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Hipócrita é quem diz que jogador de futebol é “trabalhador igual a qualquer outro”

A venda antecipada de ingressos para o Parque do Sabiá indicava que dificilmente o público de Cruzeiro x Inter chegaria à excelente média dos jogos contra Corinthians e Flamengo. Pela óbvia questão do tamanho das torcidas de paulistas e cariocas em Uberlândia em relação aos gaúchos. Mas as perspectivas eram de público muito bom, com ótima presença da torcida cruzeirense local novamente, e em até maior número, em função dos últimos resultados da equipe celeste.

Sabendo que o gramado é dos melhores do país, e do agrado de todos os jogadores, a diretoria deveria avaliar bem se vale a pena voltar a jogar na Arena do Jacaré em Sete Lagoas, tão contestada pelo time e pelos próprios dirigentes.

Mas isso não é problema perto do que vive o Atlético, dentro e fora de campo. O Vasco da Gama, próximo adversário, deve dois meses de salários a seus jogadores, mas não perde há 11 rodadas. O responsável pela reação vascaína no Campeonato é Paulo César Gusmão, pupilo e ex-auxiliar de Vanderlei Luxemburgo. A folha de pagamentos chega perto da metade da atleticana, que é paga antes do dia determinado por lei.

 

Teorias

 

Muito se discute qual é a melhor fórmula para se montar um time competitivo. Há uma corrente que defende times operários, como vários por aí; tem gente que defende salários baixos e se possível com atraso. Entendo que a fórmula é simples e clássica: bons jogadores; um treinador que saiba escalá-los nos lugares certos e criar um bom ambiente. Se tiver um craque, campeão!

 

Constatação

 

Além de ser bom, o jogador tem que estar no seu perfeito estado físico. Jogadores machucados ou com problemas crônicos só darão dor de cabeça. Tem que ser profissional também para cumprir com suas obrigações e não apenas receber os salários.

Tudo indica que aí estejam os principais problemas do atual Atlético.

 

Hipocrisia

 

Considero válida a fiscalização de torcedores e até a criação do “Disque-denúncia”, por uma das facções atleticanas. Jogador que se faz respeitar, jamais será desrespeitado em nenhum ambiente.

É hipócrita quem diz que jogador de futebol é “trabalhador igual a qualquer outro”. Nada a ver, a começar pela paixão que envolve o esporte.

 

Exagero

 

Na entrevista que concedeu à Rádio Bandeirantes-SP, Alexandre Kalil exagerou ao dizer que não se importaria se um jogador apanhasse numa balada. A violência física precisa ser combatida em todas as situações.

No restante de sua fala, nada de anormal, especialmente quando disse que vai mandar embora os beberrões flagrados.

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no jornal O Tempo.


Denunciar é válido; agressão, em hipótese alguma!

Tenho que reconsiderar uma frase do meu comentário sobre o apoio do Alexandre Kalil ao “Disque-denúncia” da torcida do Atlético.

Escrevi ontem à noite, depois de ver a reprodução do áudio da entrevista na TV Gazeta-SP. Eu disse que “não vi nada demais” da declaração dele.

Eles não puseram no ar a última frase do presidente, onde ele diz que “se levarem umas porradas na madrugada, tudo bem!”.

Só na hora do almoço, vi na íntegra, no Globo Esporte.

Aí não! Ninguém tem o direito de dar porrada em ninguém, e acredito que o Kalil ainda fará algum pronunciamento retirando esta expressão, que realmente não condiz com o cargo que ele ocupa.

Quanto ao resto, concordo.

Jogador de futebol depende da condição física para desempenhar bem o seu trabalho e quem for flagrado abusando da farra deve ser denunciado e suspenso ou demitido pelo clube.


Iguais em pontos, mas nos desfalques Cruzeiro tem mais

Cruzeiro e Inter estão iguais em pontos, mas nos desfalques Cuca tem um a mais

Do portal do O Tempo:

* Cruzeiro e Internacional se enfrentam em confronto direto

MARCELO FARIA

Siga em: www.twitter.com/super_fc 

Com o mesmo número de pontos no Campeonato Brasileiro, Cruzeiro e Internacional abrem o returno da competição em confronto direto nesta quarta-feira, às 19h30, no Parque do Sabiá. Os dois times almejam se aproximar mais da liderança, sendo que enquanto a Raposa está no sexto lugar, enquanto os Colorados ocupam a quarta posição.

Uma vitória certamente dá duas posições na tabela para o vencedor. Isso porque, curiosamente, o terceiro colocado Santos enfrentará o quinto colocado Botafogo – os dois também tem 31 pontos.

O técnico Cuca, do Cruzeiro, tem uma pequena lista de desfalques: Fabrício, Robert e Cláudio Caçapa se recuperam de lesões. Além deles, Edcarlos sofreu o terceiro amarelo e não joga.

Se mantiver o esquema 3-5-2, o técnico tem o zagueiro Wellington como opção para formar o trio com Gil e Léo. Caso a opção seja pelo 4-4-2 do segundo tempo contra o Palmeiras, os volantes Everton e Fabinho e o meia Roger são as opções para duas vagas no setor que já conta com os volantes Henrique e Marquinhos Paraná.

Já Celso Roth não terá o zagueiro Indio, que cumpre suspensão e o atacante Alecsandro, que se recupera de lesão. Além disso, terá a ausência notável de D’Alessandro, convocado pela seleção argentina.

FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO X INTERNACIONAL

Motivo: 20ª rodada do Brasileirão
Estádio: Parque do Sabiá, Uberlândia (MG)
Data/hora: 8/9/2010 – 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)

CRUZEIRO: Fábio, Jonathan, Gil, Léo e Diego Renan; Henrique, Marquinhos Paraná, Roger e Montillo; Thiago Ribeiro e Wellington Paulista. Técnico: Cuca.

INTERNACIONAL: Renan; Nei, Bolívar, Sorondo e Kleber; Wilson Mathias, Guiñazú, Tinga e Giuliano; Leandro Damião e Rafael Sobis. Técnico: Celso Roth.

* http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=32098,ESP&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter


Convocação americana

Do twitter da Avacoelhada   “Caravana da Avacoelhada América x Coritiba, R$ 20,00 Contatos com o Saraiva: 8857-5576”


Brasil Afora: Bela Vista, de Sete Lagoas, lotou Bernabéu contra o Real

Quem é de Sete Lagoas conhece bem o Bela Vista.

Neste feriadão algumas empresas da Rede Globo mostraram ao Brasil e boa parte do mundo um pouco da história desse tradicional e querido clube.

Está em destaque também na seção de esportes do site G1.

Vale a pena conferir:

http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2010/09/brasil-afora-bela-vista-de-sete-lagoas-lotou-bernabeu-contra-o-real.html


Seminário Esporte e Justiça

O especialista em Direito Desportivo mineiro, Dr. Gustavo Lopes Pires de Souza recomenda o

o Seminário Esporte e Justiça, que começa dia 14, organizado pelo Instituto de Direito Desportivo da Bahia, cuja programação está no site: 

http://www.futebolejustica.com.br/inscricoes.html


Nem tanto ao bar, nem à porrada

Um grupo com alguns dos melhores jogadores do país, comissão técnica idem,

com salários em dia e toda a estrutura necessária para fazer um ótimo trabalho não pode ficar na zona do rebaixamento impunemente.

Os próprios jogadores do Atlético criaram esta situação de intranquilidade para eles, dentro e agora fora de campo, com a fiscalização da torcida que vai denunciar os farristas.

 

Bom senso

 

Na atual situação qualquer jogador do Galo, por mais sério e profissional correto que seja, não deve se expor em bares e restaurantes. Se estiver tomando um guaraná vão dizer que é cerveja, se for um café dirão que é um “traçado”, se for refri amarelo falarão que é “Hi-fi”, se for branco a acusação será que trata-se de vodka misturada.

 

Big-Brother

 

Festas em sítios sempre têm alguém para denunciar: um vizinho, um porteiro, um segurança, enfim, não há ambiente alheio ao assunto futebol no Brasil. Ainda mais quando se fala de clube grande e jogadores famosos.

O negócio é evitar e correr o dobro em campo. Quando o time sair da zona do rebaixamento a vida volta ao normal.

 

Exagero nenhum

 

Não vi exagero nenhum na entrevista do presidente Alexandre Kalil à Rádio Bandeirantes de São Paulo. Nada a ver com incitamento à violência como um Promotor de BH chegou a aventar.

Numa próxima entrevista sobre o assunto seria bom que o presidente atleticano frisasse que “porrada não”, pois isso é inadmissível em qualquer situação.

 

Mudou, mas…

 

Até os anos 1980 jogador de futebol aprontava mais fora de campo. Hoje eles são mais profissionais, mas ainda há incontáveis casos de quem abusa e prejudica o time por isso. Quem paga a conta é realmente o torcedor, que além de proporcionar o dinheiro que o jogador ganha todo mês, ainda tem de aguentar a zoação dos adversários.

O baladeiro simplesmente muda de clube e inventa desculpas para justificar o mau desempenho no patrão anterior.

 

Ninguém escapa

 

Todos os clubes correm riscos com profissionais irresponsáveis. O Cruzeiro andou passando por isso em determinados momentos, mas a diretoria sempre age rápido e dá um jeito de botar essa turma para correr. Quando o sujeito tem valor de mercado ela inventa um motivo para afastá-lo e não desvalorizá-lo, até que apareça um clube interessado.

 

Pente fino

 

Mas a vida desses enganadores da bola está ficando cada dia mais difícil. Os clubes estão adotando critérios mais rígidos antes de contratar determinados jogadores manjados e com fama de beberrões.

O pente está ficando cada vez mais fino antes de se bater o martelo na aquisição de alguém, mas ainda assim alguns conseguem bons contratos e matam dirigentes e torcedores de raiva.

Aí, para mandar o sujeito embora é uma novela danada, normalmente com o clube pagando multas milionárias.

 

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no Super Notícia.


O drama de Kerlon e a queda na real de Ramon

Lembra do Kerlon, apelidado como “foquinha”?

Continua vivendo o drama de sucessivas contusões, mas o futebol que mostrou por curto período no Cruzeiro ainda atrai interessados.

É contratado da Inter de Milão.

E o Ramon?

Aquele com quem a torcida do Atlético andou iludida durante um bom tempo e depois foi enganar em outras praças, inclusive no Flamengo recentemente!

Sábado estes e outros jogadores dessa safra, que não explodiram, por um motivo ou por outro, foram alvo de uma boa reportagem da Folha de S. Paulo, com destaque para Kerlon:

 

“focado”

Após passar por 5 cirurgias, Kerlon, 22, se vê mais maduro, prepara a volta ao futebol por baixo e se diz “doido” para aplicar drible que o notabilizou

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Há cinco anos, Kerlon era uma aposta de craque para o futebol brasileiro. Hoje, transformou-se em um jogador atormentado pelas lesões, quase esquecido.
O meia-atacante chamou a atenção no Sul-Americano sub-17 de 2005 graças ao “drible da foca”, jogada em que fazia embaixadinhas com a cabeça. Foi craque e artilheiro do torneio.
O sucesso lhe deu dinheiro e chance no Cruzeiro. Mas seu corpo não estava pronto. Já são cinco cirurgias, “duas de tornozelo e três de joelho”, e um longo período afastado dos gramados.
“Minha última partida foi no começo da temporada passada, pelo Ajax. Daí, machuquei o joelho. Depois, descobri uma lesãozinha no tornozelo e fiz mais uma cirurgia”, declarou o jogador, 22, que está fazendo tratamento em Belo Horizonte.
Desde que virou profissional, Kerlon pouco atuou. Sua última sequência foi no Brasileiro de 2007. No começo do ano seguinte, rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Antes de ficar totalmente curado, embarcou para a Europa.
No Chievo, enfrentou mais lesões e só disputou quatro partidas. Mesmo assim, foi para a Inter de Milão no verão seguinte. Mas nunca entrou em campo. Acabou emprestado ao Ajax e voltou a machucar o joelho.
“Nunca me machuquei sozinho. Sempre foi na base da pancada. Só estou inteiro até hoje porque tenho uma cabeça muito forte. Sempre acho que vou me recuperar. Só vou parar mesmo quando não tiver mais jeito”, afirmou Kerlon, que tenta tirar lições positivas do caminho doloroso tomado pela sua carreira.
“Por eu ter saído muito novo de casa, com 13, 14 anos, fiquei ausente da família. Essas lesões fizeram com que eu me aproximasse deles. Passei a ver o mundo de forma diferente. Muitos jogadores da minha idade têm cabeça fraca, acham que podem tudo porque ganham muito dinheiro. A experiência de vida me fez ser homem.”
O que poderia ter acontecido se não fossem as lesões? “Nem tento imaginar onde eu estaria hoje. Poderia estar em um lugar melhor, mas não seria o mesmo. Vou recomeçar minha carreira. Ninguém desaprende a jogar.”
Kerlon falou que estará apto para jogar em dois meses. Aí, terá outro desafio. Além de evitar contusões, terá que reconstruir sua carreira no time que mal o conhece.
O “Foquinha” nunca falou com o técnico da Inter, Rafa Benítez. Seu plano para o futuro passa por novo empréstimo para um time menor. Sua intenção é ganhar ritmo de jogo e se mostrar digno de atuar pela campeã europeia.
“Não fiz nada no futebol para estar em um clube como a Inter. É bom saber que tem gente que ainda confia em mim. Eu recebo meu salário, tenho família para criar. É isso que me consola. Quero voltar logo para retribuir tudo isso. A pressão na Inter é muito grande. Melhor jogar em um time pequeno antes.”
Perguntado se ele pretende voltar a usar o “drible da foca”, considerado uma forma de menosprezo por adversários, ele respondeu: “Estou doido para isso”.

 

Trajetória é comum na safra de 1988

DE SÃO PAULO

Kerlon não é o único de sua geração que brilhou na base, criou expectativa e não cumpriu o prometido.
Os meias Ramon e Celsinho também despontavam como craques na seleção sub-17 de 2005 e decepcionaram posteriormente.
Ramon, cria do Atlético-MG, ganhava R$ 7.000 de salário antes de estrear como profissional. Em 2006, jogou pelo Corinthians graças a um acordo com a MSI. Depois, foi para o CSKA. Voltou da Rússia no começo do ano e teve passagem discreta pelo Flamengo.
O caminho de Celsinho, também passou pelo futebol russo. Após se destacar na Série B de 2005, foi negociado pela Portuguesa com o Lokomotiv. Em baixa, passou pelo Sporting, de Portugal, e retornou ao Canindé nesta temporada. Ficou no banco e deixou o time. Mas o clube português não quer sua volta.
“Existem duas fases de treinamento durante o dia, e uma noite comprida. Isso atrapalha um jovem sem experiência. O Celsinho mesmo disse que fez coisas que não faria hoje”, disse o Vágner Benazzi, que dirigiu o jogador na Portuguesa.
Mesmo o maior astro da safra nascida em 1988 não brilhou como o esperado.
Anderson surgiu no Grêmio como um fenômeno e se consagrou na “Batalha dos Aflitos”. Foi ídolo no Porto, mas se tornou apenas mais um jogador no Manchester United, onde atua como volante -antes, era meia-atacante. (RR)

 

Frase

“Não é possível que vou continuar me machucando até chegar aos 40 anos”
KERLON
meia-atacante da Inter


Americanos em Bragança Paulista

Convocação pelo twitter:

Avacoelhada   Caravana da Avacoelhada para Bragança Paulista. Dia 07/09. R$90,00. Contatos com o Saraiva 8857-5576


Falhas e explicações que se repetem

O primeiro turno do Campeonato acabou e o Atlético parece ter gostado de ficar na zona do rebaixamento.

Na parada da Copa do Mundo já estava lá.

No recomeço deu uma rápida saída, mas voltou e não saiu mais.

Nas explicações para mais uma derrota, ninguém mais conseguiu falar algo convincente.

Tudo filme repetido.

Nem Vanderlei Luxemburgo, nem os jogadores e até nós da imprensa já ficamos repetitivos.

Assim como as falhas a cada jogo que comprometem o time. E de novo, Fábio Costa calculou mal o tempo da bola no cruzamento que originou o primeiro gol do São Paulo.

Goleiro experiente como ele não pode tomar este tipo de gol.

Jogar a culpa em Jataí ou qualquer outro mais jovem é sacanagem.

Os graúdos, cujo futebol está sumido é que têm que se explicar.

Se tantas falhas e conversas se repetem, repito a minha opinião: o Atlético paga o preço de querer mudar um time inteiro durante uma disputa difícil e perigosa como o Brasileiro.

Vanderlei Luxemburgo falhou no planejamento e está com dificuldades para tirar o time das últimas posições.