* Normalmente os grandes times têm no goleiro e no camisa 10 suas principais referências. Quando o camisa 1 é confiável, passa tranquilidade aos demais companheiros de defesa, enquanto o meio campista coordena as ações ofensivas.
Já contando com Fábio, o Cruzeiro descobriu o argentino Montillo que vem fazendo diferença crescente a cada jogo. Contra o Botafogo ele arrancou aplausos até da torcida adversária que há tempos não via uma exibição individual tão perfeita de um camisa 10 no Engenhão.
O Botafogo comemorou o empate, conquistado graças ao árbitro Heber Roberto Lopes, que habitualmente se rende às pressões dos donos da casa onde apita.
Enquanto isso o Atlético sofre as consequências de tantas derrotas consecutivas. A bola queima no pé de alguns jogadores e o medo de errar faz com que erros infantis sejam cometidos por outros.
A cada jogo falhas comprometedoras que atolam o time na tabela de classificação. Nos gols do Vitória na Arena do Jacaré, tarimbados como o goleiro Fábio Costa e os zagueiros Cáceres e Jairo Campos deixaram a desejar.
Teorias
São incontáveis as teorias para tentar explicar o fracasso do Atlético que ontem teve a sua inacreditável 14ª derrota. Até fatores sobrenaturais são arguidos em mensagens que nos chegam, passando por “divisão do grupo”, “baladas” e por aí vai.
Continuo com o meu ponto de vista: não se desmonta e remonta um time inteiro como Luxemburgo tentou fazer em tão curto espaço de tempo.
O certo
Quem imaginaria que tudo que foi feito pela diretoria atleticana tivesse alguma chance de dar errado? Contratou o treinador preferido por quase 100% da torcida e imprensa; manteve os principais jogadores e contratou outros, cobiçados pelos maiores concorrentes. Com estrutura impecável, salários em dia e rara paz na política interna é difícil acreditar no que está acontecendo.
Voltas
Se vida dá muitas voltas o futebol mais ainda. O Cruzeiro tinha como prioridades na sua busca de um camisa 10, o argentino Riquelme e o brasileiro Diego Souza. Com as dificuldades nas negociações acabou se “contentando” com Montillo, que dá enorme retorno ao clube celeste, ao contrário dos companheiros da mesma posição.
Perto
Além de fazer a sua parte, vencendo o então líder Figueirense em Florianópolis, o América teve resultados favoráveis na continuação da rodada. Permaneceu entre os quatro primeiros, que é o objetivo final. Está há apenas três pontos do Bahia, o líder, e terça-feira tem a chance de consolidar-se entre os quatro, jogando em casa contra o América de Natal.
* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no jornal O Tempo.