Blog do Chico Maia

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Mais consequências de uma eliminação. A decepção de um jornalista argentino que apostava no Galo

Uma eliminação dessas não gera só a perda financeira do primeiro momento. O dano à imagem é enorme, ainda mais nestes tempos de globalização total, em função das facilidades e velocidade da comunicação.

Por causa de Lucas Pratto, Federico Nogueira, de Buenos Aires, Diário Olé, passou a torcer pelo Atlético. Mesmo com a ida do atacante para o São Paulo, continuou ligado no Galo e estaria na torcida contra o River Plate, já que na Argentina torce pelo Huracán.  

Antes e durante do 0 a 0 de ontem, em oito twittadas, ele cornetou o River, xingou o Jorge Wilstermann, ficou “p” da vida com o gol perdido pelo Robinho, xingou o Galo, manifestou sua desilusão e ainda tirou um sarro pela opção do Atlético em ter deixado o Pratto ir embora, ao invés de Robinho ou outro atacante.

Também publicou foto do Pratto comemorando gol pelo GaloConfira:

@fedenogueira “River no la tuvo fácil contra Guaraní pero quiero ver hoy qué muestra el Atlético Mineiro contra Wilsterman. Un error y se va de la copa.”

“Hasta el mismísimo Jorge Wilsterman ya se metió en el área a defender.”

“Pero mirá cómo pateó Robinho la pelota más importante del partido. Correte que están jugando al fútbol maestro.”

“VERGONHA”

“Todavía no puedo creer lo que se perdió Robinho. Acá se perdió la clasificación del Mineiro.”

“Nunca más elijo al Mineiro como mi candidato.”

“Esto con Pratto no pasaba.”

PRATOARGENTINO

“Lo extraña un poquito el Mineiro no?”


Verdade verdadeira, que não é a do Duke, ou: consequências de um Jorge da vida!

O jornalista HENRIQUE ANDRÉ‏ twittou esta foto logo após o jogo de ontem com a seguinte frase: @ohenriqueandre:

* “Registro feito pelo @gabrieltim para mostrar quem realmente sofre. Boa noite!”

Pior que isso, só se fosse a final da Libertadores, dentro do Mineirão!


Cruzeiro x Botafogo para tentar entender o péssimo desempenho ofensivo do Galo

Obrigado ao Francisco Gabriel que enviou este interessante comentário, com uma novidade que deveria ser copiada por gente demais: comparações táticas entre os maiores rivais do futebol mineiro e não ofensas que não levam nenhum lado a nada.

* “Bom dia,

há poucos minutos terminei de ver o vídeo tape do jogo Cruzeiro x Botafogo. Durante o tape eu fiquei fazendo comparações e indagando porque o Galo não consegue ter os espaços para atacar como os outros times sempre conseguem ter, principalmente jogando em seus próprios domínios. Será que se o time do Galo tivesse os mesmos espaços que o Cruzeiro teve, sem precisar de finalizações apressadas, erraria os gols do mesmo jeito que o Cruzeiro errou? Só vou saber quando o Galo tiver um posicionamento adequado dentro de campo como forma de abrir os espaços do time adversário como o Cruzeiro e outros times têm. Nesse jogo, o Cruzeiro teve espaços até para contra ataques porque conseguiu em alguns momento, tirar o Bota lá de trás. Coisa que os treinadores do Galo não tem estratégia para fazer.  Me parece que o Galo tem obsessão por ser um time totalmente ofensivo, mesmo jogando com três volantes. Isso vem facilitando as ações defensivas dos adversários.

Chico Maia, na minha opinião, se não mudar a maneira de jogar, vai ser rebaixado.

Um abraço, Francisco Gabriel.


No fim das ilusões, empate do Galo com o Jorge Wilstermann fez lembrar empate com a URT pelo Mineiro

O jogo também foi no Mineirão. A diferença fundamental é que o Galo conseguiu fazer um gol. A qualidade e vontade dos adversários eram semelhantes. A escalação do Atlético muito parecida, com Rafael Moura no lugar do Fred. O jogo foi em abril e o Uol dava de manchete depois do jogo: “Atlético-MG empata com URT no 1º jogo da semi e Roger é chamado de “burro””. Foi em 16 de abril, pela semifinal do Campeonato Mineiro, mas o futebol praticado pelo Atlético continua o mesmo. Roger Micale não pode ser chamado de “burro” nessa partida, porque fez o que deveria fazer. Escalou o time certo, mexeu nas peças certas, nos momentos certos, mas o Galo tem essas limitações que mais uma vez se afloraram. Importante destacar que o time boliviano também fez tudo certo. Regulamento debaixo do braço, não errou em momento algum, não se arriscou, não bateu e se mostrou extremamente disciplinado taticamente. A chance que o Galo tinha era um único erro de alguém da zaga ou do goleiro, o que não ocorreu. As muitas bolas chutadas pelos atleticanos resvalavam em alguém mas iam pra fora, ou então nas mãos do goleiro, sempre muito bem colocado.

Aos 43 minutos do segundo tempo Robinho desperdiçou a bola do jogo, que estava reservada para que ele recuperasse o prestígio com a torcida do Atlético e, quem sabe, daria a oportunidade para que ele voltasse à condição de protagonista no futebol brasileiro. Bola açucarada para ele, pelo Fred e Leonardo Silva, mas na ânsia de fazer o gol, chutou de primeira, sem pontaria e a bola foi pra fora. Não faltou vontade a ele, mas o grande artilheiro de outros tempos não existe mais. Robinho hoje é um coadjuvante, caro, e mostrou isso novamente neste 0 a 0 contra o Jorge Wiltesrmann.

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Fora da Libertadores, depois de uma campanha tão alardeada como a “melhor” da primeira fase, mais uma vez os apaixonados pelas estatísticas se frustram. O que adiantam números favoráveis, porém enganadores. Mesmo com jogos ruins, o time vencia, empatava e contava com resultados ruins dos concorrentes. Na hora da verdade, a realidade bate à porta. Vida que segue e dos males o menor: vai se dedicar 100% ao Brasileiro, evitar o rebaixamento e tentar uma vaga na Libertadores 2018.


No exemplo do River 2015, que passou pelo Boca e pelo Cruzeiro, a única esperança atleticana em 2017

Não fossem grandes exemplos do futebol mineiro, brasileiro e mundial, de times considerados piores, serem campeões, eu já teria dito que o Atlético deveria focar só no Brasileiro e esquecer a Libertadores 2017. Caso passe pelo Jorge Wilstermann, o adversário será o River Plate, que ontem eliminou o Guarani do Paraguai. Justamente este River é o exemplo mais recente ao qual me apego para ter a esperança que resta de salvação da temporada alvinegra. Em 2015 o River passou da fase de grupos na bacia das almas, com 6 pontos (um a mais que o peruano Juan Aurich), sete a menos que o primeiro colocado, Tigres, a quem bateria na final. Era tido como presa fácil do Boca Juniors nas oitavas, já que o seu arquirrival vinha atropelando todo mundo. Foi o primeiro, disparado, na primeira fase com 18 pontos, seguido pelo Tigres, 14.

Só que o “Sobrenatural de Almeida” (Ave Nelson Rodrigues!) entrou em campo e idiotas do Boca jogaram aquele famoso gás de pimenta nos jogadores do River, no intervalo do segundo jogo em La Bombonera, provocando a eliminação dos “bosteros”. O River passou às quartas de final e outra vez o “Sobrenatural de Almeida” entrou em ação a seu favor: perdeu em Buenos Aires de 1 a 0 para o Cruzeiro e venceu por 3 a 0, o jogo da volta no Mineirão. Passou novamente apertado, pelo paraguaio Guarani, (2 x 1 e 0 x 1) e no embalo da torcida e do regulamento, foi campeão sem maiores dificuldades com 1 x 0 no México e 3 a 0 em Buenos em cima do Tigres.

Veja o que o Globoesporte do dia cinco de agosto falava sobre a partida final:

“… O Tigres era melhor tecnicamente. Mas desta vez, a camisa pesou. O River precisou de pouco mais do que raça, organização e um ambiente favorável para vencer a partida. Bastou “poner huevos”, mostrar garra, e os Felinos mexicanos se aquietaram como inofensivos gatinhos. … Como era de se esperar, a torcida do River fez muita festa antes mesmo do jogo começar. Com balões em vermelho e branco, cantaram, batucaram e recepcionaram o time em campo de maneira emocionante…”

No Mundial de Clubes, tomou uma sova de 3 a 0 do Barcelona, nada de anormal.


O caos do “legado” olímpico, o Bolsa Atleta, o descaso oficial, a comedeira de dinheiro e a desmemória nacional

Amigos e amigas do blog, nestes dias em que a imprensa vem falando do primeiro aniversário da realização da primeira Olimpíada na América do Sul, a Rio2016, uma ótima reflexão do jornalista, produtor e humorista Mário Alaska, da 98FM (dentre outras atividades), postado na página dele no facebook, que vale a pena ler. O texto é longo, mas de tão bem escrito, você nem sente que já está acabando:

* “Bolsa Atleta: Querido diário pra mim ele deveria se chamar MEA CULPA.”

Querido diário, perdoe o sumiço. Sei que desde o dia quando lamentei as minhas desventuras com o preparo do café não passo por aqui, tá osso, mas usando o linguajar da cozinha: hoje a Bolsa Atleta talhou o meu sangue. Pronto Falei.

Essa não é mais uma carta de amor e também não é uma crítica ao bolsa atleta. Não me tenha como alguém contrário a ajuda financeira aos nossos heroicos atletas de elite. Essa verba do nosso governo, o Bolsa Atleta, é um dos incentivos concedidos aos que buscam ajuda no esporte? Sim, válido, merecido, útil, ok. Mas isso não é tudo. Essa atitude “eu dou dinheiro e eles se viram” me lembra aquela passagem do cara que pediu uma bacia d’água e lavou as mãos em público num julgamento.

A cada 4 anos temos os jogos olímpicos, ó! Descobri a América!
Mas a questão é mais profunda, ó querido diário.

Nós, brasileiros, povo que depois que aprende a ganhar não tolera outro resultado diferente do primeiro lugar e do mais absoluto protagonismo, vide o descaso com o qual tratamos Rubinho Barrichelo, Felipe Massa, ou o trato dado ao multicampeão Roberto Carlos depois da eliminação pra França na copa de 2006. Péra aí! E a primeira mulher medalhista olímpica em modalidade individual? Nem o extremismo das mais fanáticas feministas demonstra algo em relação a ela. Que não me furte o registro, mas Roberto Carlos, o lateral é respeitado e ovacionado em todo mundo, exceto aqui em seu próprio país. Deixemos de lado o episódio “Ajeita o Meião” aliás, isso dá nome de bloquinho de carnaval em BH. Agora exagerei né? Foi mal, tive que descontrair.

Voltemos ao bolsa atleta. (mais…)


Situação do América na B é melhor que do Atlético e do Cruzeiro na A. Só não pode é perder para o lanterna em casa na próxima rodada

O América perdeu sexta-feira para o CRB em Maceió, mas não perdeu a liderança da Série B e ainda tem cinco pontos de frente sobre o Juventude, o primeiro fora da zona de classificação. Ou seja, posição confortável, além de o time estar jogando bem. Não pode é perder o próximo jogo, sexta-feira, no Independência, para o lanterna e horroroso Náutico. Aí seria desperdício dessa gordura acumulada.

Situação muito melhor que as de Atlético e Cruzeiro na Série A, que estão com times instáveis e flertam tanto com uma possível zona de Libertadores quanto a do rebaixamento.

A troca de porradas do Bill com o Zé Carlos do CRB rendeu mais que o necessário. Não deveria ter acontecido, mas aconteceu; tratando-se de apenas mais uma, dentre tantas da história do futebol, e que continuarão acontecendo. Que o jurídico do Coelho brilhe e consiga a menor pena possível para o importante jogador do esquema do Enderson Moreira.


Para quem gosta de números no futebol, Cruzeiro foi melhor na estatística no 0 a 0 com o Botafogo

Imagem: @FutAnalysis

Números das estatísticas não valem nada quando as oportunidades não são aproveitadas. Aí está o retrato do 0 a 0 de Cruzeiro e Botafogo, no Mineirão. Do portal da Itatiaia:

* “Cruzeiro pressiona, mas só empata com Botafogo e perde outra chance de entrar no G6”

Mais uma vez, o Cruzeiro frustrou a torcida que compareceu no Mineirão. O time celeste até criou chances, mandou bolas na trave, mas não conseguiu balançar as redes do Botafogo e empatou por 0 a 0, neste domingo, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O resultado deixou a Raposa estacionada na sétima posição, com 27 pontos, impedindo o retorno ao G6. Se vencesse, a equipe celeste pularia para o quinto lugar.

http://www.itatiaia.com.br/noticia/cruzeiro-pressiona-mas-so-empata-com-botafogo


“Sinceramente não entendo: o #Galo vai com time reserva e, ao invés de jogar mais recuado, propõe o jogo e toma gols em contra ataques… pqp”.

Nessa obrigatoriedade de jogar pra cima as competições cujos os direitos de transmissão são da emissora que os contratam, alguns profissionais da imprensa cometem exageros que chegam assustar. Terminado o 2 x 0 em Porto Alegre o locutor do Premiére disse, sem pestanejar, que o Grêmio venceu a um adversário “poderosíssimo”!!!

Uai, se ele queria se referir à instituição Clube Atlético Mineiro, tudo bem, mas deveria ter feito esta ressalva. Em relação ao time que entrou em campo, só alguém altamente equivocado pra dizer que o adversário era poderoso. Mas a turma do Premiére não ficou só nessa, na ânsia de jogar o “espetáculo” pra cima. Enquanto a imagem mostrava o segundo gol gremista, o comentarista Batista, que já foi jogador de futebol, disse que o Atlético estava “respeitando demais” o Grêmio! O quê? Com o time reserva, partiu com tudo para cima do Grêmio, desde o início, e tomava o segundo gol exatamente em um lance de ataque a seu favor, com todo mundo, irresponsavelmente, no campo do Grêmio?

Prefiro o comentário do Dr.André Pelli, Delegado de Polícia, que twittou logo depois do 1 a 0: “Sinceramente não entendo: o #Galo vai com time reserva e, ao invés de jogar mais recuado, propõe o jogo e toma gols em contra ataques… pqp”.

Também vale o aleta do jornalista Victor Martins, que escreveu: “Em 43 jogos com Roger, o Atlético perdeu duas por dois gols de diferença. Na 4ª com Micale, vai perdendo pela terceira vez por dois ou mais.”

Vida que segue! Este jogo contra o Jorge Wilstermann, na quarta-feira, será um divisor de águas na vida do Galo este ano!


“Mídia e torcida, quando se trata de Flamengo, costumam ser quase a mesma coisa. Não entro no mérito de quem está certo, quem está errado”

A frase título deste post é do paulista Júlio Gomes, um dos comentaristas que eu mais respeito. Hoje ele escreveu no blog dele sobre a derrota do Flamengo para o Vitória e me fez pensar sobre a situação de outros clubes que, assim como o Fla, gastaram muito e não estão tendo o devido retorno em campo.

Atlético e Grêmio em campo com times “alternativos”, preservando os principais jogadores para os compromissos do meio da semana pela Libertadores da América. No caso do Galo a medida é discutível, já que os “alternativos” têm dado melhores resultados que os medalhões. Nem sempre os times com jogadores mais caros e famosos colhem o esperado com investimentos altíssimos. Além do Atlético, o Palmeiras, São Paulo e o Flamengo estão se dando mal neste Brasileiro. O Flamengo conseguiu perder em casa, hoje, para o horroroso Vitória, 2 a 0, aumentando a pressão pela degola do técnico Zé Ricardo.

O Júlio Gomes, que fez uma análise interessante sobre a derrota do rubro-negro carioca e a situação do treinador. No blog dele, no Uol:

https://blogdojuliogomes.blogosfera.uol.com.br/2017/08/06/ze-ricardo-jogou-para-a-galera-e-sera-jogado-aos-leoes/?utm_content=geral&utm_campaign=twt-esporte&utm_source=t.com&utm_medium=social&cmpid=copiaecola