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Os limites da imprensa e a decadência do jornalismo

O assunto sempre gera debate acalorado. O Luiz Souza, comentarista tradicional aqui do blog mandou essa no post anterior: “Chico Maia, você chama isso de Imprensa??? Neto??? Jornal Extra??? Me desculpe mas você está perdendo seu tempo com isso!!”.

Não considero perda de tempo, caro Luiz. Também não considero ex-jogadores, ex-árbitros e ex-treinadores como corpos estranhos no meio jornalístico. Grande parte deles acrescenta e muito ao jornalismo. Alguns, realmente não têm nada a ver, mas têm público e são mantidos em seus espaços porque as empresas de comunicação precisam de audiência, leitores, publicidade, enfim… São empresas comerciais, não vivem de filantropia e não estão nem aí para os valores que deveriam nortear o compromisso de um veículo de comunicação com o público. Além do mais, com o tsunami chamado internet, está todo mundo batendo cabeça, procurando se reinventar e sobreviver. É um outro assunto, pra gente voltar aqui uma outra hora pra falar especificamente sobre.

Conforme disse no post anterior, agora transcrevo o que escreveu o Luiz Augusto Menon sobre a postura do ex-jogador Neto em relação à diretoria do São Paulo:

* “Neto, o que está caindo é o jornalismo”

O caso Neto/São Paulo é um exemplo do fundo do poço em que se está transformando o jornalismo esportivo em sua vertente entretenimento televisivo. Um show de horrores com ex-jogadores destilando pseudo conhecimento (eu sei tudo e você, chupou laranja com quem?) e fazendo gracinhas. E agora, ameaças.
Neto está revoltado porque a diretoria do São Paulo vetou a cessão de um camarote no Morumbi para a realização do programa Baita Amigos, como tem sido há um tempo. A diretoria está sendo pressionada por conselheiros e por torcedores organizados.

Leia AQUI
A justificativa é risível: Neto faria muitas críticas ao São Paulo. Mas, se o time está péssimo, ele iria elogiar? As críticas seriam muito jocosas. Mas, se fosse contra outros times, poderia?
Bem, o fato é que Neto vai sair do Morumbi. E qual é sua atitude? Amalucada e desprezível. Ele ameaça o clube. Como? Com sua opinião. E desnuda a falta de seriedade desse tipo de jornalismo. Se estou fora, vou torcer para o time cair.

Que coisa ridícula! Uma ofensa à profissão de jornalista.

O que diz Neto?
“Agora, assessor que vier me procurar para pedir ajuda, eu piso igual barata”

Que assessor? Assessor de quem? Da diretoria? Que tipo de ajuda?
‘Agora, vai ser na goela. Assessor que não ligue para mim, se passar perto, muda de lado porque eu atropelo”.
Novamente, que assessor? E, evidentemente ”eu atropelo” é uma expressão, não é literal.
“Eu sei coisas do São Paulo do arco da velha e vou vomitar tudo”.
Se sabe, se tem comprovação, já devia ter falado há tempos. Ou fico quieto porque fazia o programa lá?
‘Agora, estou livre para dizer, vai cair, vai cair, vai cair”
Antes, não estava livre? Era proibido de dizer alguma coisa? Quem proibia? A Band? O São Paulo?

Ele não expressava sua opinião correta por conta da cessão de um camarote?

Esse tipo de comportamento, jogando insinuações no ar, falando que estava proibido de externar sua opinião e que agora vai torcer para cair é um comportamento antijornalístico. Não causa espanto porque já houve muitos outros exemplos, como chamar Felipe Mello de “lassie” etc.

Não causa espanto, mas causa revolta. Somos, os jornalistas, cobrados diariamente por esse tipo de comportamento rasteiro e irresponsável.
Por fim, Marcelo Neves, que é o dono do camarote, precisa ir a fundo e denunciar as ameaças que teria sofrido. É muito perigoso deixar essas coisas sem apuração.

https://blogdomenon.blogosfera.uol.com.br/2017/08/17/neto-o-que-esta-caindo-e-o-jornalismo/


Jornal Extra x goleiro Muralha; ex-jogador Neto x diretoria do São Paulo e a imprensa no divã com os seus limites

Meus amigos e amigas do blog, nas duas últimas semanas a imprensa andou deitando no divã para analisar os seus limites e competências. O ex-jogador Neto, que de uns anos para cá foi transformado âncora da Band, deu porradas e fez ameaças no ar à diretoria do São Paulo que cancelou parceria com a emissora na cessão de um camarote do Morumbi, de onde era apresentado o programa “Baita Amigos”, comandado por ele. Não pegou bem para o ex-jogador e para a emissora, que foram alvo de críticas do Luiz Augusto Menon, experiente e um dos mais respeitados jornalistas do país.

Estes dias o jornal Extra, que pertence às organizações Globo, engrossou a campanha de grande parte da torcida do Flamengo contra o goleiro Muralha, que acabou perdendo a condição de primeiro reserva para o Thiago, este que também falhou feio contra o Cruzeiro ontem. O Cândido Henrique, um dos grandes nomes da nova geração da imprensa mineira, escreveu uma coluna inteira sobre esta posição do Extra, na coluna dele, no O Tempo, domingo, que você pode ler a seguir. A do Menon, publicarei no próximo post:

* Cândido Henrique

“Muralha e o jornalismo esportivo brasileiro”

O futebol, a idolatria e a imprensa formaram um trio imbatível e criaram um gigante. Juntos, transformaram este esporte em uma indústria poderosa e lucrativa. O craque ganha status de mito. Quem erra é execrado. Todo ano há exemplos nas duas pontas.

O crucificado da vez é Muralha, o goleiro reserva do Flamengo. O apelido ajuda. Espera-se de quem é chamado de ‘Muralha’ um goleiro intransponível. Alex Roberto Santana Rafael não é. O mineiro de Três Corações está longe de ser o Pelé do gol.

Muralha é mais um dos arqueiros medianos que surgem todos os anos no Brasil. Teve grande fase no Figueirense e mereceu a chance no Flamengo. Só não merece a perseguição que sofre dos flamenguistas, que chegou ao ápice na última sexta-feira.

O jornal “Extra”, do Rio de Janeiro, publicou um editorial em sua capa falando que, devido às falhas, não chamará Alex mais pelo apelido. O goleiro será chamado de “ex-Muralha” até que volte a ter atuações convincentes.

Muralha falhou contra o Paraná Clube, pela inexpressiva Primeira Liga. Ele também será o goleiro titular contra o Cruzeiro na final da Copa do Brasil, que começa na próxima quinta-feira, em jogo no Maracanã. Diego Alves, o arqueiro titular, não pôde ser inscrito na competição.

O jornal carioca pressiona o goleiro em uma semana decisiva. Se o objetivo era fazer com que Muralha jogasse mais do que consegue, acredito que não fará efeito. O Cruzeiro tem um time experiente e um técnico que sabe aproveitar destes efeitos.

Entretenimento? O “Extra”, que buscou ser engraçado, mostra uma outra face do jornalismo esportivo brasileiro. Algo que lutamos todos os dias nas redações. Qual o limite entre informar e também entreter?

O futebol e os outros esportes movimentam uma grande indústria, sem dúvida, mas continua sendo uma forma de entretenimento.

E o futebol é um dos principais divertimentos dos brasileiros, seja indo ao estádio ou acompanhando pela televisão.

Para atingir o seu público, os flamenguistas revoltados com as atuações frustrantes de Muralha, o jornal “Extra” extrapolou. Atingiu a honra do goleiro. Passou do ponto e o próprio torcedor que não curte o goleiro se solidarizou, já que a força da imprensa é muito maior do que o grito de uma torcida.

Acredito que a turma do periódico carioca “Extra” errou no ponto, buscando fazer um jornalismo irreverente, cada vez mais presente no dia a dia do torcedor.

O mesmo modelo que aderiu aos decretos todas as sextas e que também perdeu o ponto e teve um período para refletir sobre isso.

Mea-culpa. A crítica sempre fez parte do jornalismo esportivo. Os jogadores sabem disso. Há alguns que nem leem os jornais ou veem programas esportivos para não se deixar contaminar. E, em erros como este, nós, jornalistas, devemos fazer um ‘mea-culpa’ e rever alguns pontos.

Eu mesmo crucifico alguns jogadores mineiros pelo que fazem em campo. Se me excedi em algum momento, peço desculpas.

http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/c%C3%A2ndido-henrique/muralha-e-o-jornalismo-esportivo-brasileiro-1.1516068


No gramado, jogo típico de decisão, na arquibancada e arredores o risco de se comparecer a qualquer estádio da cidade do Rio

Jogo típico de decisão, e equilíbrio total entre os times. O Cruzeiro é mais entrosado, o Flamengo contou com a força do Maracanã lotado e o empate mostrou o que foi a partida. Rafael Sóbis foi o destaque negativo do Cruzeiro e o goleiro Thiago, do Flamengo. Na discussão carioca entre Muralha ou Thiago, a maioria queria o que jogou e muita gente se arrependeu. Melhor para Arrascaeta que se aproveitou da batida de roupa do Thiago e empatou aos 38 do segundo tempo, depois de um chutaço do Hugo.

Resultado que aumenta o otimismo da torcida cruzeirense para a decisão no Mineirão, mas o equilíbrio continua.

A lamentar o tumulto provocado por marginais flamenguistas antes do jogo, fora e dentro do Maracanã. Ir a qualquer estádio do Rio se tornou um ato extremamente perigoso, como mostra esta chamada do twitter do globoesportecom: “Área externa do Maracanã tem clima tenso com correria, tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo…”

O jornalista Jorge Luiz Rodrigues‏  retwitou essa imagem do Doentes por Futebol com a frase: “Algo precisa ser feito pra conter a selvageria fora e dentro dos estádios. “ @DoentesPFutebol

HOOLIGAN

“E com essa imagem, fechamos a noite!”


Conceição do Mato Dentro agora tem agência de turismo receptivo

Constantemente alguém pergunta sobre Conceição e região, na intenção de conhecer algumas das mais impressionantes cachoeiras do país, a legítima culinária mineira, trilhas fantásticas e tantos outros atrativos de fazer cair o queixo.

ITACOLOMI3

Agora ficou fácil, já que Igor Duarte, maior conhecedor de tudo isso, abriu a agência de receptivo turístico Espinhaço Eco Tour, com passeios e dicas sob encomenda. Como o Distrito de Itacolomi (foto), por exemplo.

Com ele, o Daniel Melo, que foi da Master Operadora, uma das maiores do país, por cinco anos. A agência funciona no centro da cidade e pode ser contatada pelos telefones: 31 99518 2238 / 98438 8112 / 98262 8556 / 98888 9229.

E-mail: contato@espinhacoecotur.com.br

Conceição do Mato Dentro Distâncias (km) (mais…)


Geraldo Azevedo, Chama o Síndico, Criolo, Marina Machado e muita gente boa na 28ª edição do Projeto Matriz em Conceição do Mato Dentro

Denise Miranda e a irmã Deíse cantarão neste que é um dos melhores projetos culturais do país. Imperdível. Vale a pena demais da conta! 

Confirmado para os dias 7, 8, 9 e 10 de setembro de 2017, o Projeto Matriz em Conceição do Mato Dentro. Com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, patrocínio da Copasa, promoção da Prefeitura Municipal de CMD, apoio cultural da Anglo American e vários apoios locais, acontecerá a 28ª edição reunindo atrações circenses, teatro, oficina, cortejo, música popular, instrumental e erudita.  Nesse ano, o festival terá como atrações principais o cantor e compositor Geraldo Azevedo e o Criolo.

Pela primeira vez a abertura do evento será no Distrito do Tabuleiro, na tarde do feriado de 7 de setembro, com o espetáculo “As Aventuras de Potássio” com o grupo Circo Miudinho e logo depois o descontraído e animado show com “Us Meninu do Tabuleiro”.

No dia 08, já no Largo do Rosário, novamente o Circo Miudinho com o espetáculo Circo da Roça, seguidos do show de MPB das cantoras conceicionenses Denise e Deise Miranda. A noite continua com o samba, na voz de Manu Dias e termina com o show tão aguardado pelo público do cantor e compositor Geraldo Azevedo Voz e Violão que vai apresentar seus grandes sucessos. (mais…)


Consulta do O Tempo mostra que a maioria dos conselheiros do Atlético quer o estádio próprio, mas são necessários 2/3

Ótimo trabalho da equipe do jornal, divulgado na edição de domingo e no portal. Tenho lido e ouvido os argumentos dos conselheiros que são contra e até agora não consegui enxergar nenhum motivo para concordar com eles. Da lista publicada pelo O Tempo, um que não foi ouvido, porque estava viajando no dia, já manifestou seu voto favorável publicamente. É o advogado Maurício Oliveira Campos Junior que escreveu ótimo artigo, publicado sábado, no Estado de Minas. Confira:

* “Veja como votarão os conselheiros do Galo no dia 18”

Levantamento feito pelos repórteres de O TEMPO mostra a posição de parte dos 400 conselheiros

O projeto do estádio do Atlético tem o aval da maioria dos conselheiros ouvidos pelo SUPER FC, mas sua aprovação por dois terços do órgão – conforme determina o estatuto do clube – ainda é incerta. Entre quarta e sexta-feira da última semana, a reportagem contatou os membros do conselho para saber quem é a favor e quem é contrário à nova arena, um empreendimento de R$ 410 milhões que envolve, entre outras transações, a venda de metade do shopping DiamondMall.

Segundo o levantamento, 155 dos 400 conselheiros da lista obtida pela reportagem vão dizer “sim” ao novo estádio. Apenas 19 são decididamente contrários. A questão é que 82 se mostraram indecisos quanto ao projeto e outros 40 não quiseram opinar. O SUPER FC não conseguiu encontrar 86 deles, oito estão licenciados e não poderão votar (os eleitos podem ser substituídos por suplentes) e um morreu. Dois conselheiros adiantaram que não poderão comparecer à votação e outros seis, que estão viajando, podem não estar presentes na votação, marcada para o dia 18.

VEJA A DIVISÃO ABAIXO: 

CONSULTADOS*: 400
DECLARARAM VOTO 256 (64%)
NÃO DECLARARAM 144 (36%)

SIM 155 (38,75%)
NÃO 19 (4,75%)
INDECISO 82 (20,5%)
NÃO QUIS OPINAR 40 (10%)
NÃO VAI COMPARECER 2 (0,5%)
EM VIAGEM 7 (1,75%)
NÃO ENCONTRADO 86 (21,5%)
LICENCIADO 8 (2%)
FALECIDO 1 (0,25%)          

É favorável à construção do estádio? (mais…)


Chegou a vez das ações da PF na casa do Carlos Arthur Nuzman e no COB, acusados de participação na compra de votos para a Rio’2016

Foto: Veja

Os gatunos da CBF e do futebol das américas foram enjaulados só porque os Estados Unidos, através do FBI agiram. Agora é o movimento olímpico que está na mira, mas só porque a França entrou de sola no assunto. Se depender da justiça brasileira, o céu de brigadeiro dessa turma continua, igual à impunidade vivida aqui pelo Marco Polo Del Nero, Ricardo Teixeira e tantos outros.

Notícia do Estadão: * “PF faz buscas contra Nuzman”

Presidente do COB está sob suspeita em investigação iniciada na França sobre propina de US$ 1,5 milhão

A Polícia Federal faz buscas nesta terça-feira, 5, contra o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, na Operação Unfair Play. O executivo está sob suspeita de investigação iniciada na França sobre propina de US$ 1,5 milhão.

Nuzman foi intimado a depor nesta terça. A investigação mira na compra de votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada 2016.

A Unfair Play foi deflagrada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pela Receita contra “um esquema criminoso envolvendo o pagamento de propina em troca da contratação de empresas terceirizadas por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro”.

Um procurador francês acompanha a operação, que cumpre outros mandados. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7 Vara Federal do Rio.

O empresário Artur de Menezes e Eliane Cavalcante, sua sócia, são alvos de mandado de prisão.

Em nota, a PF informou que setenta policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal/RJ, na cidade do Rio de Janeiro (Leblon, Ipanema, Lagoa, Centro, São Conrado, Barra da Tijuca e Jacaré), no município de Nova Iguaçu/RJ e em Paris/França.

Segundo a PF, as investigações, iniciadas há nove meses, apontam que os pagamentos teriam sido efetuados tanto diretamente com a entrega de dinheiro em espécie, como por meio da celebração de contratos de prestação de serviços fictícios e também por meio do pagamento de despesas pessoais. Além disso, teriam sido realizadas transferências bancárias no exterior para contas de doleiros.

O fatos apurados indicam a possibilidade de participação do dono das empresas terceirizadas em suposto esquema de corrupção internacional para a compra de votos para a escolha da capital fluminense pelo Comitê Olímpico Internacional como sede das Olimpíadas 2016, o que ensejou pedido de cooperação internacional com a França e os Estados Unidos.

Os presos serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-faz-buscas-contra-nuzman/


Técnico do Corinthians diz que o atual time ainda tem características implantadas por Mano Menezes

Carille admite que pressão por resultados fez Corinthians jogar ‘como equipe pequena’ no início da temporada – Edilson Dantas/Agência O Globo

Em agosto o Fábio Carille concedeu muito boa entrevista ao Alessandro Giannini e Carlos Eduardo Mansur, para O Globo, contando um pouco da história do sucesso desse time que faz campanha surpreendente, sem estrelas e sem investimentos para esta temporada. Confessa que começou preocupado em não perder e que este sistema defensivo eficiente, com a aposta nas poucas oportunidades de fazer gols, tem ainda o dedo de dois gaúchos: Tite e Mano Menezes.

Confira: * “Fábio Carille, sobre estilo do Corinthians: ‘Fico tranquilo sem a bola'”

Técnico vê seu time à frente de Flamengo e Palmeiras graças ao jogo coletivo

O Corinthians não é uma surpresa apenas para o público. De certa forma, também o é para seu técnico, Fábio Carille. Ele garante que nunca concordou com as piores previsões sobre o elenco, mas não imaginava um ano tão bom. Aos 43 anos, membro da nova geração de treinadores, admite que formar o time a partir da defesa mistura convicções próprias e um caminho seguro num país tão instável para técnicos. Hoje, vê o Corinthians tão ajustado na defesa que não fica inquieto ao ver rivais controlarem a posse de bola.

Diante das dúvidas sobre você, há um sentimento de resposta?

Não. Pelo ano ruim que foi 2016, criou-se a expectativa de chegada de muitos jogadores e de um técnico experiente. Eu tinha certeza de que não seria tão ruim como imaginavam, mas não que correria tão bem quanto até agora. Sabia que seria uma equipe organizada, mas não imaginava ser campeão no primeiro trabalho, iniciar o Brasileiro tão bem assim.

Não ter mudanças de elenco ao longo do ano, como Palmeiras e Flamengo, por exemplo, foi um trunfo?

Nisso, eu acho que o Corinthians está à frente sim, principalmente de Palmeiras e Flamengo, que você citou. O único jogador que chegou no meio da campanha foi o Clayson. Você vê Palmeiras e Flamengo contratando direto, ótimos jogadores, mas a parte coletiva requer tempo. São elencos qualificados, que agora precisam fazer a engrenagem funcionar. Nessa janela eu deixei bem claro que nossa principal contratação era não perder ninguém. Após o Paulista falei para os dirigentes: “Se não perder ninguém, temos grande chance de vaga na Libertadores.” Vivi experiências aqui. Em 2011, era fácil demitir o Tite após o Tolima. Depois vieram os títulos. Terminamos 2015 com expectativa de brigar por Libertadores em 2016, mas na janela perdemos seis: Jadson, Renato, Ralf, Gil, Malcom, Love. Aí tem que montar tudo outra vez.

Você motivou o time com os comentários de que era “quarta força” de São Paulo?

Não. Eu não sabia como lidariam com isso. Na Flórida (pré-temporada), olhava meu elenco e não considerava menos do que os outros. Cássio é menos goleiro do que outros? Não. Balbuena, Jadson, Jô chegou a uma Copa do Mundo.
Começar pela defesa é um método seu? Ou pesa a pressão sobre técnicos jovens?

Quando você chega, não tem como abraçar tudo. Tem que fazer funcionar por partes. E dependemos de resultados. Não dá para sair de peito aberto com o time se formando. E é característica do Corinthians, desde Tite e Mano Menezes, tomar poucos gols. Diferente de São Paulo e Flamengo, que por vezes se expõem. O Corinthians ganhou uma Libertadores tomando um gol em 14 jogos. No início do trabalho, vejo que o melhor modo é começar pela defesa, com consistência, jogando por poucas bolas, mas jogando por resultado. Dá tranquilidade.

O cenário de insegurança atrai estilos conservadores?

Com certeza. E há um risco. Você prepara sua equipe só para ser atacada, leva um gol e não está tão trabalhado para buscar resultado. Mas é um caminho mais curto, de segurança. Todos entenderem a linha defensiva e terem o compromisso de ajudar. Nosso início de Paulista foi de futebol muito feio mesmo, jogando como equipe pequena, mas sabíamos da necessidade do resultado naquele momento.
Controlar jogos mais longe da própria área é o próximo passo da evolução do time?

É o que todo treinador busca, equilíbrio. A busca por mais posse de bola é constante e temos melhorado. O Botafogo veio todo atrás, tivemos 73% de posse e 29 finalizações. Mas cada jogo é uma história. Muitas vezes, você deixa a bola com o adversário. Tem horas que a gente vê falha na marcação, uns espaços no adversário. Então, jogamos no campo deles. Não mudo a minha ideia de jogar, mas ajusto de acordo com o jogo.

Você se sente tranquilo quando o rival tem a bola?

Eu me sinto muito tranquilo, mas eu estou marcando e já pensando no ataque. Se você observar bem nos últimos jogos, vai ver bem isso. Veja a movimentação do Jô, são detalhes que a gente combina com os jogadores e eles exercem muito bem. É claro que o meu time precisaria estar muito mais solto, mas pegou de um jeito que eles estão muito bem. Tem espaço para melhorar muito mais.

Construir é mais difícil mesmo que destruir? (mais…)


Bebida e volante entram na pauta da disputa eleitoral do Cruzeiro

Wágner Pires de Sá é candidato à presidência do Cruzeiro (Foto: Gabriel Duarte)

Alguns minutos depois do registro do boletim de ocorrência, os veículos de comunicação e muitos jornalistas de Belo Horizonte já recebiam cópia através de whatsapp e e-mail. Qualquer candidato a qualquer coisa, seja política partidária ou em uma instituição privada tem que ter muito cuidado com o que fala e o que faz no período eleitoral. No Cruzeiro, a disputa está acirrada, indefinida, mas o candidato da situação deu mole pra oposição no sábado à tarde. A notícia saiu em vários veículos de comunicação, como no globoesporte.com:

* “Candidato à presidência do Cruzeiro é detido por dirigir com sinais de embriaguez”

Wagner Pires foi abordado por policiais na tarde deste sábado enquanto fazia zigue-zague com seu veículo em rua do bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, e conduzido à delegacia do Detran

O empresário Wagner Antônio Pires de Sá, de 76 anos, candidato da situação à presidência do Cruzeiro, foi parado por uma viatura policial, na tarde deste sábado, por dirigir com sinais de embriaguez na rua dos Timbiras, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. Segundo o boletim de ocorrência, ele conduzia seu automóvel fazendo manobras em zigue-zague, colocando em risco os demais veículos na via.

Durante a abordagem, Wagner Pires apresentou sua habilitação e os documentos do veículo. Ao deixar o carro, o empresário estava “cambaleando”. Questionado se havia feito uso de bebida alcoólica, ele disse que bebeu um copo de cerveja na parte da manhã, na região da Pampulha. Wagner Pires se recusou a fazer o teste do bafômetro.

Sobre a condução do veículo com movimentos irregulares, Wagner Pires relatou aos policiais que seu carro “é muito baixo” e, por esse motivo, “qualquer alteração na pista pode danificar a bandagem do pneu”.

Os policiais observaram que os olhos do empresário estavam avermelhados, além do andar cambaleante, hálito etílico e falava em voz alta. Wagner Pires disse que os olhos avermelhados eram consequência de ter acordado às 5 horas da manhã, seguido de uma caminhada por muito tempo no sol.

Pelo fato de o veículo estar devidamente licenciado, o mesmo foi liberado para uma condutora habilitada. Wagner Antônio Pires de Sá foi conduzido à delegacia do Detran.

(*) com informações do G1 MG

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/candidato-a-presidencia-do-cruzeiro-e-detido-por-dirigir-com-sinais-de-embriaguez.ghtml

 


Cruzeiro e demais clubes brasileiros precisam treinar mais cobranças de pênaltis

cruUma vergonha a quantidade de pênaltis desperdiçados pelos jogadores brasileiros, o que mostra que eles não treinam e não se preparam devidamente para estes aspecto tão importante no futebol. Neste Cruzeiro x Londrina isso ficou mais uma vez evidenciado. Três cobranças desperdiçadas pelo Cruzeiro e duas pelo Londrina. Situação absurda e inaceitável.  Um pênalti muda a história de jogos e de competições. Importante demais para não ser treinado diariamente, até à exaustão.

O Cruzeiro tinha o jogo e a classificação nas mãos, mas tirou o pé do acelerador antes da hora e permitiu o empate do time paranaense. Eliminação que teve um jogador escolhido pela imprensa e torcida como culpado: Alex.

Até o João Chiabi Duarte jogou a tolha para ele ao escrever: ““Eu não tenho vergonha de admitir que falei bem do Alex,  após vê-lo em ação pelo Botafogo de Ribeirão Preto na Taça SP de Juniores e fiquei feliz do Cruzeiro ter lhe contratado. Na base do Cruzeiro foi bem, sem ser brilhante, mas, pelo menos mantinha a capacidade de ler bem as jogadas e de decidir. Mas, no time principal do Cruzeiro,  jamais justificou a contratação,  foi mal, pareceu desinteressado,  sem concentração,  perdeu a capacidade de decidir e mesmo mostrando futebol nos treinos,  não fez nos jogos nada que justificasse toda a esperança nele depositada. Dificilmente ficará no clube em 2018. Sorte que na base temos o Thony Anderson que vem babando e pedindo passagem. Alex me decepcionou. Infelizmente”.