Nós não damos o devido valor à nossa história mas o Estádio Independência é e será sempre lembrado no exterior por ter sido palco de uma das maiores zebras da história das Copas do Mundo.
Num país evoluído, certamente o clube dono do estádio, que hoje é o América, teria um museu lá, contando a história, e na saída uma loja vendendo produtos alusivos àquele contexto, à Belo Horizonte, Minas, América, Sete de Setembro (antigo dono do Independência) e por aí vai.
Esta notícia saiu agora há pouco no site da Abril.com
* Fifa lembra “milagre de BH”, triunfo dos EUA sobre Inglaterra em 50
Na mesma chave da Copa do Mundo da África do Sul, Inglaterra e Estados Unidos curiosamente já se enfrentaram em um Mundial. Curiosamente, foi na edição de 1950, no Brasil, e o resultado deste confronto foi absolutamente inesperado. Nesta quinta-feira, o duelo ganhou destaque no site da Fifa.
Se o futebol dos Estados Unidos ainda não pode ser considerado como uma grande potência em 2010, mesmo após Pelé e Beckham, na década de 50 o esporte bretão tinha ainda era amador na América do Norte, enquanto os tradicionais ingleses já eram fortes na modalidade que eles mesmo haviam criado. Até por isso, o jogo, que terminou 1 a 0 para os EUA, foi chamado de “Milagre de Belo Horizonte”, também em alusão à sede da partida.
Após perderem por 3 a 1 para a Espanha na estreia da Copa brasileira, enquanto os ingleses haviam batido o Chile por 2 a 0, a seleção estadunidense tinha um ranking de 500-1 nas casas de apostas, o que significa que, a cada dólar apostado nos ianques, caso estes vencessem, renderiam outros 500 ao apostador.
No entanto, as grandes defesas de Frank Borghi, goleiro americano e motorista de carro funerário em seu país local, e o gol solitário aos 37 minutos do primeiro tempo, anotado pelo atacante Joe Gaetjens, haitiano de nascimento e lavador de pratos, fizeram Davi superar Golias naquela partida disputada no dia 29 de junho de 1950 no Estádio Independência.
“Geralmente, você luta e consegue segurar um time adversário, mas é muito difícil superar uma equipe muito melhor do que a sua, mesmo com um gol relativamente cedo na partida. Ficaríamos felizes até com uma derrota por 2 a 0”, revelou Harry Keogh, zagueiro americano presente no duelo. “Nem em nossos maiores sonhos imaginávamos ter vencido”, comemorou.
Se os estadunidenses comemoravam o triunfo, a coisa era totalmente oposta na terra da Rainha. “Nada deu certo. Esse era um daqueles jogos em que você está fadado a perder”, disse o avante britânico Tom Finney ao site da Fifa. “Se jogássemos 100 vezes contra eles, venceríamos confortavelmente as outras 99”.
Após aquela inesperada derrota, o English Team não conseguiu se recuperar na competição, e foi eliminado na primeira fase. Mesmo destino teve o heróico selecionado norte-americano, que, mesmo após o milagre, não conseguiu a classificação no grupo, esta que ficou com a Espanha. A derrota influiu até mesmo no uniforme inglês, já que, desde aquela partida, a seleção britânica jamais vestiu novamente camisas e meias azuis escuros, que utilizou naquela partida, antes considerados a segunda vestimenta.
* http://www.abril.com.br/noticias/esportes/fifa-lembra-milagre-bh-triunfo-eua-inglaterra-50-895250.shtml?utm_source=twitter&utm_medium=microblog&utm_campaign=twitter-abril