paulo Cesar de Oliveira e Sálvio Spínola Fagundes Filho.”

Wilson Luiz Seneme (São Carlos, 28 de agosto de 1970) é um árbitro de futebol brasileiro.”

Que faça um ótimo trabalho, e que em 2012 os árbitros mineiros estejam preparados para apitar todos os jogos do nosso Campeonato.

SENENE


TV: tetracampeão Müller vive de favor com ex-companheiro

Voltas que a vida e a bola dão! 

Ninguém perde nada por ser humilde e respeitador das pessoas, em qualquer circunstância.

O atacante Muller estava muito bem em seus tempos de Cruzeiro, no início dos anos 2000.

O time andou tropeçando em alguns jogos e recebeu críticas construtivas, amenas, de um dos maiores ídolos da história do clube, Dirceu Lopes, em uma entrevista.

Dias depois, foi convidado pela diretoria para visitar a Toca da Raposa, num dia de treino.

Ele e Muller se encontraram casualmente e o atacante foi grosso em gestos e palavras com o ex-camisa 10, exemplo de atleta e cidadão.

Hoje, recebi do Clayton Batista Coelho, cruzeirense frequente do blog, recomendação para ler a seguinte e lamentável notícia:

* “TV: tetracampeão Müller vive de favor com ex-companheiro”

Bicampeão mundial pelo São Paulo no início da década de 1990, o ex-atacante Müller, campeão da Copa do Mundo de 1994 pela Seleção Brasileira, vive longe dos dias de glória alcançados com a tradicional camisa tricolor. Longe dos gramados, o antigo atleta vive um drama e convive com o ostracismo, fruto do desemprego e da falta de recursos. Em entrevista à TV Record, que será exibida no sábado, às 10h (de Brasília), no programa Esporte Fantástico, ele contou as dificuldades enfrentadas atualmente.

Afastado dos holofotes da fama futebolística e sem emprego atualmente, o tetracampeão mundial está vivendo de favor na casa do ex-companheiro de São Paulo Pavão. Apesar de ter disputado três Copas do Mundo e ser reconhecido por craques como Zidane, o antigo atleta do São Paulo procura retomar a vida e ganhar dinheiro com a carreira de treinador – o último trabalho como comandante foi no Imbituba, de Santa Catarina, neste ano de 2011 (deixou o clube em abril).

http://esportes.terra.com.br/futebol/noticias/0,,OI5126180-EI1832,00-TV+tetracampeao+mundial+vive+de+favor+com+excompanheiro+de+Sao+Paulo.html

MULLER

E para aqueles que se lembram pouco da passagem do Muller pelo Cruzeiro, um bom texto do Felipe Soalheiro, extraído do site Guerreiro dos Gramados:

Müller

 

GDG – Por: Felipe Soalheiro
 

 

Jogador conhecido por ser decisivo e pelo grande currículo em relação à títulos, também fez história no Cruzeiro, e em 4 anos de Cruzeiro, foi campeão 4 vezes, bela média!

Nome: Luiz Antônio Correia da Costa
Nascimento: 31.01.1966, Campo Grande [MS]
Posição: Atacante
Apelido:  Müller

Com 19 títulos em 20 anos de carreira profissional, o atacante Müller também fez história no Cruzeiro, pois nos 4 anos em que jogou aqui conquistou 4 títulos, entrando assim para história azul celeste.

Jogador conhecido pela inteligência, se destacou sempre nos seus times, pois sabia sempre o momento de jogar, muitas vezes ficava sumido durante grande parte do jogo e aparecia no momento decisivo, e em algumas vezes decidindo partidas e campeonatos.

Mas este atleta também tem más lembranças do Cruzeiro, já que, em 1996 jogava pelo Palmeiras e em uma final dada como ganha para os Palmeirenses, o Cruzeiro virou o jogo e conseguiu pela segunda vez ser o campeão da Copa do Brasil.

Müller fez 59 jogos com a camisa da seleção brasileira, e como é de praxe na sua vida, também foi campeão, conquistando em 1994 a Copa do Mundo.

Com a camisa do Cruzeiro, o atleta fez mais de 40 partidas, e conquistou os seguintes títulos:

  • Campeonato Mineiro: 1998
  • Recopa Sul-Americana: 1998
  • Copa do Brasil: 2000
  • Copa Sul-Minas: 2001

Atualmente, Müller tem 43 anos e tentou nos últimos anos ganhar a vida como comentarista de um canal de TV a Cabo, mas estranhamente não deu muito certo e então tentou voltar de vez ao futebol. No ano passado, o ex-jogador tentou ser diretor do Santo André , mas sem muito sucesso e então agora, tenta a vida como técnico e está, pelo menos até hoje, desempregado.

Valeu Müller!

* http://www.guerreirodosgramados.com.br/biografias-cruzeiro/2068


“O futebol é também território de hipocrisia e de pouca inteligência”

Tive o prazer de conhecer o professor Pasquale Cipro Neto ano passado, durante a Copa da África do Sul.

Ótimo papo e super simples.

Em sua coluna na Folha de S. Paulo, falou ontem sobre futebol.

Entrou num assunto que merece ser debatido. Muito interessante.

Veja aí:

* “PASQUALE CIPRO NETO”

O mundo do futebol e suas (des)lições


Beleza e talento à parte, o futebol é também território úbere de hipocrisia e de pouca inteligência


NELSON RODRIGUES dizia que o futebol é a coisa mais importante entre as menos importantes. Concordo, mas, parodiando o grande L. Babo, eu teria um desgosto profundo se faltasse o futebol no mundo.
Para mim, o futebol é beleza, estratégia, magia. Como torço para o Juventus, ou seja, para ninguém, fico livre para ver o que me interessa nos jogos: o talento e a capacidade dos atletas de articular as jogadas e de seguir a estratégia estabelecida.
Beleza e talento à parte, o futebol é também território de hipocrisia e de pouca inteligência. Quer coisa mais burra que a suspensão automática, imposta a um jogador que é expulso? Só no futebol alguém é culpado até que se prove o contrário… O árbitro acha que um atleta simulou uma falta (que houve), não marca a tal falta e dá ao jogador cartão amarelo -ou vermelho, se ele já tiver levado o amarelo. Depois do jogo, as imagens mostram à exaustão que o árbitro errou, mas a burra “regra” se mantém: o jogador está fora do jogo seguinte. O futebol é mesmo “burro, muito burro demais”.
O pior é ter de ler/ouvir a defesa da suspensão automática, sob o argumento de que, “se ela não existir, vira bagunça”. Tão ruim quanto essa “tese” é a de que condenar a suspensão automática é defender a impunidade. Condenar a suspensão automática é simplesmente condenar a impossibilidade de defesa, é condenar a condenação prévia, é condenar a pressuposição de culpa do atleta e a infalibilidade do árbitro. Só isso, nada mais do que isso.
O exemplo da suspensão automática é pretexto para um assunto “mais alto”: a capacidade de leitura, de interpretação (dos fatos, dos textos, do mundo). Quem entende, por exemplo, que a condenação da suspensão automática equivale à defesa da impunidade demonstra incapacidade de ler um texto e/ou fértil capacidade de tirar conclusões absurdas do que se diz/escreve. Paulo Freire dizia que a leitura do mundo precede a leitura da palavra. O futebol e suas belezas e mazelas estão no mundo, portanto…
Outro raciocínio genial que ouvimos no futebol é este: “Se o juiz dá aquele pênalti, era um a zero pra nós”. Diz-se isso onde quer que haja uma partida de futebol e, muitas vezes, também no rádio ou na TV.
Santo Deus! Será que ninguém é capaz de pensar que a consecutividade dos fatos gera entre eles uma relação tal que impede que se afirme que, “se o juiz dá aquele pênalti…”? É simples: o árbitro não marcou o tal pênalti; se o tivesse marcado, nada do que aconteceu depois do lance teria acontecido, porque a sequência seria outra, de modo que é simplesmente impossível afirmar qual teria sido o placar do jogo. Há outra aberração na tal afirmação (“Se o juiz dá aquele pênalti…”): por acaso pênalti é sinônimo de gol?
Na semana passada, houve mais “lições”. Terminado o jogo em que o Once Caldas eliminou o Cruzeiro da Libertadores, foi um tal de ouvir esta ladainha: “O time de pior campanha da primeira fase eliminou o de melhor campanha”. Elaiá! Como se pode dizer que a campanha do Cruzeiro, que na fase anterior estava no grupo X e, por isso, só enfrentou os times do grupo X, é melhor do que a do Once Caldas, que estava no grupo Y e, por isso, só enfrentou os times do grupo Y? A campanha do Cruzeiro só foi melhor que a dos integrantes do seu grupo, caro leitor.
Não se pode absolutizar o que é relativo, do contrário tudo pode dar errado: projetam-se pontes e prédios que caem, matam-se pacientes porque não se levam em conta os efeitos colaterais que determinados medicamentos podem provocar, tomam-se decisões que não seriam tomadas, arruínam-se relações que poderiam ter outro rumo. É isso.

inculta@uol.com.brrEUCOMPASQUALE

Rogério Maurício, nosso editor no jornal Super Notícia, Professor Pasquale e o “locutor que vos fala”, no Soccer City, no jogo de abertura da Copa, ano passado.


Mais aleluia irmãos! Bom demais quando a Justiça funciona, e com rapidez!

Uma das minhas tristezas com o abandono público de Conceição do Mato Dentro é a deterioração do patrimônio arquitetônico, dos Séculos XVII e XVIII sob os olhos omissos das autoridades.

E muitos empresários gananciosos deixando casarões e igrejas caírem para erguer nos locais prédios e casas que poderiam ser construídos em outros lugares da cidade.

Mas quando a cidadania entra em ação, tragédias costumam ser minimizadas, e tenho uma notícia boa, bem recente, desta semana.

Vem do advogado Luiz Fernando, conterrâneo honorário de Conceição, a quem conheci por intermédio do blog, lá.

Confira o e-mail que ele enviou, na íntegra:

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“Caro Chico. 

Em setembro do ano passado fiz um requerimento para o Ministério Público (setor de patrimônio histórico) referente ao descaso dos proprietários de um casarão na entrada de nossa Conceição do Mato Dentro, lembrei que encaminhei este requerimento ao amigo para ciência e conhecimento. Inclusive, vc mesmo, com muita propriedade abordou este assunto em janeiro no seu blog ainda ilustrando com fotos do casarão que como vc mesmo disse foi a “Pizzaria do Gazão”.

Posteriormente, passei a acompanhar o desenrolar do caso, principalmente depois que o MP daqui de Belo Horizonte encaminhou meu documento para a comarca de CMD, tendo em vista que já tramitava lá uma ação civil pública referente ao mesmo assunto que eu relatava no requerimento.

Transcorridos quase oito meses da data em que notifiquei o MP, fui informado agora da decisão judicial que ocorreu no último dia 05.05.2011, veja abaixo os últimos andamentos deste processo em ordem crescente dos acontecimentos, mais abaixo, copiei e colei o despacho judicial que está previsto para ser publicado amanhã (12.05.2011) e nele consta uma parte da sentença proferida pelo juiz. 

“PUBLICADO DESPACHO INTIMAÇÃO      12/05/2011

RECEBIDOS OS AUTOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO      09/05/2011

AUTOS ENTREGUES EM CARGA AO MINISTÉRIO PÚBLICO    PROMOTOR(A) 10226601    06/05/2011

JULGADO PROCEDENTE O PEDIDO   JUIZ(A) TITULAR 73544    05/05/2011 

AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS; RÉU: LÚCIO GUERRA JÚNIOR => Intimação. Prazo de 0015 dia(s). Para intimação do réu Lúcio Guerra Júnior, da sentença de ff. 213/216, na qual foi homologado o acordo celebrado entre as partes e julgado extinto o processo com resolução do mérito, nos termos do artigo 269, II e II, do CPC, devendo o réu iniciar imediatamente as providências necessárias para a restauração do imóvel, nos termos do acordo. Adv – PATRICIA GENEROSO THOMAZ, ANTONIO MARIANO MARTINS LANNA…” 

A única coisa que não dá pra saber é em quais condições foi feito este acordo, teria que ver a sentença nos autos do processo………..mas de toda forma fiquei satisfeito em saber que alguma providência será tomada nos proximos 15 dias. 

Abraço, Chico. 

Luiz Fernando”

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Aleluia irmãos! O Marcão de Varginha voltou!

Amigos do blog,

uma das pessoas mais presentes no início deste espaço há quase dois anos é o Marcão de Varginha, que andou sumido.

Polêmico, atleticano desses radicais, porém com comentários legais e muitas vezes engraçados, sumiu de repente e isso provocou reclamações até de cruzeirenses, também radicais, que costumavam travar ótimos debates com ele.

Para a nossa satisfação ele reapareceu e troquei palavras com ele que, creio, esclarecem o motivo do seu sumiço, e de outros pelo mesmo motivo:

 

* “Caro Chico Maia: boa noite! Após passar vários meses na geladeira, por sinal, até merecido, por ter usado palavras indevidas em meus comentários, razão pela qual V. Sª não está “deixando passar” minhas modestas opiniões,peço-lhe desculpas pelo ocorrido e pergunto se posso retornar com meus comentários. Na espera da resposta, subscrevo-me, muito obrigado!

Marcão de Varginha/MG.”

 

* Ora, ora!

Quem é vivo sempre aparece!

O que é isso caro Marcão!?

Você nunca foi para a geladeira desse blog, e constantemente algum comentarista reclama do seu sumiço.

Até cruzeirenses mais radicais, fiéis ao blog, andaram manifestando saudades de você, pois apesar de algumas “tijoladas” que realmente foram barradas, a maioria absoluta do que você escrevia sempre era publicada.

Outros leitores reclamaram semana passada que seus comentários não estavam sendo postados, pensando que era “veto” meu, mas era um problema do sistema, que foi corrigido imediatamente pela equipe da Paranet, que cuida da parte técnica do blog.

Possivelmente você teve comentários barrados pelo mesmo problema do sistema, e pensou que estava sendo “moderado” e parou de enviar.

Um contratempo que lamento e peço desculpas a você e a todos os outros que tiveram comentários normais barrados.

O problema era antigo, mas só agora detectado, graças a alertas de vocês mesmos. Coisas da internet!

Feliz retorno e qualquer problema que você e demais leitores tiverem para entrar com seus comentários, mandem e-mail para o meu endereço do jornal o Tempo:

 

www.chicomaia@otempo.com.br

 

Abraço,

Chico Maia


Está chegando a hora

Pelos treinos coletivos de ontem, a decisão ficará nas mãos e nos pés desses aí, inicialmente, escolhidos por Cuca e Dorival Junior.

Mas mudanças podem acontecer até momentos antes dos times entrarem em campo.

Há jogadores no departamento médico, como Victorino, e Rever, que devem jogar:

* Cruzeiro

Fábio; Leandro Guerreiro, Leo, Gil e Everton; Marquinhos Paraná, Henrique, Roger e Gilberto; Wallyson e Thiago Ribeiro.

* Atlético

Renan Ribeiro; Patric, Werley, Leonardo Silva e Guilherme Santos; Serginho, Fillipe Souto, Giovanni e Renan Oliveira; Mancini e Magno Alves.

Para as considerações dos milhões de “treinadores” alvinegros e estrelados.


Um país peculiar, onde traficante se vicia, puta apaixona e cafetão sente ciúmes

O Brasil é um país realmente diferente.

Dizia Tim Maia, que aqui “traficante se vicia, puta apaixona e cafetão sente ciúmes”.

Aqueles que têm poder de decisão usam o dinheiro alheio da forma que bem entendem, se lixando para o interesse coletivo.

Na atividade pública os exemplos de corrupção e malversação pipocam diariamente. Mas o mais incrível é que também na área privada os procedimentos são semelhantes e as mazelas afetam à coletividade, de forma grave, e fica por isso mesmo.

Planos de saúde, por exemplo.

O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, declarou recentemente que se a UNIMED retirar seu patrocínio o clube quebra: ““Se a Unimed sair agora, o Fluminense quebra. São 13 anos de parceria.”, disse ao O Globo.

Este plano de saúde é quem sustenta as contratações milionárias do tricolor nos últimos anos, porque o seu dirigente maior, Celso Barros, é tradicional torcedor do clube.

A UNIMED é uma cooperativa de serviços médicos, com milhares de associados país afora, interligadas em cada estado, porém independentes entre elas.   

Há poucas semanas toda a imprensa nacional mostrou cenas de uma greve gigante dos médicos do Rio de Janeiro, reclamando da própria UNIMED, contra quem pesam sérias acusações e reclamações no Brasil inteiro.

A briga maior dos médicos é por melhor remuneração pelos seus serviços. Mas dinheiro da UNIMED não falta para contratar e pagar craques no Fluminense.

No frigir dos ovos, quem dança é o associado do plano, que se utiliza desse tipo de serviço no Brasil para fugir da porcaria maior que é o SUS e sistema de saúde público de modo geral.

Pensei nisso ao ler esta reportagem, revoltante, da Folha de S. Paulo, de sexta-feira, dia 9:

FLUMINENSE

“Paciente fica com a conta da briga entre plano e hospital – Jogo de empurra ocorre na cobrança por materiais usados em procedimentos.”

Hospital repassa boleto a paciente já esperando que ele recorra à ANS, à Justiça ou ao Procon para garantir cobertura

Desempregado recebe conta de R$ 39 mil após AVC e infarto

O desempregado Oscar dos Anjos Pereira Filho, 65, levou dois sustos em setembro do ano passado: teve um AVC (acidente vascular cerebral), foi internado e, cinco dias depois, sofreu um infarto ainda dentro do hospital.
Sobreviveu a ambos, mas, dois meses depois dos episódios, levou terceiro susto: recebeu em casa uma conta do São Camilo, hospital da zona oeste de São Paulo, dizendo que deveria pagar R$ 39.204.
“Dessa vez eu quase morri”, brinca o desempregado que, ao procurar o hospital, foi informado de que o valor era referente a três stents (material que serve para desobstruir artérias entupidas) usados na sua internação.
O plano dele, Unimed Paulistana, havia se recusado a pagar o valor ao hospital, diz.
Foram dois meses de reclamações no Procon até que o plano se entendesse com o hospital e pagasse a conta.

LIMINAR
A advogada Beatriz Alcântara Oliveira teve dor de cabeça similar, ao receber do hospital Oswaldo Cruz uma fatura de R$ 20.700 por um dos materiais usados em uma operação de duas hérnias de disco na coluna lombar, que não foram cobertos pela SulAmérica.
Beatriz entrou com um pedido de liminar na Justiça para obrigar o plano a arcar com o

pagamento, o que acabou dando certo.
Já Venâncio (nome fictício), internado no hospital Samaritano em fevereiro desde ano com apendicite aguda, acabou pagando a conta.
Ao sair do hospital, após a cirurgia, não foi informado de nenhuma pendência. Mas, algumas semanas depois, recebeu em casa um boleto de R$ 287,63 do hospital, referente ao uso de um bisturi, de dois pacotes de compressa cirúrgica estéril e de três compressas de gaze.
Fez o pagamento, sem saber que não precisaria.
O mesmo já havia acontecido com a mulher dele, que no final do ano passado passou por uma cirurgia na mão no hospital Santa Catarina. Ela também recebeu uma cobrança de quase R$ 90 por uma faixa, que o convênio não cobrira. Ambos são associados da Marítima.
Nenhum dos dois, que tiveram o nome preservado a pedido, foi informado antes da utilização do material que poderiam ter que desembolsar a quantia, o que também é irregular. Segundo os órgãos de defesa do consumidor, uma pessoa não pode ser obrigada a pagar por uma despesa pela qual não havia concordado.


A intolerância e imbecilidade são mundiais

Foi na Escócia, mas poderia ter sido em qualquer lugar do mundo.

A foto é interessante, mas o video com a cena, que está no site do Uol é mais ainda.

Do portal Uol:

* Ameaçado de morte, técnico do Celtic é agredido por torcedor em campo

MARGINAL

O ex-jogador e técnico do Celtic, Neil Lennon, já sofreu ameaças de morte diretas e teve correspondências suspeitas interceptadas pela polícia, mas nunca havia sido agredido em campo.

Depois que o Celtic fez o segundo gol da vitória por 3 a 0 contra o Hearts pelo Campeonato Escocês nesta quarta-feira, um torcedor invadiu o campo e tentou dar um soco na cara de Lennon. Quase imediatamente, o agressor foi imobilizado e preso pela polícia.

Lennon é vítima de ameaças há mais de dez anos, e inclusive já deixou de defender a seleção da Irlanda do Norte. Tudo só pelo fato de ser católico. A briga com os protestantes em seu país se estende até os dias atuais e permanece sendo uma ameaça ao técnico.

Com a vitória, o time de Lennon se manteve na briga pelo título escocês. A última rodada do campeonato será no próximo domingo, e o Rangers tem apenas um ponto de vantagem sobre o rival Celtic.

* http://uolesporte.blogosfera.uol.com.br/2011/05/11/ameacado-de-morte-tecnico-do-celtic-e-agredido-por-torcedor-em-campo/