Presidente afirma que clube vai acumular cerca de R$ 6 milhões de prejuízo
Longe do Mineirão, o Atlético-MG deve ter um prejuízo em torno de R$ 6 milhões, em 2010, com a queda nas bilheterias. Essa é a avaliação do presidente do clube, Alexandre Kalil, que garante: ‘alguém vai ter que acertar essa conta com o Atlético’.
O principal estádio de Minas Gerais está interditado para as obras da Copa do Mundo de 2014. Com o atraso na reforma do outro estádio da capital, o Independência, os times de Belo Horizonte ficaram sem casa neste Brasileirão. Por isso, Atlético-MG e Cruzeiro estão mandando seus jogos no interior de Minas. Sete Lagoas e Ipatinga já receberam jogos do Galo nesta série A.
Alexandre Kalil admitiu que a mudança traz um prejuízo técnico e financeiro para o time.
– É claro que é um prejuízo técnico e financeiro muito grande. O tempo em que as arrecadações não valiam nada no futebol brasileiro já passou há muito tempo. No ano passado, nós arrecadamos R$16 milhões em bilheteria. Essa é uma conta que nós vamos compensar. Já entramos em contato com o governador, e vão ter que acertar essa conta com o Atlético-MG, disse o dirigente em entrevista ao programa Arena Sportv, nesta quinta-feira.
Para reduzir esse prejuízo, Kalil disse que o clube vai contar com apoio de torcedores especiais.
– Este ano, estamos atrás de patrocínio. Vamos conseguir salvar um pouco essa receita porque tem atleticanos querendo subsidiar essa despesa. O dirigente também explicou o retorno para Sete Lagoas, após mandar jogos em Ipatinga.
– Voltamos para Sete Lagoas até por uma questão de lógica. Nós já temos o melhor CT do Brasil. Então, quando você sai para jogar no interior, você passa a não usar essa estrutura, porque usa os hotéis do interior. Quando a gente joga em Sete Lagoas usa nossa estrutura.
Apoio a Vanderlei Luxemburgo
Para Kalil, treinador gosta de trabalhar e elenco do Galo está se comprometendo em reverter quadro negativo
Mesmo com a vitória sobre o Goiás, nessa quarta-feira, em Goiânia, o Atlético-MG segue na zona de rebaixamento. Entretanto, o presidente do clube, Alexandre Kalil, segue confiante na recuperação da equipe.
Na última partida, o treinador Vanderlei Luxemburgo deixou alguns medalhões de fora. Ricardinho e Diego Souza foram para o banco. Tardelli, contundido, nem foi relacionado. Em entrevista ao programa Arena Sportv, o dirigente atleticano comentou sobre as broncas e as mudanças do técnico alvinegro, e avaliou a responsabilidade na vitória do Galo.
– Eu não acho que nem banco nem bronca é o que resolve. O futebol tem que tentar seguir uma receita para evitar o desastre. Eu acho que o Atlético-MG está se comprometendo, entendendo que nós não podemos ficar mal com o que gastamos, com o elenco que nós temos, com a comissão técnica que nós temos.
O dirigente reafirmou a confiança em Luxemburgo e no elenco atleticano, que para o presidente, tem qualificação para estar em situação completamente diferente.
– O Vanderlei não contratou jogador sozinho, se ele contratou errado, eu errei com ele. Nós não contratamos jogador em fim de carreira, nós contratamos jogador de ponta. O Diego Souza foi escolhido o craque do (Campeonato) Brasileiro do ano passado. Mas é claro que a gente está preocupado.
Na última semana, o presidente foi questionado sobre a permanência do treinador. Nesta quinta, além de se mostrar ao lado de Luxemburgo, Kalil disse considerar que esse troca-troca no comando dos times pouco resolve. Para ele, o trabalho está sendo feito e os resultados vão aparecer.
– Eu confio no trabalho do Vanderlei, porque sou um cara que acompanha o Atlético-MG. Eu gosto de futebol e a gente vê. Eu nasci no futebol, meu pai foi presidente. Então a gente vê quando o cara está trabalhando. O Vanderlei gosta de trabalhar.
Assédio a Luxemburgo
… Kalil, comentou novamente sobre as investidas de outros clubes para tirar o treinador Vanderlei Luxemburgo do Galo. Entretanto, o dirigente tentou por fim às discussões e disse achar a atitude dos adversários normal dentro do futebol.
Kalil afirmou que Flamengo, São Paulo, e um time da Arábia Saudita, tiveram interesse na contratação do treinador. Porém, o técnico atleticano nunca teria tido interesse em deixar Minas Gerais. Para o presidente, a saída dele no momento ruim da equipe mineira seria uma ‘sacanagem’ com o Galo.
– Tentaram. O Flamengo tentou. O São Paulo tentou. Teve um time da Arábia, se não me engano. O Vanderlei virou pra mim na primeira vez que chegou uma proposta da Arábia e falou: ‘Vou te pedir uma coisa. Não toque no assunto de alguém me tirar do Atlético-MG. Eu só saio daqui quando terminar meu contrato. Eu posso até não renovar, mas não saio antes. Ele já me confessou publicamente que nunca trabalhou em um time tão organizado, disse o dirigente em entrevista ao Arena Sportv.
Kalil disse não ter visto problema na atitude do São Paulo. Reafirmou sua amizade com o dirigente paulista, Juvenal Juvêncio, e brincou dizendo que se tiver interesse em alguém do São Paulo, fará o mesmo.
– Eu fiquei sabendo primeiro pela imprensa. Depois o Maluf (diretor de futebol) me contou. E depois fui atrás do Vanderlei. Mas não tem nada demais. Qual o problema? Porque ele não quis sair do Atlético-MG? Não tem nada que o São Paulo vá oferecer que o Atlético-MG não possa oferecer.
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* http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2010/09/kalil-afirma-que-clubes-assediaram-luxa-mas-acha-atitude-normal.html