Blog do Chico Maia

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O Estádio Soccer City por dentro I

O estádio Soccer City é bonito por fora e pór dentro. Veja algumas imagens que fiz, com ele ainda vazio

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A maioria das janelas tem vidro, outras são abertas para a ventilação

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A sinalização indicativa de bares, banheiros e assentos não deixa o torcedor perdido

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Essas rampas de acesso, em torno de toda área anterior às tribunas, camarotes e arquibancadaso têm a largura de uma rua, e carros oficiais trafegam com o mercadorias para abastecer os bares

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Belo Horizonte na praia do Oceano Atlântico, segundo a Folha de S. Paulo

Não há quem não erre!

Do mais desconnhecido ao mais famoso veículo de comunicação, não há quem não cometa erros, pequenos e graves. Nenhum profissional ou empresa está livre de um dia dar uma mancada monstro.

Por isso sempre digo que nunca fiquei e jamais ficarei constrangido em pedir desculpas por um erro de informação ou opinião fora de contexto.

Há tempos estou para mostrar essa aos senhores, mas só agora recebi a foto escaneada. É da Folha de S. Paulo, que no dia 14 de abril “arrumou” praia, com mar o tudo para a Capital de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Não sei se os capixabas gostaram, mas nós, mineiros, que sempre invadimos as praias deles, agora estamos até no mapa, com praia e tudo.

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Gol: parto difícil nessa Copa

O Paraguai venceu a Eslováquia agora há pouco por 2 x 0, mas gols têm sido produtos difíceis nessa Copa da Áfrrica do Sul. Duke ilustrou isso muito bem hoje no Super Notícia:

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A Copa na história de alguém

LUCKYN

Na época de Copa do Mundo a imprensa vai atrás de todo jogador que já disputou uma edição. Mostra seus feitos, colhe sua opinião, compara isso e a aquilo. Nos estádios tenho visto e revisto os gols espetaculares do Nelinho e Éder nas Copas de 1978 e 1982.

 

Prestigio

 

Dentro do avião que me trouxe até aqui fiquei impressionado com o prestígio daquele senhor bem idoso, que entrava com alguma dificuldade no Air Bus. Daí a pouco me emocionei ao tomar conhecimento que era o Gigghia, o carrasco brasileiro na Copa de 1950, que marcou o gol da vitória do Uruguai. Emoção ao lembrar-me das histórias que meu pai me contava desse jogo e desse Gigghia. Lá se foram 60 anos, mas o prestígio da fera continua intacto.

 

Só a bola

 

Tenho me encontrado com o Tostão nos estádios. Uma figura querida por todos, não só pelo que jogou, mas principalmente pela figura simpática que é. E tive a honra de ser colega de trabalho dele Band! Eu, saído do “Campo de Algodão”, a minha inesquecível Estação Experimental, da Embrapa, onde o meu saudosíssimo pai, Vicente, era almoxarife. Compartilhando espaço profissional com um Tostão, que o mundo do futebol sempre vai reverenciar, por causa da Copa de 1970, no México!

 

Eles também

 

Mas os astros também têm seus ídolos e emoções. Em 1994 eu estava no café do estádio Silverdome, em Detroit, ao lado do Tostão, quando um senhor bem idoso se aproximou, pediu licença e perguntou se ele era o Eduardo Gonçalves de Andrade, o “Tostao”, assim mesmo, sem o acento. Diante da afirmativa, o senhor prosseguiu: “permita-me apertar a mão de um dos maiores craques que já vi jogar”.

Tímido como sempre, Tostão agradeceu e perguntou o nome dele e de onde era. O homem respondeu: “Alfredo, nascido na Argentina, mas vivo na Espanha há muitos anos, e me chamam pelo sobrenome, Di Stéfano”.

 

Destino

 

Aí foi a vez do Tostão manifestar o seu prazer em conhecer pessoalmente outro gênio da história do futebol. Mas que o destino não quis que conquistasse uma Copa do Mundo. Disputou só a de 1962, pela Espanha.

 

Fim de semana

 

Em Johanesburgo como em Belo Horizonte, sábado de pouco movimento, mas de comércio intenso, principalmente nos Shoppings e jogos de ruby. Domingo de calma total, futebol e muita gente praticando esportes nas ruas, praças, campos e quadras espalhados por toda a cidade, muito, mas muito mais que em nossa Capital, lamentavelmente.

Nos sinais dos cruzamentos de avenidas mais movimentadas, jornaleiros vendem jornais, como em BH.

Este da foto feita pelo Eugênio Sávio é o Luckyn, que vende em média 30 exemplares do The Star.

 

Só pro jogo

 

A brasileirada que veio torcer pela seleção fica passeando por cidades famosas, como Cape Town e os belíssimos safaris. Só vem para Johanesburgo na véspera da partida, e no dia seguinte sai à procura de outros passeios.


Todas no mesmo balaio!

* O Brasil entra em campo contra a Costa do Marfim da mesma forma que as demais favoritas jogaram até agora: passando aperto em determinados momentos, dominando em outros e tendo de correr muito.

Nenhuma seleção mostrou nada demais até agora. Nem Argentina e Holanda que venceram as suas duas primeiras partidas.

 

Só nas oitavas

 

A partir da próxima fase é que os jogos ficarão realmente bons de se assistir, já que obrigatoriamente uma seleção terá de sair vencedora; no tempo normal, na prorrogação ou nos pênaltis.

Como dizia o Garrincha,  “um torneio mixuruca”, mas que vale dinheiro e prestígio demais, para o resto da vida dos que se destacam de algum jeito.

* Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã no Super Notícia, nas bancas!


Não se justifica

FOTÓGRAFOS

Dunga exagerou nas medidas restritivas à imprensa e a Fifa o colocou no devido lugar. Determinou à CBF que acabasse com essa história de treinos fechados à mídia, e que ela respeite as normas, que são cumpridas por todas as seleções que disputam a Copa.

O treinador então abriu o treino de sexta-feira durante os 20 minutos mínimos exigidos pela entidade maior do futebol mundial. Não fosse pela sua literal ignorância no trato com os jornalistas, até daria alguma razão ao Dunga. É gente demais falando e perguntando as mesmas coisas aos jogadores, que passam a repetir feito papagaios as mesmas respostas e impressões sobre isso ou aquilo.

Mas tudo poderia ser resolvido com civilidade e bom senso, pois o treinador da seleção não está lidando com nenhum idiota.

Luiz Felipe Scolari impunha suas restrições, mas sempre respeitou e foi respeitado pela imprensa. Tinha a exata noção de onde começa e onde termina o direito de cada um. Dunga é ignorante na forma e no conteúdo no relacionamento com a mídia. Fala pelos cotovelos, erra dados históricos e geográficos, no tempo e no espaço, e se acha um letrado.

Na plateia de uma entrevista de qualquer jogador, dirigente ou treinador da seleção brasileira numa Copa do Mundo, há pessoas como um Tostão, Luiz Fernando Veríssimo e até um professor Pasquale Cipro Neto, como é o caso aqui na África do Sul. Ou seja: gente letrada em futebol, literatura e até português, que por mais famosa e respeitada que seja pelo notório conhecimento, mantém a humildade, discrição e respeito a quem se dirige a eles.

Respeitam até um Dunga com suas tiradas de almanaque! 

Sintomaticamente o Comitê Organizador e a Fifa cancelaram a permissão que tinham dado à CBF para que a seleção fizesse um treino de reconhecimento hoje no estádio Soccer City. E ainda determinou que o ritual de todo treinador cuja equipe jogue lá no dia seguinte, fosse cumprido. Dessa forma, Dunga foi obrigado a sair do local alternativo do treino da seleção para dar a entrevista coletiva obrigatória de véspera de jogo à imprensa.

 

Forte

 

A imprensa da África do Sul é muito forte e segue a linha britânica, em termos visuais e editoriais. Tem até um Daily Sun, tablóide, quase idêntico ao inspirador The Sun, londrino, que bota lenha em todas as fogueiras, e vende muito, ao preço de 2 rands, o equivalente a  R$0,50.

A maioria é no formato standard à moda antiga, bem maior que os nossos da mesma referência, até difíceis de segurar para uma leitura cômoda. Custam, de 4 a 8 rands.

 

As rádios e TVs da África do Sul têm programação para todos os gostos, nos mais diversos idiomas. Três rádios transmitem ao vivo os jogos da Copa: uma em inglês e duas em uma das 11 línguas deles. Nas TVs, convidados ilustres, entre ex e atuais treinadores e jogadores. A maioria africana ou de origem. O mais famoso é o Edgar Davids, nascido no Suriname, que fez fama no Ajax, seleção da Holanda e clubes da Itália e Tottenham Hotspur, da Inglaterra. 

Como sempre, o sistema Globo foi quem mais enviou profissionais à Copa, entre jornalistas, técnicos e coordenadores. São tantos, com canetas e microfones à mão, que rola até uma piada: estão com dificuldades em descobrir assuntos para as pautas, e um atravessa o samba do outro.

Dessa vez os globais não têm nenhum privilégio com o técnico da seleção. Alguns colegas até aplaudem o Dunga nisso. Para mim, demonstração ridícula de poder.


Futebol cada vez mais perigoso I

As notícias de violência, ameaças e todo tipo de ignorância no futebol surgem do mundo todo. Uma pena porque a cada dia muita gente vai desanimando do esporte mais popular do planeta por causa dessas imbecilidades.

Notícia do site do canal ESPN:

 

* Torcedor invade vestiário e seleção inglesa reclama com a Fifa

Do site do ESPN.com.br

Nesta sexta-feira, além das vaias ao fim do jogo, um episódio extra campo piorou ainda mais os ânimos no English Team.

Após o empate sem gols com a modesta Argélia, um torcedor invadiu o vestiário para cobrar explicações dos atletas. O ídolo David Beckham que, mesmo cortado viajou junto da delegação ao continente africano, ficou irritado e solicitou prontamente a ação da segurança, que interveio.

A representação da equipe da Terra da Rainha já enviou à Fifa uma reclamação formal reivindicando uma resposta do ocorrido. Um porta-vez britânico comentou a iniciativa dos ingleses.

“Já temos registrado o incidente com a Fifa. As perguntas serão feitas sobre como ele conseguiu passar pela segurança para chegar ao vestiário. Mas ele foi levado rapidamente e, felizmente, não houve qualquer dano”, comunicou.

Com dois empates – o primeiro foi contra os Estados Unidos na estreia -, a equipe comandada pelo italiano Fabio Capello depende de si mesma para avançar. Com uma vitória sobre a líder Eslovênia na última rodada, que será realizada na próxima quarta-feira, os ingleses carimbam a vaga.


Futebol cada vez mais perigoso II

A ignorância vai tomando conta e afugentando gente do futebol.

* Do Globoesporte.com:

Jogador nigeriano expulso contra a Grécia recebe ameaças de morte

Sani Kaita vem recebendo mensagens na sua página pessoal na internet

A insanidade de levar para os campos de futebol toda as frustrações pessoais se manifestou novamente por ocasião do maior evento do esporte mundial, a Copa do Mundo. Por ser infantilmente expulso na derrota de virada para a Grécia, por 2 a 1, o jogador nigeriano Sani Kaita vem recebendo ameaças de morte na sua página pessoal em um site de relacionamentos. 

Kaita foi expulso ainda no primeiro tempo quando a Nigéria vencia a partida por 1 a 0. Com um a menos em campo, os nigerianos não conseguiram segurar a reação grega, em jogo realizado na quinta-feira.

Uma das ameaças diz que Kaita teria o mesmo destino do zagueiro colombiano Andres Escobar, que fez um gol contra na derrota para os Estados Unidos, por 2 a 1, resultado que contribuiu para a eliminação da Colômbia na primeira fase da Copa do Mundo de 1994. Escobar foi assassinado com 12 tiros quando saía de um restaurante no centro de Medellín, no dia 2 de julho de 1994, ainda com o Mundial dos EUA em andamento.


Tudo por dinheiro

Esta é a avaliação do jornalista Celso Martinelli, do jornal Sete Dias e correspondente do Hoje em Dia, na região de Sete Lagoas, sobre a opção do Cruzeiro em jogar em Ipatinga: 

“O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela, sequer visitou a Arena do Jacaré – em Sete Lagoas – e já descartou o estádio para jogos do time azul enquanto o Mineirão estiver fechado para reformas. Os motivos do veto não foram divulgados, e nem serão. Mas não precisa pensar muito para saber o porque da rejeição a Sete Lagoas, sobretudo se seguirmos a lógica capitalista da família Perrela à frente da administração do Cruzeiro: se os jogos forem em Sete Lagoas, certamente os sócios torcedores baixarão em peso no município, sobrando pouquíssimos ingressos para o torcedor comum. Em Ipatinga, a distância vai afastar o “associado”, que paga mensalmente o cartão para ter acesso garantido aos jogos. Dessa forma, Perrela fica à vontade para fixar os preços dos ingressos, sem se preocupar muito em reservar de 15 a 20 mil cadeiras para os sócios. Mas o tiro pode sair pela culatra: muita gente pode deixar de pagar a mensalidade, porque serão poucos que animarão pegar estrada para ir até o Vale do Aço e ver o Cruzeiro, um time sem reforços e que não inspira confiança há muito tempo.”


Brasileiro/norte-americano

O volante Benny, que entrou no segundo tempo contra a Eslovênia, é brasileiro, do Rio de Janeiro, torcedor fanático do Botafogo e largou o curso de engenharia para jogar profissionalmente nos Estados Unidos. Foi para lá cedo, aos 6 anos de idade, acompanhando seu pai, funcionário de uma petrolífera em Los Ângeles. Atualmente joga no futebol dinamarquês.

 

BENNYFoto: Eugênio Sávio