Blog do Chico Maia

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Fim da velha conversa

Hoje ficou provado que a alegação de “segurança” para que o Cruzeiro sempre ficasse com o banco de reservas do lado direito das cabines de rádio era uma enganação. Nunca antes na história do Mineirão isso tinha acontecido. Pois hoje foi assim, não houve nenhum incidente nem de um lado nem do outro e nenhum problema com arbitragem, com vitória do Cruzeiro, que teve o Zezé Perrela dando chilique por ter que sair daquele vestiário.

O campeonato está a cada rodada mais equilibrado e quem está na cabeça tem feito tudo para sair de lá. Hoje não tenho o menor palpite de quem deve ser o campeão, quem terá vaga na Libertadores e quem será rebaixado.


Vitória incontestável

A vitória do Cruzeiro foi justa e sem nenhuma margem para reclamação do Atlético, que aliás, não reclamou de nada, a não ser da sua própria fragilidade em termos de elenco.

Não adianta ter maior volume de jogo, posse de bola, mais finalizações e blá, blá, blá…

O negócio é bola na rede e isso o Cruzeiro fez, com competência para não levar gols.


Bestiais e bestas

Técnico de futebol é igual a árbitro. Tem dias de gênio e dias de idiota. Todos estão neste contexto, inclusive os grandes nomes do presente e do passado.

A lógica é simples: se ganha, é genial; se perde, é um porqueira, para não usar palavra pior.

Dizia Oto Glória, que ganhou fama mundial no comando da seleção de Portugal, nos anos 1960: “O treinador quando vence é bestial, quando perde é uma besta”.

Adilson e Celso Roth são semelhantes.


Jogo chato, com transmissão pior ainda

O estádio com quase vazio em La Paz mostrou o grau de importância de Brasil e Bolívia, pelas eliminatórias. As duas seleções com suas vidas resolvidas na competição: a nossa classificada por antecipação; a deles, vice lanterna, sem chances matemáticas de ir à Copa do Mundo de 2010. Um amistoso de luxo, onde o principal assunto enfocado foi a chatice da altitude e seus efeitos. Na Globo, Galvão Bueno diz que a zaga brasileira perdeu o tempo da bola por causa da altura da capital boliviana, no gol deles, logo de cara. Mudei de canal, mas na Band, o Luciano do Valle dizia que o Nilmar sentia “nitidamente” a altitude, apesar de jovem, porque “dá pra ver que está buscando ar”. Isso com menos de dez minutos de jogo. Tirei o som da TV e passei a ouvir o Milton Naves e o Maurílio Costa, que respeitam a inteligência de quem os ouve.

Quando comecei na minha vida de repórter esportivo, ficava irritado quando me diziam que eu pertencia a uma categoria que era responsável pelo processo de “imbecilização” do povo brasileiro. Com o passar dos anos, naturalmente, deixei de me irritar com quem diz isso. A irritação passou a ser quando ouço companheiros dando argumentos para que essa verdade se firme cada vez mais.

Dramatização

A maioria da imprensa prega que não deve haver jogos na altitude de La Paz. Nada a ver. É a mesma coisa que dizer que não se pode jogar num campo cuja lama esteja atrapalhando o desenvolvimento do jogo. Ora, ora, é o futebol e os ambientes onde ele é jogado. Tem gente que acha um absurdo, jogos às 10 horas em Ituiutaba, por causa do calor “desumano”.

Desculpas

Quando um time é melhor ou está melhor preparado, supera qualquer adversidade em campo, seja na altitude, no calor ou até as arbitragens ruins e suspeitas. O Cruzeiro campeão brasileiro foi muito prejudicado por árbitros em vários jogos em 2003, mas o time era tão bom que raramente alguém reclamava. Ganhou tudo que disputou naquele ano, com sobras.


O clássico é para quem tem coragem

Nos bancos

É jogo que costuma ser decidido por alguém que desequilibra dentro das quatro linhas ou no banco, onde o treinador que consegue enxergar melhor o jogo, se dá bem, com uma alteração técnica ou tática. O Cruzeiro não tem nada a perder e pode ir para o tudo ou nada. O Galo, se for medroso como foi contra o Botafogo, pode dar adeus às suas pretensões ao título.

Justiça

A falácia em torno do Atlético ficar com o vestiário do lado direito das cabines do Mineirão é ridícula e injustificada. O mando de campo é dele e fim de papo. Se é a primeira vez na história que isso vai ocorrer, é porque, até então, o Cruzeiro foi mais esperto na guerra de bastidores. O resto é conversa fiada.

Satisfação I

Que prazer rever o Matheus, que formou um dos melhores meio de campo que o América já teve. Eram Lúcio, Ludo e ele, no início dos anos 1980. Especialista na cobrança de faltas, era um maestro dentro de campo. Parou ainda jovem, aos 27, e foi cuidar da Engenharia, profissão que abraçou. Hoje, aos 48, é dono de quadras de futsal em Belo Horizonte, o Planeta Bola, e joga suas peladas.

Satisfação II

Na mesma roda onde revi o Matheus, conheci o Chicão, irmão mais novo do goleiro Fábio, que fez sucesso no Atlético, Cruzeiro, São Paulo e chegou à seleção brasileira, convocada para a Copa de 1966. Foi o Chicão quem me contou que o Fábio poderia ter entrado para a história como o primeiro goleiro a levar um gol no Mineirão, no famoso jogo de inauguração, entre a seleção mineira e o River Plate. Ele defendeu um pênalti batido pelo time argentino, antes do histórico gol marcado pelo Bugleaux para a seleção. Discreto, nunca disse que tocou um dedo na bola, e a imprensa sempre disse que a bola foi direto na trave.

Satisfação III

Ainda não tive o prazer de conhecer o Fábio pessoalmente, mas hoje ele é dono de restaurante no Retiro do Chalé, na região de Nova Lima, e vai completar 73 anos de idade, no dia 11 de novembro. Um nome dos mais importantes da grandeza do futebol mineiro, porém pouco lembrado por nós da imprensa, exatamente por causa da discrição que ele sempre adotou como forma de viver.

Este encontro que tive com tanta gente boa ligada ao futebol foi proporcionado pelo aniversário do empresário Rono Neves, atleticano, que está incomodado porque a filha Naara disse que é torcedora do América e ninguém a demove da idéia. Prova que o futebol é isso: um clube tem que conquistar títulos, quaisquer que sejam, para atrair principalmente crianças como a Naara.

Essas e outras notas, em minha coluna de amanhã, no Super Notícia, nas bancas!


Notas e muitas fotos de várias viagens em uma só

Resumi imagens e comentários que considero mais importantes nessa segunda parte da viagem que fiz para a cobertura do Congresso do COI, que elegeu o Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016.

Depois de Copenhague fui conhecer Lund, cidade ao lado de Malmoe, na Suécia, a convite da Christina Mello, de Belo Horizonte, que mora lá há vários anos, onde existe uma das universidades mais antigas do mundo.

De Lund fui conhecer Praga, desejo antigo, que compensou plenamente, pois é um dos lugares mais impressionantes que já conheci. Pela beleza, pela história, pela simpatia das pessoas, pela facilidade de se locomover e pelo custo de tudo, muito mais baixo que a média geral das grandes cidades européias.

Antes já havia passado por Berlin e voltei a Frankfurt, de onde peguei o voo de volta.

Obrigados a você que tem prestigiado este site/blog, com a sua leitura, e principalmente com os comentários, que em muito me ajudam, além de ser um incentivo para que eu queira sempre estar postando notas e fotos aqui.


Fica pra mais tarde

Deixarei para amanhã ou depois as fotos e agradecimentos aos amigos que fiz durante essa viagem, assim como as fotos de Praga, uma cidade inesquecível e imperdível, dessas que somos obrigados a querer a voltar, por tudo e por todas as pessoas.

Lá, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente, o ex-presidente, escritor e dramaturgo, Václav Ravel, o último presidente da Thecolosváquia, primeiro presidente da República Theca, humanista, testemunha viva e parte da história do fim do comunismo e da queda do muro de Berlin.


Com direito a pé de maçãs!

Chegada pelo acesso da imprensa ao Bella Center, o centro de conferências onde foi, até ontem, o Congresso do COI. Detalhe para o pé de maças, lotadoEUROPA2009 244
 

 


Aniversário de um Zé da Guiomar, em Conceição

Uma pausa nessas fotos européias para homenagear a um grande amigo que está aniversariando hoje, recebendo as merecidas “Honras de Chefe de Estado”. É o Renato, da “Sá Rosa”, irmão da Rosinha, do Deco e do Paulo Virgílio, o “Grilo”. De uma família cheia de artistas, Renato é o saxofonista da banda Zé da Guiomar, sucesso maior do samba de raiz de Minas Gerais no momento, das melhores do país.

Apesar de estar feliz onde estou agora, em Sete Lagoas, também estou na maior inveja dele e dos amigos que estão curtindo agora um “chá com torradas” e uma “devoção ao Bom Jesus” lá em Conceição do Mato Dentro

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A foto está meio desfocada, mas dá pra identificar, da esquerda para a direita o aniversariante Renato, Deco, Pico, Cadinho Faria, alguém que pensei que fosse eu mas não é, Cristiano, Sadi e Xistinho Guerra (acho), no início da última noite do ano passado, no Bar da Rosinha.


Desprezo que custou caro

Chicago não deu a mínima para o balcão à disposição das cidades para exibir seu material de divulgação, ao contrário do Rio, Tóquio e MadriEUROPA2009 246