Blog do Chico Maia

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Antes, uma parafernália danada. Hoje, apenas um telefone. Viva a evolução tecnológica

Em toda Olimpíada ou Copa do Mundo a expectativa da imprensa e torcedores em torno da evolução tecnológica é enorme. Sempre há novidades para as competições e para o nosso trabalho. E há coisas muito recentes que já se parecem antigas, mas eu sempre me impressiono. Por exemplo: eu participando, por telefone/vídeo, do nosso podcast Prateleira de Cima, no YouTube, do aeroporto de Guarulhos, com os companheiros Regis Souto e Emanoel Ferreira, nos estúdios da InterRede, em Belo Horizonte.

Gaúcho da Prateleira de Cima
Que prazer reencontrar o José Alberto Andrade, companheiro de tantas coberturas internacionais, também aqui em Paris, na Olimpíada. Excelente repórter e comentarista do fortíssimo Grupo RBS (Rádio Gaúcha, Jornal Zero Hora e parceira da Rede GloboTV), do Rio Grande do Sul.
Figura humana fantástica!

Que prazer reencontrar o José Alberto Andrade (centro), companheiro de tantas coberturas internacionais, também aqui em Paris, na Olimpíada.

Excelente repórter e comentarista do fortíssimo Grupo RBS (Rádio Gaúcha, Jornal Zero Hora e parceira da Rede GloboTV), do Rio Grande do Sul. Figura humana fantástica!

À direita, o Eugênio Sávio, um dos fotógrafos de maior prestígio do país, ex-editora Abril, professor da PUC/MG, criador do Festival de Fotografia de Tiradentes.


Paris amanhece com chuva e com notícias de sabotagem a trens

Região do Rio Sena, em frente a La Conciergerie, antigo palácio real que foi transformado em prisão. Sua prisoneira mais famosa foi rainha Maria Antonieta, em 1793, Saiu de lá, direto para a guilhotina. (Foto de minha autoria)

No dia da abertura da Olimpíada, a cidade amanheceu com chuva fina e preocupação do comitê organizador dos Jogos, já que a cerimônia oficial de abertura será a céu aberto, às margens do Rio Sena. Outra notícia incômoda esta manhã, que causa apreensão, é sobre sabotagem em estações do trem de alta velocidade, o TGV, em linhas do norte da França, que provocaram atraso que prejudicaram a quase um milhão de pessoas em deslocamento no país.


O jornal Le Monde, de Paris, deu mais detalhes:
“A poucas horas da cerimônia de abertura dos Jogos de Paris, ataques coordenados nas linhas de trem paralisam o transporte ferroviário de alta velocidade para o norte, leste e oeste da França. Quase 1 milhão de passageiros são afetados.
Tráfego ferroviário de alta velocidade da França interrompido por ‘atos maliciosos’ na manhã da cerimônia olímpica
A rede ferroviária de alta velocidade TGV foi interrompida nas linhas do oeste, norte e leste do país, afetando cerca de 800 mil passageiros e causando atrasos antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.
A rede ferroviária de alta velocidade da França foi atingida por “atos maliciosos”, incluindo ataques incendiários que perturbaram o sistema de transporte, disse a operadora ferroviária SNCF na sexta-feira, 26 de julho, horas antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris.
“Este é um ataque massivo em grande escala para paralisar a rede TGV”, disse a SNCF à Agence France-Presse (AFP), acrescentando que muitas rotas terão de ser canceladas e a situação durará “pelo menos todo o fim de semana enquanto as reparações são realizadas”. .”

800.000 passageiros afetados
“Os ataques incendiários foram iniciados para danificar as nossas instalações”, afirmou, acrescentando que o tráfego nas linhas afetadas foi “fortemente perturbado”. Os trens estavam sendo desviados para vias diferentes “mas teremos que cancelar um grande número deles”, disse o comunicado. A SNCF instou os passageiros a adiarem as suas viagens e a ficarem longe das estações ferroviárias. O presidente-executivo da SNCF, Jean-Pierre Farandou, disse que 800 mil passageiros foram afetados.

O “ataque massivo” contra a rede ferroviária de alta velocidade foi um “ato criminoso ultrajante”, disse o ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, na sexta-feira. Haveria “consequências muito graves” para o tráfego ferroviário durante o fim de semana, com as conexões para o norte, leste e noroeste da França reduzidas à metade, disse Vergriete.

https://www.google.com/search?q=traduzir+ingl%C3%AAs+para+portugu%C3%AAs&oq=tr&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUqDggAEEUYJxg7GIAEGIoFMg4IABBFGCcYOxiABBiKBTIOCAEQRRgnGDsYgAQYigUyBggCEEUYOTIHCAMQABiABDIHCAQQABiABDIHCAUQABiABDINCAYQLhjHARjRAxiABDIHCAcQABiABDIHCAgQABiABDIHCAkQABiABNIBCTI5NjRqMGoxNagCCLACAQ&sourceid=chrome&ie=UTF-8

Em Paris, tudo pronto e nenhum problema de segurança registrado até agora. (Fotos do Rio Sena, de minha autoria)


De Confin$ a Pari$. Nada barato em lugar nenhum

Com o euro a seis reais tudo na Europa realmente soa como caro para brasileiros, principalmente na França. Porém, a gente já começa a se preparar no aeroporto de Confins, onde um pão de queijo e um café cappuccino ficam em R$ 26,00, ou 3,3 euros.

Se bem que o fotógrafo do Estado de Minas, Leandro Couri, tomou um susto quando pediu uma garrafa pequena de água mineral, no desembarque no Aeroporto Charles De Gaulle e pagou 3,50 euros, ou R$ 21,00.

Bife a R$ 126,00

No restaurante simples, perto do airbnb onde estou hospedado, no bairro La Villette, o prato básico, “entrecote”, que é a mesma coisa que que um bife, acompanhado de uma saladinha de tomate e couve, com um molho realmente muito bom, custa 21 euros (R$ 126,00).

Com uma “bière a la pression” (chope) antes, custando 6 euros (R$ 36,00), deixei 162 pratas no meu primeiro almoço nessa cobertura de Paris 2024.

Mas valeu a pena!


Seleção feminina do Brasil estreia hoje na Olimpíada, com goleira do América

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

FA seleção feminina brasileira de futebol estreia daqui a pouco, 14 horas, nos Jogos Olímpicos de Paris, contra a Nigéria, em Bordeaux, cidade que fica a 590 Km da capital francesa. A atacante Marta, continua sendo a principal jogadora do time, que uma jogadora do América: a goleira Tainá, 29 anos, nascida em São Paulo. A ecalação inicial ainda não saiu.


Depois da Nigéria as adversárias serão o Japão e a Espanha.


Apesar de poucas chances nesta edição, o time brasileiro tem duas medalhas de prata, nos Jogos: Atenas-2004 e Pequim-2008. Em 2021, foi eliminado pelo Canadá nas quartas de final, nos pênaltis, após empate em 0 a 0. Presente em todas as sete edições do torneio feminino, a seleção brasileira sempre passou, ao menos, da primeira fase.
O técnico é o paulista Arthur Elias, conhecido por grande trabalho no Corinthians.


Futebol começa com confusão envolvendo a arbitragem em jogo da Argentina

Confusão na vitória marroquina sobre a Argentina no início dio futebol em Paris’2024

Lambança de um árbitro sueco, Glenn Nyberg, que apesar de apenas 35 anos de idade, tem histórico de grandes confusões no apito. Mas, como os grandes mistérios que cercam o submundo do futebol, tem padrinhos fortes nas várias esferas do mundo da bola, e continua apitando em competições importantes. Certamente vai continuar, enquanto tiver apadrinhamento poderoso.

Não tem jeito. O problema do apito extrapola fronteiras. A bola rolou nessa quarta-feira. Entre os homens o nosso continente conta com a Argentina e o Paraguai, já que a seleção brasileira pisou na bola e não se classificou. O time feminino, ainda tendo a veterana Marta, como a principal jogadora, aos 38 anos de idade, tem poucas chances, considerado azarão.

Time do Otamendi
A Argentina tem como treinador o ex-volante do Barcelona e Corinthians, Javier Mascherano. E três campeões mundiais no Catar em 2022: zagueiro Otamendi – ex-Atlético, o meia Thiago Almada e o atacante Julián Álvarez. É permitido que toda seleção tenha três jogadores acima da idade limite, de 23 anos. Messi nem pensou em topar. Quer e tem grande chance de estar na Copa de 2026.


Os argentinos estão no grupo B, e perderam de 2 a 1 na estreia, para Marrocos, com 15 minutos de acréscimos, quando Marrocos vencia por 2 a 1. E só depois dessa prorrogação toda, que os argentinos conseguiram empatar. Confusão no estádio, bombas, invasão do gramado pelos marroquinos e uma hora depois a bola voltou a rolar. Com a recomendação do VAR para anular o gol argentino, devido a uma falta.

A arbitragem, mais o VAR, cada vez mais difíceis, no Brasil e no mundo todo.


O Paraguai, que tomou a vaga do Brasil nessa Olimpíada, deu vexame na estreia: tomou de 5 a 0 do Japão, com Gatito, goleiro do Botafogo.

Rogério Micale, ex-técnico do Atlético, sempre com ótimos agentes para encaixá-lo, está aqui, como treinador do Egito, que empatou na estreia com a República Dominicana…
A dona da casa, França, venceu os Estados Unidos por 3 a 0 nessa primeira rodada da fase de grupos.

Brasil, fora
Interessante é que a seleção brasileira é a atual campeã olímpica. Venceu a final contra Espanha nos Jogos de Toquio em 2021. Quase o mesmo time espanhol que foi campeão da Eurocopa, semanas atrás, com grandes nomes revelados.
O Brasil não revelou ninguém e fez feio na Copa América deste ano, disputada nos Estados Unidos e vencida pela Argentina.

Estádios do futebol
O futebol está sendo disputado em sete estádios na França: Parque dos Príncipes, em Paris, Bordeaux, La Beaujoire, em Nantes, Lyon, Marseille, Nice e Saint-Etienne.


A maior de todas as Olimpíadas . . . a maior de todas as Copas . . .

Uma das salas de entrevistas coletivas no Centro Principal de Imprensa dos Jogos de Paris – Foto: Eugênio Sávio

Assim como a “maior de todas as Copas do Mundo”. A cada edição, todo promotor do evento alardeia como se aquele fosse o maior e melhor da história. Em alguns casos, sim, verdade, mas em que aspectos a serem considerados? Difícil dizer, o quê ou quem foi o melhor ou pior na promoção de eventos gigantes como esse.

Tudo “depende”
Em termos de organização, estrutura e receptividade, Paris já mostra sua competência há tempos. A França e as cidades além de Paris, que receberão jogos, são acostumados a realizar grandes eventos, com sucesso absoluto.
Quanto às disputas nas diversas modalidades e categorias, vai depender dos atletas, individualmente e nos esportes coletivos. Quantos recordes serão batidos, as novidades e frustrações, enfim, só esperar pra ver.

Tudo pronto
Paris caprichou para receber delegações, imprensa e turistas. A cidade está com quase tudo pronto há um ano. Estive aqui ano passado e a praça da Torre Eiffel já tinha estúdios de redes de TV e estruturas do movimento Olímpico em funcionamento, transmitindo programas e servindo como ponto de apoio para a conclusão de arenas e espaços onde haverá competições, como o vôlei, atletismo, ginástica.

Gente de todo canto
Paris é a cidade mais visitada do mundo, o turismo é um dos pilares da economia da cidade e da França, por isso, deveremos ter recorde de público pagante na história dos Jogos. Gente do mundo inteiro dá “uma passada” por aqui, fica dois, três ou quatro dias, aproveita para ver qualquer competição dentro de uma arena qualquer, para matar a curiosidade, guardar o ingresso, enfim, ter história pra contar. Depois segue viagem para outro destino turístico, dentro da própria França ou algum país da vizinhança, como a Inglaterra, Bélgica e a Holanda.

De Minas e do Brasil
É o caso do casal brasileiro, mineiro, de Belo Horizonte, Alexandre Lage e Lanna, que vai assistir vôlei de praia, arco e flecha, e prova de salto do hipismo. Entre uma competição e outra vão dar uma chegada na Disney, que fica a 32 Km de Paris, e depois seguirá para Londres.

Gaúcho da Prateleira de Cima

Uma das melhores coisas de coberturas como essa é rever pessoalmente e poder trocar ideias com amigos da imprensa de todos os cantos do planeta. Que prazer reencontrar o José Alberto Andrade (centro), companheiro de tantas coberturas internacionais, também aqui em Paris, na Olimpíada. Excelente repórter e comentarista do fortíssimo Grupo RBS (Rádio Gaúcha, Jornal Zero Hora e parceira da Rede GloboTV), do Rio Grande do Sul. Figura humana fantástica!

À direita, o Eugênio Sávio, de Belo Horizonte, fera da fotografia brasileira, ex-revista Placar e outras revistas da saudosa Editora Abril, professor da PUC/MG, criador do Festival de Fotografia de Tiradentes e do consagrado projeto Foto em Pauta.


Apito amigo do Palmeiras contra o Cruzeiro e o escorregão do América em casa contra o Amazonas

O América perdeu a oportunidade de dar uma distanciada no topo da tabela da Série B, ao empatar em casa com o Amazonas. O Cruzeiro foi derrotado pelo Palmeiras em São Paulo, mas com muitas contestações à arbitragem  .

Peço desculpas aos amigos americanos e cruzeirenses, mas sábado não tive a menor condição de assistir aos jogos de ambos. Fui à festa surpresa preparada pela esposa e filhos do Joaquim Costa, em comemoração aos 70 anos, muitíssimo bem vividos dele.

Joaquim é amigo de longa data, de Conceição do Mato Dentro. A ele, devo a honra de ser concecionense honorário, desde 1986, quando ele era vereador da cidade. O prefeito era o Dr. Juvêncio Guimarães e o presidente da Câmara Municipal, o Juju Santa Bárbara, de saudosíssimas lembranças. Gratidão eterna!

Aliás, que festa, da prateleira de cima, só gente boa, com direito à tradicional banda Boca de Sino, do grande jornalista Silvio Scalioni, com o Orlando Augusto, também concecionense, ótimo baterista, além de jornalista.

Foi muito “chá com torradas”, que começou com uma bênção, às 11 horas, sem hora pra acabar.

Ao Joaquim e família, toda felicidade do mundo, e mais uma vez, muitíssimo obrigado por tudo.

Com razão, o cruzeirense Marlon Brant, reclamou aqui no blog, que não houve nenhum comentário nosso sobre o Cruzeiro em São Paulo contra o Palmeiras. Ele e quase todos os cruzeirenses estão “P” da vida com a arbitragem, que teria dado uma mão considerável ao time da Dona Leila:

* “Chico, bom dia. … não vi nenhuma mensagem ou novo post sobre os erros grosseiros a favor de Palmeiras e Flamengo. Sábado a noite, o Cruzeiro foi garfado em SP, nunca tinha visto aquilo na minha vida e no jogo do Flamengo é melhor nem comentar. Dois árbitros totalmente tendenciosos talvez já encomendados pela comissão de arbitragens. Será que os outros clubes vão ficar calados? Não seria uma boa hora de quebrar o monopólio da CBF e criar um campeonato a parte, como foi a Copa União em 1.987? Melhor entregar a taça para um dos dois e deixar os restantes para os outros clubes. Aqui vamos caminhando para sermos um Campeonato Espanhol com apenas dois clubes brigando pelo topo do campeonato…”

Marlon Brant

– – –

O que tenho a dizer é que se trata de um problema eterno e sem solução. A cada rodada alguém reclama muito, quase sempre com razão. Mas, como os clubes são desunidos, não estão nem aí uns para os outros, a história vai se repetindo aos longo da história.

Tipo, “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Pimenta nos olhos dos outros é sempre refresco.

Ainda sobre a festa do Joaquim, a banda Boca de Sino, com o Orlando Augusto (bateria) e o Silvio Scalioni, na guitarra:

Em ano eleitoral as articulações políticas em que estão o ex-prefeito Reinaldo Guimarães e o candidato à sucessão do Zé Fernando, Otacilinho Costa, com outros ícones da política regional, como o Norinho Mascarenhas e Sessé Mascarenhas.

A partir da esquerda, Sessé Mascarenhas, este “locutor que vos fala”, Reinaldo Guimarães, Otacilinho Costa, Norinho Mascarenhas e Leo.


Atlético interrompe ascensão do Vasco com 2 a 0 e ótimo primeiro tempo

Pedro Souza / Atlético

Um grande primeiro tempo do Atlético, com o placar definitivo construído nessa etapa: dois gols do Hulk, o primeiro, depois de um cruzamento perfeito do Scarpa, o segundo, fruto de puro oportunismo do artilheiro, em arrancada fenomenal. O Vasco não deu um chute a gol sequer. Com tantas opções para o técnico Milito escalar e mexer no time, a ausência do Arana nem foi notada.

Pedro Souza / Atlético
No segundo tempo o time carioca voltou querendo mudar a história e ameaçou bastante nos primeiros 20 minutos. Depois, o jogo ficou equilibrado e o Galo administrou bem o placar. Poderia ter forçado mais para obter o terceiro gol, mas, além de diminuir o ritmo, o Vasco voltou do intervalo acordado, querendo empatar.

Pedro Souza / Atlético


Otávio fez uma ótima partida, Hulk, além dos gols, jogou muito, assim como o Junior Alonso, Scarpa e Bernard. Fausto Vera foi razoável em sua estreia. Lyanco entrou no lugar do Scarpa, mas jogou poucos minutos.

Pedro Souza / Atlético


O Galo chega aos 25 pontos, 10º lugar e estreia no returno em casa, no próximo domingo, contra o Corinthians. às 19 horas.

Pedro Souza / Atlético

Aos 24 do primeiro tempo, Bernard fez um gol, anulado, porque a bola cruzada passou atrás do gol


E lá se foi o Moacir, ex-meio campo do Atlético, aos 54 anos

Foto: twitter/Atlético

O Atlético postou esta manhã em suas redes: @Atletico “O Galo lamenta profundamente o falecimento do ex-jogador Moacir, nessa madrugada (20), aos 54 anos. Meio-campista formado no Clube, Moacir Rodrigues Santos fez 199 partidas e marcou 24 gols com nossa camisa em duas passagens. Foi três vezes campeão mineiro (1988/89/91) e conquistou a Copa Conmebol de 1992: https://galodigital.com.br/enciclopedia/Moacir_Rodrigues_dos_Santos…


A despedida será no Cemitério Parque Renascer, hoje, a partir das 13h na
sala 2.

Na partida de amanhã, contra o Vasco, será respeitado um minuto de silêncio em memória do ex-jogador. Nossos sinceros sentimentos aos familiares, amigos e fãs. Descanse em paz, Moacir.”

Foto: twitter/Atlético

Que pena! Lutou bravamente contra um câncer, mas, não teve jeito.
Jogou muita bola, e era gente boa demais!

Também, os meus sentimentos à família, amigos e à legião de fãs que ele colecionou!
Descanse em paz, Moacir!

Uma das fotos mais recentes dele, do whatsapp


E lá se foi a Fabíola Colares, primeira mulher setorista de um clube de futebol em Minas

Rogério Perez, Fabíola, Orlando Augusto e Chico Maia – Foto: arquivo pessoal

Quase escrevi como título pra este texto, que “Lá se foi a musa da cobertura da Copa do Mundo de 1994”, mas soaria vulgar para personagem tão importante da imprensa brasileira. Fabíola foi muito mais que isso e contarei na sequência.


A primeira reação que temos sobre a perda de alguém querido é de incredulidade. Não quis acreditar quando o amigo jornalista dos tempos do jornal Hoje em Dia, Clésio Giovani, me informou que ela tinha partido.


Andou sentindo umas dores de cabeça, procurou médico, fez exames e nada de anormal fora encontrado. Mas, dormiu ontem e não acordou hoje!


O que é isso, Fabíola? Como é que você faz isso conosco, que gostamos tanto de você?

Nas praias da Califórnia durante a Copa dos EUA, Orlando Augusto fotografa Fabíola enquanto Rogério Perez soltava um dos seus sorrisos característicos


Até parece que temos poder ou autoridade para questionar ou pedir alguma coisa neste sentido, em situações com essa, não é? Nessas horas vale tudo para diminuir a dor, disfarçar o desespero e torcer pra que seja apenas um pesadelo.

Brigamos e nos divertimos muito durante a Copa de 1994


E como tenho passado por isso nos últimos tempos!

Numa das fotos mais recentes, ela, cruzeirense até debaixo d’água, com a atleticana, uma das fundadoras da Galosampa, Paula Rangel, grande amiga jornalista, que voltou a morar em Belo Horizonte depois um bom tempo como correspondente da Rádio Itatiaia em São Paulo


Não tem jeito. Não há anestesia, não há remédio, não há argumento, não há votos de pêsames que conforte! Só a resignação! Simbora que a vida continua!

Orlando Augusro, Rogério Perez, eu e ela


Que dor dá, imaginar que tantas combinações que fizemos, de nos encontrar nos últimos anos, falharam. Ela se mudou de Belo Horizonte, foi pra Fortaleza, Aracaju, Brasília e agora, só no além! Se este “além” existir. Torço fervorosamente que exista. Quanta gente eu gostaria, e quero, reencontrar!

Eu, ela, Mestre Perez e Roberto Abras, no centro de imprensa do estádio Rose Bowl, no dia da final da Copa, entre Brasil e Itália


Antes de começar o primeiro treino da seleção brasileira para o jogo contra os Estados Unidos, pelas oitavas de final da Copa de 1994, o Juca Kfouri me perguntou:
_ Maia, seria exagero considerarmos a Fabíola como a musa da cobertura dessa Copa? _ Não! – respondi, acrescentando que, ela era mais repórter do que um rosto bonito.


Não eram tantas repórteres como hoje, mas ela ficou marcada como a mulher mais bonita entre todas daquela cobertura presencial da Copa dos Estados Unidos.


Falastrona, intempestiva, sabidona e esperta, Fabíola defendia suas convicções e enfrentava qualquer um, em defesa de seus argumentos.


Rogério Perez era o chefe da redação do Hoje em Dia e a escalou como setorista do Cruzeiro. Um “espanto”, como ele gostava de dizer. Mas naqueles tempos era assim. Lugar de mulher não era em determinados lugares do futebol, principalmente em treinos e vestiários.

Já havia pioneiras com destaque, mas no noticiário geral, como a Vânia Turci (Globo/Rádio Capital), Rasália Dayrrel (Band) e a fenomenal Tânia Mara, da Alvorada FM, Mas, setorista, do dia a dia, de um clube, a Fabíola foi a primeira. E do Cruzeiro, paixão dela!

Nos tempos dos orelhões, de ótima qualidade de som, durante a Copa dos EUA. Eu passando boletim para a Alvorada FM e ela para o Jornal Hoje em Dia


Durante da Copa dos Estados Unidos ela “arrebentou” ao dar, em absoluta primeira mão, que o quase já “fenômeno” Ronaldo, estava vendido pelo Cruzeiro ao PSV, da Holanda, por 10 milhões de dólares.


Loira bonita e conversada, ela atraiu a atenção daquele circo do futebol, que incluía torcedores, dirigentes, imprensa, ex-jogadores, “celebridades” e sub-celebridades, enfim…


A Brahma, pré Ambev, montava em toda Copa a “Casa da Brahma!, espaço que reunia convidados VIP e lobistas desse meio, e servia também como ponto de apoio exclusivo para a imprensa, com uma redação que tinha computadores, intranet, cafezinho e essas coisas, melhores que os do comitê organizador e FIFA.


Fora dessa redação, o pau comia, com samba, cerveja, rock ‘n roll e muita farra.
Nos Estados Unidos este espaço multinacional e “multifarras”, foi montado numa belíssima casa em Los Gatos, perto dos locais de treinos e concentração da seleção brasileira, de Parreira e Zagallo.

O famoso compositor e escritor Nelson Mota foi a primeira celebridade a se empolgar com a Fabíola. Estrategicamente se aproximou de mim, Rogério Perez e Orlando Augusto, que compartilhávamos com ela carro e hospedagens nessa cobertura de Copa, para o jornal Hoje em Dia, e no meu caso, a Rádio Alvorada FM.


De nosso “melhor amigo do mundo”, Mota passou a ser apenas um “olá”, depois que sentiu que a “nossa” louraça não queria nada com ele, por mais que ele investisse seu tempo e ótima conversa.


Um ex-grande jogador, atual bom comentarista de uma grande rede de televisão, também deu em cima dela, mas, igualmente sem êxito.


Numa bela tarde, depois de um dos últimos treinos da seleção na Universidade de San José, lá estávamos na “Casa da Brahma”, apinhada de gente, churrasco, comes, bebes e samba na base do 0800.


Jairzinho, o “Furacão” da Copa de 1970, intermediário da vinda do “garoto” Ronaldo Nazário, do São Cristóvão, do Rio, para o juvenil do Cruzeiro, bateu o olho na Fabíola e se entusiasmou. Chamou-a para um canto e passou quase uma hora conversando com ela. Ele na cerveja, ela só no refri. Depois de muita fala, ela subiu os degraus para o espaço dedicado à redação dos jornalistas, com vista para o jardim onde as festas rolavam, e ele voltou a se juntar a nós, na roda de samba, com direito ao ex-lateral Junior, do Flamengo, no pandeiro.


Um amigo dele, perguntou:
_ E aí, Jair?, vai rolar? E ele “p” da vida, reclamou: _ Que nada, cara; essa mulher é “boleirona” demais, só quer falar de futebol, perguntar pelo Ronaldo, de “submundo” do futebol e essas coisas. Chata pra caramba!


_ Ué, mas você queria o quê? Ela é jornalista, de futebol, e o assunto dela só podia ser esse mesmo!

__ O quê??? Jornalista??? PQP, então é isso! Contei coisa demais pra ela. Se ela publicar, vai dar uma merda danada!

Jair olhou pra cima, viu a Fabíola, no espaço da imprensa, digitando feito uma maluca, o que daí a pouco mandaria para a redação do Hoje em Dia no Brasil, via fax.


Ele tentou subir até lá, mas, portas trancadas, esbravejou, gritou, ameaçou, mandou vários PQP, mas a “loira” não se incomodava e continuava digitando.


No dia seguinte, a manchete que iniciou o fim da “era Masci” no Cruzeiro: “Ronaldo vendido ao PSV da Holanda, por US$ 10 milhões”, com os mínimos detalhes.]


Foi uma confusão em Belo Horizonte. O então presidente César Masci convocou coletiva, desmentiu e falou horrores contra a Fabíola. Destemperado naquele momento, chamou-a de “puta” pra cima e a declarou “persona non grata” ao Cruzeiro, proibindo a entrada dela na Toca da Raposa, até que ela e o jornal desmentissem a notícia, que não foi desmentida, porque era tudo verdade.


Terminada a Copa, Brasil campeão, Ronaldo não voltou a Belo Horizonte nem para buscar as roupas dele.


Meses depois, um sobrinho do César Masci deu entrevistas complicadoras para o tio, “chutando o balde”, revelando valores, entornando o caldo.


Pouco depois da Copa de 1994, querida e respeitada por todos os colegas de profissão, resolveu mudar de ares, mudou-se para Fortaleza, onde continuou jornalista e se tornou também empreendedora no ramo de roupas femininas. Mais um tempo, se mudou para Brasília, onde, infelizmente, morreu, serenamente, dormindo, na noite dessa quinta, 19, para sexta-feira, triste 20 de julho de 2024.

Obrigado Fabíola querida, desculpe qualquer coisa, descanse em paz.

Que saudade!

Te amamos!
Até um dia!

Foto: Chico Maia

Imagem: reprodução familiar