Neste país onde prevalecem a “Lei de Gérson”, a impunidade, e o “eu não sabia”, vale a lei do mais forte, de quem tem mais poder ou dinheiro, que no fim das contas dá no mesmo! O Leão do Imposto de Renda está aí dando bocadas e patadas na maioria que nã0 tem como sair fora, pegando piabas e bagres na malha fina, enquanto tubarões ficam a vontade.
Lembrei-me daquela história do roubo ao cofre da Federação Mineira de Futebol, onde um dinheirão danado estava lá, sem “contabilizar”, segundo o próprio presidente Paulo Schetino.
Dinheiro sem contabilizar? Isso não é sonegação? Ah bom!
E ficou por isso mesmo!
Agora há pouco recebi telefonema do Geraldo, diretor do júnior do nosso Democrata de Sete Lagoas, reclamando das altas taxas cobradas pela mesma Federação Mineira de Futebol para a inscrição de atletas e outras taxas para participar da “seletiva” do Campeonato Mineiro da categoria. R$ 2 mil só para inscrever o clube na competição!
São tantos clubes e tantos atletas, que rendem tanto dinheiro à entidade, que certamente os póprios clubes do interior poderiam ser socorridos pela FMF em muitas situações, mas, sem “contabilizar” esse dinheiro, fica difícil até saber quanto é que está sendo arrecadado e quando estaria disponível não é!?
Mas isso é culpa dos próprios clubes que, em tese, são os “donos” da FMF, e elegem e reelegem periodicamente um “gerente” para comandá-la. Mas só em “tese”!
Enquanto isso a malha fina do Imposto de Renda fica cada vez mais fina atrás dos brasileiros mortais comuns, como eu, você que me lê, que não temos nenhuma rede de proteção dessas!
De vez em quando a “casa cai”, mas raros os casos, como este do Arruda em Brasília, que, na cadeia está ameaçando a turma dele toda, espalhada Brasil afora!
Neste contexto, só agora li a coluna de ontem do Flávio Anselmo com a qual concordo e recomendo:
“AOS AMIGOS, OS FAVORES DA LEI”
Flávio Anselmo
O TRIBUNAL PLENO de Justiça Desportiva ignorou a lei, as normas da Fifa, e absolveu o Cruzeiro da perda de pontos. Bem feito pra mim que acreditei na possibilidade de se aplicar com honestidade a lei do futebol. Mas, este filho do puro Sodico esperava o quê?
NO PAÍS DE Marcos Valério, de Maluf, Roberto Jefferson, Arruda, e mil outros espertos como Clésio, Eduardo Azeredo, Collor, José Dirceu, Genoino, se haveria de esperar que a lei fosse aplicada justo no futebol, onde o mais bobo dá nó em pingo dágua?
NÃO SE DEVE esquecer nunca que este é o País, este é o Estado do Serial Killer que já havia matado um bebê de três meses, foi artífice do latrocínio que matou um taxista pai de família ; já havia trocado tiro com a Polícia e apesar de tudo isso vivia tranquilo com a mulher e cinco filhos até estuprar e matar cinco mulheres inocentes.
É O PAÍS onde a Justiça devolve os feéricos automóveis comprados com dinheiro do tráfico porque não havia mais vaga no estacionamento da polícia. Não precisamos de terremotos devastadores: vivemos cotidianamente no epicentro de um 11,9.
UM DOS ARTIFÍCIOS que aprendi com o doutor Geraldo Barrote em meus 25 anos de advocacia é que “aos amigos aplicam-se os favores da lei; aos inimigos, a lei”. No Brasil tal artifício nem é lembrado.
PELO CONTRÁRIO, há sempre os favores da lei. A torcida do Cruzeiro comemorou e esqueceu-se do essencial: a grandeza de seu clube foi arranhada com o erro infantil cometido na escalação de Wellington Paulista.
QUALQUER DIA desses, o fato repete-se na Libertadores e aí não terá o Cruzeiro os amigos do Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva pra pisotearem a lei, num esquema corporativista que livrou a cara do presidente do órgão que, indevidamente, transformou em ração, talvez pra animal, a pena que a lei impõe automaticamente ao jogador expulso.
MORRO DE vergonha! Não pela punição do Cruzeiro, deixo bem claro. Pelo golpe aplicado na lei. Espero que o Procurador não entre nesse jogo de corporativismo e faça sua parte com um recurso para o STJD, em defesa da dignidade do esporte.
AOS QUE me execram neste instante, por acreditar na lei, repasso a história contada por Krisnamurti: “o homem encontrou outro homem que, de posse de uma vassoura, varria em torno de si apenas, apesar do empoeirado local.
DISSE-LHE : “Meu senhor, por que varres apenas em torno de si, se todo salão está imundo?-
E O OUTRO respondeu o outro: “Não faço por egoísmo, mas por falta de condições físicas. Assim, deixarei ao menos meu lugar limpo para os novos que chegarem”.
PODEM rir de minha futurologia à vontade, mesmo porque não estou varrendo em meu redor. Eu torço pra que todos os que machucam a lei continuem vivendo nesta merda e a passem em frente aos novos céticos que virão.
ENQUANTO o barril não enche e os gozadores não pedem pra que não se faça marola, toquemos a vida com a Seleção de Dunga. A vitória em Londres teve sabor de jogo-treino, ainda que a Irlanda pensasse diferente.
SENTI FALTA de alguém no meio-campo criativo, ao contrário dos alas que infestaram o time canarinho. Certo momento, tínhamos dois na direita: Maicon e Daniel Alves.
DE QUALQUER modo foi bom ver Robinho ensaiar algumas pedaladas e Kaká não abrir mão nas disparadas rumo ao gol, confirmando que está bem. Gostei do calcanhar de Grafite nos 2 a 0 final, gol de Robinho.
NO MAIS É pegar com São Judas Tadeu e Santo Expedito pra que daqui a 100 dias a turma de Dunga não negue fogo na África do Mandela. Esse sim, quem dera fosse brasileiro…
LEIAM MAIS sobre a minha revolta contra esta corja política no poder brasileiro no blog www.flavioanselmodepeitoaberto.blogspot.com e dê seu pitaco.
Flávio Anselmo
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