Blog do Chico Maia

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Dificuldades na reta final eram previsíveis; América precisa é de apoio geral neste momento

Há sete jogos sem vencer, o América precisa é se unir e contar com o apoio geral dos mineiros para continuar fora da zona da degola. As dificuldades da reta final do campeonato estavam previstas em função do orçamento e investimentos entre os concorrentes. Elenco com limitações técnicas sofre com as contusões e suspensões que se acumulam nas últimas rodadas. Os pontos somados no turno estão segurando a barra até agora, mas ainda faltam 12 para se manter na Série A 2019. Precisa beliscar um ou dois pontos fora, começando sábado contra a Chapecoense e garantir pelo menos duas vitórias no Independência contra outros concorrentes diretos, o Paraná e o Bahia. Os outros que terá em casa são o Cruzeiro e o Santos. Fora, terá ainda o Inter, Palmeiras e Fluminense.


Os goleiros Bruno, Diego Alves e as voltas que a bola dá

Foto www.oglobo.com.br

Bruno estava em ótima fase no Atlético e começou queimar o próprio filme ao mostrar arrogância e falta de profissionalismo no trato com o seu reserva Diego Alves, que chegou a ser humilhado em entrevistas por ele. Quando foi para o Flamengo, tirou uma última lasca dizendo que quem merecia sucedê-lo no Gol alvinegro era o Edson, “este sim, um ótimo goleiro”.

Diego manteve a humildade fechou o gol atleticano, foi para a Espanha, onde se tornou um dos melhores da Europa e retornou consagrado ao Brasil, enquanto Bruno se tornou um presidiário.

No Flamengo, alternou boas partidas e algumas nem tanto. Por causa de contusões, acabou perdendo a posição para o prata da casa César. E não é que o Diego deu uma de Bruno, se recusando a viajar com o time por não aceitar a reserva?

Lamentável. Que se lembre do seu passado e volte a calçar as sandálias da humildade.


O Cruzeiro está jogando para cumprir tabela neste Brasileiro

Especialmente porque o seu objetivo do momento já foi alcançado, que é a Copa do Brasil e a vaga direta na Libertadores da América 2019. Entrou em campo contra o Ceará completamente displicente enquanto o adversário dava a vida em mais um passo para fora da zona do rebaixamento, além de ter bom time, montado pelo Lisca Doido.

Para ficar mais tranquilo ainda na competição, espera chegar logo aos 45 pontos para não mais correr riscos em zona de degola. Neste aspecto, faltam apenas cinco e a partir do próximo sábado podem ficar faltando apenas dois, já que o time volta a campo em casa contra o lanterna do campeonato, e já rebaixado Paraná, às 21 horas.


O Atlético de Levir Culpi, a ajuda do Cruzeiro ao América e a justa reclamação do Mano Menezes

Depois de dez dias de férias, uma semana no Rio Grande do Norte, estou de retorno a Belo Horizonte. Vi apenas os gols da rodada e algumas presepadas nos noticiários. Atua atualizada via twitter e pelo que li da curtiva do Adroaldo Leal em texto do Mário Alaska, o fim de semana em nossa capital foi muito legal, né? @marioalaska: “Orgulho de BH! Pessoas a caminho do Mineirão pra ver Roger Waters, a caminho do Indepa pra ver Cruzeiro x Chape, fila pra entrada na casa Fiat de Cultura, os teatros movimentados, a cidade respira. Aplausos”.

Sobre o Galo, o Frederico Ribeiro‏, do Hoje em Dia, escreveu: @Fredfrm “Levir Culpi, sobre as peças do elenco do Atlético: ‘A culpa é minha por não conhecê-los e é possível que eu cometa alguns erros nesses dias. Depois não, depois eu vou dominar a situação’.

O Fred falou outra importante sobre a nova ordem no Atlético: “Levir Culpi comentou sobre Cazares e usou argumento da época em que barrou R10 e Tardelli em 2014: ‘Cazares tem qualidade técnica (…) Mas precisamos traduzir isso para números. Nós somos números’ Participação em gols de Cazares no Galo: 2016 – 14,51% 2017 – 22,8% 2018 – 21%”

Alexandre Simoes‏ @oalexsimoes retweetou o @Esp_Interativo: “EITA, DEYVERSON! O jogador do Palmeiras deu uma de Karatê Kid, acertou o jogador do Ceará e depois saiu pedindo desculpas pra torcida!” e comentou em seguida: “Gente, se o Sassá levou 6 jogos de gancho, o Deyverson tem de tomar pelo menos uns 12. Não tem explicação para o que ele fez.”

***

O Cruzeiro levou apenas 45 minutos para atropelar a Chapecoense, resultado que ajudou o América na corrida da zona do rebaixamento.

Com razão, Mano Menezes reclamou mais uma vez a insanidade do calendário do futebol sul-americano:

__ Até quando o torcedor vai gostar de ver 60 % do potencial de um time e do bom jogo de duas equipes? Infelizmente é o que podemos oferecer no momento com um calendário de jogos da forma em que está hoje em dia. Quem compra o campeonato tem de valorizar o seu produto. E quem organiza saber que um bom jogo vai depender das boas condições dos atletas. Não é choro, nem nada. Podemos fazer algo melhor pelo futebol e uma reflexão é necessária.

Falou e disse!


Eduardo Costa no coração do Barça e uma pequena aula de marketing e turismo

Eduardo Costa admirando a grandiosidade do estádio do Barcelona, com capacidade para 99.354 torcedores

Os ouvintes da Itatiaia estão sentindo falta do Eduardo Costa, mas já já terminam as férias dele. Foi curtir a Europa com a família e como amante do futebol que é, visitou o Camp Nou, um dos templos maiores do futebol mundial. Estádio, museu e outras dependências do clube que além de emblemáticas, são respeitáveis fontes de renda a mais para o Barça.

Nos enviou boas fotos e pedi a ele mais informações para repassar às senhoras e senhores. Estive lá em 2005, mas eles se preocupam tanto com o cliente, que hoje parece outro tour, outro museu, outro estádio. Evolução e melhorias sempre!

E perguntei ao Eduardo Costa se ele acha que algum clube brasileiro conseguirá chegar a este nível de organização e faturamento com marketing um dia. Ele respondou:

* “O tour custa 27 euros (R$ 130), mas eles acabam nos tomando 69 (R$ 325) porque acabamos comprando fotos e fatos históricos em álbum maravilhoso. Simplesmente dez! A gente vê as taças, filmes, fotos, homenagens, inclusive aos mortos e o principal deles é Johan Cruijff, o holandês. Sempre cheio. Visitamos vestiário, sala de imprensa, zona mista, cabines e vai à beira do gramado.

Filas e mais filas de turismo que podem chegar de carro, metrô ou ônibus daqueles que rodam a cidade por um preço só. Dentro do estádio, lojas, bares, banheiro e todo o conforto… até uma pista de gelo. Percebe-se respeito a todas as modalidades mas em especial com o futebol. Todos os ídolos são venerados, mas fica clara a mágoa com Neymar que só aparece nas conquistas. Um carinho sem limites com Ronaldinho Gaúcho. A chuteira com que Beletti decidiu a Champions de 2006 está lá, assim como registros de Ronaldo, Rivaldo e Romário, além de outros brasileiros como Dani Alves. Um espetáculo.

Se um clube do Brasil vai chegar lá? Quem sabe o Galo? Se pensar grande, no momento de futebol pequeno?

Eduardo Costa em dois tempos no Tour pelo Camp Nou, do Barcelona: com a filha mais velha, Fernanda . . . e

com Lionel Messi ao lado de uma das bolas de ouro do craque argentino.


O aniversariante Thiago Reis em tempos de arrancada profissional

Sempre é tempo de homenagear a grandes figuras. Anteontem foi aniversário do Thiago Reis, e por coincidência me deparei com essas fotos, do dia 2 de julho de 2010, quando tive o prazer de trabalhar ao lado do “Seu Nome Seu Bairro” que se firmava naquela época como um dos repórteres da prateleira de cima da Itatiaia e do Brasil. No Estádio Nelson Mandela Bay em Port Elizabeth, Copa da África do Sul. Foi na derrota por 2 a 1 para a Holanda e eliminação do Brasil nas quartas de final do Mundial.

Parabéns a ele, amigo e grande profissional.

Nessa foto com o Rogério Maurício, na época editor-chefe do jornal Super Notícia, atualmente diretor de programação da Rádio Super 91,7. Outra grande figura!


Na cartilha do Mano Menezes conquista maiúscula do Cruzeiro no Itaquerão

O árbitro carioca Wagner do Nascimento Magalhães foi corajoso, cumpriu as regras e não atrapalhou a final da Copa do Brasil que mais uma vez foi para o Cruzeiro, com todos os méritos. Jogo de nervos à flor da pele com os ingredientes preferidos do Mano Menezes, que deitou e rolou outra vez com a sua estratégia, inclusive no momento certo de por o Arrascaeta em campo e decidir a parada.

Com a vantagem do empate a seu favor além da pressão e impaciência da torcida corintiana, jogando contra o próprio time, o Cruzeiro mandou na partida e teve sangue frio para administrar o resultado que lhe interessava.


Quatro anos depois Levir Culpi volta para onde não devia ter saído

Estou de férias, no nordeste do Rio Grande do Norte. Ouvi agora há pouco manchete do Jornal Nacional informando que Thiago Larghi foi dispensado pelo Atlético. Só o Galo mesmo e outros grandes clubes para dar notoriedade dessa forma! Li que o Levir Culpi está de volta. Boa notícia.

O maior erro do Daniel Nepomuceno foi perder Levir Culpi, quando estava assumindo a presidência do Atlético. Conduziu mal aquele momento. Quis contratar o ex-técnico da Argentina Alejandro Sabella ou Muricy Ramalho, tomou dois “não”, Levir ficou sabendo e entregou o cargo quando faltavam três rodadas para o fim do Brasileiro. Obvio que saiu magoado.

Certamente não foi praga dele, profissional corretíssimo e respeitador dos colegas de profissão, mas de lá para cá o Galo não conseguiu acertar na contratação de nenhum técnico. Thiago Larghi foi um estagiário que custou caro, demorou ser dispensado, mas passou. Dá tempo de arrumar a casa, conseguir vaga na Libertadores ou na “pré” e começar logo montar time para 2019.

Feliz retorno ao Levir; sucesso ao Larghi, gente boa, na sequência da carreira! Vida que segue.


Corinthians terá o grito e pulos da torcida, cada vez menos influentes em campo; Cruzeiro as demais vantagens

O Corinthians tem a seu favor a força de sua fanática torcida empurrando o time, gritando o tempo todo e pulando nas arquibancadas do Itaquerão. Mas essa força já não é a mesma dos tempos em que o time mandava seus jogos no Pacaembu e aquele alambrado de aparência frágil, que deixava o adversário morrendo de medo de uma invasão do campo. Como a torcida não joga e grito tem cada vez menos influência dentro das quatro linhas, o Cruzeiro tem amplas condições de voltar mais uma vez campeão da Copa do Brasil de terras paulistas. Seu elenco é melhor, o time mais conjunto e o treinador Mano Menezes é especialista em situações como essa. Vai administrar a vantagem feita no Mineirão e poderá até vencer a partida. Caso o árbitro carioca Wagner do Nascimento Magalhães não atrapalhe, teremos uma grande final com faca e queijo nas mãos cruzeirenses.

Mais detalhes dos times e do ambiente da partida nessa reportagem do Josias Souza, no SuperFC: (mais…)


Inspirado em Mano Menezes e Abel Braga, Lisca (que de doido não tem nada), caminha para a prateleira de cima dos treinadores

Lisca Doido é o atual técnico do Ceará. Foto: Bruno Aragão/Ceará

A intensidade de um jogo das 11 horas de um domingo no fim de setembro me fez parar diante da TV para ver de quem se tratava. Era jogo do Brasileiro, mas parecia do inglês ou espanhol. O time de camisa branca dava um sufoco danado no listrado de preto e azul. Uai, Grêmio? Sim, e em casa, tomando sufoco do Ceará. Jogaço, vitória gremista, de virada, 3 a 2. A partir daí passei a prestar mais atenção ao trabalho do Lisca “Doido”, que tirou o Ceará da penúltima colocação do campeonato, venceu o Flamengo no Maracanã, Corínthians  e está quase conseguindo tirar o time do rebaixamento.

Era treinador do juvenil do Internacional, quando o Mano Menezes comandava o júnior. O técnico do Cruzeiro e Abel Braga, são os dois colegas de profissão mais admirados por ele, que concedeu ótima entrevista ao “Estadão”:

* “’Meu sonho é me firmar no mercado dos 12 grandes’, afirma Lisca Doido”

Por Renan Cacioli, O Estado de S.Paulo

Nos próximos dias, é capaz de Muricy Ramalho receber um telefonema inesperado. Do outro lado da linha, estará Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, o Lisca Doido. Recentemente, o agora comentarista esportivo e colunista do Estado durante a Copa disse em um programa de TV que o técnico do Ceará era bom, mas seu jeito não o levaria muito longe. “É muito bom treinador, só tem de acabar com esse negócio de louco”, opinou Muricy.

Não que Lisca não goste da segunda parte do apelido que o tornou personagem querido no futebol, principalmente dos torcedores das equipes que dirige. O problema é ser visto apenas da forma folclórica, pejorativa. “Chamou a atenção, porque o Muricy é um cara renomado e comentou isso. Vou ligar pra ele”, promete.

Alucinado por futebol, mas também por qualquer esporte que esteja passando na televisão e do qual possa tirar conceitos táticos para aplicar no seu trabalho, Lisca, de 46 anos, é do tipo metódico. Diz que acorda às 6h da manhã desde os 10 anos. Em Fortaleza, isso significa correr na praia e dar um mergulho antes de pensar no Ceará, que luta para se manter na Série A do Nacional.

Lisca vive solitário, já que a mulher, Danielle, e as filhas Giovanna, 12 anos, e Antônia, 9, moram em Porto Alegre, cidade onde iniciou a trajetória, treinando as categorias de base do Internacional. Lisca não foi jogador. Nas horas vagas, estuda. Lê, assiste, escuta. E fala, muito, sem freios, como nesta entrevista ao Estado.

Até que ponto ajuda o lado engraçado de ser o Lisca Doido, e até que ponto atrapalha na sua ascensão como treinador?

Depende muito de quem está recebendo a mensagem. Tem o Lisca Doido superpositivo, que as crianças gostam, a torcida tem empatia, que é doido por aquilo que faz, apaixonado pelo trabalho. Mas tem o lado pejorativo. Acompanho os programas, alguns colegas teus que nem conhecem o que acontece, mas o negócio do Doido vira um adjetivo pejorativo.

Tem superstição ou mania?

Sou treinador desde 1990, já ganhei de um jeito, perdi de outro, usando o mesmo tênis, dando ré com o ônibus, três pulinhos… Já foram tantas vitórias e derrotas de tantas maneiras. Em alguns jogos, fico mais agitado. Em outros, dou uma meditada antes, tento relaxar.

Costuma apelar mais ao aspecto emocional ou tático nas preleções?

Depende do momento. Em alguns casos, posso trabalhar mais o emocional. Mas a preleção é o resumo final da preparação para o jogo, da parte tática. É preciso cuidado para o jogador não receber muita informação. A parte mental entra também, dependendo da situação, como quando é necessário acender o botão da competitividade do time. (mais…)