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América esmagou o São Paulo e está Libertadores; Grêmio venceu o Galo, mas está rebaixado

Última rodada do Brasileiro 2021 com grandes emoções nas disputas por vagas na Libertadores e principalmente contra o rebaixamento.

No Independência o América mandou no jogo, desperdiçou pelo menos três ótimas chances no primeiro tempo, mas voltou mais focado do intervalo e fez 2 x 0, se garantido na primeira fase, a pré-grupos da Libertadores. Ademir já deixa saudades, já que se apresentará ao Atlético em janeiro. Jogou demais, outra vez, marcando os gols da vitória, aos 12 e 16 do segundo tempo, depois de jogadas muito bem tramadas.

Que campanha do Coelho, que termina em oitavo lugar, à frente de gigantes muito ricos, com o Santos, décimo, Internacional (12o) e São Paulo (13o), além dos que foram rebaixados.

Fantástica também a participação do Fortaleza, quarto colocado, vaga na fase de grupos da Libertadores.

Em Porto Alegre, o Grêmio fez 4 x 3 no time reserva do Atlético, cuja defesa mostrou muita fragilidade. Mas precisava de mais dois resultados para evitar a degola: que Bahia e Juventude não pontuassem. O Bahia começou vencendo o Fortaleza no Castelão, mas tomou virada, para a festa da torcida gremista que lotou a Arena em Porto Alegre.

Mas, poucos minutos depois, pênalti a favor do Juventude, em casa, contra o Corinthians. Demorou ser batido, por causa da fumaça de sinalizadores no estádio. Finalmente, Chico bateu e marcou, aos 38 minutos do segundo tempo. Pá de cal nas esperanças gremistas. Um dos investimentos mais altos do campeonato, fracassado. Menos mal que a torcida não destruiu o estádio nem aprontou confusão depois de consumado o rebaixamento.

O Bahia também dançou e se junta a Grêmio, Sport Recife e Chapecoense. A segundona 2022 será quase tão atrativa quanto a Série A, com grandes clubes além dos três que caíram agora: Cruzeiro, Vasco, Naútico, Guarani, além de alguns que sempre brigam na cabeça pelo acesso, como o CSA, CRB e Ponte Preta.

Defesa fraca do time reserva do Galo


Por vaga na Libertadores, América faz o jogo mais importante do ano contra o São Paulo

Dá até para se classificar à fase de grupos, mas além de vencer, outros resultados precisam acontecer: o Fluminense não pode vencer a Chapecoense, e o Bragantino tem que perder para o Internacional. Para a fase pré-grupos, o caminho é menos complicado, pois basta vencer o São Paulo, no Independência, às 21h30. Aliás, todos os jogos no mesmo horário nesta última rodada d0 Brasileiro.
Mesmo se empatar ou perder o Coelho fica com a vaga, caso o Atlético-GO, Ceará e Inter também empatem ou percam.

O técnico Marquinhos Santos deve mandar a campo inicialmente: Cavichioli, Patric, Ricardo Silva, Bauermann, Alan Ruschel (João Paulo); Valoura (Zé Ricardo), Juninho, Alê; Ademir, Zárate e Felipe Azevedo.

O São Paulo, de Rogério Ceni: Volpi, Igor Vinicius, Miranda, Léo e Reinaldo; Rodrigo Nestor, Igor Gomes, Gabriel Neves e Vitor Bueno; Rigoni e Calleri.

Força Coelhão!


A saideira do Galo esta noite contra o Grêmio e o recado do Junior Alonso ao Flamengo

O Grêmio tem que vencer e torcer por outros resultados para não ser rebaixado. O Galo vai com reservas, mas convenhamos, é um ótimo time: Rafael, Guga, Nathan Silva, Igor Rabello e Dodô; Tchê Tchê, Alan Franco, Calebe e Hyoran; Savarino e Sasha. Jogo na Arena do Grêmio, 21h30 com apito para Raphael Claus.

Uma das contratações mais acertadas da história do Atlético foi o Junior Osmar Ignacio Alonso Mujica, paraguaio de 28 anos, Cerro Porteño de origem, depois Lille (França), Celta de Vigo (Espanha) e Boca Juniors. Que jogador, que personalidade, que liderança. Muita gente já viu este vídeo comemorativo dos jogadores no vestiário, uma semana atrás, depois da virada espetacular sobre o Bahia, em Salvador, mas vale a pena ver de novo. Alonso incorporou o espírito atleticano, inclusive nas principais rivalidades nacionais, coisa pouco comum aos estrangeiros que vêm jogar no futebol brasileiro. Lascou um “chupa framengo”…


Céu mais bonito que o de Brasília, só o de Conceição, que faz 319 anos, hoje!

A primeira coisa que vi ao abrir o twittter, hoje, foi esta foto postada pelo jornalista e escritor mineiro Renato Alves, setelagoano, ganhador de Prêmio Esso e etecetera, pelo Correio Braziliense, residente em Brasília há décadas, com a frase: @renatoalvesdf “Céu de Brasília”

 

Apaixonado pela Capital Federal, onde mora há décadas, senti que o meu conterrâneo quis que, nós, simples mortais, sentíssemos uma pontinha de inveja do céu deles (talvez, por causa daquele arco íris sobre os carros), do planalto central, que realmente é fantástico.  Porém, com todo o respeito a ele, ao também mineiro e atleticano Cristiano Sá (marido da minha eterna professora Regina) e a Djavan/Caetano, que compuseram aquele hino “Linha do Equador”, exaltando o céu e a Capital (Céu de Brasília/ Traço do arquiteto/ Gosto tanto dela assim), digo sem pestanejar que o céu de Conceição do Mato Dentro é muito mais bonito. Porque além das cores, ele reflete e espelha as montanhas, as cachoeiras, as festas, as comidas, os aromas e a simpatia das pessoas, de lá; de quem nasceu, mora ou passeia por lá!

E hoje, dia 8 de dezembro, a nossa querida Conceição completa 319 anos, sempre maravilhosa e gentil.

De importância histórica para Minas e para o Brasil

 

 

Conceição foi sede de um dos mais duros postos de fiscalização, delegacia, julgamento e punição da Coroa portuguesa, na Estrada Real, no Século XVIII e continua cada vez mais receptiva, calorosa e bela

Terra de um folclore incrível, de grandes festas, como a do Rosário . . .

. . . todo primeiro de janeiro

 

Parabéns Conceição!

Aqui, algumas imagens feitas por mim e pelos queridos amigos e amigas da terra, que postam em nossos grupos de whatsapp no dia a dia e a quem sou muito grato

 

 

Para que sintam um o pouco dessa terra e se animem a aparecer  por lá e curtir.

 

Garanto que ninguém se arrepende de passar uns dias por lá. Muitto pelo contrário.

 

O normal é virar fã e querer retornar breve ou ficar por lá

 

Difícil é escolher onde mais curtir; se a própria cidade ou os arredores, com a sua arquitetura, as igrejas, as suas cachoeiras

 

Os bares, a música, enfim …

Com chuva ou com sol, viva Conceição. Bom demais estar em Conceição

 

A chance de se deparar lá com gente boa como estes aí é enorme:

João Bosco e Betânia, criadores do Projeto Matriz, um dos melhores festivais culturais do país, em  todo feriado da Independência, há mais de 30 anos

 

Ou, estes aí: Petrônio Souza (escritor, jornalista, poeta), Zé Fernando Aparecido (prefeito), Toninho Horta (um dos maiores do jazz mundial), eu (retirem o “gente boa”) e Silvinho Resende, ex-vereador de Belo Horizonte.

 

Se ver um Gilberto Gil andando pelas ruas, não pense que você exagerou na Bento Velho ou na Du Kim, pois pode ser ele mesmo ou algum outro famoso, que está lá para uma apresentação ou visitando um chegado ou chegada. Aí ele está junto da Leila e Geraldo Afonso, donos de uma das melhores pousadas de Minas, a Alto do Baú.

 

Ou essa turma aí: Aécio (empresário e bom de bola), Daniel do Joaquim Costa (conceicionense, um dos maiores varejistas de Pernambuco e do Nordeste atualmente), Dênio Pires Silva (grande advogado, grande amigo), prefeito Zé Fernando e o Joaquim Costa, que me concedeu a honra e o privilégio de ser Cidadão Conceicionense em 1986

 

Para se hospedar a dica é a Pousada Alto do Baú . . .

 

. . . cujos contatos são: www.pousadaaltodobau.com.br e (31) 98819-0359.

Igreja de Três Barras


Festa alvinegra, na terra e no Céu, em todo lugar! Até na grande Muralha da China

Foto: Twitter Tom Phillips – “The Great Wall of Galo”

Só dá Galo em todas as mídias, com todo tipo de homenagem, de toda parte do mundo. Hoje, mais cedo o jornalista Sérgio Utsch, mineiro, correspondente do SBT na Europa, residente em Londres, twittou esta foto, do Tom Phillips, correspondente do The Guardian, na América Latina, residente no Rio. Um dos jornais mais famosos e influentes do Reino Unido e do mundo, fundado em 1821.

Tom Phillips @tomphillipsinThe Great Wall of Galo”

E ele respondeu ao Tom:

@utsch Em resposta a @tomphillipsinApropriação cultural já tinha visto falar, Tom; mas o que você está propondo aí na China é Usucapião da Muralha da China pelo #Galo. Acredito que a legislação chinesa não vai dar essa brecha! Tkx so much for taking our jersey around the world!” (Muito obrigado por levar nossa camisa ao redor do mundo!)

O proprio Utsch também já tinha publicado fotos de amigos dele por outras partes do mundo, que se tornaram atleticanos:

Gent (Bélgica). . .

. . . Peshawar (Paquistão) . . .

. . . Berlim (Alemanha). O mundo, meus caros, é #Galo!”

***

Nas casas e prédios de Belo Horizonte, bandeiras de todos os tamanhos . . .

em todos os bairros . . .

. . . em Diamantina, a fachada de um dos bares icônicos da cidade, A Baiúca.

* * *

De Curvelo, veio este belo artigo do Dr. André Pelli, Delegado de Polícia Civil, colaborador do Jornal do Centro de Minas (do Adonias Ribeiro), que vale a pena ser lido:

* “E o Galo?

O Galo ganhou! A frase que viralizou…

Que virou música…

Grito da torcida…

Memes, e está escrita nas bandeiras e faixas vendidas no entorno do Mineirão. Nasceu da espontaneidade da torcida e foi cunhada na letra do nosso hino: vencer, vencer, vencer. Este é o nosso ideal.
O Galo ganhou!

Ganhou e é o legítimo Campeão Brasileiro de 2021. Aliás, bicampeão. Poderia, aliás, deveria ser o tri, o tetra… mas infelizmente o título brasileiro nos foi negado várias vezes por manobras de bastidores que tiraram nosso craque de campo (1977), pelo impedimento inexistente mal marcado e a expulsão do nosso craque (1980), pelo claríssimo pênalti não marcado (1999), pelos inúmeros favorecimentos ao time adversário em decisões de arbitragem muito estranhas (2012) e tantas outras vezes que o próprio time deixou o título escapar por detalhes.
Em 2021 o Galo superou o poderio financeiro do Flamengo (que recebe as maiores cotas de TV e patrocínio), os investimentos milionários no Palmeiras e todas as manobras de bastidores e pressão da imprensa do Rio/São Paulo, que não aceita um time de fora do eixo ser campeão.

O Galo fez uma campanha irretocável e ganhou com sobras o campeonato.
E como entender a massa do Galo? O Atleticano é um torcedor diferente. O Atleticano não gosta de futebol. Ele ama o Galo. Ele acompanha mas não se importa pros jogos dos grandes clubes europeus… Não liga pra jogos de seleções (exceto se tiver jogador do Galo em campo). O Atleticano só se interessa por uma coisa: pelo Galo. Ele quer gritar “Galo”! Nosso grito vem de dentro, vem da alma preta e branca, do coração forjado nas vitórias improváveis, nos títulos inacreditáveis com roteiros incrivelmente emocionantes.
O Galo é campeão! Bicampeão brasileiro 1971/2021.
Junto com toda a torcida, gritamos: “Muito obrigado, ao time todo!” Muito obrigado à diretoria, obrigado ao Cuca e toda a comissão técnica! Muito, muito, muito obrigado ao Hulk! Hulk! Hulk! Grande craque do campeonato!
E, se teve festa no Mineirão, também teve festa no céu!

Parabéns a todos os Atleticanos que infelizmente não puderam acompanhar a festa do nosso Galo! Sei que estão felizes aí no céu!”

* André Pelli


Saiu o CNPJ: primeiro passo jurídico para o nascimento do novo Cruzeiro

Antes das 10 da manhã, li no twitter, hoje, o Adroaldo Leal, da 98FM, anunciando que, sob o número 44.490. 706/0001-54 nascia o Cruzeiro Esporte Clube – Sociedade Anônima do Futebol. Coincidentemente eu conversava com o contador/administrador Luiz Dutra, um dos maiores cruzeirense que conheço e perguntei o que ele achava. “Desde que seja entregue para gente competente, pode ser um grande negócio”, respondeu, na bucha, e na torcida para que investidores de peso se interessem e que ponham executivos que entendam de gestão de futebol à frente.

Quase que simultaneamente, o marketing do Cruzeiro usou o twitter para se manifestar: “Nosso novo CNPJ nasceu! E nasceu com números interessantes antes e depois da barra..”

Não entendi o que seriam estes “números interessantes”,  como aliás, nunca entendi muita coisa deste setor do Cruzeiro, como, por exemplo, uniformizar o presidente para que ele batesse bola com o Fábio, no início do mandato. Na semana passada tentou ironizar a conquista do Brasileiro pelo Atlético e recebeu críticas de peso, óbvio, que por causa da situação em que os dois clubes vivem. Como esta, do Diogo Garcia, no Uol:

* “Garcia: Cruzeiro passa vergonha ao minimizar conquista do Galo

O Cruzeiro passou vergonha na noite desta quinta-feira, ao alfinetar a conquista do arquirrival Atlético-MG em suas redes sociais. “Agora, são 16 títulos de expressão em Minas Gerais. Deixa eu contar quantos tenho aqui na Toca”.

O tweet não foi de um torcedor fanático, e sim da conta oficial do time celeste no Twitter – que teoricamente fala pelo clube -, logo após a conquista do Galo. A zoeira com os rivais é saudável e faz parte do futebol, mas tem que ter noção. Primeiro, porque o Cruzeiro está no fundo do poço e precisa se recuperar o quanto antes para viver novamente de grandes títulos, e não de piadinhas enquanto seus rivais levantam taças; Segundo, porque quem é grande não precisa lembrar que é grande. O clube celeste vive uma crise que não parece ter solução tão cedo. Assolado por dívidas, processos judiciais, guerra política, casos de corrupção e até greve de jogadores, o Cruzeiro virou mais frequente nas páginas policiais do que nas esportivas.

Do outro lado de Belo Horizonte, o Galo vive no céu. Nesta quinta, venceu o Bahia em virada épica e se sagrou campeão incontestável do Brasileirão, com três rodadas de antecedência e superando supertimes como o Flamengo, do melhor elenco do país, e o Palmeiras, bi da Libertadores. Não só isso, talvez tenha sido o mais simbólico título de um Campeonato Brasileiro, ao menos na era dos pontos corridos. Nunca nenhum time ficou tanto tempo sem levantar a taça mais importante do futebol nacional, após 50 anos de espera. O Atlético ainda tem uma final de Copa do Brasil para jogar, onde é favorito diante do Athletico-PR. E, por pouco, não disputou a decisão da Libertadores – caiu no critério de gols fora de casa, após dois empates contra o Palmeiras, futuro campeão.

O Cruzeiro, enquanto isso, coitado, está afundado na segunda divisão, onde terminou na ridícula 14ª colocação. Conseguiu levar mais gols que tomou e vergonhosamente acabou com saldo negativo. Ganhou só 10 de 38 jogos. Enfim, um vexame. A pior campanha de um grande na história da B por pontos corridos. Em 2022, o time celeste vai jogar a Segundona pela terceira vez consecutiva, algo inédito entre grandes clubes.

No ano passado, fez campanha parecida com a atual, somando apenas um ponto a mais e acabando na 11ª colocação. Em ambas as temporadas, ficou longe do acesso. Na Copa do Brasil, foi eliminado pelo CRB em 2020 e pelo Juazeirense em 2021. Ficou distante, muito distante das finais. E conseguiu a façanha de não ficar nem entre os três primeiros colocados nas duas últimas edições do fraco Campeonato Mineiro. Hoje, o América é a segunda força do Estado. No ano passado, fez bonito ao alcançar a semifinal da Copa do Brasil. E, neste ano, briga por uma vaga na próxima Libertadores – atualmente, em oitavo, está conquistando lugar na fase prévia do torneio.

Ninguém precisa lembrar que o Cruzeiro tem uma história linda. Faturou duas Libertadores, quatro Brasileiros, seis Copas do Brasil, 38 Mineiros. Mas, atualmente, é um time pequeno, que não consegue ficar nem no G-10 da segunda divisão.

Por favor, devolvam o Cruzeiro!.

* Diogo Garcia

https://www.uol.com.br/esporte/colunas/diego-garcia/2021/12/03/garcia-cruzeiro-passa-vergonha-ao-minimizar-conquista-do-galo.htm


E o escudo do Atlético? Com uma ou duas estrelas?

Fotos: @Atletico

O Jerônimo1980 propôs aqui no blog:

* “Chico, faça uma enquete aqui para saber se o Galo deve colocar ou não duas estrelas amarelas em cima do escudo. Eu já adianto o meu voto: ‘não’, eu prefiro o escudo com uma estrela só. . . Na minha opinião a estrela amarela não representa o título de 1971. Ela passou a representar a apaixonada torcida atleticana, pois ela é a única coisa que está acima do clube.”

Antes, o Silvio Tôrres já tinha se manifestado, com bons argumentos:

* “Chico, pela amor de Deus, não deixe os ‘jenios’ mudarem o escudo do Atlético. Ganhamos a Libertadores e ninguém sugeriu uma bobagem dessas. Deixa a estrela amarela lá, símbolo eterno de ter sido o galo o legítimo PRIMEIRO Campeão Brasileiro e pronto. É uma marca eternizada, solidificada nessas cinco décadas. Façam uma camisa especial, uma coleção de produtos especiais para celebrar o Bi, mas não mecham nessa já sagrada marca da estrela unica no escudo! É importantíssimo manter certas tradições. . .”

Concordo com ambos e pelo que li, sábado, no Superesporte, o Atlético não vai acrescentar outra estrela no escudo.

Atlético não incluirá segunda estrela em escudo após conquistar Brasileiro – Diretoria do Galo optou por manter o escudo no formato atual; torcida estava dividida quanto a mudanças”

https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/ultimas-noticias/1,1208,1,9/2021/12/04/noticia_atletico_mg,3950622/atletico-nao-incluira-segunda-estrela-em-escudo-apos-conquistar-brasileiro.shtml

Uma das cenas mais bonitas entre todas as comemorações . . .

. . . monumento da Praça Sete (obelisco para uns, pirulito para outros), encamisado pela arquiteta Mariana Capachi Nogueira, atleticana apaixonada.


Muitos gols e muita festa em tarde inesquecível de entrega da taça ao Atlético no Mineirão

Keno, desconcertante, mais uma vez, em foto do: twitter.com/Mineirao

De cara, registro esta twittada do jornalista Rodrigo Freitas, âncora da Rádio Super, 91,7 FM: “@rfcomunica Antes do jogo, o @Mineirao rodou gols de Vilibaldo Alves, Willy Gonser e do meu querido @herculessantos. Todos, narradores que estão no andar de cima e profundamente identificados com o CAM. Emocionante. Um tributo a eles e ao rádio. Parabéns, @thiagonoggueira, pela iniciativa.”

Legal demais a iniciativa. Tive a honra de conviver com os três, principalmente com o Vilibaldo Alves,  com quem trabalhei nas rádios Capital e Inconfidência.

A festa foi belíssima no Mineirão, antes, durante e após o jogo. e quem pensou que fosse uma partida morna se enganou. Atlético e Bragantino buscaram a vitória o tempo todo e fizeram valer o ingresso dos 61.573 que foram lá, e que proporcionaram renda de R$ 8.818.854,25.

De novo, Keno foi o grande destaque, marcando gol, dando passe para Zaracho marcar e participando da tabela que originou o terceiro gol; aliás, uma pintura: tabela em alta velocidade envolvendo Arana, Keno, Hulk e Zaracho que cruzou para o Savarino fazer. O toque de calcanhar do Hulk para o Zaracho foi espetacular. Tipo de lance que avacalha a vida de qualquer defesa.

Outra vez a zaga cochilou num cruzamento, no segundo gol do Bragantino.

O Atlético fez seu penúltimo jogo no campeonato mostrando que está no auge da qualidade do trabalho da comissão técnica do Cuca e dos jogadores. Errando poucos passes, tabelando com facilidade, atacando e defendendo com um brilhantismo pouco comum no futebol brasileiro. Muito bom ver este time jogar.

Sem a pressão e ansiedade em que estavam até a conquista do título contra o Bahia, os jogadores ficaram mais à vontade e apesar da derrota momentânea para o Bragantino, passava segurança e deixava a torcida confiante que os gols de empate e da virada sairiam a qualquer momento. Ninguém esperava é que o Hulk fosse dar aquele show no quarto gol, de cavadinha. Pra acabar de enlouquecer a massa mundo afora.

A tão aguardada pose oficial do campeão brasileiros de 2022


O América é uma prova de que com transparência e competência um clube de futebol pode ser viável no Brasil

Conheço bem o América das últimas quatro décadas. A Rádio Capital estava chegando a Belo Horizonte e me buscou na Cultura de Sete Lagoas. Tive o prazer de ser escalado como repórter setorista do Coelho, cuja casa principal era o Vale Verde, em Contagem. Para chegar lá, era uma viagem de mais de uma hora. Uma estradinha de terra, movimentadíssima, esburacada. A hoje mais movimentada ainda Av. João César de Oliveira. O clube lutava pela sobrevivência. A convivência com torcedores, funcionários, jogadores, comissões técnicas e dirigentes me cativaram. Passei a gostar do América e admirar a sua luta de forma especial. A rádio me passou para a cobertura do Atlético depois de três meses. Meu roteiro diário passou a ser a Vila Olímpica, mas o carinho pelo Coelhão virou coisa eterna.

Um dia ainda contarei essa história com pormenores, mas, em resumo o grande problema estava no fato do Coelho ser um ex-rico, que não se conformava com a situação. Um “pobre soberbo”, que insistia em querer brigar de igual para igual com Atlético e Cruzeiro. Só se atolava mais. Dirigentes que punham dinheiro do próprio bolso ou pegavam empréstimos, para contratar jogadores e treinadores que não davam em nada. Areia movediça. Atoleiro aumentando. Faz lembrar o que o Cruzeiro está vivendo e o que o Galo viveu até fins de 2008 quando Alexandre Kalil foi eleito presidente, depois da renúncia do Ziza Valadares.

O América era assim, até que nos anos 1990 surgiu uma safra diretiva diferente. Novos de idade e ou de ideias, que apostavam em modernidade administrativa e nas categorias de base. Complicado citar todos os nomes aqui, agora, porque são vários, cada um com a sua importância estratégica, uns, inclusive, que nunca gostaram de aparecer. Outros, por estarem diretamente ligados ao futebol, o mundo americano sabe de cor e salteado, como Magnus Lívio de Carvalho, Marcus e Caio Salum, Luiz Flávio Lanna Drumond, Alencarzinho Silveira, Alexandre Mattos, que se revelou no Coelho, um grande executivo do futebol. Um grupo cuidou do futebol, em sintonia com outro, que cuidou das dívidas, do patrimônio, das negociações, renegociações, da gestão, enfim… Depois de idas e vindas, alguns tropeços feios demais, como o rebaixamento no campeonato mineiro, o América entrou nos trilhos e o trabalhando sendo sendo consagrado agora, no Brasileiro, classificado para a Sul-americana 2022, com grandes chances de chegar à Libertadores. E também na iminência de se tornar clube empresa, o que poderá ser muito bom. Importante é que a fórmula adotada pelo América foi testada e aprovada. Com poucos recursos, mas competente nas contratações, austero nas contas e acima de tudo transparente.

Um nome importante neste processo é o Dr. Paulo Lasmar,  conceituado advogado, que foi membro do Conselho Gestor durante vários anos e ativo colaborador do clube em várias frentes. Comemorando o sucesso do time, ele enviou uma carta a conselheiros e amigos americanos, que a vale ser lida por todos que gostam de futebol, especialmente do América. Confira:

* “Parabéns Marcus Salum e Euler pelo sucesso no futebol. Parabéns Alencar, o Presidente “Pé Quente”.  Parabéns Gasparini, Ricardo Raso e Glauco pela grande conquista e o grande ano do América.
Corrigindo certas distorções e menos erros básicos, certamente estamos chegando onde sempre sonhamos. Muito obrigado pela alegria que vocês estão nos proporcionando.

Pés no chão. Eficiência. Competência. Resultado alcançado. Dinheiro sempre ajuda, mas não é tudo. O próprio América é a maior prova disso. Todos os outros times da A querem fazer igual ao América- MUITO COM POUCO.
Aprendemos com a necessidade, com a escassez, enquanto os outros chafurdaram-se na lama com muito, com o excesso ($$$$).
Esta é a receita do nosso sucesso. O América é um gráfico ascendente desde 2004, com poucas oscilações, valente, resiliente e que segue sempre em frente.
Somente os cegos não enxergam e não reconhecem a nossa grande vocação e virtude, o que sempre nos perpetuará.
O América nunca sucumbiu ou foi submisso nos momentos mais dramáticos da sua existência, sempre sobreviveu, dono do seu próprio destino.
Agora que teremos cerca de 110 milhões para 2022, sejamos prudentes e cautelosos com o canto da sereia.
Que cada um de nós seja responsável por sua opinião, que deve ser externada após sincera reflexão e conhecimento de causa. Cuidado com o badalo dos sinos, para não ouvirmos, no futuro, o som dos canhões.
Que Deus abençoe o América e nos ilumine nesse momento de euforia, mantendo-nos humildes e cônscios das nossas enormes responsabilidades para com a nossa centenária paixão.”
* Paulo Ramiz Lasmar


Com os últimos resultados da rodada, o América se garantiu na Copa Sul-americana. Agora vai atrás da Libertadores, começando no Ceará

Obrigado ao americano Huener UFMG que lembrou, hoje, aqui no blog:

“Prezados, bom dia.

Diante das derrotas do Juventude e Cuiabá, o Coelhão confirmou a participação na Sulamericana, motivo de muito orgulho e festa para nós, torcida americana. É a primeira competição internacional do Coelhão. Mas, ainda não acabou, se vencer amanhã, temos chances reais de disputar a Liberta! Seria demais e merecido. “Eles estão deixando a gente sonhar!” Vamos que vamos Coelhão e que Deus abençoe os jogadores. Saudações Americanas.”

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