Ontem recebi um texto que me fez concluir que o sujeito só pode ser ruim da cabeça mesmo. De cara ele diz: “Não sou chegado a futebol, acho uma perda de tempo e não consigo entender o que leva pessoas esclarecidas tornarem-se fanáticas por ele, dedicando tanto tempo e energia a algo tão inútil. Pior do que ele, só o carnaval. Não me interesso, mas respeito, até por que sou minoria e muitos não acreditam que exista alguém capaz de não se interessar por estes dois temas no Brasil. Contudo…”
Ora, ora! “Contudo” uma ova!
Se já começa detonando a atividade da qual eu gosto e que é o meu trabalho, vem mandar e-mail para mim?
Esculhamba na primeira linha com aqueles que gostam, e na sequência vem dizer que “Contudo é difícil ficar indiferente…” e bla bla bla…
Dá vontade de mandá-lo pra algum lugar, mas por questão de civilidade, que ele vá procurar a turma dele, que aliás conheço: é essa gente oportunista, que está de olho nas eleições do próximo outubro, e faz qualquer coisa para aparecer. Esse sujeito, inclusive, foi candidato a vereador ano passado, com votação ridícula.
Realmente não tem nenhuma ligação com o futebol, é ligado ao turismo, e até me assustei quando o vi num encontro do então candidato a prefeito Márcio Lacerda com esportistas durante a campanha de 2008. Passadas as eleições e com o fracasso nas urnas ele se apegou às questões da violência no trânsito e está aparecendo muito nas TVs e jornais, já que os colegas jornalistas ainda não manjaram que estão sendo usados para os fins eleitoreiros da figura.
O negócio do sujeito é aparecer e agora quer entrar no assunto da violência no futebol, que dá repercussão, rende mídia e quem sabe, uns votinhos, né!?
Só que aqui não!
E sugiro que os meus colegas da imprensa esportiva fiquem atentos para não cair nessa conversa mole, desse e de tantos que pipocam por aí em ano eleitoral!
Recebo todo tipo de e-mail, principalmente falando de futebol e dou retorno a quase todos. É opinião e informação de todo tipo, convergentes, divergentes, coerentes, absurdas e até lunáticas, mas que ajudam a pensar, reafirmar e rever pontos de vista. Alguns publico na íntegra ou parcialmente na coluna, no blog, outros vão para a seção de debates dos “comentários”, e todos merecem respeito, porque quem escreve gasta seu tempo, e se escreve a você, é porque você é relevante e ocupa um espaço importante na comunicação.
Mas desse tipo aí, façam-me o favor!
Com a internet há também aqueles que tentam se esconder atrás de pseudônimos ou tentam o anonimato para fazer acusações a alguém ou escrever asneiras. Uma pena, pois desperdiçam o próprio tempo, não o nosso, que temos mecanismos para ficar alheios a isso.