Blog do Chico Maia

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Explicações de quem conhece bem o América

Recebi e-mail de um americano que acompanha bem de perto o clube e o time: Márcio Amorim, assíduo nos estádios e muito bem informado. Publico na íntegra as observações dele, sempre sensatas, e o momento exige.

“Caro Chico!
Eis-me aqui, como sempre em momentos delicados. Lembra-se do que lhe disse a respeito de Fábio Júnior e do Joãozinho? Quanta ruindade! É a nata dos pernas-de-pau! Queria, de coração, ter “queimado a língua”. Ontem o Fábio Júnior (artilheiro – sem gols – para a Globo) foi o melhor em campo no primeiro tempo – para os comentaristas da Globo, claro. Sabe o que ele fez? Bancou o zagueiro adversário em três oportunidades e sofreu um pênalti. Só. O Joãozinho? Tropeçou (de coxa, segundo ele mesmo), na bola que entrou no gol. Mais? Nada. Onde está o time que o Givanildo deixou pronto? O senhor técnico destruiu. Tira o Luciano, não põe o Euller, tira o Irênio ( também fazer lançamentos para quem? Para os dois cidadãos citados acima?), põe lateral como cabeça-de-área – não lhe disse que era um retranqueiro?
Hoje, o América é o oitavo com duas derrotas para times do interior ( com todo o respeito ao Ipatinga, que não é mais pequeno ) em pleno Mineirão. Está a oito pontos do primeiro colocado e a dois pontos do Módulo II. Quero lhe dizer que o mais próximo, o mais provável, o mais viável, a continuar com esse cidadão no comando, é jogar em campos de terra novamente. Confio em que o Salum – e somente ele é capaz – devolva este técnico(?) para a sua insignificância. Ter sido campeão da Copa do Brasil com o Cruzeiro? Até eu seria! Que saudades do Givanildo, que consegue milagres com times do segundo e terceiro escalões!
Lembra-se também do que lhe disse que o América é dos três o que menos recebe da tv, o que joga em dias mais absurdos, para agradar a tv (sexta-feira antes do Carnaval e Quarta-feira de Cinzas, às 10 na madrugada) e, finalmente, o que mais tem jogos transmitidos e sem público? (Atlético X Cruzeiro, no sábado, a tv ganha com PPV, os times ganham com estádio cheio e ainda a maior cota). Ou eles são espertos demais ou os dirigentes do Coelhão são trouxas de sobra! Acorda, América! Eu, como tantos americanos, embora poucos, não agüento mais uma dose de Módulo II. Assisti a quatro jogos do meu Pompéia F. C. na Copa Itatiaia. Os campos são bem melhores e os times também. Comemorar campeonatos capengas como a Série C e Módulo II? Realmente não foi feito para o América nem para os americanos. Chega! Salum, confiamos em você! Faça logo o que tem de ser feito! Você sabe o que é!”


Mauro Fernandes pode ser anunciado pelo América

Mauro Fernandes é bom treinador, e foi o grande responsável pela montagem do Atlético Goianiense que subiu para a Série A nacional deste ano. Foi dispensado na reta final por causa de um destempero do manda chuva do clube goiano. Pode ser anunciado a qualquer momento pelo América para o lugar do Marco Aurélio. Tomara que dure mais que o antecessor.


O América fora dos trilhos

Tudo que o América não poderia fazer neste momento era demitir o treinador Marco Aurélio. E lá se foi o técnico, no início da temporada, com trabalho iniciado ainda em 2009, com um projeto que visava a disputa da Série B, pensando numa das quatro vagas.

Recebi e-mail de americanos dizendo que o problema foi a contratação dos jogadores Fábio Júnior e Joãozinho, o que teria dividido o grupo, acabando com a principal virtude do Coelho: a união e ambiente de solidariedade.

Tudo é possível, mas dispensar o treinador neste momento foi a pior das medidas!


Patrocínio nos uniformes dos árbitros contraria normas da Fifa

Os uniformes dos árbitros de Minas, Rio e Rio Grande do Sul estão fazendo lembrar os dos pilotos de Fórmula 1, com tantos patrocinadores. Em São Paulo há uma pequena propaganda da Motorola, no braço da camisa, que permuta com a Federação Paulista o uso de seus aparelhos para se comunicar nos jogos.

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo, do dia 15, segunda feira, mostrou que os apitadores mineiros, gaúchos e cariocas estão contrariando normas da Fifa:

“Duas normas da Fifa são desrespeitadas”

O patrocínio para a arbitragem no futebol brasileiro joga no lixo as regras da Fifa sobre o assunto.
Duas das normas da entidade que controla o futebol mundial são ignoradas por sindicatos e federações que vendem anúncios no uniforme da arbitragem.
A primeira salta aos olhos. De acordo com a Fifa, só é permitida a exibição de patrocínios nas mangas das camisas do trio e, ainda assim, com um limite de espaço. No Brasil, o espaço preferido dos anunciantes fica na frente da camisa ou nos calções.
Para justificar o desrespeito às regras da Fifa, os representantes dos árbitros declaram que as regras da federação internacional servem apenas para as competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol.
Pela ótica deles, os Estaduais, por serem competições sob o comando das federações, não precisam respeitar o que a entidade mundial prega, apesar de as federações de cada Estado serem subordinadas à CBF.
Outro item do regulamento da Fifa que é ignorado no patrocínio dos árbitros brasileiros pode resultar em mais polêmica ainda.
Diz um artigo que a “publicidade nas camisas dos árbitros será permitida apenas se ela não criar conflito de interesses com a publicidade vestida pelos dois times”.
Se isso acontecer, estabelece a Fifa, o trio não pode ostentar essa marca. Assim, os juízes e auxiliares mineiros não poderiam usar em seus uniformes o logo do BMG, já que o banco patrocina vários clubes do Estado, incluindo os três grandes -América, Atlético-MG e Cruzeiro.
O regulamento da Fifa que dita as regras do patrocínio dos árbitros indica que sua violação será punida de acordo com o regulamento disciplinar da entidade, que pode variar de multa a suspensão.
O regulamento disciplinar afirma que ele deve ser aplicado a todas associações (no caso do Brasil, a CBF) e seus respectivos filiados.


Obras do estádio seguem cronograma, mas do entorno não!

Esta é a vista do lado de onde ficará a imprensa e os bancos de reservas dos times. O gramado está pronto, sendo tratado e passará por teste dia 20 de março, quando jogarão veteranos de Atlético, Cruzeiro e América.DSC05927

Se por um lado o cronograma de obras da CBR Construtora está sendo cumprido à risca no que se refere ao estádio em si, o mesmo não se pode dizer do entorno da Arena do Jacaré, com os seus acessos, sinalização, rotatórias, estacionamento, enfim, tudo aquilo que é fundamental para que o público saiba como chegar, estacionar e entrar de forma tranquila e cômoda. A prefeitura de Sete Lagoas ainda não entrou em campo com a urgência necessária.DSC05937


Problema sério para a prefeitura e o Estado resolverem: dono do terreno em frente à principal portaria de acesso do público construiu muro cercando o local que era usado também como estacionamento e área de escape. Do jeito que está vai gerar confusão na certa. Veja o espaço que sobrou entre os portões de acesso à Arena (esquerda) e o muro. Uma das possíveis soluções levantadas por autoridades ouvidas por nós é a desapropriação do terreno, que seria transformado em estacionamento oficial do estádio.DSC05956

Vista de uma das entradas principais do público, pelo alto da Arena. Arquibancadas que estão à esquerda na foto serão concluidasDSC05950


Capacidade para 25 mil pagantes, que podem chegar a 30 mil

As arquibancadas atuais estão sendo concluidas atrás dos gols, possibilitando público para até 30 mil pagantes, mas por questões de segurança, será estipulada a capacidade total em 25 mil.DSC05949

Paralelamente às obras as cadeiras das arquibancadas estão sendo instaladas, com mais de 50% do trabalho concluidoDSC05920


Arena do Jacaré: novas arquibancadas e cabines

Estão sendo erguidos dois novos blocos de arquibancas, ao lado de onde ficam a tribuna especial, cabines de rádio e TV e cadeiras especiaisDSC05930

As cabines de rádio e TV foram ampliadas, porém, cada bloco de três foi transformado em uma. Serão apenas nove, e um novo setor será construido para receber mais cabines e a tribuna de imprensa para os jornalistas.

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Fotos do andamento das obras da Arena do Jacaré I

O hall principal, por onde entrarão as delegações, autoridades e imprensaDSC05938 Em frente um dos estacionamentos cuja pavimentação ainda não começou DSC05945Ontem, na terça feira de Carnaval havia 150 operários trabalhando no local.


Desrespeito ao torcedor não é “privilégio” de Minas Gerais

O desrespeito aos direitos mínimos do torcedor não ocorre só em Minas Gerais. O jornalista José Roberto Torero escreveu em sua coluna na Folha de S. Paulo a luta que foi para conseguir assistir Santos e Rio Claro esta semana, no Estado mais rico do Brasil:

Torcedor + trouxa = Trouxedor

JOSÉ ROBERTO TORERO

Após ver Santos x Rio Claro no estádio, concluí que o torcedor desorganizado tem que se organizar de alguma forma

“TORCEDOR” , segundo o dicionário “Houaiss”, significa “Aquele que torce nas competições esportivas”. Já “trouxa” quer dizer “Aquele que é facilmente iludido; tolo”. Pois bem, creio que precisamos de uma nova palavra: “trouxedor”.
Uma mistura de trouxa com torcedor. É isso que nós, aqueles que gostamos de ver uma partida de futebol ao vivo, somos.
Para começar, a ida ao estádio é um suplício. Se você vai de ônibus, fica com inveja das sardinhas. Se vai de carro, tem que deixar algum dinheiro com o flanelinha, o primeiro de vários malandros que você encontrará em seu caminho até o campo. Este personagem não passa de um chantagista. O dinheiro que você lhe paga não é para que ele cuide do seu carro, mas para que não o risque.
No domingo, fui comprar ingresso no estádio do Pacaembu várias horas antes do jogo, e eles já estavam lá. Para quem não sabe, o Pacaembu tem zona azul, mas, mesmo assim, havia muitos deles.
Pois bem, depois de você deixar um cartão de zona azul no seu carro e de também pagar o flanelinha, você vai para a fila. Uma grande fila. Os responsáveis sabem que o número de compradores será enorme, mas nem se pensa em colocar mais gente trabalhando, o que pode não ser apenas incompetência mas também conivência com um esquema de corrupção que explicarei logo abaixo.
Depois de esperar 40 minutos na fila, vi um torcedor sair do guichê dizendo em voz alta: “Cuidado aí, pessoal, eles estão vendendo ingresso de estudante a preço de inteira!”.
Logo depois, um fiscal se aproxima da fila e esclarece: “Para o tobogã, só há meia-entrada. Mas tudo bem, todos poderão comprá-la e só pagarão metade do preço”.
Porém, quando chego ao guichê, o bilheteiro, um sujeito usando uma camisa do Santos, diz que a entrada custaria R$ 30. Eu protesto e repito o que o fiscal havia dito. O bilheteiro resmunga e, milagrosamente, a entrada volta a custar R$ 15.
É claro que, se você preferir não enfrentar a fila, pode recorrer aos cambistas. Pagará a “tarifa de conforto” e, depois, basta torcer para que o bilhete não seja falso. Em resumo, na hora da compra do seu ingresso, você pode escolher o pilantra para o qual vai deixar seu dinheiro. E é um bom dinheiro, caro trouxedor.
O ingresso mais barato custava R$ 30. Se quiser lugar melhor, o preço vai a R$ 50 ou R$ 60, mais que o bilhete de cinema mais caro da cidade, do shopping Cidade Jardim (R$ 46).
Então, depois de pegar uma longa fila para entrar no estádio, você sentará sob o sol, no cimento, e será vítima de outro malandro: o ambulante.
Neste caso, nem sei qual é pior, se o clandestino ou o oficial. Este vende seus produtos a preços inacreditáveis (um picolé custa R$ 4). Os do clandestino são mais baratos, mas não venha reclamar da qualidade.
Não, você não tem saída, trouxedor. Pois, se não quiser mais ir ao estádio, acabará no “pay-per-view”, de preços absurdos. Ou, pensando melhor, há uma saída. É jamais comprar de cambistas, é fotografar bilheteiros pilantras e colocá-los na internet, é levar seu próprio alimento, é reclamar e dedurar os pilantras.
O torcedor desorganizado tem que se organizar de alguma forma.
Senão será para sempre trouxedor.