Ontem mesmo, imediatamente após publicar no nosso blog informações e reclamações contra uma suposta discriminação a jogadores de futebol e a negros no Clube Chalezinho, fui contatado pelo responsável pelo marketing da casa, Vinícius Veloso, que explicou detalhe por detalhe do ocorrido. Falamos por telefone e fui convencido que o que aconteceu foi um lamentável mal entendido, que ganhou repercussão pelo fato de envolver jogadores famosos.
Mais tarde ele enviou uma nota de esclarecimento, falando inclusive da diversidade cultural e racial que o Chalezinho promove, citando os eventos e pedindo o testemunho dos milhares de clientes da casa que sabem da forma cordial e respeitosa como todos são tratados lá.
Nos próprios comentários postados na nota do blog ontem, vários clientes escreveram em defesa da casa, manifestando estranheza a este tipo de denúncia.
Veja a íntegra do e-mail que recebi do Vinícius Veloso, a quem agradeço, e parabenizo pela rapidez nos esclarecimentos:
“Prezado Chico,
Embora já tenhamos esclarecido a situação com aqueles diretamente envolvidos, gostaríamos de prestar satisfação a nossos clientes e aos seus leitores sobre o caso da comemoração de alguns atletas e seus amigos domingo no Clube Chalezinho.
Lamentamos que os mesmos tenham enfrentado qualquer tipo de transtorno em sua visita à casa e, por isso, prestamos aqui as nossas sinceras desculpas. Ressaltamos, contudo, que, hoje, não conseguimos atender a todos que nos procuram. Isso ocorre especialmente aos domingos, quando o projeto começa às 18h e, pouco antes do início do show, por volta de 21h, a casa quase sempre já funciona com lotação máxima.
Dessa forma, às 23h, quando os atletas chegaram ao Clube, não mais poderíamos atender ninguém sem comprometer o conforto e a segurança daqueles que haviam se programado para chegar cedo. Lembro que nesse dia, inclusive, pelo menos outras 200 pessoas também não conseguiram entrar na festa pelo mesmo motivo, mas que apenas este caso ganhou maior repercussão pela notoriedade dos envolvidos.
Reiteramos, assim, a importância da retirada de convites antecipadamente, a fim de balizar o dimensionamento do público a ser atendido em cada noite e, por conseguinte, a escala de serviço, número de funcionários, e insumos necessários para tanto.
Aproveitamos, também, para esclarecer que nada temos contra jogadores de futebol e que somos, inclusive, prestigiados por alguns deles que acabaram por se tornar amigos e continuam a nos visitar mesmo depois que o exercício do ofício tenha lhes exigido mudar de cidade. Não seria delicado de nossa parte citar nomes, mas aqueles que frequentam a casa sabem de quem se tratam.
Da mesma forma, a acusação de qualquer tipo de discriminação é injustificada e injusta. Praticamos uma política de estímulo à diversidade e mantemos no nosso quadro de funcionários pessoas de gêneros, etnias, idades, classes sociais, formação e orientação sexual distintas. Nossa programação é, pois, reflexo disso: na sexta da mesma semana, trouxemos um dos expoentes da cultura hip hop da atualidade, o rapper americano Mims, em comemoração aos 2 anos do nosso projeto de black music. A programação incluía, ainda, uma noite flashback para um público mais maduro, outra de sertanejo, uma de música eletrônica e outra ainda com um grupo de pop rock carioca. Ousaríamos dizer, assim, que somos, hoje, uma das casas mais ecléticas da cidade.
Esperamos ter esclarecido o ocorrido e colocamos à inteira disposição nosso e-mail a todos aqueles que ainda não se sentirem plenamente satisfeitos com as explicações prestadas: clube@clubechalezinho.com.br.
Obrigado a você, Chico, pelo espaço e aos seus leitores pela atenção.”
Abraços,
Vinicius Veloso
Marketing/Clube Chalezinho