Na época de Copa do Mundo a imprensa vai atrás de todo jogador que já disputou uma edição. Mostra seus feitos, colhe sua opinião, compara isso e a aquilo. Nos estádios tenho visto e revisto os gols espetaculares do Nelinho e Éder nas Copas de 1978 e 1982.
Prestigio
Dentro do avião que me trouxe até aqui fiquei impressionado com o prestígio daquele senhor bem idoso, que entrava com alguma dificuldade no Air Bus. Daí a pouco me emocionei ao tomar conhecimento que era o Gigghia, o carrasco brasileiro na Copa de 1950, que marcou o gol da vitória do Uruguai. Emoção ao lembrar-me das histórias que meu pai me contava desse jogo e desse Gigghia. Lá se foram 60 anos, mas o prestígio da fera continua intacto.
Só a bola
Tenho me encontrado com o Tostão nos estádios. Uma figura querida por todos, não só pelo que jogou, mas principalmente pela figura simpática que é. E tive a honra de ser colega de trabalho dele Band! Eu, saído do “Campo de Algodão”, a minha inesquecível Estação Experimental, da Embrapa, onde o meu saudosíssimo pai, Vicente, era almoxarife. Compartilhando espaço profissional com um Tostão, que o mundo do futebol sempre vai reverenciar, por causa da Copa de 1970, no México!
Eles também
Mas os astros também têm seus ídolos e emoções. Em 1994 eu estava no café do estádio Silverdome, em Detroit, ao lado do Tostão, quando um senhor bem idoso se aproximou, pediu licença e perguntou se ele era o Eduardo Gonçalves de Andrade, o “Tostao”, assim mesmo, sem o acento. Diante da afirmativa, o senhor prosseguiu: “permita-me apertar a mão de um dos maiores craques que já vi jogar”.
Tímido como sempre, Tostão agradeceu e perguntou o nome dele e de onde era. O homem respondeu: “Alfredo, nascido na Argentina, mas vivo na Espanha há muitos anos, e me chamam pelo sobrenome, Di Stéfano”.
Destino
Aí foi a vez do Tostão manifestar o seu prazer em conhecer pessoalmente outro gênio da história do futebol. Mas que o destino não quis que conquistasse uma Copa do Mundo. Disputou só a de 1962, pela Espanha.
Fim de semana
Em Johanesburgo como em Belo Horizonte, sábado de pouco movimento, mas de comércio intenso, principalmente nos Shoppings e jogos de ruby. Domingo de calma total, futebol e muita gente praticando esportes nas ruas, praças, campos e quadras espalhados por toda a cidade, muito, mas muito mais que em nossa Capital, lamentavelmente.
Nos sinais dos cruzamentos de avenidas mais movimentadas, jornaleiros vendem jornais, como em BH.
Este da foto feita pelo Eugênio Sávio é o Luckyn, que vende em média 30 exemplares do The Star.
Só pro jogo
A brasileirada que veio torcer pela seleção fica passeando por cidades famosas, como Cape Town e os belíssimos safaris. Só vem para Johanesburgo na véspera da partida, e no dia seguinte sai à procura de outros passeios.