O presidente Alexandre Kalil voltou feliz do Rio de Janeiro quinta feira passada. Contou o milagre, mas não contou os nomes dos santos, porém, garantiu: já tem garantidos os recursos financeiros para manter os pagamentos do clube em dia até dezembro de 2010.

Certamente que, além do dinheiro que será pago pelos direitos de transmissão pela televisão, ele deve ter conseguido outras parcerias, envolvendo fornecedor de material esportivo e quem sabe, o tão esperado patrocínio para a camisa.

Pelo ar de tranquilidade que transmitia ao dizer isso, o presidente do Galo só está esperando a hora certa de anunciar oficialmente essas negociações.

Kalil adotou uma forma diferente de administrar o Atlético. Ano passado pegou o barco em alto mar e tratou de cortar despesas até onde não podia mais. O clube, que era cheio de diretores remunerados, hoje tem apenas uma pessoa nessa condição, que é a Adriana Branco, diretora-executiva.

Centraliza todo tipo de gasto em suas mãos e quando acha o custo de alguma coisa acima do normal, trava tudo e “manda olhar” os motivos.

Faz lembrar o Benito Masci, quando assumiu o Cruzeiro, quebrado, em 1986, quando cortou até cafezinho e mandou diminuir o volume de papel higiênico. E, a Raposa, que não tinha nem material de treino no almoxarifado, renasceu a partir de ações como essas.

Adilson Batista tem este estilo estourado, mas é um cidadão de hábitos simples e tradicionais. Vai à Missa todos os domingos, às 9 da manhã, ou à noite, na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, no Bairro Castelo, região onde reside. É claro que a sua presença chama a atenção, principalmente do atento Padre Celso, atleticano dos mais ferrenhos, que fica honrado com a presença do Adilson e às vezes desabafa, dizendo que “o outro lado está sempre vencendo porque está sempre presente na Igreja”.

Todo clube, por maior que seja, que não tem um comandante de futebol competente, paga caro. O Atlético passou anos penando por causa desse vácuo, o América mais ainda, e exemplos desse tipo é que não faltam país afora.

Cada vez mais as pessoas têm menos paciência com políticos que impõem seus filhos, mulheres, irmãos e outros parentes em cargos públicos ou em seus próprios lugares nos parlamentos ou executivo.

Zezé Perrela nomeou seu filho, Gustavo, como diretor de futebol, mas este caso merece algumas observações: é um rapaz brilhante em tudo o que faz, e tem estilo bem diferente do pai. Não é de provocar ninguém, ouve mais do que fala, respeita todo mundo e por onde passa deixa boa impressão. Além do mais, vai fazer um estágio com Eduardo Maluf, Valdir Barbosa, Benecy Queiroz, enfim, cobras criadas do futebol brasileiro, além do próprio pai, sendo preparado da melhor forma, para que no futuro o Cruzeiro não fique sem um comandante à altura no futebol. Gosto sempre de lembrar que comandar futebol profissional não é para quem quer, e sim para quem sabe.

Recebi muitos e-mail de cruzeirenses pedindo para comentar a atitude do Adilson Batista, de dizer “toma…” para a torcida que estava vaiando o time contra o Botafogo até sair o gol do Thiago Ribeiro. Ora, ora! O Adilson é assim mesmo e desde que assumiu o Cruzeiro sempre teve relação difícil com torcida e imprensa. Não foi a primeira e nem a última vez que apelou.

Por causa de situações como essa é que ele não conta com a mínima paciência das arquibancadas. E querem que alguém acredite que ele pediu à diretoria para baixar o preço do ingresso…

Disse Millor Fernandes no twitter dele:

“513 deputados! Uma sociedade precisa de tantos? Por que não diminuir para 10? Ou melhor, nenhum?”

Bom demais da conta: http://twitter.com/millorfernandes

O América está de luto com a morte do senhor Roberto Murta, pai do Superintendente de Futebol do clube, Jorge Murta, ontem à noite, de enfisema pulmonar.

O sepultamento será às 16 horas, no Parque da Colina, onde o corpo está sendo velado no velório 1.

Ao Jorge e à toda família os nossos sentimentos.

As emissoras de rádio do interior que tiveram seu trabalho prejudicado domingo no Mineirão, estão culpando a ADEMG, que precisa se manifestar sobre o assunto. Veja o que disse o Fernando Rocha, comandante da Rádio Vanguarda de Ipatinga:

“Uma decisão no mínimo inoportuna da direção da Ademg, que administra o Mineirão, antes da partida Cruzeiro x Botafogo, irritou profundamente e prejudicou as emissoras de rádio do interior, que já andam entaladas com os aspones da Federação, que não deixam os repórteres trabalharem dentro do gramado, mesmo com microfone sem fio.

A ordem teria partido do diretor da Ademg, Dirceu Pereira, que  proibiu a entrada no Mineirão dos funcionários da empresa Telemont, que presta serviços à OI/Telemar, sob a alegação de que a concessionária estaria devendo o aluguel dos equipamentos e da sala onde presta o serviço. Dezenas de  emissoras do interior tiveram suas linhas de transmissão paralisadas por conta disso e não conseguiram falar do Mineirão nos horários de costume para fazer a pré-hora das suas jornadas esportivas. Só depois de muito bate-boca entre os radialistas e a direção da Ademg, que esta por fim autorizou a entrada de um funcionário da empresa de telefonia e os equipamentos foram ligados,  poucos minutos antes do início da partida, com os times já em campo.

A questão preocupa: uma autarquia estadual como a Ademg, administradora do Mineirão, não pode cobrar débitos – se é que existem -, dessa forma. Esta atitude intempestiva do diretor ou de quem tenha partido a ordem contra a Oi/Telemar, não só prejudicou o trabalho das emissoras de rádio, mas deixou evidente a falta de preparo para lidar com situações que envolvem o interesse público. Isto é  preocupante, na medida em que essas mesmas pessoas hoje à frente da Ademg, certamente vão liderar o processo de estruturação e organização visando talvez até a abertura da Copa de 2014 no Mineirão. Já se diz muito aqui nestes grotões e vale lembrar que “prudência e caldo de galinha, não fazem mal a ninguém”, principalmente, na hora de tomar certas decisões complicadas e que envolvem interesses conflitantes.”

Na coluna Painel F.C., do caderno de esportes de ontem, da Folha de S. Paulo, são avaliados os motivos da peitada que Ricardo Teixeira está dando na Rede Globo, e é feita uma especulação bem interessante: Marcelo Campos Pinto, o comandante da divisão de esportes da própria Globo, pode vir a ser candidato à sucessão do atual presidente da CBF na entidade.

Confira: 

“Operação casada

Cartolas avaliam que a afronta de Ricardo Teixeira, que sugere acabar com os jogos às 22h, à Globo tem como objetivo blindar o executivo Marcelo Campos Pinto, que controla o braço esportivo da emissora e é bastante próximo do presidente da CBF. Nos bastidores, o comentário é o de que Campos Pinto tem sofrido resistência na emissora e que, sem ele, as discussões entre a Globo e a CBF serão mais difíceis. Teixeira tem carta poderosa na manga: a comercialização dos direitos para a Copa do Mundo de 2018.

Candidato

Marcelo Campos Pinto, aliás, é visto por alguns dirigentes como o substituto natural de Ricardo Teixeira na presidência da CBF. A coluna não localizou o executivo da Globo Esporte.

Apoio

O desejo da CBF de alterar os horários dos jogos do Brasileiro e adequar o calendário ao modelo europeu encontra eco nos clubes. Segundo Ricardo Teixeira, a maioria apoia essa ideia.”