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Atlético é o “primo pobre” da disputa, diz jornal de SP

Em sua edição de ontem o jornal Folha de S. Paulo comparou o faturamento dos concorrentes ao título brasileiro e destacou em manchete no caderno de esportes:

“Atlético-MG é o primo pobre na luta pelo Nacional”

Com R$ 50 milhões em 2009, clube mineiro ganha cerca de metade do que os outros cinco postulantes ao Brasileiro

… Entre os seis primeiros colocados no Brasileiro, ainda com chances de título, o Atlético-MG é o que tem menos caixa. E a diferença financeira para os outros é grande.
A estimativa de receita do clube mineiro para 2009 é de R$ 50 milhões. São Paulo, Palmeiras, Internacional, Flamengo e Cruzeiro devem atingir rendas de pelo menos R$ 100 milhões no mesmo período.
No ano passado, que já tem números consolidados, essa disparidade é clara. O Atlético- -MG arrecadou R$ 57 milhões. Seu arquirrival, o Cruzeiro, R$ 94 milhões. Os outros obtiveram rendas que mais do que dobram às dos atleticanos -o São Paulo atingiu R$ 161 milhões.
“Com o salário de três jogadores do São Paulo, dá para pagar uma folha inteira minha”, exagera Kalil. “Aqui, salário de R$ 200 mil é piada.”
Como o Cruzeiro, o Atlético- -MG recebe cota de TV inferior à de paulistas e cariocas. Não tem patrocinador na camisa. E acumula um passivo de cerca de R$ 280 milhões.
O jeito foi efetuar um corte na folha salarial no final do ano passado. Com o dinheiro que sobrou, foram feitas contratações. Os débitos foram renegociados para evitar as penhoras.
O maior deles, com empresas do ex-presidente Ricardo Guimarães, não está sendo pago. O valor atingia cerca de R$ 100 milhões e tinha juros altos, que caíram após renegociação. “Vamos conversar. Mas, se fosse pagar agora, o clube ficava inviável”, explicou Kalil.
Assim, o clube se sustenta na arrecadação de bilheteria: leva R$ 1 milhão por jogo. O Atlético-MG é o líder de média de público: 39.092. Deu tão certo que, irônico, Kalil até pediu que a torcida pare de comprar ingresso para o jogo com o Flamengo -já estavam esgotados.
“Assim, conseguimos pôr os salários em dia. Nossa maior contratação para a temporada foi essa”, contou Kalil.
Mas a diretoria também contratou jogadores do exterior, como Ricardinho, Corrêa e Rentería, ou em má fase, como Éder Luis e Diego Tardelli.
Agora, os dois últimos têm alto valor de mercado. Mas Kalil não os vendeu no meio do ano -vai negociá-los só em 2010. Tudo por um título nacional, ganho uma única vez em 1971.


Homenagem a Berlim sem muro

O mundo comemora hoje o aniversário dos 20 anos da queda do muro de Berlim. O muro da vergonha, da ignorância, da intolerância, enfim, tudo de ruim que ele representava.

Atualmente Berlim disputa com Paris a condição de capital mundial da harmonia e confraternização de todos os povos. Uma cidade fantástica, povo excelente, de um país espetacular.

Minha homenagem a Berlim, aos alemães e ao mundo livre, através dessas fotos: numa o grande Arthur Vianna, ex-vereador em Belo Horizonte, que largou a carreira política por ser autêntico demais e se recusar a entrar no jogo que a atividade exige. Como própria foto “fala”, ele estava lá, 20 anos atrás, ajudando a derrubar o muro, literalmente. Berlin,_novembro_de_1989_menorCMBIKEBERLIM2006Esta me foi presenteada pelo fotógfrafo Eugênio Sávio, onde estou lá, de bicicleta, perto de onde era o muro, em 2006, durante a Copa da Alemanha.


Os jogos que faltam aos principais concorrentes

A charge do Duke, hoje no Super Notícia, mostra o Galo olhando pra cima, vendo a Taça de campeão batendo asas. É comum dizer que todo jogo é “decisão” na fórmula de pontos corridos do campeonato. É verdade, mas quando se chega à reta final e um aspirante ao título perde jogos, em casa, como o de ontem, realmente pode ter sido decisivo. Lembremos os confrontos finais e locais dos que ainda concorrem às primeiras posições: 

São Paulo – 59 pontos

Vitória (c), Botafogo (f), Goiás (f) e Sport (c)

Palmeiras – 58

Sport (c), Grêmio (f), Atlético-MG (c) e Botafogo (f)

Flamengo – 57

Náutico (f), Goiás (c), Corinthians (f) e Grêmio (c)

Atlético – 56

Coritiba (f), Inter (c), Palmeiras (f) e Corinthians (c)

Cruzeiro – 54

Grêmio (c), Atlético-PR (f), Coritiba (c) e Santos (f)

Internacional – 53

Santos (c), Atlético-MG (f), Sport (f) e Santo André (c)


Complicou

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Charge do Duke, hoje no Super Notícia


Decepção no Mineirão

O placar de 3 x 2 está se tornando marca do Cruzeiro, para ganhar ou perder. Começou a rodada sábado dando um susto na sua torcida no primeiro tempo. Venceu novamente na raça e se mantém na briga pela vaga na Libertadores.

No Mineirão a estratégia do Celso Roth de escalar dois marcadores especialistas deu certo até os 11 minutos quando o Petkovic marcou o gol olímpico que o fez repensar tudo.

Durante toda a semana a imprensa do Rio de Janeiro disse que o Flamengo faria uma “blitz” para tentar marcar um gol nos primeiros minutos. O Atlético tomou vários dessa forma neste campeonato mas tinha acabado com o problema há algumas rodadas. Falha do Tiago Feltri e do goleiro Carini que se atrapalharam na tentativa de corte da bola. O time não jogava mal, mas na ânsia de empatar, levou o segundo gol. Continuou jogando bem e perdeu oportunidade impressionante com o Correa. Antes de acabar o primeiro tempo, o gaúcho Leonardo Gaciba deixou de apitar um pênalti do Petkovic no Tiago Feltri.

A torcida gritou “burro” para o técnico atleticano na volta para o segundo tempo porque queria Serginho no lugar de Renan e ele pôs o Evandro. O time melhorou em termos ofensivos, fez um gol mas não conseguiu levar maiores perigos ao gol do Bruno.

Encorpado

O Flamengo mostrou que tem, bem mais que Maldonado, Petkovic e Adriano, autores dos gols da vitória. A defesa é muito boa, comandada pelo Álvaro que continua em grande forma. Com a dose certa de catimba o time segurou os 2 x 1 e teve a devida paciência para chegar ao terceiro gol, com Adriano, que liquidou com as pretensões atleticanas de virada.

Simplicidade

O técnico Andrade destacou a simplicidade como o principal fator responsável pela reação do Flamengo que entrou pela primeira vez entre os quatro da disputa pela vaga na Libertadores da América. E ele é a personificação disso. Auxiliar técnico, ocupou o posto como interino justamente antes do jogo contra o Atlético no primeiro turno e o time se transformou.

Estas e outras notas estarão em minha coluna de O Tempo, amanhã, nas bancas!


Caminhando para mais um paulista

Faltam ainda quatro rodadas, mas mineiros, cariocas e gaúchos insistem em perder pontos que vão empurrando o título para os paulistas. Não tivessem entrado na briga tão tarde Cruzeiro e Flamengo possivelmente estariam decidindo o campeonato porque são os clubes mais estáveis do returno, apesar dos tropeços que andaram tendo. Os gaúchos estão fora da luta pelo caneco, mas ainda vivos na disputa pela vaga pela Libertadores.

Dureza

Dos 63.285 pagantes no Mineirão pelo menos 60 mil saíram decepcionados com a derrota atleticana, e ao contrário do que queria o falastrão presidente do Flamengo, Márcio Braga, não houve nenhuma tragédia, nem grandes confusões. Os “arranca-rabos” foram os de sempre, entre os mesmos manjados pela polícia, devidamente contidos.

Altos e baixos

É difícil explicar como um time vence adversários como o São Paulo no Morumbi e perde pontos em casa para concorrentes até menos qualificados. O Flamengo tem ótimos jogadores mas venceu na inteligência, economizando gás para os momentos finais da partida, quando seus melhores jogadores estavam exaustos. Pet pediu para ser substituido, Zé Roberto esgotou suas forças e Adriano apenas figurou nos momentos finais.

Resignação

A mesma lamúria é manifestada pelos cruzeirenses que poderiam estar na iminência de comemorar mais um título, mesmo tendo usado time reserva em vários jogos nas primeiras rodadas do campeonato. Faz uma ótima campanha no returno mas perdeu pontos incríveis, como na derrota para o Fluminense.

Determinação

Basicamente o que mudou no Cruzeiro foi a postura dos jogadores que estão jogando todas as partidas como se fosse a mais importante da vida deles. Contra o Sport, outra virada, depois de estar perdendo por 2 x 0. Na garra, correndo mais que os donos da casa, sem tirar o pé das divididas. Quando não dá na bola, vai na raça.

Essas e outras notas em minha coluna de amanhã no Super Notícia, nas bancas!


Torcedores viajam o dia todo para ver o time

Estou em Diamantina de onde volto amanhã direto para o Mineirão. O amigo Roberto Dedo, vocalista da Bat Caverna informa que sai daqui amanhã às 7 horas numa caravana com mais de 100 atleticanos.

 

É o futebol! São 300 quilômetros. O retorno é mais duro: chegada em casa por volta de duas da manhã de segunda feira, quando corre tudo bem na estrada.

Se o time ganha, ótimo, festa pura. Se perde, sai de baixo!

Prevenidos, os diamantinenses já vão com seus ingressos na mão. Um dos companheiros foi incumbido de ir à capital comprar os ingressos, na quinta feira.

Foi à sede de Lourdes, e por precaução, levou a lista com os nomes e número da carteira de identidade de cada um. A vendedora dos bilhetes olhou a lista e vendeu os ingressos sem problemas.DSC05842

Esta foto é da famosa Rua da Quitanda, em frente À Baiúca. Daqui a pouco começa a roda de samba, da Bat Caverna e convidados, porém é “BS”, na casa do “sô” Edvaldo e D. Elvira, pais do Luciano Orlando, um dos comandantes da banda.


Devagar com o andor

É muito fácil cobrar de um treinador que escale o time de forma ofensiva. Estou vendo muitos atleticanos reclamando da escalação para o jogo contra o Flamengo. Queriam que o Celso Roth escalasse o meio com Serginho ou Márcio Araújo no lugar de Renan.

Para mim o Roth está certo. Renan não é lá essas coisas, mas é o “melhor que está tendo” para este tipo de adversário. Ofensivamente é fraco, mas para desarmar é mais eficiente que os outros, e o Galo vai precisar demais disso.

Parar as arrancadas e categoria de Petkovic, Zé Roberto e Adriano não é tarefa simples. O Flamengo ainda tem o Maldonado, que dispensa comentários.

E vale lembrar o que todos os bons comentaristas do Rio estão falando: o Flamengo quer marcar um gol logo de cara e administrar o resultado.

Todo cuidado é pouco!


A luta continua

Jogar em Recife nunca é fácil, ainda mais na Ilha do Retiro. Mas o Cruzeiro venceu jogos fora de casamais difíceis nas últimas rodadas, contra o Inter e Corinthians, por exemplo. O Sport vai entrar no desespero, na famosa faca de dois “legumes”. Sai feito louco em busca de um gol e toma um, dois, três…

O perigo é que trata-se de um franco atirador, já conformado com a segunda divisão de 2010. E se não tem nada a perder, ganhar de um ou perder de cinco, tanto faz!

O certo é que, a Raposa precisa vencer para permanecer na disputa com reais chances de vaga na Libertadores e até título.


Rio Branco de Andradas põe pá de cal nas pretensões do Funorte

Está no blog do Christiano Jilvan, de Montes Claros: www.devenetaonline.blogspot.com

Sonho de apenas um dia

Diretoria do Rio Branco considera proposta muito atraente, fala de ética e descarta parceria com o Funorte e mudança para Montes Claros
O Funorte bem que tentou, mas para jogar a Primeira Divisão do futebol mineiro vai ter mesmo que conseguir a vaga dentro de campo já no Módulo II do ano que vem. Foi negativa a reposta à sua proposta de parceria feita ao Rio Branco para que o clube de Andradas reveja seu pedido de licença na Federação Mineira de Futebol, volte à condição de competidor da elite estadual e transfira sua sede para Montes Claros pelos próximos três anos agregando ao seu nome o do Formigão. A notícia foi divulgada com exclusividade pela Veneta nessa quinta-feira.

Na tarde de hoje, a direção do time de Andradas publicou em seu portal eletrônico, às 17h37, um comunicado reiterando os atrativos da proposta feita pelo clube de Montes Claros, mas considerou que “os valores axiológicos falam mais alto” em um momento como esse. “Com os sinceros agradecimentos (…) pelo interesse demonstrado, a implicar expresso reconhecimento da tradição, da importância e do relevo do Rio Branco na cena futebolística, a resposta (…) será negativa”, assinou o presidente Cláudio Messias Turatti na nota intitulada “Resposta a Montes Claros”.

O QUE SERIA

A sugestão do Funorte era trazer para o Norte de Minas somente a vaga na Elite e o nome do Rio Branco. Todo o elenco e as despesas seriam assumidas pelo Tricolor, com jogos no Estádio José Maria Melo contra Atlético, América, Cruzeiro e outros elitistas do Estado. O clube chegou até a abrir mão da cota de TV – R$ 600 mil/ano –, permitindo que o Rio Branco ficasse com o dinheiro para ajudar no seu projeto de construção do estádio próprio.
Havia otimismo pelo lado do Formigão para o sucesso no acordo, não apenas pelo fato de o presidente Cláudio Messias Turatti – do Rio Branco – ter acenado a favor, mas pela legalidade na ação, que permite que um clube mude de sede a partir do estatuto. Mas a decisão dependeria do restante da diretoria e do conselho deliberativo do time de Andradas.

O comando do Rio Branco alega que o compromisso ético com a comunidade de sua cidade deve ser mantido, mesmo reconhecendo que “a parceria proposta pelos monte-clarenses é excelente. Do ponto de vista financeiro, pode até parecer irracional o Rio Branco recusá-la (…) Três anos de cotas de TV significaria um bom dinheiro. Mas dinheiro não é tudo”, acrescentou o mandatário em sua nota.

ABRE MÃO

Mesmo na Elite de Minas Gerais e com vaga na Copa do Brasil 2010 como campeão do interior neste ano, o Rio Branco vai levar adiante o pedido de afastamento por período indeterminado após os desentendimentos em Andradas. Sua diretoria quer assumir o estádio Parque do Azulão em definitivo em troca de um terreno de 250 mil metros quadrados. O campo pertence à Prefeitura, que concordou com a cessão, mas há correntes contrárias na Câmara Municipal, responsável pela aprovação ou não do projeto de troca.

Sem paciência para esperar a boa vontade dos vereadores de Andradas, o clube preferiu devolver a administração do Parque do Azulão – que funcionava em regime de comodato –, pedir licença na FMF e investir o dinheiro que aplicaria no futebol profissional na construção de um estádio próprio no seu terreno. A mesma iniciativa foi feita pelo Mamoré, que esteve três anos longe das competições oficiais até ter poder contar com o seu campo próprio em 2009. Na Segunda Divisão, o time de Patos de Minas é líder.