A presença e marcas culturais holandesas na região de Porth Elizabeth é muito grande em função do período colonial, quando eles ocuparam durante tantos anos a África do Sul. Também por causa disso e da boa campanha da seleção deles na Copa, o Brasil jogou como se estivesse atuando na casa do adversário.
A guerra verbal entre grandes nomes atuais e do passado, com destaque para Johan Cruyiff e Dunga, apimentaram os ânimos. Dentro de campo as jogadas duras e caras feias refletiram isso. Só que Robben e Sneijder cia., conduzidos pela frieza do gigante Van Bommel souberam tirar melhor proveito.
Parecia que a Holanda era a Argentina em campo, pela paciência em saber esperar para empatar e virar o jogo e depois, catimbar e garantir o resultado.
Quando um Robinho e um Kaká deixam de jogar o que sabem para bater boca com os adversários é porque há algo errado. Antes da Copa começar houve apostas em torno do Felipe Melo e seu destempero: em qual jogo ele seria expulso? E não haveria momento pior que neste jogo. Acabou de desmoronar a defesa brasileira, chamada de “melhor defesa do mundo”, que falhou infantilmente nos dois gols que mandou a seleção de volta para casa.
Detalhes à parte, a Holanda foi o primeiro adversário realmente de peso que a seleção brasileira enfrentou, e o resultado foi justo.
Culpar o Dunga agora é normal porque ele foi o estrategista e convocador, porém, Copa do Mundo é isso mesmo, onde qualquer falha pode ser fatal. O time dele era o que menos errava até agora, mas não tinha sido testado por um adversário da prateleira de cima.
E quem sabe chegou a vez da Holanda?