Blog do Chico Maia

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E lá se foi o querido Marco Antônio Falcone, maior mestre cervejeiro do Brasil

Tomando um “chá com torradas” com o Marco Antônio Falcone, no Falke Pub, na Rua Alvarenga Peixoto, 531 – Lourdes, em Belo Horizonte

O Marco estava com 60 anos de idade.

Velório e sepultamento, de 14h30 às 16h30 no Parque da Colina.

Cada um tem seu jeito de lidar com a morte. Morro um pouco a cada notícia da partida de alguém de quem gosto muito. Por mais que saibamos que a única certeza que temos na vida é que todos vamos morrer, nunca nos acostumamos com a informação de que alguém querido se foi.

Neste aspecto, o ano passado foi um dos mais duros da minha vida e quem nos lê aqui, sabe das minhas perdas irreparáveis em 2023. Hoje, às 15h27 o Ronaldo Falcone enviou mensagem informando que o irmão Marco teve uma recaída e estava muito mal na UTI. Às 18h20, outra mensagem com a pior notícia que eu poderia receber e passar neste quinto dia de 2024: o Marco se foi! Cabeça dura, não dava bola para a diabetes que lhe acometeu há uns anos.

No dia 11 de maio do ano passado, ele estava feliz demais com o lançamento da Wave, a sem álcool da Falke. Comemoramos no Falke Pub, obviamente tomando as várias opções com álcool, depois de degustarmos a Wave, pra conhecer.   

Sobre este encontro, escrevi aqui no blog: “Tenho o privilégio de ser amigo do Marco Antônio Falcone desde os tempos do Colégio Roma, em 1979. Nunca, eu, nem os companheiros de escola imaginaríamos que aquele nosso comandante das vias sacras etílicas pelos bares da região da Rua Gonçalves Dias (Funcionários) se tornaria o maior mestre cervejeiro do Brasil, um dos mais respeitados do continente.

Em 2004, o danado criou a Falke Bier, a artesanal que ganhou as prateleiras das melhores casas do ramo do país. Em 2005 tive a honra de ser nomeado por ele, relações públicas honorífico da Falke, por ser um consumidor fiel.

E o Marco fez escola: seus filhos Thiago e Max também fizeram por merecer o reconhecimento e entraram para a galeria dos grandes cervejeiros. Hoje, estão na prateleira de cima. Thiago, na Europa; Max, lançando novidades inacreditáveis por aqui, como a “Peregrinos”, por exemplo, um sucesso reconhecido por experts  e consumidores comuns, como eu…”

Ele com o filho Thiago, conceituado Mestre cervejeiro na Europa

Liderança nata, nos convencia a “matar” as aulas no Roma depois do intervalo para curtir os bares da região do Funcionários, Savassi e adjacências. Claro que quase todos nós tomamos bomba e nos enrolamos para concluir o segundo grau. Depois, cada um se virou nos estudos e nos encaminhamos bem profissionalmente.

A vida distanciou a maioria e ficamos muitos anos sem nos encontrar. Num belo dia, numa visita à redação da Secretaria de Comunicação do governo do estado, na Praça da Liberdade, ouço um berro:

__ Puta que pariu, Chico Maia! Quanto tempo! Está sabendo que o Marco Falcone está produzindo uma ótima cerveja artesanal?

Era o colega de sala no Roma, Toninho Morais, que eu não via há mais de 10 anos, mesmo tempo que eu não via o Marco. Trocamos números de telefones, combinamos de nos encontrar na semana seguinte. Porém, dali, eu atravessaria a Praça para almoçar no Minas 1. Quando chego, uma voz forte, inconfundível grita:

__ Pô, Chico Maia, e esse nosso Galo, hein!?

__ Não acredito que você é o Marco Antônio Falcone! -, respondi

Era coincidência demais reencontrá-lo ali, minutos depois de eu ter notícias dele, depois de tanto tempo em que não nos víamos. Ele estava de boné, artigo que passou a usar depois que a calvice o pegou precocemente, mas mesmo assim o reconheci.

Isso foi em 2004 e a partir daí a amizade foi retomada, como se não tivéssemos nos afastado por tanto tempo.

Uma das pessoas mais inteligentes, íntegras e agradáveis que conheci. Intransigente na defesa de suas convicções, mas de enorme bom senso para reconhecer quando estava equivocado.

Um dos pioneiros no desenvolvimento da cerveja artesanal em Minas, colaborava com todo mundo que se interessava pela área. Não enxergava ninguém do setor como concorrente e sim como colega de atividade para enfrentar as marcas gigantes, cada vez mais poderosas e dominadoras do segmento.

Algumas das marcas Falke Bier

Frequentador assíduo da Cantina do Sorriso, no São Lucas, se tornou nome de prato, como homenagem do dono da casa. Aliás, um dos mais pedidos: arroz, feijão, fritas, espaguete, ovo, salada do dia, porco, frango ou fígado.

Dentre as possibilidades e esperança de que tudo não acabe aqui, neste plano, o Falcone já já estará com o seu pai, Seu Júlio, figura fantástica, que nos deixou em 2021 e com o Toninho Morais, amigo e compadre inseparável dos tempos do Colégio Roma, que se foi prematuramente há sete anos.

Marco com os irmão Ronaldo e a irmã Juliana

Ano passado combinamos um encontro na Europa, pois estaríamos lá na mesma época. Seria no casamento do filho dele, Thiago, também Mestre cervejeiro, em Ghent, na Bélgica, onde vive o Thiago há três anos. Se, por algum motivo, não desse lá, nos encontraríamos em Paris. Acabou que ele retornou antes e não nos encontramos.

Com a companheira de todos os momentos, Mônica e o filho Max,

Na sede da Falke tem esta foto, que o Marco Falcone mandou emoldurar:

eu, com boné e camisa da cervejaria, entre Fernanda Torres e Maitê Proença, durante a Copa da Alemanha em 2006, no estádio do Borússia Dortmund, antes de Brasil x Gana, pelas oitavas de final.

Ele adorava receber amigos e o trade turístico na sede da Falke, em Ribeirão das Neves, como estes:

da esquerda para a direita, jornalista Sergio Moreira, o promotor de eventos Marcos Valério e Muraí Caetano, dono do Restaurante Xico da Kafua, um dos melhores de Minas.

À esquerda o músico Luciano Macaco, Vitor Braga (ex-goleiro do Cruzeiro), o saudoso Seu Júlio Falcone e o Marco.

Com ele e o publicitário Rômulo Aquino Righi, em um dos nossos últimos encontros, na Cantina do Sorriso, na esquina das ruas Camões com Visconde de Taunay, 263 – São Lucas

Descanse em paz, caríssimo Marco. Como diz o Milton, “qualquer dia a gente se encontra!”.


Futebol brasileiro: zorra nos bastidores e recorde de público nos estádios

O italiano Carlo Ancelotti brinca com seus comandados brasileiros no Real Madri

Minha coluna no BHAZ:

A volta do Ednaldo à presidência da CBF e a arapuca para o Dorival Jr.

O italiano Carlo Ancelotti pediu longo prazo para estudar a proposta da CBF. Manjou a barra e antes de bater o martelo, caiu o presidente Ednaldo Rodrigues por meio de uma estranha movimentação jurídica/política de bastidores. Dois dias depois de agradecer o convite, outro estranho movimento político/jurídico recolocava o Ednaldo na presidência.


“Que loucura é este país”, é o mínimo que o Ancelotti deve ter pensado. Escapou de uma fria. De novo no cargo, por uma liminar determinada pelo Ministro Gilmar Mendes, do STF, Ednaldo disse que Fernando Diniz não faz mais parte dos planos dele e que a bola da vez é o Dorival Jr., atualmente no São Paulo.
Interessante é que foi um partido político, o PC do B, que moveu a ação judicial que devolveu ao cargo ao Ednaldo. Sob a fajuta alegação de que a FIFA e a Conmebol poderiam excluir o Brasil das Olimpíadas de Paris e os clubes brasileiros da Libertadores, Sul-americana e demais competições promovidas por ela. Tá certo! O jogo do faz de conta não pode parar e o circo continua.


Por outro lado, dirigir a seleção brasileira por um jogo que seja, garante bons empregos para qualquer um que tenha essa “graça”, o resto da vida. Diniz comandou por seis: três derrotas, um empate e duas vitórias. Dorival pode até topar. Já estava descendo ladeira, foi resgatado pelo Flamengo, que o sacaneou em seguida, e deu nova volta por cima comandando o São Paulo. A seleção brasileira no curriculum seria a consagração total, mesmo sabendo que estaria entrando numa arapuca, no caso, de ouro.

Ednaldo
Por quanto tempo o Ednaldo ficará no cargo, pouco importa, para ele e para a CBF. Na posição em que chegou, ficará bem na fita de qualquer jeito, na certeza de que o sucessor, seja quem for e quando for, manterá o circo funcionando.
O torcedor, também nem aí para essas idas e vindas entre os cartolas e os milhões que eles manipulam. Prova disso é que o campeonato brasileiro de 2023 bateu todos os recordes de público, com média de 26.524 pagantes por partida, mesmo com 12 jogos com portões fechados. O recorde anterior era de 22.953 pagantes do campeonato de 1983.
Como dizia Tom Jobim, “o Brasil não é para principiantes”. O futebol é uma das provas disso!

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, acatou pedido do PCdoB e concedeu liminar, hoje, devolvendo a presidência da CBF a Egnaldo Rodrigues – Foto: portal.stf.jus.br


Cuca sofreu um dos maiores excessos e covardias da história da imprensa

Minha coluna no BHAZ

Foto: Pedro Souza/Atlético

E o Cuca, hein!? Quase acabam com a vida dele, e ninguém paga por isso!

Aprendi na Faculdade de Direito e tento aplicar no jornalismo: In dubio pro reo (na dúvida, a favor do réu). É o princípio jurídico da presunção da inocência. Na ausência ou insuficiência de provas, o acusado não pode ser condenado.


Agora, só falta quem o linchou moralmente na mídia convencional e redes sociais, ir pra justiça suíça pedir para que o caso seja reaberto. Trecho da reportagem da Folha de S. Paulo sobre o assunto hoje, diz “Assim, Cuca não foi inocentado no mérito…”. Outros ainda o acusam de não ter falado “abertamente” sobre o assunto e qual teria sido a participação dele. Como não? No dia 20 de abril, na apresentação dele como técnico do Corinthians, falou sobre tudo, deu detalhes. Inclusive a própria Folha registrou.


Foi um dos maiores excessos e covardias que já vi a imprensa cometendo contra um profissional. Agora, para não darem o braço a torcer, veem com cretinices como essa de que ele não foi “inocentado”.
Para quem não se lembra, a memória eletrônica está aí para reavivar. No dia 21 de abril do ano passado, escrevi aqui no blog:
“… A vítima não o reconheceu como um dos estupradores, em três depoimentos. Ele foi condenado por fora julgado à revelia, pois o Grêmio, seu clube da época, não se mexeu e ele não tinha cabeça nem dinheiro para tomar as providências que deveria tomar.
Isso há 36 anos. Como o assunto parecia ter morrido ele não se pronunciava sobre isso. Nem mais recentemente, quando começou ser questionado. Foi o seu grande erro, pois a desinformação geral o transformou num monstro. Afinal, foi condenado. Parece que, injustamente, mas enfrenta as consequências de não ter esclarecido e nem se defendido juridicamente, já que a condenação existiu.


Grande parte da coletiva de apresentação dele pelo Corinthians, hoje à tarde, foi sobre isso:
“Eu não sou do mal; eu não sou bandido; não sou culpado de nada. Sou inocente. Tenho minha consciência tranquila, durmo tranquilo. Eu sou uma pessoa decente, acima de tudo. Minha bandeira sempre foi a correção”

“Subiu uma menina para o quarto em que eu estava com mais três jogadores. Eram duas camas de casal. Essa foi minha participação. Sou totalmente inocente; tenho uma lembrança muito vaga, porque faz muito tempo. O quarto era em formato de L; você não sabe, você não vê”.

“O mais importante não é a palavra da vítima? Ela falou: ‘Eu não o conheço, não vi, não estava’. Foram três vezes. A palavra da mulher era que o Cuca não estava lá. Como posso ser condenado? Pelo quê?”

Segundo a Folha de S. Paulo, Cucaa foi “… liberado ao fim da fase de instrução no processo… voltou ao Brasil. No julgamento, teve sentença de 15 meses de prisão e pagamento de US$ 8.000, mesma pena aplicada a Henrique e Eduardo. Fernando foi considerado cúmplice e condenado a três meses de prisão, com multa de US$ 4.000… não foi à Suíça para se defender nem para cumprir a pena estipulada…”

“Eu era um quebrado, tinha 23 anos, não tinha dinheiro para pegar o voo. Fiquei sabendo que fui condenado, coisa de um ano depois. Se eu pudesse voltar ao passado, iria lá. Pronto. Já estou absolvido”

“Por que devo desculpa para a sociedade se eu não fiz nada? A vida passou quase 37 anos. Joguei aqui do lado, treinei vários times, nunca fui questionado. Nos últimos dois anos, a coisa mudou. O mundo mudou, de um jeito melhor, a mulher tem uma defesa muito maior, e sou parte disso, quero isso. Sou pai, sou marido, sou filho. Quero que as mulheres estejam cada vez mais protegidas.”

Ele reconhece que cometeu dois erros: não ter se defendido no processo e não ter falado mais sobre o assunto antes. Sobre o Corinthians, que vai dirigir pela primeira vez, disse:
“Estou energizado. Vou fazer um bom trabalho aqui. Tenho certeza e convicção de que vou fazer um bom trabalho aqui. Hoje, pode ter protesto, e eu vou passar por cima de tudo. Se tiver protesto, vou saber como passar por cima, mas de consciência tranquila. Isso é a maior coisa que um homem pode ter: saúde e paz. Você tendo isso, você dorme tranquilo. Eu durmo tranquilo, graças a Deus.”

Na apresentação no Corinthians ano passado. Linchado moralmente, Cuca jogou a toalha seis dias depois. Foto: @Corinthians/Rodrigo Coca


Parabéns Lola, fundamental na conquista do Brasileiro 1971 do Atlético

Minha coluna no BHAZ – Poster que até hoje é vendido em bancas de Belo Horizonte. O Atlético que representou a seleção brasileira em amistoso no Mineirão contra a Iugoslávia em 1968, com vitória de 3 a 2. A partir da esquerda: Vander, Grapete, Vanderlei, Mussula, Normandes e Décio Teixeira; Ronaldo, Amaury, Vaguinho, Lola e Tião

Não tive o privilégio de vê-lo em ação na plenitude nem de entrevistá-lo, mas os mais velhos contam que era genial, com e sem a bola nos pés. Meia-atacante habilidoso, irreverente, e carismático, segundo Roberto Abras, que já cobria o Atlético naqueles tempos. Tão gente que levava até o Telê Santana no bico, que contou com ele sempre, na caminhada ao título de 1971.

Em 2011 ele esteve em Belo Horizonte para lançar o livro autobiográfico “Lola ainda é o meu nome”, de autoria da esposa, Cristina Corrêa. Foto: TV Galo


Na pia batismal, Raimundo José Corrêa, nascido em Iguatama, distante 235 Km de Belo Horizonte, em dois de janeiro de 1950. Começou no Galo em 1967, onde ficou até 1973. Eu era criança e lá no interior ouvia os comentaristas das rádios Guarani, Inconfidência e Itatiaia dizerem antes de partidas decisivas: “se Lôla jogar, o Atlético tem mais chances, pois além de decisivo ele chama o jogo pra ele…”.

No dia do lançamento do livro recebeu homenagem do Atlético, das mãos da diretora executiva do Galo, Adriana Branco e do diretor de futebol, Eduardo Maluf


Depois do Galo, jogou no Guarani de Campinas, América do México, Tigres de Monterrey, Ponte Preta, Sport de Recife, Grêmio Maringá/PR, Botafogo de Ribeirão Preto, Inter de Limeira e Corinthians de Presidente Prudente/SP.
Mora em Ribeirão Preto, onde é professor universitário, com a família.

Time campeão de 1971: Renato, Humberto Monteiro, Grapete, Vanderlei, Vantuir, Oldair e Telê Santana; Ronaldo, Humberto Ramos, Dadá Maravilha, Lola e Tião. Foto: Centro Atleticano de Memória


Parabéns à minha mãe, Terezinha e ao Cruzeiro, pelo aniversário hoje!

Imagem: divulgação/CEC

D. Terezinha nasceu no mesmo dia do Cruzeiro, em Silva Xavier/Sete Lagoas, mas nove anos depois.

Nesta foto, ela com o Paulinho Pedra Azul, grande artista, grande amigo da família. Eterna gratidão a ela, que felizmente está ótima de saúde e em plenas atividades.

A Raposa comemora 103 anos. Um dos grandes orgulhos de Minas e do Brasil, uma história riquíssima, torcida gigante, parabéns ao clube das cinco estrelas na camisa e incontáveis nos gramados, que o tornaram um dos maiores das Américas e do mundo.

Fundado pela colônia italiana da construção de Belo Horizonte, passou por muitos perrengues ao longo das décadas e superou a todos, como nos últimos anos. Se teve na direção alguns oportunistas que ficaram ricos à suas custas, em compensação teve gênios, de visão futurística que lhe deram estatura física e futebolística para inseri-lo no mapa múndi do futebol. E cito o maior deles, Felício Brandi, que tive o prazer e honra de entrevistar.

Para quem não conhece a história completa do Cruzeiro, sugiro a obra fantástica do saudoso jornalista Plínio Barreto, “De Palestra a Cruzeiro”, livro lançado em 2000 e relançado em 2022, atualizado como “Edição Centenário”, quando o clube comemorou 100 anos de fundação. Trabalho conjunto com o filho do Plínio, Luiz Otávio Trópia Barreto.

Foto: divulgação/BHAZ

Disponível nas livrarias virtuais e possivelmente também em lojas físicas de Belo Horizonte, já que essa era a promessa da diretoria quando do relançamento em 2022.

Parabéns extensivo a cruzeirenses espalhados pelo mundo, razão da existência da instituição!

Também indico a leitura do blog do Sérgio Murilo Rodrigues Lopes, que faz uma bela homenagem contando pedaço importantíssimo da história azul.

“Parabéns pelos 103 anos. “Cruzeiro, Cruzeiro querido. Tão combatido, jamais vencido”. Leia a matéria: https://blogdosletradosdesalienados.blogspot.com/2024/01/103-anos-de-conquistas-triunfos-e.html?m=1


Parabéns a Rivelino, 78 anos hoje. Em 1986 ele “perdeu” a cabeça no México

Ele era “esquentado” dentro de campo, mas fora, educadíssimo e muito solícito. Perdeu a cabeça no dia da abertura da Copa do México apenas nessa foto, quando era entrevistado por mim, no Estádio Azteca, onde ele brilhou na Copa do Mundo de 1970, ajudando o Brasil a conquistar o tricampeonato mundial.


A história da foto é simples: na maior boa vontade o saudoso comentarista Alair Rodrigues pegou a minha máquina fotográfica para registrar este momento importante para mim, em minha primeira cobertura de Copa do Mundo, pela Rádio Inconfidência. Só que ele não era bom de “mira” e simplesmente cortou a cabeça do Riva. Como naqueles tempos o resultado das fotos só era conferido tempos depois, quando o filme era revelado, tivemos essa surpresa, da “mutilação” do grande ex-craque.
Ídolo no Corinthians (1965 a 1974), depois no Fluminense, três Copas do Mundo, Roberto Rivelino, é paulista, da capital, nascido em 1º de janeiro de 1946.


Apesar de todo o prestígio como um maiores jogadores da história do nosso futebol, sempre foi de uma simplicidade impressionante no trato com a imprensa e com as pessoas em geral. Fora de campo, frise-se, já que, dentro, tinha pavio curto. Entrou para a história a perseguição que ele sofreu no Maracanã, do lateral esquerdo Ramirez, depois de um Brasil 2 x 1 Uruguai pela Copa Atlântico, em 1976.


O uruguaio esperou o árbitro apitar o fim da partida para tentar dar o troco de um soco que levou do Riva durante os 90 minutos. Não conseguiu. Apanhou de quase todo o time brasileiro, mas o tombo que o Rivelino levou durante a fuga também entrou para a história. O perfil
@CuriosidadesBRL lembrou o lance hoje:

Rivelino era também o maior ídolo e inspiração de Diego Maradona que falou isso em várias entrevistas durante a sua vida. Como nessa ao Luciano Júnior, na TV Bandeirantes em 1993:

Durante a Copa de 2014, a rede de televisão argentina Telesur, promoveu encontro entre eles no programa ”De Zurda” (De Canhota), apresentado por Maradona

Foto/Divulgação

Chegando ao Estádio Azteca para a abertura da Copa de 1986, Alair Rodrigues, o autor da foto (esq.), eu, o ex-árbitro e comentarista José Alberto Teixeira e o locutor Vilibaldo Alves

Infelizmente o Alair se foi em maio de 2012, o José Alberto em outubro de 2021 e o Vilibaldo em junho de 1994


Obrigado por 2023 e um ótimo 2024!

Com essas belas imagens da Serra da Ferrugem em Conceição do Mato Dentro, registradas pelo João Bosco Costa Lima, agradeço a vocês pela companhia e participação aqui no blog e redes sociais.

Que tenham um excelente ano novo, com muita saúde e que no último dia de 2024 estejamos aqui novamente desejando o melhor que a vida pode oferecer a todos nós.

Grande abraço!


Se Hulk e Paulinho formam uma dupla mortal, com Scarpa vai ser difícil parar o Galo

Minha coluna no BHAZ

Gustavo Henrique Furtado Scarpa, nasceu em Campinas/SP, em 5 de janeiro de 1994, mas foi revelado pelo Fluminense (Foto: César Greco/Palmeiras)

Demorou, mas deu certo. Gustavo Scarpa vai acrescentar muito ao Galo

Jogador cobiçado dá trabalho mesmo para se contratar. Ainda mais quando clubes mais endinheirados, como o Flamengo, entram na parada. O diretor Rodrigo Caetano foi hábil e venceu essa parada, que deverá gerar um ganho muito grande às armações de jogadas e gols do Atlético em 2024. Não só gols do Scarpa, que chuta forte, inclusive de longe e ótimo cobrador de faltas. Se Hulk e Paulinho formam uma dupla mortal, agora o Galo tem tudo para ter um trio infernal para as defesas adversárias.

Nas mãos do Felipão saber a melhor formação para que as coisas funcionem do jeito que a torcida espera. Scarpa tem 29 anos, não se deu bem na Inglaterra e Grécia por uma série de motivos, mas nada que o impeça de ter um recomeço marcante no Atlético, onde terá as melhores condições de trabalho possíveis e um dos melhores grupos do futebol brasileiro.

No twitter oficial do Atlético ele deixou mensagem otimista para a torcida:

https://twitter.com/i/status/1740148805213778159

Para refletir: o futebol, fanatismo, extremismos e irracionalidade

Bola do jogo que confirmou o título do Palmeiras, contra o Cruzeiro, no Mineirão, fotografada pelo nosso conterrâneo de Sete Lagoas, Atila Kassius, a quem agradeço

Minha coluna no BHAZ

O Atlético de Madri produziu um vídeo de felicitações de Natal e Ano Novo que está bombando nas redes. Vale demais a pena assistir. Enche a bola do argentino Dom Alfred Di Stefano, o grande e eterno ídolo do maior rival, o Real Madri. O link está no fim deste texto e você vai entender o espírito da coisa.
Sem campeonato rolando no Brasil, fico zapeando programas de rádio e TV, lendo comentários e bate bocas em redes sociais e blogs, inclusive no meu chicomaia.com.br. Observo que o fanatismo por um clube ou outro continua país afora e o extremismo até aumenta. Agressões verbais, palavras de baixo calão e frases desconexas que desaguam na irracionalidade.


Fim de ano a bola para, as pessoas ficam mais sensíveis e a gente aproveita para filosofar e sonhar, mesmo sabendo que na maioria absoluta das vezes é pregar no deserto. Disse o técnico italiano Arrigo Sachi, nos anos 1980, que “o futebol é a coisa mais importante das coisas sem importância”. Vice-campeão da Copa do Mundo de 1994, grandes trabalhos em vários clubes, especialmente o Milan, considerado pela imprensa esportiva mundial um dos melhores da história do futebol, está com 77 anos de idade e vive sendo homenageado e citado mundo afora. Não só pelas inovações e variações táticas implantadas em seus times, mas também por suas posições fora do campo. É um humanista e continua se indignando com a violência e outros absurdos que ocorrem no mundo da bola.


Aqui no blog, um convite à razão, do cruzeirense Marlon Brant, muito interessante:
“Chico, bom dia, Feliz Natal a todos !!! Torcedor cego e inocente é assim mesmo, de ambos os lados todos vão fazendo suas idiotices e besteiras em nome de uma fanatismo. Torcer por um time não significa que vou pagar 250,00 em ingresso, compra camisa de 400,00, ser sócio torcedor pagando mais de 300,00 ou brigar com alguém ou perder amizades e não receber nada em troca. Torcer é gostar daquela instituição e quer o bem dela, mas ai partir para gastanças sem necessidades e atitude insanas jamais. Certa fez, estava na casa de um ex-jogador que atuou em ambos os times de MG e neste dia aconteceu aquela confusão em frente ao Marista Hall, onde um torcedor veio a óbito no confronto entre as torcidas. Ele vira para seus convidados, do lado da churrasqueira e diz: Se as torcidas soubessem que todos nós somos amigos (jogadores) e as duas coisas que nos interessam é ganhar os campeonatos e receber em dia, as torcida parariam de se matar. Deste então, penso da mesma forma, torço, quero que ganhe, mas sem loucura. Mas sempre vai existir um psicopata de ambos os lados para passar mico e ser ridicularizado”


E a vida segue! Acima do Atlético estão os valores do Atlético. Assim como, acima do futebol deveriam estar os valores da humanidade


Começou a temporada de pagamento de promessas de cruzeirenses

Fim de ano, a bola para, veem as confraternizações e muita gente aproveita para pagar promessas. Como essa, de hoje, mostrado pelo Zap News, da cidade de Oliveira:
“Pagando promessa: “Se o Cruzeiro não cair para série B eu levo uma cruz do trevo de Oliveira até a gruta”… Essa foi a promessa feita pelo cruzeirense Expedito Donizete, que está sendo cumprida na manhã deste sábado (23). Mesmo debaixo de chuva e acompanhado de familiares e amigos, ele seguiu firme pela rodovia carregando uma cruz de 20 quilos e torcendo para que no ano que vem a Raposa só dê alegrias. Seguidores encontraram Dito pelo caminho, e encaminharam vídeos mostrando a peregrinação.”