Ao contrário da maioria, sou desses comentaristas que perde jogo e mexe errado nos times que vejo atuar.
Foi no sufoco, mas a missão da dupla mineira que jogou hoje foi cumprida.
Às 16h10 o América bateu o Paraná pelo placar mínimo, num drama danado para segurar dos 29 do primeiro tempo até o fim do jogo.
Continua fora das quatro primeiras posições, com três pontos atrás, mas deu um passo importante em busca da vaga.
Às 18h30 o Galo passou aperto, apesar do marcador de 3 x 1 no Guarani. Fez um primeiro tempo com muitas falhas da defesa, erros de passe no meio e um ataque inoperante, que tinha apenas a garra do Neto Berola.
Cáceres anda irreconhecível e Lima também foi mal, principalmente no primeiro tempo, quando não sabia se era lateral esquerdo, zagueiro ou volante.
Werley foi o melhor da zaga e fez uma boa partida.
O estreante lateral direito Rafael Cruz foi outro que teve muito boa atuação. Fez o cruzamento do primeiro gol do Tardelli.
Ricardinho dessa vez fez valer a experiência e realizou um dos melhores jogos desde que chegou ao Atlético. Arrumou o lado esquerdo da defesa que vinha sendo o ponto vulnerável do time, por onde o Guarani quase abriu o marcador por duas vezes.
Alguma coisa tinha que ser feita no intervalo para melhorar o time, e se eu estivesse comentando o jogo pelo rádio ou TV, seria chamado de burro pela torcida, pois recomendaria a saída de Diego Tardelli, que repetia atuação ruim.
Só que Vanderlei Luxemburgo não pensou assim: escalou Obina no lugar do Neto Berola e o time mudou completamente, para melhor.
Tardelli passou a jogar como gosta, saindo pelos lados e Obina estava inspirado.
Com duas vitórias consecutivas, o astral tende a melhorar no Galo, apesar da corda no pescoço continuar: 17ª colocação com 13 pontos, um a menos que Vitória e Atlético-PR, que são os últimos antes da zona do rebaixamento.
O Ipatinga continua em seu calvário com a goleada de 5 x 0 para o Figueirense ontem e com incontáveis problemas fora de campo.